Retail Media e Grupo Imobi assumem mídia em pedágios do Grupo CCR

Retail Media e Grupo Imobi assumem mídia digital OOH em pedágios do Grupo CCR

Em parceria, empresas passam a comercializar e gerenciar 90 painéis digitais em praças no Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

A Retail Media e o Grupo Imobi celebram a conquista dos ativos de mídia digital Out of Home (DOOH) nas praças de pedágio do Grupo CCR. Nesta parceria estratégica, a operação conjunta das duas empresas assume a responsabilidade pela comercialização e gerenciamento da publicidade nos painéis de LED distribuídos em 12 pontos estratégicos ao longo das rodovias controladas pela concessionária nos estados de Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A colaboração reúne a expertise do Grupo Imobi, com 18 anos de atuação no mercado de OOH e liderança na exposição de mídia digital em pedágios no Sul do Brasil; com a abrangência nacional e a força comercial da Retail Media, operando nesse segmento por meio da M3DOOH – seu braço de mídia urbana.

Além de enriquecer o portfólio de ambas as empresas, que agora contarão com mais 90 painéis digitais distribuídos nos três estados, o novo contrato envolve também a renovação dos equipamentos. O objetivo é proporcionar oportunidades únicas a anunciantes de diversos setores, tanto local como nacionalmente.

“Os pedágios são ativos muito valiosos, onde é possível impactar a audiência de forma efetiva e com altos níveis de atenção. Essa nova parceria com a CCR gera uma importante oportunidade complementar para nossos clientes, em uma solução que une pertinência, tecnologia e capilaridade”, destaca Cristiano Tassinari, CEO da Retail Media.

“Tivemos uma experiência muito positiva ao entender a importância desse produto para nossos anunciantes e usuários das rodovias. A partir disso, visamos ampliar essa cobertura, algo que o contrato com a CCR está nos permitindo”, completa Daniel Costa, sócio-fundador do Grupo Imobi.

Fonte: Tulom Comunicação

Vai colar com quem? O futuro próximo da propaganda

Por Josué Brazil

Tenho repetido quase como um mantra em várias conversas e foruns de discussão que a propaganda (a comunicação como um todo, na verdade) terá que entrar definitivamente na era da colaboração e das parcerias entre diferentes áreas de saber. Ela, a propaganda, deverá buscar complementariedades.

Resolvi então tentar deixar mais claro e mais detalhado esse meu pensamento e buscar mostrar quais serão estas áreas de saber que nos próximos cinco anos, a propaganda tenderá a se aproximar e buscar sinergias, à medida que a dinâmica do mercado e as demandas dos consumidores continuam a evoluir. Arrisco-me então a apresentar algumas áreas-chave em que a propaganda pode se beneficiar de colaborações mais estreitas:

Tecnologia e Inovação: A rápida evolução da tecnologia está transformando profundamente a maneira como as marcas se comunicam com os consumidores. A publicidade precisa acompanhar essas mudanças, adotando novas plataformas e formatos, como realidade aumentada, inteligência artificial e realidade virtual. A colaboração com especialistas em tecnologia pode ajudar as agências de publicidade a criar campanhas mais inovadoras e impactantes.

Psicologia e Comportamento do Consumidor: Compreender o comportamento do consumidor é essencial para criar campanhas publicitárias eficazes. A psicologia do consumidor fornece insights valiosos sobre as motivações, necessidades e desejos dos clientes, permitindo que as marcas desenvolvam mensagens mais persuasivas e personalizadas. Colaborações com psicólogos e especialistas em comportamento do consumidor podem ajudar as agências de publicidade a criar estratégias mais direcionadas e envolventes.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social: Os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões como sustentabilidade, responsabilidade social e impacto ambiental. As marcas que demonstram um compromisso genuíno com essas questões muitas vezes se destacam no mercado. A publicidade pode desempenhar um papel importante na comunicação desses valores aos consumidores. Colaborações com especialistas em sustentabilidade e responsabilidade social podem ajudar as marcas a desenvolver campanhas autênticas e impactantes nessa área.

Dados e Análises: A quantidade de dados disponíveis sobre os consumidores continua a crescer exponencialmente. As marcas que conseguem analisar e interpretar esses dados de maneira eficaz têm uma vantagem competitiva significativa. A publicidade baseada em dados permite que as marcas segmentem seu público-alvo com precisão e personalizem suas mensagens para atender às necessidades individuais dos consumidores. Colaborações com especialistas em análise de dados e inteligência de mercado podem ajudar as agências de publicidade a aproveitar todo o potencial dos dados disponíveis.

Cultura e Tendências Sociais: A cultura e as tendências sociais têm um impacto significativo no comportamento do consumidor e nas preferências de compra. As marcas que conseguem entender e se adaptar às mudanças culturais muitas vezes são mais bem-sucedidas em se conectar com seu público-alvo. A publicidade que reflete e celebra a diversidade cultural e social pode ser mais relevante e envolvente para os consumidores. Colaborações com antropólogos culturais, sociólogos e especialistas em tendências podem ajudar as agências de publicidade a permanecerem atualizadas e sensíveis às mudanças na sociedade.

Ao se aproximar e buscar sinergias com essas áreas de conhecimento nos próximos cinco anos, a propaganda estará melhor posicionada para criar campanhas mais eficazes, autênticas e impactantes, que ressoem com os consumidores e impulsionem o sucesso das marcas.

Coluna “Discutindo a relação…”

Uns + uns = todo

Antes de qualquer coisa… Que título é esse, Josué?! Enlouqueceu? Esqueceu que é professor de redação publicitária?!

Calma. Vou tentar explicar.

Tenho dito a algumas pessoas com as quais tive a oportunidade de conversar (boas conversas) nos últimos dias que quando recebi o convite para retomar a APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) do Vale do Paraíba o meu primeiro impulso foi recusar. Mal havia me ambientado no cargo de diretor da unidade de ensino na universidade em plena pandemia.

A conversa em torno da ideia com o Toni, da Executiva Nacional da APP, acabou me fazendo aceitar. Isso porque ao longo da conversa foi ficando claro para mim que aquela era a oportunidade de tentar alcançar algumas coisas em relação ao mercado. Coisas que acredito que sejam necessárias e quase urgentes.

A primeira delas: precisamos resgatar a ideia de um mercado de propaganda na nossa região. Em conversas com algumas pessoas próximas do mercado já há algum tempo venho percebendo que essa ideia não existia mais. Era cada um cuidando do seu negócio. Até os veículos, que na minha época de agência muitas vezes faziam o papel de aglutinadores, haviam se afastado dessa ideia.

Imagem de mohamed Hassan do Pixabay

A segunda delas: eu sou professor de publicidade e propaganda. Torço pelo sucesso de meus alunos e ex-alunos e quero um mercado forte, atraente e que segure aqui os muitos talentos que todas as universidades e faculdades da região formam. Quero um mercado próximo da academia e a academia perto do mercado. Um mercado promissor garante empregos, vagas e muitos alunos buscando os cursos da área de comunicação e marketing.

A terceira delas: a mais motivadora, talvez. O mercado precisa ser pensado e construído a partir de um pensamento coletivo de colaboração, parceria, troca e busca por excelência. As demandas dos clientes são cada vez maiores (isso gera inúmeras especificidades e áreas de especialização) e dar conta de tudo fica quase impossível para as agências de propaganda/comunicação e as assessorias. Ainda mais na nossa região em que verbas não tão grandes resultam em estruturas enxutas. É preciso juntar forças, buscar parcerias para somar expertises e entregar resultado. É não olhar o outro apenas como concorrente. É olhá-lo como parte de seu mercado e como um provável parceiro em algumas demandas. É isso!

A bola da vez é a colaboração, a troca, o diálogo. A bola da vez é parar de falar mal do mercado de propaganda regional. A bola da vez é parar de falar mal dos players que disputam esse mercado com você.

É matemática maluca, mas das boas. Uns + uns = todo. Players de propaganda e marketing trocando e colaborando, construindo uma ideia de mercado constroem um todo. E, podem acreditar, o todo é mais importante que cada um. Sem o todo, o mercado forte e consistente, com boas práticas, cada um vai sofrer mais. Uns e uns devem trabalhar pelo todo.

Precisamos do todo. Precisamos resgatar o nosso mercado. Mostrar que ele existe. Que está aí e que é importante para a economia e os negócios de nossa região e até do país.

Embarca nessa ideia comigo?!

Tem um novo e enorme horizonte para os publicitários

A hora e a vez dos novos comunicadores

*Por Arison Nakazato Sonagere

Já dizia Confúcio, “se queres prever o futuro, estuda o passado”. Para quem analisa o mercado publicitário as duas primeiras décadas deste século, mesmo ainda tão recentes, já descrevem algo muito importante sobre o futuro da 4ª Revolução Industrial.

O mercado publicitário foi um dos grandes laboratórios desta nova experiência, já que o setor viveu antes de todos os demais, uma profunda mudança de paradigma: glamorosas agências de publicidade, empresas renomadas, experientes profissionais simplesmente foram dizimados. Muitos abandonaram a profissão, outros se refugiaram nos redutos das mídias sociais. As grandes mídias de massa foram obrigadas a repensar sua forma de atuar e até os cursos universitários precisaram se reinventar.

Mas esta persistência parece ter valido a pena para os novos comunicadores publicitários. Chamo de “comunicadores publicitários” porque estes novos perfis de comunicólogos têm habilidades amplas e definem-se muito pela multifuncionalidade, pelo conhecimento interdisciplinar e pela grande força de vontade por fazer acontecer.

Não são só publicitários, são jornalistas, relações públicas, marqueteiros, criativos, profissionais de mídia. São generalistas da comunicação que, dentro das novas corporações ajudaram a construir ideias desse tão próximo futuro, por meio de experiências inovadoras como o design thinking, o estudo da experiência do usuário (UX), a compreensão dos pontos de contato da marca, a jornada do consumidor, a análise de big data e todas as demais que marcam a nova economia.

Essa nova era do conhecimento deve muito aos comunicadores publicitários que entenderam primeiro a visão mais sistêmica da sociedade, a cultura do usar e não do ter e a gestão baseada na colaboração.

Conforme apresentado no último Fórum Econômico Mundial, entre as dez habilidades consideradas importantes para o novo profissional do futuro estão a flexibilidade e visão para a resolução por meio da colaboração. E todas elas já são tratadas continuamente nos cursos de Publicidade e Propaganda.

Não é à toa que nos últimos anos o perfil do estudante de publicidade é um dos mais procurados para vagas de estágios, normalmente relacionadas a novos projetos ou para vagas em departamento comercial, seja na indústria, serviços ou varejo, com objetivo de ajudar corporações mais antigas a se readequarem ao novo pensamento de mercado.

Para quem vai se aventurar no universo da comunicação, o cenário é muito positivo. Novas possibilidades de emprego ou empreendedorismo. Novos modelos de negócios baseados nas expertises dos publicitários continuam a surgir diariamente e anunciar um futuro promissor.

Se antigamente o publicitário via seu mundo profissional girar apenas nas agências de publicidade, hoje este mercado é tão amplo quanto a imaginação possa alcançar, pois todos os setores abriram os olhos e os braços para estes profissionais que vivem o diferente. Isso porque, possuem a elasticidade mental necessária para poder contornar situações incomuns, característica essencial para as corporações que requerem resultados inovadores. Estes profissionais se tornaram uma espécie de coringa na adaptação dos negócios.

* Arison Nakazato Sonagere, publicitário, professor e coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Anhanguera de São José dos Campos.