Como fazer sua marca se destacar da concorrência

por Ana Meneguini*

Se tem uma dúvida recorrente na cabeça de muitos empreendedores e líderes de negócios certamente é “como destacar minha marca?”. A pergunta por trás da pergunta em geral se desdobra em duas: como vender mais e como fidelizar melhor meu cliente?

Essas são as dores, mas a solução está na marca. Marcas fortes atraem mais. Marcas fortes engajam e convergem mais. Marcas fortes duram por mais tempo. Por isso, vivem um ciclo virtuoso. E como tornar sua marca forte? Como destacá-la da concorrência?

Cuidado da tríade PBR – People, Branding, Revenue. People, em inglês, quer dizer, pessoas, branding, marca, revenue, receita.

Parece óbvio mas não é: a marca é o alicerce sobre o qual a receita se constrói. Você pode estar se perguntando “mas eu só queria vender mais”. Explico: pessoas são a matéria prima sobre a qual a marca se alicerça.

São as pessoas que executam as entregas que transformam suas promessas de marca em tangíveis que são usufruídos pelo mercado consumidor, gerando receita. Se você não cuida das pessoas, não dá a elas um norte claro, uma estratégia clara, seus números vão denunciar dispersão de energia e perda de oportunidade. E isso tudo impacta negativamente a geração de novas vendas.

Foque nas pessoas. Alicerce sua marca nelas. Deixe que elas façam seu trabalho, inspire-as a impactarem a economia, a se envolverem com a comunidade que se interessa e que precisa da sua solução, e aí, colha rentabilidade sustentável.

Porque pessoas autênticas formam times fortes, que advogam pela sua marca porque se identificam legitimamente com a mudança que ela faz, e suportam as intempéries do mercado e as volatilidades do cotidiano – se, é claro, sua marca for de verdade verdadeira.

Uma vez que as pessoas estejam bem direcionadas, é hora de olhar para o mercado e entender: “o que o meu concorrente faz melhor que eu?” – Uma pergunta que, quando bem elaborada, pode trazer inovação no seu jeito de oferecer seu produto ou serviço. E novas oportunidades de se comunicar melhor e vender mais.

Retorne para as pessoas! Seus clientes. Clientes são pessoas que podem se tornar advogados e embaixadores da sua marca.

É possível co-criar com seus clientes? Não perca a oportunidade. O senso de comunidade é o novo cartão fidelidade. Abrace essa causa. Pessoas, marca e receita: três elementos voláteis, orgânicos, mutáveis. E exatamente por isso, belos, desafiadores, apaixonantes.

É possível fazer algum tipo de sucesso cuidando apenas de um? Sim, claro.

Este sucesso é sustentável a longo prazo? Não, com certeza não.

*Ana Meneguini

Fundadora e estrategista em Branding, Geração de Demanda e Receita na Introduce to Market (ITM). Possui mais de 20 anos de experiência e com especialização em Branding, Growth, trade marketing, vendas, comunicação interna e institucional. O alto nível de especialização nestes temas, deve-se ao fato de ser visionária dos lugares que pode alcançar como empreendedora e com um perfil de liderança movido por desafio e voltado a resultados.

Como definir o alcance de público em uma campanha

Indicadores para definição de alcance

por Josué Brazil

Em meu último texto aqui sobre planejamento de mídia escrevi sobre alcance, frequência e continuidade; os três pilares do pensamento estratégico no plano de mídia.

Imagem de Brian Merrill do Pixabay

Agora vou trazer aqui alguns indicadores que nos mostram com que tipo de cobertura trabalhar de acordo com cada situação de mercado e comunicação. Para quem não leu o texto anterior, definimos três níveis de alcance: baixo (quando objetivamos atingir menos de 40% de nosso público alvo); médio (quando pretendemos falar com 40 a 70% de nosso público) e alto (quando buscamos conversar com mais de 70% de nosso público).

Vamos falar dos indicadores então:

CICLO DE VIDA DA MARCA – marcas e/ou produtos em situação de lançamento, relançamento e sustentação (principalmente para marcas de destacada liderança) é recomendável a alta cobertura (acima de 70%). Por outro lado marcas com baixa participação, sem produção suficiente para atender à demanda, a solução é média ou baixa cobertura;

OBJETIVOS DE MERCADO – De modo geral, quanto maiores os objetivos de mercado, maior a necessidade de atingir progressivamente novas parcelas de público;

CAMPANHA PROMOCIONAL – campanhas promocionais curtas e de rápida resposta exigem altas coberturas. Dependendo do volume de resposta desejado e necessário e da mecânica da promoção, soluções com média cobertura são boa opção;

DINÂMICA DA CONCORRÊNCIA/MERCADO – diretamente ligado ao posicionamento estratégico adotado pelo anunciante e da sua posição de mercado, além da configuração do mercado em que está inserido, ou seja, o que o cliente pretende em relação ao seu mercado afeta a escolha do nível de alcance de público;

COMUNICAÇÃO – quanto maior o nível de conhecimento e de lembrança da marca menor a necessidade de buscar novas parcelas de público;

PERÍODOS – a cobertura pode e deve variar ao longo da campanha (sazonalidade, férias, custos etc). Ela não precisa ser igual do início ao fim de um esforço de comunicação.

Neste texto me apoiei nas ideias de Edson Benetti em seu capítulo sobre Mídia do livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”.

Num próximo texto traremos os indicadores para definirmos que tipo de continuidade adotar em nosso planejamento de mídia para uma marca/empresa/produto/serviço.

47% dos brasileiros têm comprado mais online desde o início da pandemia, mostra Ipsos

Em decorrência da Covid-19, entrevistados do mundo todo estão frequentando o comércio local com menos frequência do que antes

A crise do novo coronavírus, e o consequente isolamento social a nível global, trouxeram mudanças significativas nos hábitos de consumo da população, com impacto especialmente em economias locais. Segundo a pesquisa Shopping During The Pandemic, realizada pela Ipsos com entrevistados de 28 países, 47% dos brasileiros têm feito mais compras online do que faziam antes da pandemia de Covid-19. No mundo todo, são 43%.

Os respondentes que mais aumentaram a frequência com que fazem compras online, desde o início da crise sanitária, foram os do Chile (59%), Reino Unido (55%), Turquia e Coreia do Sul (54%). Enquanto 47% das pessoas no Brasil estão comprando mais pela internet, 17% relataram comprar menos e 36% compram tanto quanto antes.

Com o aumento das compras em plataformas digitais, 36% dos entrevistados no país disseram que estão comprando menos em lojas pequenas, de comércio local, se comparado ao período pré-pandemia. Por outro lado, 49% afirmaram ir a lojas tanto quanto antes e 15% têm frequentado tais estabelecimentos com mais frequência do que antes da crise do novo coronavírus. No que diz respeito aos hábitos de compra, o brasileiro tem evitado frequentar lojas locais mais do que a média das nações. No mundo todo, o percentual de pessoas que tem saído menos para comprar em comércios da proximidade é de 30%.

Globalmente, as pessoas com poder aquisitivo mais alto tiveram o crescimento mais significativo nas compras online: 49% fazem mais compras pela internet do que antes. Entre os respondentes de baixa renda, são 37%; na classe média, são 43%.

O perfil que mais aderiu às compras online durante a crise de Covid-19, além de ser de alta renda, é também majoritariamente feminino e jovem. De todas as participantes do estudo, 45% disseram estar comprando mais pela internet, contra 41% dos homens. Além disso, 45% dos entrevistados com menos de 35 anos aumentaram o consumo online na pandemia, contra 40% entre os mais velhos, de 50 a 74 anos.

“Enquanto 49% das pessoas de classe alta aderiram às compras online no mundo, no Brasil o número chegou a 59%. Além disso, as mulheres brasileiras também foram mais seduzidas por esta modalidade de compra (53%, contra 45% globalmente). Sendo assim, é importante que as marcas que querem chegar até o consumidor digital do Brasil pensem em estratégias que atraiam estes públicos”, analisa Rafael Lindemeyer, diretor de negócios na Ipsos.

Restaurantes versus delivery

Assim como a ida às lojas físicas, o brasileiro tem evitado comer fora mais do que o resto do mundo. Dos respondentes do país, 67% declararam estar indo a restaurantes locais com menos assiduidade do que antes. Considerando todas as nações, são 63%.

Apesar da queda da clientela nos salões dos restaurantes de bairro, apenas 1 entre cada 4 brasileiros (25%) disse ter pedido mais delivery no período pandêmico. Em contrapartida, 35% estão comprando menos comida por delivery e 40% escolhem a modalidade de entrega em casa tanto quanto faziam antes.

Image by Please Don’t sell My Artwork AS IS from Pixabay

De 28 países, apenas 8 apresentam um índice de pessoas que aumentaram o consumo por delivery mais alto do que o de pessoas que diminuíram o consumo por delivery. São eles: Chile, Colômbia, Malásia, Estados Unidos, Bélgica, Coreia do Sul, Alemanha e Holanda. Na média do mundo todo, 23% têm recorrido com mais frequência à entrega de refeições, contra 32% que estão pedindo menos delivery e 45% que não mudaram seus hábitos.

“Os indicadores refletem comportamentos adquiridos durante o confinamento. Comprar menos por delivery não significa que o mercado de aplicativos esteja prejudicado, pois está em plena expansão, mas sim que restaurantes que não se adequam a este novo canal perdem apelo ao consumidor. É importante que as empresas do ramo tenham uma estratégia para não ficar de fora do leque de decisão do comprador”, ressalta Lindemeyer.

As pessoas que menos têm saído para comer são mulheres: 66% do total de participantes do sexo feminino diminuíram suas idas a restaurantes, enquanto 59% dos homens fizeram o mesmo. A faixa etária de 50 a 74 anos está se prevenindo mais, pois 68% relataram queda na frequência com que comem fora. Entre aqueles com idade de 35 a 49 anos, são 64% e, entre os entrevistados com menos de 35 anos, 57%.

A pesquisa on-line foi realizada com 20.504 entrevistados de 28 países, com idades de 16 a 74 anos, entre os dias 20 de novembro e 04 de dezembro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Fonte: Giusti Comunicação – Jéssica Díez Corrêa

Artigo aborda as lives próprias

Lives próprias: um novo negócio a favor das marcas

por Rodolfo Darakdjian, da OPL Digital”

Assim que a quarentena teve início, em março desse ano, uma enxurrada de lives tomaram a internet.

Eram artistas dos mais variados gêneros que, impossibilitados de irem aos palcos, viram nesse formato uma boa forma de conexão com seus públicos também, quem sabe, de gerarem alguma receita.

Image by Nadine_Em from Pixabay

Acompanhamos então por semanas, lives sertanejas, infantis, pagodeiras ou regueiras; enfim, estava todo mundo lá. De segunda a segunda, por volta das dezoito horas, com certeza, tinha uma live perto de você.

Com esse boom, modelos comerciais foram criados e levados ao mercado e discussões até então desconhecidas, surgiram, como o fato de artistas consumirem bebidas alcoólicas durante os vídeos; e de repente essa história de live acabou virando uma boa oportunidade para marcas também buscarem conexão com seus públicos nesse momento em que muita gente estava presa dentro de casa.

Passados alguns meses, todos já estavam mais conformados com a situação da pandemia, já cientes dos novos hábitos e até, de certa forma, alguns segmentos do mercado retornando suas atividades lentamente.

Nesse cenário, porém, é interessante notar que as lives deverão continuar por muito mais tempo na vida dos brasileiros. Elas continuam lá, com seu público fiel, levando entretenimento toda noite, de segunda a segunda por volta das 18 horas… seja pelo Instagram, pelo YouTube ou qualquer outra ferramenta.

Porém, o que se nota agora, ou de alguns meses pra cá, é que – se antes as marcas embarcavam suas mensagens a custos altíssimos em conteúdos de artistas – agora essas mesmas marcas começaram a perceber que podem criar seus próprios conteúdos. Bom, não?

Nas últimas semanas, marcas como C&A e Renner usaram seus perfis em mídias sociais para buscar conexão com seus consumidores. Interessante notar que, na maioria das vezes, utilizaram o espaço para discutir questões sociais ou de categoria, não necessariamente esfregando o produto em tela.

Seria essa então uma nova tendência na comunicação de marcas num pós-pandemia? Na divulgação das lives de marcas que estavam pulverizadas pela internet, formatos comerciais citavam data e hora da live e o botão de ação já possibilitava ao usuário que, ao clicar, o evento fosse diretamente levado ao seu calendário.

Novos tempos! E sua marca, já pensou em construir lives para melhor dialogar com seus consumidores?

Fonte: Creativosbr – Daniella Azzoni