Carrossel e reels se consolidam como formatos de maior integração no Instagram

Vídeos rápidos e conteúdos sequenciais desbancam as imagens únicas, que ainda assim continuam sendo mais usadas pelas marcas na plataforma

O que os usuários do Instagram gostam é de conteúdo em sequência e vídeos. É o que mostra a mais recente edição do #MS360FAAP, estudo que monitora dados das redes sociais, e que apresenta seus resultados trimestralmente, realizado pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD-FAAP) do Centro Universitário FAAP, em parceria com a Empifi.

Na avaliação dos meses de abril, maio e junho deste ano, foi identificado que o formato Carrossel tem um resultado de interações melhor do que o formato de foto única. No caso dos Influenciadores Digitais, a mediana do primeiro é de 2,2 mil interações por publicação, enquanto o segundo fica com 1,8 mil. Os reels ficam entre os dois, com 2,1 mil interações.

Já no caso das Marcas, é o formato reels que promove a maior quantidade de interações: 125 interações por publicação. No Instagram, o volume de interações da categoria de Influenciadores é 24,8 vezes maior do que a categoria de Marcas. “A enorme diferença entre os números deixa evidente que os usuários preferem interagir com pessoas do que com marcas”, comenta o professor da FAAP Thiago Costa, um dos pesquisadores do estudo, que complementa: “Isso comprova a necessidade de as empresas humanizarem sua comunicação, algo muito falado, mas pouco realizado”.

Outro dado desta edição do #MS360FAAP mostra como Marcas e Influenciadores adotam estratégias diferentes em relação ao formato das suas publicações. As Marcas costumam produzir mais posts com foto (37,1%) e em segundo lugar, posts em formato reels (34,6%). Já os Influenciadores fazem mais reels (43,6%) e em segundo lugar o formato carrossel (30,1%). “Essa diferença pode ser dar pela facilidade com a qual influenciadores digitais têm de produzir conteúdos no formato reels, diferente das marcas que dependem de mais planejamento e aprovações”, explica o professor Eric Messa, coordenador dos cursos de Publicidade, Relações Públicas e do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD-FAAP) da FAAP, que sugere: “As marcas precisam buscar soluções para produzirem mais reels e também, optar pelo formato carrossel ao invés da foto única, pois neles o resultado de interações é bem melhor”.

Facebook

Muita gente pode acreditar que o Facebook não tem mais relevância, mas os criadores de conteúdo e também as marcas que continuam apostando nesta plataforma obtém resultados interessantes.

A mediana de seguidores dessa categoria é de quase 445 mil fãs por página, enquanto a segunda colocada – a categoria Mídia – possui cerca de 245 mil fãs. “É mais uma comprovação de que os usuários de redes sociais estão lá, antes de mais nada, para interagir com outras pessoas – independente de qual seja a plataforma”, reforça o professor Thiago Costa.

Na comparação do Facebook com o Instagram, a quantidade de postagens semanais dos criadores de conteúdo é bastante similar. São 2 por semana no Facebook e 3 no Instagram. Isso, importante reforçar, considerando apenas o feed.

Em termos de conteúdo, nota-se no Facebook uma preferência maior pela publicação de fotos, tanto por Influenciadores (73,3% das postagens) como pelas Marcas (83,6%). O formato de vídeo aparece em segundo lugar, tendo os Influenciadores aparentemente mais facilidade com esse formato, pois a porcentagem (15,3%) é um pouco maior do que a das Marcas (11,6%). Outro destaque do segundo trimestre de 2023 no Facebook é a boa representatividade das páginas de Serviços, que alcançaram quase 5 milhões de interações no período.

Ao analisar todo o contexto da pesquisa, considerando os dados relativos ao Instagram e ao Facebook, os professores ponderam sobre o impacto do marketing de influência. “Para um bom resultado de comunicação da marca com seus consumidores, ela não pode depender exclusivamente do seu perfil dentro da plataforma”, explica o professor Eric Messa. E o professor Thiago Costa complementa: “É importante contar com ações em colaboração com influenciadores digitais e criadores de conteúdo”.

Para baixar o relatório completo acesse aqui

Fonte: Priscila Lacerda – Assessoria de Imprensa FAAP

Quarentena muda comportamento dos usuários das redes sociais

Estudo desenvolvido pela FAAP, em parceria com a Socialbakers, mostra queda nas interações e no número médio de seguidores das celebridades no Instagram

A velha máxima de que “conteúdo é rei” mostrou-se ainda mais válida nessa quarentena. O estudo #MS360FAAP, desenvolvido a partir de uma parceria do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) com a Socialbakers, mostrou uma queda percentual – se comparado com o início do ano – na média de seguidores das celebridades no Instagram. A redução foi de aproximadamente 34%, saindo de um número médio de 13,175 milhões (no primeiro trimestre) para 8,680 milhões neste segundo trimestre.

Image by William Iven from Pixabay

Com muito mais pessoas nas telas, devido ao distanciamento social por conta no novo coranavírus, o pensamento mais óbvio seria que as redes sociais teriam uma inundação de usuários e conteúdo, explica o professor Prof. Thiago Costa, um dos pesquisadores do estudo. Mas não foi o que aconteceu.

Entre janeiro e março deste ano, esse mesmo os perfis das celebridades alcançavam um crescimento de 17,3% no número médio de seguidores, na comparação com o período imediatamente anterior. Ou seja, depois de uma subida considerável, esse tipo de perfil teve uma queda percentual bem maior.

“É totalmente possível atribuir essa queda dos seguidores ao empobrecimento do conteúdo gerado pelas celebridades”, afirma Thiago Costa, que também é coordenador da pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da FAAP.

De acordo com o professor, a partir do momento em que não havia mais uma “vida glamorosa” e distante da realidade da maior parte das pessoas, o interesse do público diminuiu. “A quarentena nos igualou. Qual o sentido em ver o look do dia se não tenho onde usar essa roupa? Não há mais o que aspirar na vida de uma blogueira, por exemplo. Ela está tão presa dentro de casa quanto qualquer outra pessoa. Ou pelo menos é isso que se espera”, afirma.

Outro ponto que pode ser considerado é o do mau exemplo dado por perfis conhecidos das redes, que não respeitaram as medidas restritivas e, por isso, foram “cancelados” pelo público. E os números não mentem: as interações feitas pelos usuários do Instagram nos perfis das celebridades também sofreram uma diminuição de 42,47% do primeiro para o segundo trimestre de 2020, justamente no auge da pandemia. Saíram de uma média de 150.385 por postagem para 86.503.

O Prof. Eric Messa, coordenador do NiMD-FAAP, aponta que aumentou a visão crítica do público. Portanto, comportamentos vistos como “politicamente incorretos” passam a ter um impacto muito maior, distanciando o influenciador de seus seguidores. Ele lembra que essa queda no volume de interações também se dá por outros fatores, como a diminuição de publicações patrocinadas por marcas e, ainda, uma consequência de novos hábitos de consumo de mídia durante a quarentena, como a televisão, por exemplo.

Facebook

Enquanto a situação das celebridades no Instagram se mostra difícil, no Facebook quem sofre são as marcas. A plataforma continua mostrando um ritmo descendente desde o início de 2020.

Um exemplo desse cenário é o segmento de páginas categorizado como “Marcas/Institucional”. No primeiro trimestre deste ano, comparando com o último de 2019, esse setor já havia sofrido uma diminuição de 31% na média de curtidores. De janeiro até o final de junho, a queda foi menor, de somente 7%, porém mantém o viés de diminuição: a média de curtidores era de 2.939.968 no primeiro trimestre e, em abril, maio e junho, ficou em 2.729.411.

Em relação à amplificação de postagens, ou seja, na compra de mídia, das cinco categorias analisadas, três aumentaram a quantidade de conteúdo impulsionado (Marcas/Institucional, E-Commerce e Entretenimento). Já o setor de Mídia/Notícias manteve a quantidade. Apenas 7% dos conteúdos recebem impulso financeiro.

Na contramão, o segmento de Bens de Consumo diminuiu o percentual de posts amplificados, de 63% para 59%. “Mesmo que pequena, essa diminuição já deve ser uma consequência direta do movimento Stop Hate For Profit, que teve início em junho nos Estados Unidos e, desde lá, ganhou adesão de mais de 240 marcas que anunciaram o fim de suas campanhas de mídia no Facebook”, explica Messa.

Mais achados de destaque da pesquisa

– O setor de “Entretenimento” foi o que mais postou no Facebook no 2º trimestre, com uma média de 30 conteúdos por semana.

– 92% das postagens feitas no Facebook em abril, maio e junho de 2020, pelas principais páginas de “Mídia e Notícias”, continha algum tipo de link que levava o leitor para fora da plataforma, ou seja, outra página.

– 28% dos conteúdos postados pelos 100 maiores perfis do Instagram no Brasil não aparecem com nenhuma hashtag no texto.

– O tipo de postagem que mais gera engajamento para marcas no Instagram é o Carrossel (mais de uma foto no mesmo post). No segundo trimestre deste ano, em média, os 100 maiores perfis receberam 14.183 curtidas em conteúdos desse tipo.

O estudo #MS360FAAP apresenta trimestralmente o comportamento das 100 marcas e celebridades com mais interações no Facebook e Instagram. Os relatórios estão disponíveis no site www.faap.br/ms360faap.

Fonte: FAAP / OBOÉ COMUNICAÇÃO CORPORATIVA