Levando a personalização da jornada do cliente para o próximo nível

Por Fernanda Benhami*

Em um contexto de acelerada digitalização, marcas se deparam com a urgência da necessidade de avançar sua capacidade de personalização. Antes limitada a descontos e ofertas, a personalização agora permeia toda a jornada de consumo online e é uma das tendências mais importantes em experiência do cliente (customer experience, ou CX).

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Como padrão, consumidores esperam uma experiência personalizada, quando compram produtos e serviços online. Portanto, investir em personalização – um padrão ao qual consumidores se acostumaram depois da massificação de modelos com o da Amazon – pode evitar a erosão da lealdade e a confiança do cliente. Falhar em entregar e aprimorar esta abordagem pode significar a perda de espaço de mercado para a concorrência.

Neste cenário, a análise avançada de dados proprietários relativos aos padrões de compra e comportamento, aliados a fontes do mundo digital torna-se instrumental para criar experiências mais eficientes e recompensadoras, conforme destaca o relatório Experience 2030, em que a Futurum Research aponta as principais tendências em CX para a próxima década. Entre as oportunidades para as empresas, a pesquisa destaca a utilização de dados para uma relação personalizada, em que consumidores sintam uma conexão mais profunda com as marcas que consomem, bem como seus produtos e serviços.

No Brasil, vejo a personalização evoluindo entre os maiores players. No entanto, existem desafios no avanço para o próximo nível que cito no início deste texto. Desde a emergência da pandemia, as demandas por personalização aumentaram significativamente em complexidade, e os arranjos atuais de analytics não são mais tão efetivos no fornecimento de insumos para que marcas possam, por exemplo, planejar seus gastos de mídia e campanhas de forma geral.

Este desafio se deve a fatores como o descompasso entre o investimento no avanço do e-commerce e o foco em tecnologias que permitam desenvolver as oportunidades oferecidas pelo uso dos dados históricos próprios, bem como fontes externas. É importante reconsiderar o modus operandi atual, em que marcas escolhem soluções empacotadas e consultoria genérica para estas questões, e acabam por não potencializar o alcance de suas novas plataformas digitais. É possível mudar o curso, com uma personalização informada por dados e automação, condizente com o modelo de negócio, de forma tailor made.

Uma nova abordagem baseada em dados para a personalização pode ser uma realidade tanto em grandes empresas quanto para varejistas menores, como redes locais de farmácias. Entre as organizações de porte médio, é possível usar analytics e automação para aumentar o alcance e eficiência em áreas como marketing digital, muitas vezes administradas de forma manual. No entanto, em organizações de todos os tamanhos, o ideal é que ferramentas baseadas em análise avançada de dados sejam acopladas a plataformas multicanal de e-commerce – portanto, posicionadas no centro do sistema nervoso da organização e integradas aos processos do dia a dia.

Finalmente, a abordagem com foco em domínios como a personalização também é uma boa forma de extrair valor de ferramentas de analytics. Isso endereça outras barreiras para a evolução de plataformas digitais baseadas em dados, como a dificuldade em ir além das provas de conceito, rumo a projetos de escala que geram valor. Dessa forma, marcas focadas em CX podem de fato dar o próximo passo em jornadas personalizadas, e assim atender melhor às novas demandas do consumidor na economia digital.

*Fernanda Benhami é Principal Solutions Architect do SAS

Nova economia e experiência do Cliente: como equilibrar essa relação

por Maria Neves, Diretora de Customer Experience da NEO no Rio de Janeiro

O conceito de nova economia representa as novas abordagens de mercado em relação a muitos pontos que serviam como base para as empresas até o final do século 20, como os consumidores passivos ou a centralização do mercado. Em linhas gerais, a expressão propõe uma lógica diferente no mercado, que deixa de se concentrar apenas nos produtos e começa também a priorizar os serviços. A partir das inovações promovidas pela tecnologia e o foco na experiência do Cliente (entre outros pilares), uma nova perspectiva vem guiando as empresas modernas.

Divulgação
Maria Neves, Diretora de Customer Experience da NEO no Rio de Janeiro

Trazendo isso para a perspectiva do Customer Experience, vemos que as marcas que hoje são referência possuem suas culturas centradas nas pessoas, sem deixar de lado a tecnologia e a transformação digital. Os modelos de negócio procuram a flexibilidade ao personalizar suas soluções, sempre em linha com as preferências dos Clientes, focando na experiência do usuário.

Existem três pontos importantes que favorecem as mudanças e regem as tendências da nova economia: o conhecimento, o comportamento do usuário e a tecnologia. O conhecimento faz com que as empresas possam tomar as melhores decisões em suas estratégias, tendo como base informações vindas de fontes confiáveis. O comportamento do usuário é algo crucial, uma vez que na ótica da nova economia ele é o centro de tudo e tem o poder de decisão e a liberdade de escolha. Por fim, mas não menos importante, consideramos a tecnologia, com seu uso ampliado a partir de possibilidades como a análise de dados e a inteligência artificial, que trazem avanços às empresas e enriquecem as soluções disponíveis no mercado.

Quem está a par desta dinâmica age de acordo com um propósito, e entendem o que motiva o seu desenvolvimento, qual a causa que possibilita a sua existência e o que de fato traz resultados. E, quase sempre, o que motiva é o Cliente, que sempre vem em primeiro lugar! Na nova economia, uma empresa de sucesso o conhece bem e cria soluções para ele (muitas vezes, os consumidores não sabem o que querem, mas a organização entende a dor que eles sentem, encantando-os).

Neste cenário, o mercado funciona a partir da percepção de uma necessidade, que sempre é atendida. Só que, para se destacar, é preciso ir além. E ir além significa criar novas demandas a partir do entendimento pleno do Cliente, o que torna possível assumir um diferencial e estar sempre “um passo à frente” dos concorrentes.

Para se manter competitivo, é preciso se reinventar regularmente, uma vez que a tecnologia se desenvolve de maneira muito rápida. No entanto, inovar nem sempre significa inventar uma solução do zero, mas também a aplicação e implantação de melhorias em serviços já existentes. Sendo assim, a flexibilidade precisa dar o tom, pois é com esta qualidade/habilidade que surfamos as transformações digitais, que são cada vez mais velozes. Ser flexível permite adaptações rápidas e nos dá a chance de aproveitar oportunidades e realizar melhorias em processos internos. Vale destacar que existe a possibilidade de falhas, que por sinal são comuns quando há inovações – nestes casos, basta ver o que não saiu conforme o esperado, fazer os ajustes e prosseguir.

Por fim, não devemos nos esquecer que é em meio às crises que insights e oportunidades não exploradas podem surgir. Nenhuma solução é 100% perfeita, e sempre haverá alguma melhoria a ser aplicada. Ou seja, o cenário de incertezas é comum, mas deve ser visto de forma positiva, e sempre considerando as preferências atuais dos Clientes. Afinal, eles são o centro de tudo.

Livro sobre os conceitos fundamentais do Customer Experience

Lançamento de livro sobre os conceitos fundamentais do Customer Experience (CX), tema em alta no Brasil

Com grandes especialistas, obra trata do 360º da experiência do cliente desde abordagem de marketing, tecnologia, ferramentas, aplicabilidade até cases de sucessos e fracassos

A experiência do cliente tem se tornado cada vez mais crucial para o sucesso dos negócios. Dados do Relatório Global de Tendências de Experiência do Cliente (CX) 2021 da Zendesk apontam que CX tornou-se especialmente importante na América Latina, que apresentou aumento de 44% no número de chamados de suporte desde o início da pandemia – acima de qualquer outra região no mundo. Além disso, em uma pesquisa realizada pela PwC, empresa de consultoria e auditoria, 84% das pessoas disseram achar a experiência tão importante quanto o produto.

O tema no Brasil é incipiente e empresas estão correndo atrás das oportunidades que deixaram para trás no que se refere a oferecer experiências no mínimo de qualidade ao longo de toda a jornada dos seus clientes. Para difundir o tema, trazer o conceito e despertar a urgência na implementação para leitor, é lançado hoje o livro: “Experiências que deixam marcas. Conceitos fundamentais sobre Customer Experience”, dos coautores: André Luiz Camacho da Silveira, Andréa Naccarati de Mello, Fábio Dias Monteiro, Jim Jones da Silveira Marciano, José Joaquim Costa de Oliveira, Larry Sackiewicz, Luis Alt e Luiz Carlos Corrêa.

A obra trata da experiência do cliente desde os conceitos fundamentais, abordagem de marketing, ferramentas, aplicabilidade até cases de sucessos e fracassos. Além disso, o livro traz tópicos com elementos que envolvem CX como: e-commerce, experiência do usuário (UX), propósito e reputação de marca, inteligência artificial (AI), Design de Serviço, BRMS (Sistema de Gerenciamento de Regras de Negócio), entre muitos outros.

“O livro trata da extrema importância de colocar o cliente no centro de todas as iniciativas das organizações, entender as suas necessidades, gerenciar e medir suas experiências com as marcas, produtos e serviços oferecidos por elas, tomar ações corretivas para entregar o que os clientes querem, entre outras. O Brasil ainda tem muito a evoluir tanto no aspecto humano como no tecnológico para melhorar a experiência dos seus clientes. Além disso, o livro traz um design bonito e colorido, com bastante vida. Quisemos que o livro transpirasse literalmente pessoas e experiências. Isso o torna muito diferenciado no mercado brasileiro”, explica Andréa Naccarati de Mello, coautora, coordenadora e editora do livro.

“Experiências que deixam marcas. Conceitos fundamentais sobre Customer Experience” está sendo lançado pela editora Robecca & Co e conta com apoio da Abaccus Software, que tem como fundador e CEO, Rodrigo Santos. “É extremamente importante apoiar esse tema porque a experiência do cliente está no nosso DNA. O livro é uma leitura obrigatória para quem acredita na conexão e fidelização do cliente. A obra traz importantes temas e ideias sobre a forma como o consumidor contemporâneo espera se relacionar com as marcas e viver experiências propiciadas por elas, além de ser muito didático e com uma profundidade necessária”, comenta Rodrigo Santos.

O volume ainda traz comentários de profissionais renomados, como: Bia Galloni (Diretora de Marketing, Comunicação e Sustentabilidade do Banco Safra), Fabiano Ferreira (Conselheiro de Inovação da Construtora Patriani), João Branco (CMO/Diretor de Marketing Arcos Dourados Brasil -McDonald´s), Luiz Buono (Líder da Fábrica, Agência especializada em gestão de marcas), Nicolas Wsevolojskoy (Diretor de Operações do Nubank), Rafael Coelho (Head Global de Customer Relationship na Rappi) e Sarah Buchwitz (Vice-Presidente da Mastercard. Marketing & Communications. GeoSouth).

A obra impressa “Experiências que deixam marcas. Conceitos fundamentais sobre Customer Experience” pode ser adquirida no site oficial (link) e custa R$ 90,00.

Serviço:

Lançamento “Experiências que deixam marcas. Conceitos fundamentais sobre Customer Experience”

Autores: André Luiz Camacho da Silveira, Andréa Naccarati de Mello, Fábio Dias Monteiro, Jim Jones da Silveira Marciano, José Joaquim Costa de Oliveira, Larry Sackiewicz, Luis Alt, Luiz Carlos Corrêa

Valor do livro impresso: R$ 90,00

Editora: Robecca & Co

Site oficial: www.editorarobecca.com.br

Fonte: Gabriella Brito – Relações Públicas – Editora Robecca & Co

Grendene assume controle do e-commerce de Melissa

Loja virtual da marca passa a ter a sua gestão feita pela própria Grendene, desde a tecnologia até a logística. Iniciativa busca aprimorar a experiência do cliente

Seguindo com a estratégia de impulsionar as vendas on-line no Brasil e no exterior e manter um relacionamento próximo do consumidor, a Grendene, maior exportadora de calçados do Brasil e uma das maiores produtoras mundiais, vai internalizar as operações do e-commerce nacional de Melissa, uma das principais marcas de calçados do país. A mudança será feita em 18 de fevereiro.

Segundo Paulo Pedó, diretor de Negócios Digitais da Grendene, a loja virtual, até então terceirizada, passa a ter a sua gestão feita pela própria Grendene, desde a tecnologia até a logística. “A iniciativa não muda a forma como o público já acessa a loja virtual. Nós unificamos dois domínios que haviam e com a internalização, todo o e-commerce e conteúdo de estarão concentrados no site www.melissa.com.br. A mudança faz parte do processo de transformação digital da Grendene, que tem como um dos objetivos internalizar o e-commerce de todas as nossas marcas para nos aproximar ainda mais do consumidor e gerar experiências customizadas”, explica. Em setembro do ano passado, a loja on-line da Melissa nos Estados Unidades já havia passado pelo mesmo processos.

As experiências e o próprio processo de internalização do e-commerce das marcas da Grendene estão sendo potencializados pelo departamento de Digital Commerce da Companhia. Também já estão sob a gestão da empresa o e-commerce de Zaxy, Ipanema, Grendene Kids e Rider Brasil, além do e-commerce B2B. A expectativa é concluir a migração de todas as marcas até março deste ano.

Sobre Melissa

Lançada em 1979, a marca integra o grupo calçadista brasileiro Grendene. Hoje presente em mais de 70 países, nasceu inspirada na moda dos pescadores da Riviera Francesa. Seu primeiro modelo, batizado de Aranha, logo ganhou o gosto nacional. Só na última década, Melissa fabricou mais de 32 milhões de pares de sapatos. Melissa é também reconhecida por suas criações de perfume e acessórios como bolsas que já se tornaram icônicas. Uma das primeiras marcas do mundo a promover collabs, tem orgulho de uma história que conta com a participação de grandes nomes da moda mundial, como Jean-Paul Gaultier, Karl Lagerfeld, Vivienne Westwood, Jeremy Scott e Vitorino Campos. No ano de 2020, a marca com a sua collab com a marca dinamarquesa, Viktor&Rolf se tornou a primeira marca brasileira a desfilar na semana de Alta Costura de Paris. Sempre vanguardista, Melissa ultrapassa o segmento fashion e ainda conta com coleções elaboradas por artistas como os designers brasileiros Irmãos Campana e a arquiteta iraniana-britânica Zaha Hadid – além de suas três galerias físicas, centros de grandes exposições e ativações artísticas e culturais, localizadas em três dos principais centros urbanos do mundo (São Paulo, Nova York e Londres). Outro grande orgulho dos 40 anos da marca, Melflex® – forma proprietária de PVC 100% reciclável – nos estabiliza como conscientes e conscientizadores do conforto e do estilo aliados à sustentabilidade.

Sobre a Grendene

Fundada em 1971, a Grendene é a maior exportadora de calçados do Brasil e uma das maiores produtoras mundiais. Detentora das marcas Melissa, Grendha, Zaxy, Rider, Cartago, Ipanema, Pega Forte e Grendene Kids possui tecnologia proprietária e exclusiva na produção de calçados para os públicos feminino, masculino e infantil.

Com cinco unidades industriais, distribuídas por Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul e 11 fábricas, tem capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares/ano. Por meio de representantes comerciais, distribuidores, exportações diretas e da subsidiária Grendene USA, Inc. (EUA), seus produtos alcançam 65 mil pontos de venda no Brasil e 60 mil fora do país. A Companhia conta ainda com showroom Melissa em Milão, três “Galeria Melissa” (São Paulo, Nova York e Londres). Em 2019, registrou lucro líquido de R$ 495 milhões.

Fonte: CDN Comunicação – Fábio Souza