Empresas devem ser influenciadoras

Empresas precisam atuar mais como influenciadoras na era da Transformação Digital

“As pessoas estão procurando marcas e produtos que tenham ligação com suas próprias causas. Como as empresas devem se preparar para corresponder a estas expectativas?”,questiona Raíssa Garifalakis, Business Strategy Designer do CESAR, durante palestra “O Novo consumidor: conectado e em rede”, na HSM Expo 2019. Para a especialista, as compras são cada vez mais motivadas pelo aspecto emocional, e quem não começar desde já a aprender como se movimentar neste novo cenário corre sério risco de perder a relevância.

Raíssa Garifalakis, do CESAR, Bia Granja, da YouPix, e Laureane Cavalcanti, da DeepDive (Foto: Rodrigo Rodrigues/Divulgação)

Segundo a fundadora da DeepDive, Laureane Cavalcanti. um dos primeiros passos que precisam ser dados é agir rapidamente para obter uma definição clara sobre a essência da marca. Aquilo que é sua verdadeira causa. Quando isso fica claro, não só o consumidor, mas também os colaboradores, quando são contratados, já entram com vontade de defender a causa juntos. “Essa é uma preocupação que já começa a tomar conta da agenda dos altos executivos e executivas das companhias”, disse.

Hoje em dia a verdade sempre aparece

Mas de nada adianta ter um discurso engajado por fora e não praticar aquilo internamente. “Tenho conversado com muitas empresas que afirmam querer fazer estratégias de comunicação defendendo algum tipo de causa sensível. Quando isso acontece normalmente eu pergunto: mas como esse tema é trabalho dentro da companhia? Vocês já atuam da maneira que querem que as pessoas atuem? Neste momento a resposta muitas vezes é: não. Isso nós ainda não fazemos. Neste caso a orientação é: então não faça essa comunicação, porque hoje em dia a verdade sempre aparece”, destaca a cofundadora e CCO da YOUPIX, Bia Granja.

A especialista pondera que, para se conectar ao novo consumidor, as empresas precisam atuar verdadeiramente como influenciadoras, e isto significa ser relevante na vida da pessoa ao ponto de ela promover mudanças em seu comportamento em função do conteúdo que a marca oferece.

Na construção de branding estão caindo os conceitos de B2B e B2C. “Agora, praticamente todas as relações se integram a uma abordagem P2P. É de pessoa para a pessoa. Mesmo quando envolve apenas empresas, de fato, na prática, trata-se de uma pessoa falando com outra pessoa. Sendo assim, as relações pessoais voltam a ser relevantes para a estratégia”, adverte Laureane.

Em sua avaliação as empresas sempre tiveram um comportamento de ditar as regras. Elas determinavam o preço e como seria o produto. “Isso não será mais assim”, sentenciou. “Por isso, não adianta querer fazer transformação digital se a companhia nunca teve nem relacionamento com as pessoas por meio das redes sociais. A customização é fatal e será necessária, mas não dá para se atrever a oferecer conteúdo customizado se você não tiver conhecimento do consumidor”, completou, declarando que precisa haver bom senso.

É preciso ter plena certeza se a pessoa que vai receber o conteúdo tem algum interesse real sobre a sua marca. “Ninguém quer mais ter uma caixa de e-mail com mais de mil mensagens não lidas porque empresas que nunca ouvimos falar ficam nos mandando promoções de produtos nos quais nós não temos o menor interesse”,pondera a executiva.

As organizações, contudo, não podem cair na tentação de colocar suas necessidades em primeiro lugar. “Investir em esforços para agradar investidores, se posicionar para uma situação agradável na imprensa. Isto tudo já teve o seu valor, mas estamos em um novo tempo”, sentencia.

As empresas precisam ouvir as pessoas

Bia destaca que 84% das conversas que as pessoas têm atualmente não são detectadas por nenhum tipo de mecanismo de buscas. Elas são feitas em ambientes independentes como grupos de Whatsapp e outras plataformas. Assim, fica cada vez mais difícil monitorar o que os consumidores estão falando sobre as empresas.

“Algumas companhias já estão usando inclusive o conceito de morning briefings, no qual são feitas reuniões diárias e as pessoas trazem informações sobre os temas em que estão envolvidas. Se as empresas não circulam nestes meios, as pessoas estão circulando. Então as empresas precisam ouvir as pessoas”, explica.

Fonte: Compliance Comunicação – Assessoria de Imprensa – Ana Carol Cortez

Nova identidade visual e posicionamento

Superunion cria novo posicionamento e identidade visual da Cielo

Consultoria de branding do grupo WPP desenvolve estratégia de marca e nova identidade visual

A crescente digitalização do mercado de pagamentos está mudando a cultura financeira global de maneira profunda. Sintonizada nessa tendência e com o desafio de se preparar para nesse novo cenário, a Cielo designou a Superunion, empresa especializada em brand consultancy do WPP, para desenvolver a sua estratégia da marca. A partir de um mergulho profundo no negócio e no contexto da marca, a Superunion criou o novo posicionamento, que traduz o atual momento da companhia e a prepara para o futuro. “Cielo: o seu negócio, infinitas possibilidades” é o conceito que mostra um foco maior da marca em seus clientes. Uma estrutura muito mais fluida, digital e próxima. Nessa nova leitura, a Superunion criou também a nova identidade visual, com uma marca mais simples, leve e que reforça valores humanos em um mundo altamente conectado.

“O resultado é uma marca posicionada a partir da essência da empresa, respeitando e valorando a trajetória de sucesso da companhia, que ao mesmo tempo aponta para o futuro da categoria trazendo um universo de soluções que oferece infinitas possibilidades para todos os perfis de negócios”, afirma Janet Riddell, consultora de estratégia da Superunion.

A head de Marketing da Cielo, Simone Cesena, explica o projeto: “A Cielo está no Brasil inteiro e é para todos. Está presente junto ao comércio brasileiro em todos os momentos do dia. Ampla, presente, ilimitada, assim como o céu. É essa dimensão que a nova marca traz para o negócio, reforçando a nossa essência: ser como o céu. Com isso nasce a nova assinatura: ‘O seu negócio, infinitas possibilidades’. Endossando não só a amplitude, mas o espírito inovador da companhia”.

Ficha técnica:

Criação: Shingo Sato, Robson Maciel, Isabela Carvalho, Mayara Grühauser e Robson Henriques

Direção de criação: Carlos Vale

Atendimento: Fernanda Klebis Dias

Estratégia de Marca: Marcelo Bicudo e Janet Riddell

Fonte: Galbraith PR – Marco Barone

Rebranding de marca na Minalba

Minalba Brasil anuncia rebranding do seu Portfolio de Marcas

Essa representa a maior mudança no negócio de alimentos e bebidas do Grupo Edson Queiroz. O trabalho teve apoio da Agência Ana Couto.

Atenta aos movimentos do mercado e ao comportamento do consumidor, a Minalba Brasil lançará em julho o novo posicionamento adotado por todas as suas marcas. “Conectando negócio, marca e comunicação, o movimento de mudança vem fundamentado no consumidor, ele é nossa razão de existir. Nosso olhar atento para tendências e comportamento nos permitiu redesenhar a estratégia do negócio, com o propósito de nutrir o apetite dos brasileiros de transformarem seus mundos, esse é o jeito Minalba Brasil de atuar e com as nossas marcas não seria diferente” diz Camila Coutinho, Gerente Nacional de Marketing da Minalba Brasil. Os posicionamentos adotados conversam com essa sede por desafios e transformação.

As marcas estratégicas, Indaiá e Minalba, já são hoje líderes em recall e/ou preferência em seus segmentos de atuação. Com a implantação da fase conclusiva do projeto de Branding, a proposta de valor das marcas ficará ainda mais tangível- tanto das marcas estratégicas, quanto das marcas que hoje performam em outras categorias, a exemplo dos sucos, refrigerantes e energéticos. “Nossa meta é gerarmos diferenciação conectando pessoas, marcas e resultados, em observância ao legado de relacionamento já construído, e respeitando a cultura e os costumes de cada cantinho desse imenso Brasil que acolhe tão bem ao nosso portfólio”, acrescenta Camila Coutinho.

A expectativa de impacto no mercado é bastante positiva. As discussões internas sobre o negócio como um todo iniciaram em 2014, e em 2015 a Minalba Brasil deu início ao projeto de Branding, que teve sua implantação iniciada em 2018. O período de construção foi um ponto de partida e a transformação não para. “Toda a estrutura da Minalba Brasil tem trabalhado assertivamente para oferecer o produto certo, para o apetite certo. Isso requereu mudanças em todo o nosso modelo de atendimento ao mercado e o trabalho com as estratégias de marca e comunicação nos permitirá tangibilizar nossos posicionamentos, engajando nossas marcas aos nossos consumidores, gerando propósito e criando um ecossistema de valor que garanta nossa perpetuidade em harmonia com nossos valores e a sociedade”, diz a gerente.

O investimento nesse projeto como um todo, entre estudos, construção e implantação girou em torno de 25 milhões. O trabalho foi construído a quatro mãos por um time multidisciplinar muito interessante. “Tivemos o suporte da Agência Ana Couto desde o início, trazendo a metodologia e o know how necessários, passando pela construção das estratégias de marca e comunicação até a tangibilização do conteúdo com as campanhas; nossa agência, a G Marketing, está conosco há alguns anos, conhece nosso DNA e segue suportando as estratégias, além do time interno que deu show, composto por Marketing, Trade, Vendas e demais áreas do negócio que foram fundamentais para o sucesso dessa empreitada” complementa Camila.

Próximos Passos

Em linha com o mercado e esse momento de transformação, a Minalba Brasil segue focada no portfólio. A empresa faz parte da divisão de alimentos e bebidas do Grupo Edson Queiroz e pretende incrementar cada vez mais sua oferta ao mercado, seja por fusões, aquisições ou desenvolvimento próprio. “Recentemente lançamos nosso mel, um produto orgânico, com as melhores certificações da categoria, voltado para o consumidor que busca saúde e qualidade de vida e startamos com o pé direito nossa atuação no segmento de alimentos. Também temos outras parcerias sendo estudadas em paralelo, tanto para o mercado interno, quanto externo”, encerra.

Fonte: Engaja Comunicação – Leonardo Heffer – Coordenador de Conteúdo

Coluna Branding: a alma da marca

Na era da informação teremos mais blanding e menos branding?

É sabido que boa parte dos especialistas indicam que as maiores marcas da atualidade tendem a perder importância ou até sumir nos próximos 10 anos. Isso se dá pelo fato da marca não conseguir ser digital. Digo ser, e não se adaptar, existe uma distância muito grande entre estas situações. O próximo passo da existência digital é não haver mais um meio digital e sim um mundo digital, onde as marcas deverão ser nativas deste modelo para terem competitividade. A chegada da internet das coisas, da inteligência artificial, da impressão 3D nas residências,da entrega por drone, tudo isto prevê modelos de negócios cuja interação estará cada vez mais por caminhos online.

Imagine a cena, uma mulher que escolhe um escarpam novo usado por uma atriz com quem se identifica, pelo vidro do seu box enquanto toma banho, assistindo a um filme. Verifica a modelagem 3D, se vendo em uma representação digital sua com o calçado, discute com uma atendente com inteligência artificial que rastreia seu perfil de compra por big data, compra por cripto moedas e recebe em 1 hora o produto em casa vindo de drone. Todas estas tecnologias aqui citadas já estão disponíveis, basta apenas que uma marca as implemente nativamente e a popularizem.

Imagem de rawpixel por Pixabay

O universo digital muito em breve assumirá o papel do maior shopping que já vimos e ocupará o espaço na vida das pessoas. Isso muda a cultura do comércio, isso muda a forma de produzir, isso muda a necessidades de empregar pessoas. Isso muda tudo.

O problema aí é que o mundo digital é tão veloz quanto fulgaz, e o trabalho de construção de marca pode aos poucos ir ficando obsoleto, para um tendência a perecividade da marca. Vejamos como exemplo a cadeia napster, torrent e o próprio Spotify. Chegaram, dominaram, explodiram como marca e perderam importância dentro de um mesmo segmento em poucos anos. São blandings, construções perecíveis de marcas e que contrapõe ao branding, como modelos de marcas criadas para não terem uma obsolescência programada. O mesmo vem acontecendo com as redes sociais Facebook com a tendência de queda e migração programada para o Instagram ou até outros.

Vejam que estas marcas são todas nativas digitais, portanto, vocês conseguem imaginar a dificuldade que possuem as marcas tradicionais para saltarem nessa direção?

Seria o fim do branding?

Vejam outro lado, notícias chamam a atenção para a volta do Mappin loja de varejo gigantesca que encerrou suas portas na década de 80 e que agora está de volta no mundo digital, usando toda uma construção de identidade física para credibilizar um serviço online. Isso não é branding?

Do meu ponto de vista o segredo desse novo mundo para a construção de marca é saber o que precisa ser construído com perenidade e também saber aproveitar aquilo que precisa ser perecível. Entender que o Branding precisará englobar o blanding e conviver com este barulho. Não acredito que o limite para essas tendências esteja claro para alguém ainda, em breve veremos aquilo que só precisa explodir por um tempo como uma tendência de moda e aquele negócio que precisa durar e ter uma promessa enraizada e profunda, ganharemos assim mais uma ferramenta na gestão de marcas.