Foco no cliente: requisito básico para marcas de sucesso

Por Tatiana Lacaz*

O Marketing 3.0 dá ênfase ao cliente como um todo, pois compreende as suas necessidades espirituais, materiais e emocionais, ou seja, ter um produto funcional não é suficiente para atender as dores e os anseios do público.

As marcas começam a pensar em valores pessoais, percebem que o cliente busca por experiências reais e marcantes, tornando-se, assim, um coautor e não apenas um mero consumista.

Se antes isso já era imprescindível, com as mudanças de mercado e de comportamento do consumidor a missão de focar no cliente e entender, de fato, o que ele sente, tornou-se uma tarefa hercúlea e diária. Por isso, as marcas precisam deixar cada vez mais claro o seu posicionamento, missão, visão e valores para conquistar a lealdade e o coração de cada cliente.

A capacidade de se adaptar a essas mudanças é um diferencial competitivo que realmente faz a diferença, pois vivemos a realidade do mundo BANI: Brittle, Anxious, Non-linear, Incomprehensible, em português: frágil, ansioso, não linear e incompreensível.

No meio dessas intempéries, é fundamental continuar buscando meios de causar o efeito ‘’UAU’’ evidenciado por Philip Kotler para causar uma experiência única, surpreendendo, desse modo, o público de uma forma jamais vista.

Quando o cliente é surpreendido, ele passa a defender a marca, tornando-se um advogado e defensor daquilo que consome, deixando de considerar outras marcas na hora do seu processo de compra.

As estratégias de Marketing e Comunicação atuam juntas nesse processo que exige pesquisas diárias por meio de ferramentas e teorias já fundamentadas por estudiosos da área. Os avanços na ciência comportamental e no Neuromarketing nos auxiliam a compreender a jornada de compra do consumidor, bem como a funcionalidade da mente humana em relação às emoções e aos sentimentos de cada um.

Portanto, conclui-se que o foco no cliente é um requisito básico, como já bem disse Simon Sinek: “Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios.” O Marketing não “empurra” o produto para o público, pelo contrário, ele tem o dever de entendê-lo completamente a ponto de entregar além do que ele espera.

*Tatiana Lacaz é publicitária e Analista de Marketing Júnior no Santuário Nacional de Aparecida

Antes de fazer Marketing na Era Digital, compreenda o que é Marketing

por Tatiana Lacaz

O Marketing tem como objetivo principal compreender as necessidades e os desejos das pessoas para fazer uma troca. Quando se adquire um produto de uma determinada marca, é cobrado um preço para que ele possa solucionar a sua dor/problema.

O conceito de Marketing existe bem antes da chegada dos aparatos tecnológicos, o digital é um complemento que interferiu diretamente nos processos e nas decisões das pessoas. A sua essência não muda, as redes sociais tornaram-se um meio de dialogar e mostrar o valor daquilo que as marcas oferecem e disponibilizam no mercado.

Compreender quais são as necessidades do cliente é essencial para entregar o esperado e prometido. A pirâmide de Maslow criada pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow divide as necessidades humanas em cinco tópicos: fisiológicos, de segurança, sociais, estima e auto realização.

Fonte: Reprodução/Internet. Acesso em 10 de maio de 2022

Na base da pirâmide encontra-se as necessidades fisiológicas do ser humano, como dormir, se alimentar, respirar, beber e se reproduzir. A próxima camada diz respeito a segurança e está relacionada ao conforto, bem-estar, estabilidade, cuidados com a saúde, proteção física, entre outros. Já a terceira camada aborda as necessidades interpessoais como os relacionamentos amorosos e familiares, entre colegas de trabalho e de faculdade, entre outras relações. Por fim, a quarta camada aborda as necessidades de valorização pessoal, pois as pessoas querem ser reconhecidas, valorizadas e aceitas na sociedade, seja na vida pessoal ou profissional.

A pirâmide de Maslow é crucial para auxiliar no entendimento das reais necessidades do ser humano; se o público está procurando satisfazer as necessidades de segurança, não tem por que criar promoções focando nas necessidades fisiológicas. A partir dessa teoria, pode-se criar estratégias assertivas para lidar com as pessoas, compreendendo o que ele sente em todos os aspectos da vida humana.

A premissa do Marketing é entender o comportamento das pessoas, e não a tecnologia em si, por isso, não adianta querer investir nas redes sociais bem como em outras plataformas, sem entender o nicho de mercado e o seu público. O estudo do comportamento do consumidor envolve muito mais do que quanto ele ganha, onde vive, quais canais e mídias consomem, é sobre desvendar os reais desejos, saber o que ele busca no dia a dia e o que ele está disposto a realizar
para satisfazer os seus anseios.

O digital veio para ficar, mas lembre-se sempre de uma coisa: “O futuro do Marketing encontra-se nos bancos de dados de marketing, através dos quais sabemos o suficiente sobre cada cliente para poder criar ofertas relevantes e personalizadas a cada um deles.” – Philip Kotler.