O OOH em movimento: considerações e projeções para os próximos meses

O OOH vem crescendo, impulsionado pela digitalização, avanço do DOOH e presença urbana com mais inteligência – Crédito: Divulgação

por Chico Preto*

Como venho dizendo desde o início do ano, 2025 é um ano de expansão para a mídia OOH no Brasil. Agora, ao entrarmos no segundo semestre, o cenário se mostra ainda mais favorável e é justamente esse período que reserva grandes oportunidades para o setor. Os números reforçam essa percepção. A Pesquisa Tendências 2024, desenvolvida pelo Cenp-Meios, aponta que o OOH já representa 10,8% dos investimentos publicitários no Brasil, atrás apenas da TV aberta e da internet. Além disso, 89% da população brasileira é impactada pela mídia exterior, o que confirma sua presença cotidiana e relevante.

A pesquisa também mostra que o setor vem crescendo de forma consistente ano após ano, impulsionado principalmente pela digitalização, pelo avanço do DOOH e pela busca das marcas por uma presença urbana com mais inteligência. Hoje, o OOH é reconhecido como uma mídia de massa com capacidade de segmentação e isso mostra que ele vem ganhando força, principalmente por sua capacidade de gerar impacto e trabalhar de forma conjunta com outras mídias.

Como destaquei no início do ano, uma das frentes que mais me empolga é o avanço do Retail Media. A mídia exterior está cada vez mais presente no momento da compra, nas ruas, nos mercados, nos centros urbanos. Essa proximidade com o consumidor, no contexto em que ele está, torna a comunicação mais eficaz e assertiva. O OOH ganha ainda mais força como meio de influência direta, com escala, capilaridade e credibilidade.

Mas não podemos falar de futuro sem olhar para os desafios que ainda temos pela frente. Segundo dados complementares da pesquisa do IAB Brasil, alguns dos principais obstáculos para o avanço do DOOH programático no Brasil incluem a falta de métricas padronizadas. Essa discussão também esteve presente no Congresso Mundial da World Out of Home Organization (WOO), realizado na Cidade do México. Foi a primeira vez que o evento aconteceu na América Latina e contou com a presença de mais de 58 países. Entre os principais temas abordados estavam o avanço da mídia programática e o uso de inteligência artificial para qualificar a medição de audiência e otimizar campanhas. A tendência global é clara, dados e tecnologia devem caminhar juntos para fortalecer o valor do OOH, e isso já está acontecendo no Brasil.

Para o segundo semestre de 2025, vejo um cenário promissor para marcas que buscam relevância e conexão com o público. A realização da COP 30 em Belém deve concentrar ações com foco em sustentabilidade, inovação e impacto social. Será um momento importante para o Brasil e uma oportunidade para que as marcas se posicionem em torno de temas ambientais e sociais. A expectativa é de um crescimento nas ativações de OOH na região Norte, mas também de campanhas nacionais alinhadas à temática da conferência.

Chico Preto, CEO da CHICOOH+ – Crédito: Divulgação

Além disso, datas tradicionais como a Black Friday e Natal movimentam o calendário publicitário no segundo semestre, especialmente no varejo. Esse cenário exige das marcas agilidade, segmentação e presença estratégica nas ruas e a mídia OOH tem respondido com soluções cada vez mais flexíveis e adaptadas às realidades locais.

Na CHICOOH+, seguimos atentos a cada um desses movimentos. Atuamos com inteligência de dados, planejamento e soluções que integram o OOH tradicional com o digital, sempre se adaptando às particularidades de cada região e os objetivos de cada cliente. Seguimos investindo em inovação, automação, mensuração e responsabilidade ambiental.

Estar no setor de OOH hoje é entender que não estamos mais falando apenas de espaços nas ruas. Estamos falando de presença nas conversas, nas decisões e no cotidiano, com estratégia, dados e propósito.

*Chico Preto é CEO da CHICOOH+

Na era dos dados, gerar insights confiáveis é o novo desafio

Por Milton Ribeiro*

Vivemos a era dos dados. Diariamente, segundo a IBM, o mundo gera 2,5 quintilhões de dados. No entanto, diante dessa quantidade massiva de informações geradas, uma pesquisa da Salesforce mostra que muitos líderes não se sentem preparados para encontrar, analisar e interpretar esses registros, resultando na falta de confiança no uso desses indicadores para tomadas de decisões.

Segundo o estudo, que foi realizado com 500 líderes empresariais nos EUA, fatores desde a economia incerta até corte de custos têm gerado a demanda por insights mais precisos para orientar as estratégias da empresa. Porém, apenas metade dos participantes afirmaram que a extração de dados está alinhada com as prioridades da organização.

A pesquisa ajuda a ilustrar os desafios que os gestores enfrentam atualmente na geração de dados, relacionados principalmente à qualidade, integração e governança. Isso é, ainda hoje, muitas empresas ainda operam com sistemas legados e, com isso, armazenam dados de forma fragmentada em planilhas ou diferentes plataformas – o que dificulta a execução de um processo claro de validação e identificação da real utilidade do material coletado.

Diante desse contexto, dificilmente os dados serão confiáveis e, sem dúvidas, acarretarão prejuízos para o negócio, uma vez que os líderes, ao tomarem decisões com base em suposições ou percepções parciais, podem traçar estratégias equivocadas, investimentos errados e, consequentemente, perder competitividade. E, tendo em vista que, no ambiente de negócios dinâmico atual, a agilidade e precisão são essenciais, a falta de confiança nos dados compromete diretamente a capacidade de inovar e reagir rapidamente.

Neste contexto, o que diferencia empresas que são bem-sucedidas das demais é a capacidade de transformar esses dados em valor. A pesquisa da Salesforce ainda mostra que 76% dos líderes empresariais se sentem cada vez mais pressionados a apoiar seus argumentos e afirmações em dados. Em outras palavras, esse comportamento ajuda a enfatizar a importância insights confiáveis para ajudar otimizar operações, entender clientes, reduzir riscos e antecipar tendências.

Em um cenário altamente competitivo, dados confiáveis se tornaram uma vantagem estratégica. Entretanto, ainda estamos em um momento transição, em que muitas empresas reconhecem a importância de implementar uma governança dessas informações, mas poucas implementaram, de fato, uma estrutura robusta para isso.

Sem dúvidas, a tecnologia é o principal habilitador desse processo. Através de ERPs e plataforma de Business Intelligence, como exemplo, é possível centralizar e padronizar os dados, tornando-os acessíveis em tempo real e com confiabilidade. Isso porque soluções de integrações ajudam a eliminar silos, enquanto recursos de validação automatizada e dashboards visuais facilitam a interpretação e o uso prático dos dados pelos gestores.

Entretanto, de nada adianta ter recursos que ajudem na confiabilidade dos registros, sem que a cultura organizacional esteja alicerçada. Ou seja, para que a tecnologia cumpra o seu propósito, é fundamental que as pessoas confiem nos dados e saibam utilizá-los de forma correta. Para isso, as organizações também precisam realizar o trabalho de educar, capacitar e engajar os times, mostrando as razões pelas quais as decisões orientadas por dados trazem melhores resultados.

As organizações ainda têm pela frente o desafio de conseguirem fazer uma gestão assertiva, identificando lacunas e pontos de melhorias para deixar os processos confiáveis. Neste aspecto, ter o apoio de uma consultoria especializada nessa demanda e na aplicação de tais recursos é um importante fator a ser considerado ao longo dessa jornada.

A confiança nos dados nasce quando há clareza, transparência e domínio técnico, o que só é possível com uma cultura forte e o foco contínuo em formação. Cada vez mais, a busca por insights confiáveis se tornará uma necessidade para que as empresas consigam obter vantagem competitiva e sobreviver em um mercado altamente dinâmico. Por isso, o quanto antes começarem a se preparar, melhor, afinal, o futuro não espera e, para sair na frente, é preciso estar preparado.

*Milton Ribeiro é Co-CEO da SPS Group.

Rafael Giupponi inaugura sede da startup InCicle em São José dos Campos

A InCicle, startup brasileira especializada em soluções inovadoras para gestores e profissionais de Recursos Humanos, está de casa nova. O especialista em gestão de pessoas focada em resultados e CEO Rafael Giupponi, de Cruzeiro, acabou de inaugurar a sede no Jardim Esplanada, em São José dos Campos.

O município paulista foi escolhido como parte do plano de expansão de negócios, marcando a fase de crescimento e novos projetos. O novo espaço, agora completo, foi planejado para ser moderno, acolhedor e colaborativo, reforçando a missão da InCicle em transformar os RHs das empresas de todo o país.

Giupponi celebrou o novo endereço ao lado de colaboradores e parceiros, destacando o potencial da cidade e o alinhamento estratégico da startup. “São José oferece um ambiente inovador, universidades de excelência e forte conexão com empresas dos mais diversos setores e a InCicle vem com uma camada de serviços, consultoria e soluções inovadoras para gestores e especialistas de RHs. As expectativas estão altas e temos muitos projetos pela frente. Que venham os novos voos”, disse.

Metade das startups brasileiras não sobrevivem aos desafios

O investidor anjo e mentor empresarial, Luis Namura*, acredita no potencial desse ecossistema e aponta caminhos para o sucesso.

O ecossistema de startups brasileiro cresce em visibilidade, mas ainda enfrenta um desafio estrutural preocupante: metade das startups não sobrevive nos primeiros anos de operação. Segundo dados do Observatório Sebrae Startups, dentre 18.458 startups cadastradas na plataforma Sebrae Startups, 56,56% delas não possuem faturamento no Brasil.

Conhecido como “vale da morte”, esse é o período em que a startup enfrenta dificuldades financeiras, pois ainda não consegue gerar receita suficiente para atingir o ponto de equilíbrio. Ele é marcado por um fluxo de caixa negativo, onde a empresa gasta mais do que recebe, e é uma das principais causas de falha de startups, com dados indicando que 25% das empresas fecham no primeiro ano e 50% até o quarto ano. Esse momento crítico se inicia logo após a criação da empresa e se estende até que ela consiga atingir a lucratividade, ou seja, o ponto de equilíbrio em que as receitas cubram todos os custos operacionais.

O mentor empresarial Luis Namura, em sua participação no Explaining Brazil Podcast sobre Startups na América Latina, gravado durante sua participação no Brazil Summit, em Nova Iorque, destacou os principais desafios para manter de pé o ecossistema, que são a tecnologia, o treinamento de equipes e especialmente a força-tarefa que precisa ser feita para driblar a concorrência. Confira a entrevista na íntegra no link.

Namura é um investidor anjo desde 2015 e acredita que não basta apenas colocar dinheiro em uma startup “É preciso apostar em ideias inovadoras, acreditar nas pessoas certas e agregar valor com conhecimento e experiência. Minha jornada começou de um jeito criativo, mostrando que para entrar no mundo das startups, é preciso mais do que seguir o caminho óbvio. É pensar fora da caixa”, explica.

Pela Lei Complementar nº 182/2021 (Marco Legal das Startups), no Brasil uma empresa pode ser formalmente considerada uma startup se:

● Tiver até 10 anos de inscrição no CNPJ.
● Ter faturamento anual de até R$16 milhões.
● Declarar em seus atos constitutivos a intenção de atuar com inovação.

As startups têm características bem particulares que as diferenciam das demais empresas, como inovação, modelo de negócio escalável, atuação em um ambiente de incertezas, uso intensivo de tecnologia, busca por conhecimento acelerado e financiamento externo.

Apesar dos inúmeros desafios, empresas brasileiras como Nubank e iFood, que começaram como startups, se transformaram em verdadeiras potências. A primeira criou um banco digital que oferece serviços financeiros sem burocracia, cartão de crédito sem anuidade, aplicativo fácil de usar e atendimento digital. Com o crescimento acelerado, tornou-se o maior banco digital independente do mundo e abriu capital na Bolsa de Nova Iorque. Já a outra criou uma plataforma de delivery de comida, que otimiza a logística e facilita os pedidos via app, alçando a liderança no setor em toda América Latina.

“Coincidentemente, o investimento em inovação e tecnologia, associado ao compromisso de atender as necessidades de uma grande parcela da população, foi fator determinante para que essas empresas conquistassem a liderança em seus segmentos de atuação. Novas possibilidades de negócios podem ser criadas a qualquer momento para quem tem um olhar atento às dores dos clientes. E, de repente, torna-se possível avistar uma lacuna aberta onde o concorrente não deu atenção”, finaliza o mentor Luis Namura.

*Sobre Luis Namura:

Luis Namura, CEO do grupo Vitae Brasil, holding com 1200 funcionários em 5 verticais: Educação, Saúde, Meio Ambiente & Energia, Marketplace e Startups. É formado em Engenharia Eletrônica pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), uma das mais prestigiadas escolas de engenharia do país, especialista em Marketing e Administração de empresas, com MBA em franchising pela Louisiana State University, MBA em Vendas, Marketing e Geração de Valor pelo Grupo Primo e MBA Macroeconomia & Portfólio Management pelo Grupo Primo (cursando).