Do reativo ao preditivo: uma reflexão sobre a revolução da IA no Growth Marketing

Por Fernando Cabral*

Com anos de experiência em estratégias de growth marketing, pude observar uma transformação profunda na forma como as equipes operam e tomam decisões. Era um universo em que o sucesso dependia da capacidade dos profissionais de buscar o “porquê” por trás dos números.

Em um mundo de painéis estáticos e dados isolados, os profissionais viviam mergulhados em relatórios, montando planilhas complexas e tentando conectar os pontos. Um trabalho meticuloso em que o insight, quando chegava, muitas vezes já vinha com dias ou semanas de atraso – e essa defasagem era o maior gargalo estratégico, pois raramente conseguia-se antecipar o futuro.

Hoje, o cenário é outro. A Inteligência Artificial, na minha opinião, redefine fundamentalmente a interação com os dados.

Estamos saindo da fase de buscá-los em dashboards para “conversar” com eles. Sistemas nativos de IA permitem que profissionais façam perguntas em linguagem natural e obtenham respostas contextuais instantâneas. Não recebem apenas um número, mas sim uma interpretação e uma sugestão de ação, o que democratiza o acesso a análises complexas.

Outro ponto, que considero ainda mais profundo, é a mudança na tomada de decisão. A análise puramente humana, por mais brilhante que seja, é naturalmente mais lenta. A verdadeira mudança de paradigma está na capacidade da IA de analisar volumes massivos de dados em tempo real, identificar anomalias, prever tendências e sugerir otimizações.

E, ao contrário do que muitos podem pensar, toda essa “inteligência” não torna o profissional obsoleto, pelo contrário, valoriza o seu papel. A máquina cuida da análise pesada, liberando os estrategistas para a validação desses insights e para a definição do rumo.

Finalmente, estamos superando o tempo da fragmentação. O antigo “conjunto de ferramentas” de marketing era uma colcha de retalhos. Havia uma ferramenta para atribuição, outra para análise e uma terceira para engajamento, e o contexto se perdia na transição entre elas. Os novos ecossistemas impulsionados por IA unificam essas funções. Eles criam uma camada de decisão única que integra medição, previsão e ação. Ter essa visão unificada é o que permite a verdadeira proatividade.

Essa transição do reativo para o preditivo é mais do que apenas uma atualização de software, é uma mudança cultural. Ela exige que os profissionais pensem diferente. Quando os insights são instantâneos e os padrões identificados precocemente, é possível parar de olhar para o retrovisor e começar a moldar ativamente o caminho à frente.

Para mim, está claro que a IA não veio para substituir o profissional de marketing. Ela veio para oferecer clareza, velocidade e uma vantagem preditiva inédita. O novo padrão de crescimento é definido por sistemas unificados e preditivos. Cabe aos profissionais aproveitar essa oportunidade para focar no que realmente importa: gerar impacto e impulsionar o crescimento de forma inteligente e ágil.

*Fernando Cabral é Diretor de growth LATAM da Adjust

No marketing B2B Tech, existem coisas simples de entender, mas complexas de executar

Mario Soma – Polvora Comunicacao

Por Mário Soma*

O marketing B2B Tech é um terreno em que a complexidade das decisões de compra se mistura com a necessidade de uma abordagem altamente estratégica. E, nesse cenário, as empresas falham com muita frequência por dois motivos:

  1. Falta de alinhamento com a jornada real de quem compra.
  2. Falta de entrega das informações certas, no momento certo, para facilitar a tomada de decisão.

Qual é o problema? A maioria das empresas baseia suas estratégias em um viés interno, centrado no produto, e não na jornada do cliente.

A realidade é que as decisões no marketing B2B Tech são longas, complexas, envolvem múltiplos stakeholders e passam por camadas de avaliações, benchmarkings e justificativas financeiras.

O erro sistêmico das empresas B2B Tech

As falhas mais comuns nas estratégias de marketing e vendas no marketing B2B Tech são:

  • Criar campanhas baseadas em suposições, e não em dados reais sobre o comportamento do lead.
  • Priorizar o produto em detrimento da experiência do cliente na jornada de
  • compra.
  • Ignorar que os decisores em empresas B2B Tech operam sob pressão de metas, com orçamentos limitados e riscos elevados, tornando o processo de compra mais criterioso.

O resultado? Um funil de vendas desalinhado, leads desqualificados e um ciclo de venda ainda mais longo e ineficaz.

A solução: marketing centrado no perfil do lead

A resposta para esse desafio está no marketing centrado no lead. Isso significa compreender a jornada de compra e adaptar cada interação para atender às necessidades reais dos decisores.

As quatro fases fundamentais da jornada de compra no B2B Tech são:

1 – “Estamos sempre ouvindo”.
Nessa fase, os decisores consomem conteúdo sem intenção imediata de compra. Aqui, o objetivo da marca é educar e construir autoridade.

Exemplo: um diretor financeiro (CFO) acompanha tendências do setor financeiro, mas ainda não tem urgência para trocar de software de gestão empresarial (ERP).

Conteúdo recomendado: artigos de tendências, relatórios setoriais, infográficos, palestras e webinars informativos.

2 – “Temos um problema a resolver”.
O comprador percebe um desafio ou ineficiência e começa a pesquisar soluções potenciais.

Exemplo: esse CFO nota problemas na conciliação financeira e inicia pesquisas sobre sistemas que possam otimizar o processo.

Conteúdo recomendado: whitepapers, cases de mercado, diagnósticos gratuitos e calculadoras de Retorno Sobre o Investimento (ROI).

3 – “Vamos buscar soluções potenciais”.
Nessa etapa, o comprador entra em modo de busca ativa por fornecedores e produtos.

Exemplo: ele compara opções, participa de eventos, solicita demonstrações e consulta benchmarks.

Conteúdo recomendado: demonstrações interativas, e-books comparativos, estudos de caso e provas de conceito.

4 – “Vamos comparar três fornecedores e decidir”.
O comprador está pronto para decidir e escolher entre as empresas finalistas.

Exemplo: ele analisa propostas comerciais, participa de reuniões executivas, revisa Níveis de Acordos de Nível de Serviço (SLAs) e analisa as referências de cada fornecedor.

Conteúdo recomendado: provas de conceito, ROI baseado em dados, análises comparativas, depoimentos de clientes e suporte na construção do business case.

Como adaptar sua estratégia de marketing?

A chave para um marketing eficaz no B2B Tech é atuar em todas essas fases da jornada do comprador. Isso significa:

  • Determinar o Perfil de Cliente Ideal (ICP): mercados e segmentos-alvo e os perfis de executivos a serem impactados.
  • Entender os canais e formatos de comunicação mais alinhados ao público e os temas que estão sendo debatidos.
  • Criar conteúdo segmentado para cada etapa do funil e, muitas vezes, também por perfil de público.
  • Integrar marketing e vendas para uma experiência mais fluida e personalizada.
  • Disponibilizar materiais técnicos e estratégicos para facilitar a tomada de decisão do executivo C-Level.

O grande desafio: uma jornada de compra não linear

Diferente do B2C, onde decisões de compra são rápidas e individuais, no marketing B2B Tech a jornada é longa e multifacetada. Os compradores entram e saem das fases do funil em um processo interativo, baseado em validação de informações e aprovação interna.

Qual é o segredo? Estar presente antes mesmo que o comprador perceba que precisa de você. As empresas que constroem relações e estabelecem autoridade desde a fase inicial tendem a ser as primeiras consideradas quando a necessidade emerge.

E na sua empresa? Seu marketing está estruturado para acompanhar a jornada real do comprador B2B Tech? Se não, é hora de repensar sua estratégia.

*Mário Soma é CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação

HITT promove evento sobre Liderança, Gestão e Tendências para empreendedores e profissionais locais

No dia 25 de março (terça-feira), a partir das 19h, o Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté (HITT) trará o tema “Gestão, Liderança e Tendências” para seu próximo #RitualDoHITT. O evento tem como objetivo conectar o papel desempenhado por empreendedores e profissionais que ocupam posições de liderança e tomada de decisão ao cenário do mercado de trabalho regional.

Mais do que acompanhar as transformações tecnológicas, atualmente, empresas, instituições e suas lideranças têm outros desafios. Segundo a “Pesquisa Gen Z e Millennial de 2024: Viver e trabalhar com propósito em um mundo em transformação” desenvolvida pela Deloitte, além do futuro do trabalho, questões como alinhamento de propósito pessoal e das instituições, ações de impacto climático, implementação e uso de Inteligências Artificiais Generativas e saúde mental tem impactado na atuação de profissionais de todas as gerações.

O estudo realizado em 2024 com mais de 22.800 respondentes em 44 países, mostrou que 86% dos entrevistados da geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) e 89% da geração Y (de 1982 a 1996) consideram ter um senso de propósito essencial para a satisfação no trabalho e o bem-estar geral. Já quando o assunto é sustentabilidade, 46% da geração Z e 42% da geração Y afirmam ter mudado ou planejarem mudar de emprego ou setor devido a preocupações climáticas. Com isso, chegamos a uma questão fundamental: Como atingir uma liderança de impacto e alinhada às novidades e mudanças do mercado?

Para responder essa e outras questões, o evento contará com a presença de Glaucia Bahio, fundadora do Lideraê Desenvolvimento, mentora, trainer de líderes e equipes, e colaboradora em universidades e hubs de inovação. Ela irá abordar sobre o que é preciso para que você, empreendedor, líder e profissional de RH (Recursos Humanos), desenvolva a gestão de pessoas do negócio de forma eficiente, em meio a novas tecnologias, inovações e comportamentos em constante transformação.

O evento realizado pelo Hub é gratuito e aberto ao público. Para participar é importante se inscrever por este link.

O HITT é um local de criatividade, colaboração e progresso, que através de ações como essa, busca não apenas amplificar a importância de um hub de inovação tecnológica, mas também fortalece seu papel como catalisador de mudanças e progresso na comunidade empreendedora e no ecossistema de inovação como um todo.

Evento: Gestão, Liderança e Tendências
Data: 25 de março, às 19h.
Inscrição
Local: HITT – Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté – Av. Dom Pedro I, 7181 – Loja 235 – Residencial Estoril, Taubaté – SP, 12091-000 (o HITT está localizado no Via Vale Shopping, no 2º piso, próximo à entrada do estacionamento coberto).
Entrada: Gratuito e aberto ao público. Vagas limitadas.

Fonte: Assessoria de imprensa do HITT

Curso de gerenciamento de crise em Taubaté

Taubaté recebe curso de gerenciamento de crise

Taubaté vai receber o Curso Prático de Gerenciamento de Crise com Ferramentas para Resiliência, ministrado pela professora Tatiana Livramento.

O curso é destinado a empresários, gestores e empreendedores que querem buscar ferramentas e recursos para perpetuarem seus negócios a partir da compreensão do novo e complexo cenário de negócios e de tomada de decisões.