O que não falta na maior e mais importante feira de inovação e tendência de varejo, como a NFR – National Retail Federation – é tecnologia sofisticada e cada vez mais intuitiva, tendências que fazem toda diferença para o varejo.
Em tecnologia, os cinco sentidos vão proporcionar experiências interessantes ao consumidor, tanto nas plataformas de venda online (ecommerce e marketplaces) como na loja física. Sem entrar em detalhes técnicos, vamos abordar o uso da tecnologia sob o ponto de vista de fidelizar e satisfazer o consumidor e melhora a performance comercial das marcas.
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As novas tecnologias enriquecem a experiência por meio da inclusão de interações digitais que melhoram a experiência. De forma cognitiva, imersiva e tecnológica, o novo varejo digitalizado promete entregar experiências reais, completando a lacuna de anseios dos mais diferentes e exigentes shoppers (consumidores).
A tecnologia em conjunto com interfaces digitais amigáveis permitirá a customização em tempo real de forma escalável e ágil para produtos, serviços e experiências. Isso é muito relevante quando queremos proporcionar um ambiente de dados para captação de imputs (informação) do consumidor e da equipe, não só da venda, mas de toda a jornada de compra. Por isso, a implantação de melhorias digitais ou estruturais precisarão acontecer em ciclos cada vez menores, explorando o modelo de MVPs que reduzam o “time to market” e acelerando a curva de aprendizado. A velocidade de processamento de dados passa a ser um desafio e precisa estar acessível para toda a operação, basicamente em tempo real, para reduzir o atrito e permitir a personalização de abordagem.
Tudo deve ser capaz de gerar dados ou não deveria ser realizado, caso contrário não poderá ser otimizado e refinado até o estado da excelência entre valor gerado e custo versus complexidade reduzida e melhor rentabilizada, mas pirotecnia digital e tecnológica ou lojas experiência que não reforcem e ampliem a conversão comercial direta ou indiretamente não fazem sentido, qualquer ponto de contato deve se certificar que captou o consumidor para a base para construção de uma jornada estruturada, que possibilite atingir a conversão comercial ou entendimento do que deu errado.
Quanto mais a tecnologia estiver nas mãos dos vendedores, fornecendo dados que melhorem o posicionamento na loja, a abordagem e o apoio para a construção da venda para verificar estoque, preço e informações de produto instantaneamente melhor.
O consumidor precisa sentir que valeu a pena comprar e ter a percepção de valor da marca. Entendo que o varejo de ponta internacional não tem mais fronteiras quando o tema é consumidor na era digital.
*Fabrizzio Topper, professor, consultor, empreendedor e cientista de consumo da era digital.
Fonte: Vera Moreira Comunicação – Assessoria de Imprensa
Entender o comportamento e as reações das pessoas no momento da compra é algo que o varejo busca há muitos anos. Mas como transformar o ponto de venda em um local capaz de proporcionar ao consumidor uma experiência de compra diferenciada e agradável, incrementando as possibilidades de vendas? A neurociência tem a resposta.
Esta vertente já é amplamente utilizada na concepção de tecnologias oferecidas pela RDS – Sell Out Expert, líder brasileira na oferta de soluções de Sell Out. O recurso faz toda a diferença no PDV em serviços de áudio e vídeo que incrementam a experiência dos consumidores nas lojas. Nesse sentido, a pesquisadora de Neurociência e estrategista de Marketing & Brand, Érica Ariano, fala sobre como a neurociência aplicada ao Marketing pode beneficiar ações no varejo e como a visão e audição influenciam na decisão de compra.
“O que vamos usar no varejo são estratégias e insights advindos da neurociência. É muito importante entender isso. Os resultados dessa ‘aplicação’ nos dizem, por exemplo, se a estratégia está sendo realmente eficaz para influenciar o consumidor. E, uma vez que ela é respaldada pela neurociência, conseguimos resultados melhores”, explica Érica. Veja mais o que diz a profissional a respeito do tema:
Neurociência no PDV – há duas formas de trabalhar a disciplina no PDV. O profissional capacitado pode identificar se a forma de apresentação de determinados itens ou a ambientação de uma loja é realmente adequada a melhor experiência do consumidor. Entre as técnicas mais usadas estão: pesquisas realizadas in loco e o uso de insights.
Emoções – a neurociência já provou que 95% das nossas decisões são emocionais. O varejo precisa se preocupar com a experiência do consumidor como um todo. Além disso, é fundamental entender quem é o seu consumidor e a resposta está no cérebro dele.
O efeito da marca – empresas que criam memórias no consumidor podem vender até 25% mais que as outras. Detalhes como música, iluminaçao e decoração influenciam na percepção do consumidor a respeito da marca dentro de um estabelecimento.
Abordagem multissensorial – os sentidos são a ligação dos humanos com o mundo externo. Os inputs recebidos (cores, sons, imagens, aromas etc) ativam emoções que levam a ação ou as brecam. Isso vale também para o ato de comprar e é dever do varejista aprender explorar esses sentidos para entregar uma melhor experiência ao consumidor.
Cuidado com a sonorização – sabemos por meio de diversos estudos que a música afeta nossas emoções. Usá-la de forma estratégica, com base nos conhecimentos que a neurociência nos fornece, é uma das coisas que precisa ser melhorada no varejo. Não basta colocar som em um estabelecimento para incrementar vendas. O que estimula a compra é a música certa, no ritmo certo, em adequação com o branding da empresa e de acordo com a estratégia que o varejo quer empregar naquele momento.
Sobre a RDS – Sell Out Expert: A RDS – Sell Out Expert é líder em soluções inteligentes que fortalecem a experiência de compra e as ações de marketing e comunicação no ponto de venda. A empresa, com 21 anos de mercado, é pioneira na criação e transmissão de canais de rádio e TV indoor para o varejo brasileiro. Entre seus clientes estão marcas como Rede Walmart Brasil, Ipiranga (AM/PM), Vivara, Coop, Centauro, Droga Raia e Panvel, entre outros. O portfólio de serviços da RDS inclui Ambientação Musical, Radio Indoor, Sell Out Radio, TV Indoor, Menu Board e Painéis & Grandes Telas. Atualmente, as soluções RDS estão presentes em mais de 50 mil pontos em todo o Brasil.
Eu e minha família resolvemos ir a um bar pra fechar a semana e aproveitar a noite gostosa. Os bares, é claro, estavam lotados. Passamos em frente a um bar que adoramos e vamos sempre. Cheio!
Mais a frente um bar relativamente novo e que sempre estava vazio. Desta vez estava com um bom movimento e resolvemos dar uma chance e conhecer um lugar novo.
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Só que… o pessoal do vallet estava distraído e demorou para nos atender. Mas um rapaz veio, deixou a senha e pegou a chave do carro. Entramos… ninguém nos recebeu, o lugar estava confuso, andamos um pouco por dentro do bar e resolvemos ir embora, pois não havia mesa disponível. Pra minha surpresa o rapaz do vallet deixou o meu carro parado no mesmo lugar que deixei, com o pisca alerta ligado e trancado… Demorou alguns minutos e ele apareceu. Falei que não ia ficar e ele nem discutiu: me entregou a chave do carro. Fomos embora!
Voltamos ao bar que gostamos. Mas como são próximos – um bar do outro – minha esposa e minha filha foram a pé enquanto eu dava a volta em duas quadras com o carro. Cheguei ao bar elas já estavam lá em pé em frente às mesas da calçada. Sorridentes. O cara do vallet veio e disse: está lotado. Falei: então tenho que avisar minha esposa e minha filha que estão ali aguardando que nós não vamos ficar. Ao que ele respondeu: então eu dou um jeito, arrumo uma vaga, pode ir encontrar sua família! Já sorri de satisfação!
Deixei o carro com o vallet e fui até minha esposa e minha filha e a primeira me disse: que diferença! Contou que assim que chegaram a moça responsável pela fila de espera as cumprimentou com um sorriso, perguntou para quantas pessoas era a mesa e disse: fique tranquila, em 10 minutos ponho vocês em uma mesa. Dito e feito. Lá dentro os garçons corriam de um lado para o outro e davam conta do bar lotado até a tampa. E fomos super bem atendidos!!!
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Acabamos lembrando porque gostamos tanto daquele bar: o atendimento! Sim, o cardápio é ótimo, o chopp é uma delícia e o bolinho de bacalhau imbatível. Mas o atendimento é matador!
E aí a gente lembra que um bom atendimento ainda faz toda a diferença. Ainda segura e fideliza clientes. Esse bar foi um dos primeiros que frequentamos quando chegamos por aqui, em Santo André. E continua no topo da nossa lista, mesmo que já tenhamos experimentado muitos outros.
Faz toda a diferença! Pense nisso lojista, varejista, prestador de serviço. Atendimento é a joia da coroa e a maior parte da experiência do cliente.
A transformação digital chegou para ficar e está impactando todo o comportamento do indivíduo no século XXI no momento de aquisição de produtos e serviços. A cada dia que se passa, sofremos uma avalanche de informações, dados disponíveis e polarização de opiniões, levando organizações e, principalmente, profissionais de marketing a monitorar a evolução desta percepção para conduzir com confiança o desenvolvimento organizacional de sua empresa.
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Para analisar a percepção de uma marca é necessário ter acesso a várias opiniões de diferentes grupos, os quais têm uma visão minimamente nítida sobre esta organização, pois assim serão construídas opiniões, positivas para uns e negativas para outros, dependendo da interpretação. O ponto de atenção aqui será analisar a qualidade das informações recebidas e a credibilidade do emissor/organização, pois estes fatores serão críticos na formação das impressões do público.
Como executiva de marketing dentro de uma empresa que vem se preparando desde o início para lidar com o novo panorama de responsabilidade de dados, entendo que a elaboração de uma estratégia de marketing e comunicação terá um enorme impacto na reputação da marca que, segundo estudos, é um dos principais fatores que pesam na decisão de executivos na hora de escolherem uma empresa para trabalhar. Esta constatação reflete a relevância deste quesito não só no aumento de vendas e de elementos como marketshare e share of mind, mas também na construção de uma equipe sólida e bem qualificada para lidar com os desafios atuais no mundo corporativo.
Nesta Era Digital, trabalhar com dados confiáveis é um grande desafio que passa a integrar a nova rotina dos profissionais de marketing. Acompanhando esta nova realidade, vem a necessidade de lidar com novas tecnologias/softwares que analisam o comportamento e engajamento do indivíduo (o que permite enxergar formas de customizar o serviço e tornar a experiência do usuário a mais marcante e especial possível), assim como a obrigação de lidar com um novo paradigma de responsabilidade de dados.
Diz-me o que fazes com meus dados, que direi se confio em tua empresa
Não se poderia falar de “Era Digital” sem olhar para um assunto que também vai impactar a rotina do Marketing quando manipulamos dados; trata-se da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – que entrará em vigor em fevereiro 2020, tendo como objetivo garantir a segurança on-line dos dados dos usuários. Inspirada pelo GDPR (lei europeia já em vigor desde maio deste ano, de caráter muito similar), esta nova regra deve ter impactos sensíveis em todos os segmentos de atuação que coletam e manipulam dados de terceiros, o que inclui o marketing.
De modo geral, entendo que a LGPD deve ter três impactos principais:
Acesso a Dados
Neste quesito, as pessoas terão o direito de remover informações pessoais desatualizadas ou imprecisas, desta forma os usuários podem obter mais controle sobre como seus dados são coletados e usados – incluindo a capacidade de acessá-los ou removê-los –, reforçando seu direito de serem esquecidos – portanto, removido das bases de dados das empresas. Portanto, a partir de agora, será responsabilidade dos profissionais de marketing garantirem que seus usuários possam acessar facilmente seus dados e remover o consentimento de seu uso, com impactos diretos em algumas das principais vertentes de Marketing digital e na análise perfilação de público-alvo.
Enriquecimento de bases e compartilhamento de usuários
Atualmente, nos e-mails que gerenciamos, usamos os opt-ins como única forma de pedir a permissão dos dados, supondo que eles queiram receber mais informações do portfólio da empresa, bem como de seus parceiros. Com a nova lei em vigor, além de solicitar a permissão de envio de mais materiais teremos que solicitar aos usuários sua permissão para serem contatados futuramente para novos produtos ou para compartilhar e enriquecer bases de dados com serviços de parceiros.
Foco na transparência do uso de dados
Teremos que solicitar dados que as organizações realmente precisem e justificar ao usuário final se precisar de outras informações, pois a lei exigirá que a empresa explique-se legalmente quanto ao processamento dos dados pessoais coletados. Na prática, isso vai se traduzir em uma necessidade de planejamento de campanhas muito mais detalhado e consciente e, portanto, mais complexo.
Diante desta nova realidade, não é difícil concluir que as novas estratégias de branding deverão ir muito além das práticas tradicionais de design e naming, devendo incluir um forte apelo à responsabilidade da empresa em relação às suas práticas em todos os canais e meios utilizados: site, blog, mídias sociais e também se posicionando nos eventos do mercado ou ainda na produção de eventos internos que tem como objetivo estreitar relacionamento. Até mesmo o conteúdo produzido, peça fundamental no Inbound Marketing, precisa ser idealizado de modo a refletir a voz e os valores da empresa, fortalecendo a identificação com seus clientes.
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Depois de construída a estratégia de branding, analise a forma como o mercado e sua base de clientes reagem a seus esforços, verificando elementos como awareness, fidelidade, identidade, valor e percepção, para assim poder trabalhar em novos planos. Naturalmente, a responsabilidade com os dados coletados vale para esta etapa também, por isso reforço a necessidade de haver um procedimento muito claro e bem estabelecido de coleta e processamento de informações, de modo que a empresa não seja prejudicada ao executar sua estratégia de mercado.
Como podemos ver, tratar a confiabilidade dos dados coletados dará o tom para fazer a gestão da imagem de uma marca mais assertiva, fator essencial para que ela tenha uma repercussão positiva no mercado e, com isso, seja lembrada na hora da tomada de decisão de compra ou na hora de contratar novos profissionais e formar um time competitivo e pronto para lidar com um cenário cada vez mais desafiador.
*Marisa Travaglin é head de Marketing na Trend Micro no Brasil