8 tendências para profissionais de marketing colocarem no radar em 2022
“Desde março de 2020, quando a crise econômica, causada pela pandemia do coronavírus, se instaurou no mundo, todos se viram em busca de alavancar seu negócio e divulgar seu trabalho. E a forma mais efetiva de fazer isso, tanto para pequenas, quanto para médias e grandes empresas, é por meio do marketing”, enfatiza o publicitário, doutor em administração, negócios e marketing, Joaquin Presas, CEO e fundador da Pontodesign.
Do ano passado pra cá, muitas tendências de marketing foram reforçadas e adiantadas, já outras surgiram com a demanda natural do mundo, que estava 100% voltado para o digital e precisava reinventar seu meio físico, à fim de se destacar no mercado.
Com isso, o especialista alerta para as principais tendências do marketing para o segundo semestre de 2021 e início de 2022:
1- Pensar omnichannel. Hoje o off-line e o online estão integrados, devem estar conectados, mas são diferentes. Ser omnichannel é perambular bem e se destacar entre os dois mundos. Exemplo: uma loja que vende no e-commerce e faz a troca na unidade física. Para isso, é importante que os dois meios funcionem bem;
2- Usar e abusar da inteligência artificial. Com ela, temos acessos a imensuráveis dados (Big Data), e podemos usá-los para conhecer melhor nosso consumidor, usuário, direcionar melhor os conteúdos, personalizar as entregas para gerar uma conversão maior. Tudo isso para gerar uma melhor experiência ao consumidor e fidelizá-lo. Essa tendência virá cada vez mais forte;
3- Marketing de vídeo. Até o instagram se rendeu aos vídeos e deixou de entregar os conteúdos estáticos, com o lançamento dos reels. Isso porque, estamos cada vez mais dinâmicos e os vídeos vieram para ficar;
4- Business Intelligence (B.I.). A competição entre as empresas no ambiente online está cada vez mais acirrada. Diante disso, a equipe de marketing precisa adotar mecanismos que façam com que ela se destaque e atinja resultados positivos. Aí entra o papel do Business Intelligence., que consiste em um sistema operacional automatizado que coleta dados, como cadastro de leads, avanço dos usuários ao longo das etapas do funil de vendas, fluxo comercial da empresa e a performance das ações;
5- Eventos híbridos. Agora os consumidores – e os profissionais de marketing – enfrentam dois impulsos conflitantes. O desejo de reunir novamente é forte, com certeza. Mas, tendo experimentado o imediatismo dos eventos ao vivo no conforto de seus sofás, muitos consumidores ficam felizes em manter as coisas virtuais. Para atender a ambos os públicos, é preciso criar eventos híbridos. Os eventos presenciais terão um forte componente digital e tecnologias que podem criar uma experiência envolvente para aqueles que preferem não se aventurar.
6- Marketing de influência. Consiste em uma estratégia de marketing digital, que utiliza produtores de conteúdos independentes para construir uma ponte entre a marca e o consumidor. Em um estudo feito pela Youpix, 86,5% das marcas, já enxergam que trabalhar com esses profissionais é extremamente importante para os negócios. O mesmo estudo revela que 71% das empresas irão aumentar o investimento no setor. Dessa forma, o marketing de influência deverá alcançar o investimento de R$10 bilhões apenas no ano de 2021;
7- Investimento em branding. Criar uma imagem forte e bem posicionada será cada vez mais importante. Comunicar de forma correta pode fortalecer ainda mais a marca, tendo em vista que temos um boom de empresas do mesmo segmento no mercado;
8- Criar conteúdo. Os criadores de conteúdo estão com tudo. Mas não conteúdo em abundância, mas sim, de qualidade. Além disso, invista em ser um bom contador de histórias, ou storyteller.
Áudio Branding é uma ferramenta de neuromarketing altamente eficaz que utiliza música e sons para transformá-los em um tipo mantra da marca com o objetivo associar ideias e valores a ela
Áudio branding faz parte da imagem de um produto ou serviço e vai além da imagem visual em campanhas ou redes sociais. É sobre o uso de sons e música para se conectar de forma proativa e emocional com consumidores nos setores B2B (Business-to-Business) e B2C (Business-to-Consumer). Dessa forma, as empresas conseguem construir uma história sólida capaz de fazer com que os usuários se identifiquem com os valores de sua marca e, além disso, se diferenciem de seus concorrentes, proporcionando grande valor agregado.
Imagem de Daniel Friesenecker do Pixabay
Desde os tempos antigos os seres humanos foram capazes de conectar suas emoções e memórias com estímulos sonoros. Na verdade, considera-se que costumamos lembrar 80% mais do que ouvimos do que do que vemos. Os sons geram uma reação na mente das pessoas ao gerar dopamina, um hormônio responsável – entre muitas outras coisas – pela atenção e motivação. As pessoas percebem o mundo por meio de seus sentidos e a maioria das decisões que tomamos são feitas inconscientemente. Por isso, é necessário que as empresas pensem em estimular os sentidos de seus públicos ao longo da jornada do cliente.
Conheça os benefícios da ferramenta para sua marca
Você tem coragem de considerar a o Áudio Branding em sua estratégia de marketing digital? Aqui estão 5 benefícios que irão convencer você:
Desperta emoções: quem desenvolve estratégias de marketing sensorial sabe muito sobre isso. Se usado corretamente, o som pode ter um efeito poderoso em sua marca pelas sensações que provoca.
1. Maior poder de atenção: um logotipo visual requer um maior esforço de atenção. Por outro lado, um logotipo sonoro vai direto à mente, influencia as emoções e, além disso, o comportamento do consumidor.
2. Melhora a recordação da marca: Ouvir um som ativa a seção de memória do cérebro, gerando top of mind. Quem não naturalizou o “ta-dum” do Netflix antes de assistir a uma série, filme ou documentário na plataforma?
3. Define a personalidade da marca: ao humanizar as marcas e torná-las mais atraentes, as pessoas reagem mais rapidamente ao som do que a outros estímulos. É uma forma de aprofundar a sua personalidade online e mostrar-se como uma empresa próxima.
4. Constrói lealdade: o objetivo de investir tempo e recursos em sua estratégia de branding de áudio é gerar conversão e lealdade de longo prazo, e não ser viral e passageiro.
Áudio Branding no mercado B2B
Além dos usos óbvios da ferramenta em marcas do setor B2C, o que acontece no campo B2B? A realidade é que quase qualquer produto ou serviço neste nicho pode ser utilizado para melhor se conectar com seus públicos, portanto, as identidades sonoras em marcas B2B utilizadas de forma inovadora também têm um impacto significativo, permitindo que elas se diferenciem no mercado. Um exemplo claro é a identidade sonora da Intel. Por mais que seus produtos sejam componentes de dispositivos que todos nós usamos, podemos reconhecer rapidamente sua identidade sonora sempre que a ouvimos.
“As marcas B2B estão adotando cada vez mais o uso de identidades sonoras para se diferenciarem de seus concorrentes, visando gerar maior fidelidade em seus canais de distribuição, parceiros ou parceiros, por meio de suas ações promocionais, programas de incentivo e geração de leads”, explica Ari Lisjak, CEO da Isource Marketing.
Empresas que usam marcas de áudio que inspiram
São muitos os exemplos icônicos de Áudio Branding. Confira abaixo os mais famosos:
· Intel: Criado pelo músico austríaco Walter Werzowa nos anos 80, este áudio de apenas 3 segundos se tornou um dos mais reconhecíveis da história. Uma sequência simples de 5 notas.
· Apple: Basta ouvir esta série de sons do primeiro Mac de 1984 em diante para sentir quase um calafrio ao reconhecer com qual deles se identifica.
· Microsoft Windows 95: Embora a Apple tenha sido uma revolução em termos “criativos”, o Windows atingiu a marca com o lançamento do Windows 95 ao contratar o ícone pop Brian Eno para compor seu som de inicialização.
· Netflix:O som distinto da Netflix antes de cada série ou filme – como mencionamos acima – está sendo bastante repetida atualmente.
· MGM Estúdios: O áudio foi criado originalmente em 1916 pelo executivo Howard Dietz. O Leão ícone da marca deu seu primeiro rugido sonoro em julho de 1928 para a estreia do filme Sombras Brancas nos Mares do Sul.
Ouça com atenção
Este o momento ideal para as empresas do setor B2B e B2C refletirem sobre como apresentar ao mundo de forma consciente e eficaz o som de suas marcas. Seu uso ajuda a conectar holisticamente os esforços de branding e, por incrível que possa parecer, muitas empresas deixam de fazê-lo quando se trata de criar identidades de marca fortes. Por isto aproveite o momento e coloque em sua estratégia de Marketing o Áudio Branding – você irá se surpreender com os benefícios que trará para sua marca.
Consumidores e profissionais estão mais atentos ao posicionamento das marcas na pandemia
Apesar das incertezas, é fato que momentos de crise exigem estratégias diferentes. Segundo levantamento de mercado recente, feito pelo Instituto de Pesquisa & Data Analytics Croma Insights, com o objetivo de observar o comportamento dos brasileiros na pandemia, demonstrou que 89% dos entrevistados afirmam que o impacto do posicionamento das marcas no período é positivo e mais de 60% dizem que essas atitudes os fazem querer consumir produtos ou serviços dessas empresas, validando, inclusive, a fidelidade no pós-pandemia.
Como não há previsão de quando a crise sanitária irá terminar, o que afeta diretamente o cenário econômico, investir na gestão e no fortalecimento de marca pode realmente alavancar os resultados. O branding está relacionado em como os stakeholders enxergam o empreendimento. Isso inclui os colaboradores, clientes, fornecedores, investidores, executivos, o mercado e qualquer outro público que interage com a empresa. “As ações de branding ajudam a desenvolver resultados de médio e longo prazo, para que a marca esteja no topo da lista de opções de um cliente, principalmente na hora da decisão de compra”, comenta Caio Cunha, co-fundador da WSI Consultoria.
O foco do branding é fazer com que a marca tenha uma boa reputação dentro e fora dela, investindo em melhorias para todos os envolvidos. Com a chegada de novos consumidores e profissionais mais jovens no mercado, que naturalmente têm uma nova roupagem e visão sobre o trabalho, é preciso compreender o quanto os princípios da marca são fundamentais, já que serão colocados ainda mais em evidência nesse momento de crise. Todas as ações, estratégias e planos devem consolidar a marca no mercado.
Vale lembrar que a pandemia acelerou o processo de digitalização, trazendo luz às soluções digitais e reforçando o quanto é importante saber se posicionar (e como se comunicar adequadamente) em um mundo hiperconectado. Nesse sentido, é preciso cautela para não surfar nas ondas do momento, sabendo focar naquilo que condiz com a atuação, o propósito e os valores da empresa. “A força dessa marca vai mostrar como ela se comunica com o público em geral e qual o grau de lealdade desse público com a empresa, seus produtos e serviços”, completa o CEO.
Investimentos em branding, junto com esforços de mídias sociais e despesas operacionais de marketing, é uma das principais forças nesse momento de crise. Para os executivos que pretendem investir na gestão de marca, o primeiro passo é entender o cenário atual do negócio, definindo com clareza propósito, missão, valores, produtos e serviços, para estabelecer a estratégia de divulgação e os formatos de contato e interação com os clientes e não clientes. Além disso, é fundamental conhecer a fundo a audiência, realizar pesquisas para entender os motivadores de compra, comparar com os concorrentes, e, a partir disso, escolher as ferramentas e os equipamentos corretos para construir um branding eficiente. Em tempos de mudanças, é importante ter um posicionamento coerente e manter a transparência em todos os pontos de contato com o consumidor.
Ficou visível que a crise mudou a atenção principal dos clientes: não é mais para preços, nem inovação. Os consumidores agora miram no relacionamento, na qualidade do produto e qualidade dos serviços, nessa ordem. “É preciso analisar os detalhes da marca, como nome, design, logo, identidade visual, propósito, valores, qual é a voz da empresa, que emoções ela busca gerar na audiência, etc. O objetivo é entregar o que promete, se relacionar efetivamente com o cliente, despertar desejo, entregar valor e ser consistente”, finaliza Cunha.
*Caio Cunha é Presidente da WSI Master Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board. Com mais de 25 anos de experiência na indústria de tecnologia, atingiu cargos executivos de alto nível, em grandes empresas multinacionais como PWC (com clientes IBM e Unisys), SAP e Hitachi Data Systems, no Brasil e no exterior. Ao longo de sua carreira, participou em programas de desenvolvimento profissional em universidades como a Stanford University, na Califórnia, e no IMD Internacional, na Suíça. Tem MBA em finanças pelo IBMEC e é graduado em Administração de Empresas pela PUC, com dois anos na Roosevelt University, em Chicago.