Parceria entre ACIT e FAC

ACIT será polo da nova Faculdade do Comércio (FAC-SP)

Na última semana, a Associação Comercial e Industrial de Taubaté recebeu a visita de Wilson Victorio Rodrigues, diretor-geral da Faculdade do Comércio (FAC-SP), que veio para conhecer as futuras instalações do polo de educação à distância (EAD).

Acompanhado do gerente de EAD da FAC, Rodrigo Irineu, o diretor-geral conheceu os locais de onde serão transmitidas as experiências de aprendizado oferecidas pela instituição de ensino.

A dupla da FAC foi recebida pelo presidente da ACIT, Ricardo Vilhena, o Gerente da Associação, Paulo Severo, o Diretor de Capacitação Profissional, Fernando Gonçalves e a Diretora de Novos Produtos e Tecnologia, Ana Beatriz Andrade.

As negociações estão em andamento desde março para que Taubaté seja o novo polo regional da FAC e, assim, possa oferecer todo o portfólio de cursos que estão em processo de aprovação no MEC. Inicialmente deverão ser oferecidos cinco cursos à distância: Graduação em Administração de Empresas; Tecnologia em Gestão Logística; Tecnologia em Gestão Comercial; Tecnologia em Recursos Humanos e Sistemas para Internet.

“Nossa intenção é ampliar a capacitação que já oferecemos na ACIT, mas agora com curso de nível superior, levando ensino de qualidade e inovador para toda a região. Estamos trabalhando numa parceria bem próxima com a FACESP para oferecer sempre o melhor para nossos associados, auxiliando no desenvolvimento da economia local e regional”, afirma o presidente da ACIT, Ricardo Vilhena.

Sobre a FAC – Mantida pelo Instituto Paulista de Ensino Superior do Comércio S/A, a Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP) tem como objetivo a qualificação inovadora e inteligente do comércio, varejo e serviços, conectando e preparando o profissional para as novas demandas do mundo digital.

Os alunos são inseridos em um ambiente empresarial, desenvolvendo-se como gestores e empreendedores que dominam as necessidades do mercado.

A Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP) é uma iniciativa da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), entidade que congrega mais de 420 Associações Comerciais em todo o Estado de São Paulo e que está presente em um universo de 200 mil empresários e empreendedores associados, em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entidade com mais de 125 anos, independente de governos e sem fins lucrativos, dedicada à representação dos empresários, empreendedores e à defesa da democracia e da livre iniciativa.

Maiores informações sobre a FAC e os cursos podem ser obtidas no site https://www.facsp.com.br/, telefone (11) 974390881 ou e-mail: contato@facsp.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa ACIT – Bruna Abifadel

Coluna Branding: a alma da marca

O estudo técnico está acabando com o estudo mágico

Tenho me deparado com muitos amigos cometendo o erro de substituir conhecimento por informação, e isso tem me deixado muito intrigado.

Parece que aos poucos o mundo anda perdendo a capacidade de discernir sobre os assuntos, tendo a necessidade de responder a tudo rapidamente, sem a famosa contemplação filosófica.

Há algum tempo, tive o prazer de ouvir o filósofo Michel Echenique, infelizmente já falecido, dizer em suas palestras que todo planejamento deveria contemplar não só funções operacionais, táticas e estratégicas, mas também um elemento misterioso, chamado de mágico.

Para ele, quando um valor adere à um grupo de pessoas e isso passa de uma mera informação para um conhecimento vivenciado por todos, a compreensão dos princípios faz com que tudo o que precisa ser feito aconteça com mais facilidade e naturalidade.

É o que o popular chama de “natureza conspirando a favor”, mas deixando de lado a “mística”, o filósofo explicava que podemos entender isso como um conhecimento supra-racional, que se não pode ser medido ainda, pode ser intuído e contado sempre, pois, se repete com sequência.

Uso o futebol para dar meu exemplo prático:

Após um primeiro turno fora da realidade, mantendo uma invencibilidade histórica no campeonato brasileiro, a equipe do Corinthians, míngua um segundo turno com resultados proporcionais aos times últimos colocados. O que fez isso acontecer?

Explicações de preparo fisico, de reconhecimento da técnica, de perda de confiança, de queda de rendimento de um ou outro atleta, tentam explicar o fato mas são só apostas que não se sustentam por si só.

No entanto, existe um fato simbólico que é impossível de negar. Quase que ao mesmo tempo esta equipe bateu recordes de invencibilidade, conquistou o primeiro turno e passou 10 dias em descanso.

Por que ignoramos esta informação simbólica, não tratando este elemento como um único conhecimento como propunha Michel chamando-o de “elemento mágico”.

É muito comum e repetitivo a conhecida faixa carimbada, o relaxamento após um feito extraordinário, a desconcentração de uma energia que antes estava concentrada. O Corinthians perdeu seu elemento simbólico, aquela mística que o fazia repetir resultados surpreendentes.

Ficamos preocupados em encontrar uma técnica, a explicação científica e nos esquecemos de observar, contemplar, intuir o que vem a acontecer após um fato simbólico.

Estamos esquecendo que todo princípio científico parte de um ato empírico, que todo ato heróico costuma com o tempo resumir-se em um fato simbólico. Que o símbolo mágico é de natureza superior ao ato técnico, e que o conhecimento não se resume em informação.

Este Corinthians inacreditável se formou após ser desacreditado como a quarta força do estado e principalmente após ser prejudicado em um jogo contra o Palmeiras durante o campeonato paulista de 2017. Este símbolo de oprimido se transformou em espirito de luta e obediência tática e é isso que seu técnico parece não estar conseguindo recordar aos seus jogadores.

Da mesma forma, toda marca ou campanha de comunicação precisa ter sua mística traduzida em conceituação. Não basta ter apenas um estratégia inteligente e uma boa tática. O símbolo por traz de tudo deve estar vivo e ser compreendido pelos envolvidos. Sem isso, a comunicação poderá ser bonita, mas vazia e por tanto ineficiente.

Pretendo continuar falando sobre assuntos relacionados a este tema nos próximos artigos, portanto comentários e críticas fundamentadas são sempre bem vindas.

Até a próxima.

Coluna “Discutindo a relação…”

O desafio de ensinar e aprender

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Minha coluna acabou por cair no Dia dos Professores este mês. E resolvi escrever sobre ensinar propaganda ou, mais amplamente, ensinar comunicação. Vamos lá!

Começo lembrando de uma frase que ouvi em um curso rápido que fiz e que foi ministrado por um grande amigo e companheiro de profissões (professor e publicitário), José Maria da Silva Jr.: “Era fácil dar aula de propaganda até há algum tempo…”

Realmente era mais fácil, embora lecionar qualquer coisa nunca seja tarefa simples e fácil. A propaganda, entretanto, permaneceu presa a um modelo de funcionamento por muito tempo. Embora sempre tenha sido uma atividade dinâmica e meio sem rotina, a propaganda vinha repetindo fórmulas e receitas por décadas.

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As funções em torno das principais áreas – atendimento, planejamento, criação, produção e mídia – permaneciam quase imutáveis, embora algumas tenham aumentado de importância entre os anos 1980 e 1990, caso do planejamento e da mídia. Mas era tudo mais previsível e relativamente lento.

A partir do início dos anos 2000 a tecnologia acelerou tudo. A internet e os meios digitais vieram com tudo e alteraram tudo. Ou quase tudo. O mercado passou a ter dificuldade de apreender o que ocorria e tentar prever e/ou antecipar cenários. De lá para cá já lá se vão quase duas décadas. E as mudanças continuam em ritmo acelerado.

A academia (faculdades e universidades) colaborava com pesquisas, estudos e teorias sobre tudo que vinha ocorrendo.Tentava se manter no olho do furacão e ao mesmo tempo analisar e pensar. Tentava conceituar. Teve bons resultados, mas não foi e nem está sendo tarefa fácil. As mudanças são tantas que tenho dito que quem diz saber o que vai rolar daqui a cinco anos está claramente mentindo.

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Desde então ensinar a tal da propaganda ficou mais complexo. Foi preciso esforço para aprender rapidamente o novo contexto. Para tentar entender de tecnologia. Tivemos que penetrar no universo digital para entendê-lo na prática. Tivemos que buscar novos autores, novas bibliografias, novos cursos e novos professores. Sim, gente nova para ensinar coisas novas.

O aluno também mudou muito. Ele é mais ansioso, menos paciente e apressado. Também quer as coisas mais “mastigadas” e nem sempre está disposto a absorver informação de forma linear e progressiva. Ele checa, no mesmo instante, o que você fala em sala de aula no Google via smartphone. Ele tem a atenção mais fragmentada e dispersa.

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Tenho dito que tudo isso deixou maior o desafio de ensinar. E também deixou mais interessante. É preciso aprender e ensinar quase que simultaneamente. É preciso entender que aquele professor dono absoluto do conhecimento e da verdade sobre propaganda não existe e nem existirá mais.

Também tenho dito que não sei o que estarei ensinando daqui a cinco anos. Só sei que estarei ensinando comunicação. Seja lá como ela estiver até lá. E isso é que é bacana. Isso é que deixa tudo mais legal e desafiador.

Viva os professores de propaganda e comunicação. Feliz dia, meus amigos de profissão!!!