Os Exportados

Redator atua em emissora de TV

O quinto entrevistado da série Os Exportados é o redator Daniel Arai. Ele trabalha atualmente na TV Cultura.

Vamos ao que interessa. Fala, Daniel!

1 – Como você iniciou sua carreira aqui no Vale do Paraíba?

Durante o segundo ano na universidade, comecei a estagiar na agência de nome Publicarte. Durou pouco, mas o suficiente para aprender muito.
Logo depois, enquanto terceiranista, estagiei por um ano na Tríadaz, agência que me efetivou depois de formado. O que eu posso dizer sobre esse período se resume em: bons amigos e toneladas de aprendizado.

2 – Em que área atua atualmente e como chegou ao mercado de São Paulo?

Atualmente atuo como redator publicitário (que sempre foi meu foco).
Uma amiga de trabalho indicou essa vaga que recebeu por e-mail e três fases de um longo processo seletivo depois, cá estou.

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Daniel Arai, redator na TV Cultura em São Paulo

3 – Quais as maiores dificuldades? E o que tem de melhor em relação ao mercado do Vale?

Na capital há um contingente muito maior de profissionais e eles já vêm de fábrica com aparatos intelectuais bastante intimidadores.
Quando comecei a trabalhar no mercado paulistano, demorei a conseguir demonstrar o meu trabalho e expressar as minhas opiniões, por essa falsa impressão de que todos lá eram muito mais capacitados do que eu.
Hoje eu acredito que um profissional de qualidade é bom aqui e é bom na Tasmânia, contanto que possua um pouco de adaptabilidade.

Já em relação ao que há de melhor, eu acredito que a proximidade com eventos, cursos e com manifestações culturais no geral, facilite a construção do profissional. Também, que a amplitude de bons concorrentes Gera uma constante necessidade de aprendizado, fazendo do publicitário um profissional ativo.

4 – O mercado de São Paulo é mais exigente? Você tem que investir mais em você, em sua formação?

Eu penso que existam casos e casos. Trabalhar com a publicidade de uma empresa, por exemplo, difere muito de trabalhar em uma agência. O fato é que em São Paulo há muitos profissionais buscando seu espaço, por isso, é preciso que o profissional invista pesado em sua formação.
Acredito que a morte para qualquer profissional da área seja a estagnação. Em minha opinião, se reciclar é mais do que importante; é vital.
Tanto em mercados pequenos quanto em mercados grandes, se você acha que já alcançou a excelência e não tem mais nada a aprender, talvez esteja na profissão errada. Posso sugerir jardinagem, talvez?

Os Exportados

Terceira entrevista da série é com jovem diretora de arte

Chegamos a terceira entrevista da série que conversa com profissionais que iniciaram suas carreiras aqui no Vale do Paraíba e foram para o mercado de São Paulo. Desta vez nossa entrevistada é a jovem e competente diretora de arte Milena Balbi. Recentemente, Milena encerrou um projeto na W/McCann e agora atua como diretora de Criação/Arte no Graacc, onde desenvolverá as campanhas institucionais e internas da Ong. A partir desse ano a instituição aumentará a equipe de comunicação e Milena foi chamada para a frente do projeto.

Vamos ver o que ela tem a nos contar.

1 – Como você iniciou sua carreira aqui no Vale do Paraíba?

Desde o meu primeiro ano de faculdade eu já comecei a estagiar, fiquei uns meses em uma pequena agência, e foi la que descobri um pouco sobre a área de criação, bem pouco, mas foi na Publicarte que realmente eu trabalhei com isso pela primeira vez.

2 – Em que área atua atualmente e como chegou ao mercado de São Paulo?

Eu trabalhava como estagiária de criação na Triadaz, e a Professora Vânia, que me deu aula no Primeiro ano, sempre me incentivou a ir para o mercado de São Paulo, por um acaso, eu mandei meu currículo e minha pasta para algumas agência da Capital, uma agência de Eventos, chamada DZ Eventos, gostou e me chamou para uma entrevista, e em poucos dias já estava trabalhando em São Paulo.

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Milena Balbi, nossa terceira “exportada”.

3 – Quais as maiores dificuldades? E o que tem de melhor em relação ao mercado do Vale?

Na minha opinião, a maior dificuldade em relação a área de Criação, onde sempre trabalhei, é uma competitividade muito grande, existe muita gente boa, e muita gente que se faz de boa, então a maior dificuldade é conseguir mostra o nosso trabalho, a pressão por resultados é bem maior do que a pressão por um bom trabalho, muitas vezes não conseguimos mostrar nosso melhor, pois os clientes de São Paulo são maiores e exigem resultados. No Vale temos muito mais liberdade, e tempo para um trabalho ou um projeto, e isso acaba facilitando na hora de desenvolver um bom material.

4 – O mercado de São Paulo é mais exigente? Você tem que investir mais em você, em sua formação?

Percebo que aqui em São Paulo, o fato de ser formado em um cusro superior não significa muito, criação principalmente, eles buscam ideias, novidades, e em faculdades não aprendemos a ser criativos, nós aprendemos dentro das agência, mostrando maturidade, conhecimentos gerais, e que na minha opinião conquistamos muito mais durante a vida profissional do que acadêmica. Por isso acredito que estagiar durante a faculdade é muito importante, pois já saímos das salas de aula com um conhecimento que o mercado de trabalho necessita.

Os Exportados

Segunda entrevista da série conversa com Helena Bonesio

Como diria meu velho pai, os Bonesio “tão com tudo e não tão prosa”. Explico: Helena Bonesio, nossa entrevistada da vez, é prima de Thélio Bonesio, a quem recentemente entrevistamos aqui no blog. Essa família manda muito bem em comunicação.

Vamos acompanhar o que a Helena tem a nos dizer!

1 – Como você iniciou sua carreira no vale?
Sou formada em Jornalismo pela Universidade de Taubaté, mas como jornalista atuei apenas alguns meses em meu primeiro estágio, que aconteceu no segundo ano da faculdade quando fiz parte da equipe de produção de um programa que a Unitau possuía diariamente na TV Band Vale. Eu atuava como produtora, mas também fiz algumas matérias como repórter. No terceiro ano da faculdade passei por um longo processo seletivo na Embraer, em São Jose dos Campos. Meu sonho era fazer parte da equipe de Assessoria de Imprensa, mas na época não existia vaga de estágio na área. Como eu havia me saído bem no processo seletivo fui convidada a ir para a equipe de marketing, pra trabalhar com planejamento de mídia e campanhas de publicidade. Aceitei na hora, mesmo sem saber muito bem o que eu iria fazer. Afinal de contas eu era jornalista e não possuía muito conhecimento em mídia. Logo no inicio me apaixonei por publicidade e sabia que era aquilo que eu queria para minha vida. Por esta razão decidi investir em conhecer profundamente o assunto. Não mudei de curso na faculdade, pois já estava no terceiro ano de jornalismo e achei melhor terminar, mas logo que me formei ingressei na Pós-graduação de Gestão de Comunicação e Marketing na Unitau, o que me deu uma base teórica do marketing que até então eu não possuía. Assim que terminei a faculdade fui contratada na Embraer e deixei de ser estagiaria de mídia para me tornar responsável pelo planejamento de mídia e pelas campanhas da empresa, nacionais e internacionais. Nesse período cresci muito. Fiz viagens internacionais para reuniões com as agências de publicidade e fiz vários cursos também, tanto no Brasil como no exterior. Trabalhei com grandes agências de publicidade no Brasil, como McCann, Dentsu e Africa, o que fez com que, aos poucos, eu começasse a me aproximar do mercado de São Paulo. Nesse período conheci de perto ícones da publicidade, como Nizan Guanaes, o que gerou em mim um interesse de estar mais perto do que acontecia em São Paulo, o olho do furacão publicitário.

2 -Em que área atua atualmente e como chegou ao mercado de são Paulo?
Atualmente sou Coordenadora de Marketing Digital e CRM na Hyundai CAOA (trabalho recém-iniciado). Sempre procurei estudar muito e participar o máximo possível de cursos, congressos e workshops de publicidade. Apesar de não conseguir aplicar muita coisa no trabalho que eu realizava na Embraer, por se tratar de um modelo de negócio diferente da maioria das empresas, sempre que eu podia estava em São Paulo para ver de perto o que o mercado estava fazendo. Graças `a essas participações nos eventos, em 2011 ganhei da ABA – Associação Brasileira dos Anunciantes, a participação em um congresso de mídia em Miami – USA. No congresso havia um grupo de brasileiros e lá eu conheci o Gerente de Publicidade e Propaganda da Citroen do Brasil. Logo que eu decidi que estava na hora de dar um passo a mais na minha carreira e ingressar no mercado publicitário de São Paulo, mandei um e-mail pra ele e fui contratada. Foi na Citroen que comecei a trabalhar com marketing digital e, mais uma vez apaixonada pelo que estava fazendo, comecei a me aprofundar no assunto e entender cada dia mais. Por conta da experiência em marketing digital no mercado automotivo que adquiri na Citroen, fui convidada a assumir a equipe de marketing digital na Hyundai.

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Helena Bonesio, segunda entrevistada da série Os Exportados e Coordenadora de Marketing Digital e CRM na Hyundai CAOA

3 – Quais são as maiores dificuldades?
Em termos de carreira, a maior dificuldade é, sem dúvida, conseguir ser o peixe vermelho no mar azul. São muito profissionais de altíssimo nível, com cursos no currículo em instituições muito reconhecidas. Conseguir se diferenciar nesse mercado demanda muito trabalho e muito estudo. Já me deparei com profissionais formados nas melhores universidades, com cursos de especialização no exterior e vários idiomas no currículo. Mas o que me faz conseguir ser o peixe vermelho no mar azul é pensar que, além das informações no meu currículo, o que importa de verdade são os fatos. Não adianta eu ter um currículo maravilhoso se eu não estiver trazendo retorno pra empresa. Não adianta eu ser formada em Harvard se no fim do dia o meu trabalho não estiver ajudando a empresa a vender. Claro que estudar é importantíssimo e eu estou sempre estudando, mas saber transformar a teoria em pratica é o que faz com que um profissional consiga se diferenciar.

4 – E o que tem de melhor em relação ao mercado do vale?
O que tem de melhor em relação ao Vale são os investimentos. As empresas em São Paulo tendem a reconhecer mais o valor da publicidade para o negócio e investir mais nisso. Não consigo ver outra diferença, pois os desafios são os mesmos, a forma de trabalhar do Vale é tão profissional quanto a de São Paulo e o nível de qualidade dos trabalhos que vejo no Vale competem no mesmo nível com o que vejo em São Paulo.

5 – O mercado de são Paulo é mais exigente? Você tem que investir mais em você e em sua formação?
O mercado é um pouco mais exigente por conta da grande concorrência. São muito profissionais capacitados e precisamos o tempo todo correr atrás de aperfeiçoar o conhecimento para não ficarmos defasados. Como atuo no marketing digital, preciso frequentemente fazer cursos pra conseguir acompanhar as novidades. O consumidor está mudando e um bom profissional de marketing precisa entender o que está acontecendo. Não existe forma mais adequada de fazer isso senão estudar e entender a fundo esse novo perfil. Mas uma coisa posso garantir: o fato de eu ser formada em uma Universidade no interior do Estado e não nas grandes instituições da capital jamais fez com que eu fosse menos valorizada em São Paulo. Recebi da Unitau uma ótima formação que me deu a base que eu precisava para enfrentar os desafios em qualquer mercado publicitário, seja ele São Paulo ou Nova York. Eu soube aproveitar ao máximo todo o conhecimento que adquiri e isso me colocou em pé de igualdade com os profissionais de São Paulo. Hoje me sinto apta a concorrer com qualquer um deles.

Os Exportados

Nova série de entrevistas do Publicitando

Estou gostando mesmo destas séries de entrevistas com profissionais de propaganda e comunicação de nossa região. Desta vez vamos conversar com profissionais que começaram suas vidas acadêmicas e profissionais aqui e acabaram alçando vôos maiores e foram parar no maior mercado do país: São Paulo (Capital).

A pessoa que abre a série de entrevistas é Maria Fernanda Chacon, profissional de atendimento na agência Nuts.

Vamos ver o que ela tem a nos dizer:

1 – Como você iniciou sua carreira aqui no Vale do Paraíba?
Iniciei minha carreira como estagiária da Construtora Teixeira Pinto. Fazíamos a recepção de clientes no apartamento decorado e também divulgação do empreendimento em Shopping e restaurantes.Logo após o término desse contrato prestei a prova na faculdade para trabalhar como estagiária na ACI da UNITAU e passei. Foi então meu primeiro contato com o mundo de agência e clientes. Foi onde realmente entendi e aprendi como esse processo funcionava.

2 – E como chegou ao mercado de São Paulo?
Trabalhei de 2011 a 2013 numa agência de São José dos Campos e, neste período, fui atendimento exclusivo de um cliente de São Paulo. Esse cliente passou a ser atendido por uma agência de São Paulo e ela precisava de um atendimento temporário que já conhecesse o cliente. Fui indicada pelo cliente a trabalhar na agência de São Paulo, onde atualmente atendo diversas contas.

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Maria Fernanda, a nossa primeira entrevistada da série Os Exportados. Ela é atendimento na Nuts, em São Paulo

3 – Quais as maiores dificuldades? E o que tem de melhor em relação ao mercado do Vale?
A primeira dificuldade é se adaptar ao novo momento e ambiente. Nova agência, novos clientes, novo ritmo de vida e uma nova cidade.
Tive dificuldade em encontrar um lugar para morar que compensasse estar em São Paulo. Dependendo do local de trabalho as pessoas levam 2, 3 horas para chegar, por morarem em lugares mais distantes onde o custo é mais baixo. Tive que pesquisar bastante e “gastar sola do sapato” até encontrar um lugar que valesse o custo x benefício. Além disso, é importante “saber se virar”. Quando você não conhece muita gente em uma cidade onde foi morar, você acaba dependendo 100% de você para resolver os problemas e tomar as decisões. É importante balancear esse tempo e energia gastos na vida pessoal com o trabalho, que também demanda muita atenção.
Acredito que estar no mercado de São Paulo nos torna mais “visíveis” dentro dele. É possível aumentar o network e saber de vagas porque você convive com pessoas que te proporcionam esse acesso às informações. Gosto também da ideia de atender clientes maiores e de superar desafios de comunicação que o grande mercado de São Paulo demanda. Aqui, o investimento na área de comunicação é alto e proporcional à expectativa e exigências do cliente.

4 – O mercado de São Paulo é mais exigente? Você tem que investir mais em você, em sua formação?
O mercado de São Paulo é mais exigente sim. Pequenos detalhes fazem a diferença numa contratação. Em compensação o acesso às boas instituições aqui também é mais fácil. Torna-se um ciclo, em que você consegue investir em um novo curso ou especialização, melhorando sua colocação em processos de seleção ou no próprio trabalho como promoção.