Os dados podem ficar melhores com IA

A inteligência artificial e o enriquecimento de dados

por Rafael de Albuquerque*

Os dados já são hoje mais preciosos que o combustível, mas por si só não são suficientes para expressar algo. Para que tenham um significado útil e relevante na tomada de decisão eles precisam passar antes por algum tipo de análise e interpretação.

Imagem: Pixabay

Sinal dos tempos, os dados gerados no mundo todo têm aumentado de forma exponencial ao longo dos anos – e esse ritmo deve ser mantido em um futuro próximo. Contudo, até o momento, apenas 0,5% de tudo isso é analisado. É possível imaginar todo o potencial existente nos outros 99,5% que nunca foram explorados por soluções de big data e inteligência artificial? Temos, portanto, um imenso oceano para navegar.

Por meio do Wi-Fi, que passou a ser um grande sensor de informações, coexistem a mobilidade, que pode ser tanto indoor como outdoor, e o enriquecimento de dados e a consequente aplicação da inteligência artificial sobre as informações enriquecidas e trabalhadas dentro de um ecossistema. Em outras palavras: transforma-se o pouco em muito.

A mobilidade indoor diz respeito ao fluxo de pessoas em locais de grande concentração de público, como parques de diversão, estádios de futebol e shopping centers. O usuário não precisa nem sequer estar logado em uma rede para que sua movimentação seja acompanhada. Por meio de um mapa de calor pode-se visualizar dados de densidade de pontos e obter uma visão geral do comportamento dos visitantes, além de saber o que mais curtem e do que menos gostam e, assim, aprimorar as estratégias de vendas e publicidade.

Já a mobilidade outdoor compreende o fluxo externo dos usuários, seja ao saírem do transporte público ou acessarem uma loja de departamentos. Ao gerir a inteligência artificial, a empresa consegue saber, por exemplo, o percentual de pessoas que frequentam aeroportos e rodoviárias ou quem vai apenas ocasionalmente a esses locais. São informações muito ricas e insights valiosos sobre o comportamento do cliente que podem se tornar uma vantagem competitiva para as corporações que investem nessa prática.

A segunda via de entendimento gerada pela inteligência artificial aplicada em redes de Wi-Fi é o enriquecimento dos dados. Aqui temos a inteligência artificial aliada ao machine learning e ao deep learning. O primeiro é a prática de usar algoritmos para coletar dados, aprender com eles, e então fazer uma determinação ou prognóstico sobre alguma coisa no mundo. O segundo trabalha com análise de dados brutos, o que possibilita um campo de atuação ainda mais amplo, e pode classificar informações contidas em diferentes formatos, como áudios, textos, imagens, sensores e bancos de dados.

Imagem: Pixabay

No nosso entendimento, uma experiência se transforma em inesquecível quando sai do convencional e o grande responsável por proporcionar esse encantamento do usuário é o big data. Juntas, inteligência artificial, machine learning e deep learning conseguem, por meio da informação, individualizar a experiência do usuário final e, ao mesmo tempo, ser um diferencial estratégico para o cliente.

*Rafael de Albuquerque é fundador e CEO da Zoox Smart Data

Fonte: Textual Comunicação

A publicidade não vai parecer publicidade

Publicidade do futuro será personalizada, automatizada, imersiva, experimental e mensurável

A publicidade do futuro não terá nenhuma semelhança com o modelo atual. Esqueça as propagandas que você está acostumado a assistir porque elas estão com os dias contados. Afinal, a transformação digital tem revolucionado a forma como consumimos conteúdo e o futuro está logo ali. Em alguns anos, a publicidade não vai parecer publicidade. Para comprovar esse movimento, a Adobe compilou 15 estatísticas que mostram onde estamos e para onde vamos:

1. O total de gastos com anúncios de mídia em todo o mundo aumentará 7,4%, chegando a US$ 628,63 bilhões em 2018. A mídia digital será responsável por 43,5% dos investimentos. Até 2020, a participação digital no total da publicidade será de cerca de 50%. (Fonte: eMarketer)

2. O mobile será a maior parte desse gasto, com 67,3% da publicidade digital e 29,2% do total de anúncios de mídia este ano. (Fonte: eMarketer)

3. Nos EUA, especificamente, a publicidade digital alcançará US$ 107,3 bilhões em 2018, um aumento de 18,7% em relação aos US$ 90,39 bilhões de 2017. (Fonte: eMarketer)

4. Os anunciantes devem gastar US$ 66 bilhões globalmente em patrocínio neste ano, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Quando comparado com a mídia paga, o patrocínio é o segundo canal de publicidade que mais cresce atrás dos formatos da Internet. (Fonte: WARC)

5. A publicidade está certamente se tornando mais automatizada. Na verdade, os gastos com automação de marketing/publicidade devem chegar a US$ 25,1 bilhões por ano até 2023. (Fonte: MarTech Today)

6. Quando se trata de publicidade na TV, a maior parte ainda é comprada manualmente. Menos de um terço (28%) das marcas integraram dados de audiência digital em suas compras de anúncios de TV, embora 68% planejem fazê-lo nos próximos 12 meses. (Fonte: Adobe)

7. O marketing indireto em vários meios de comunicação e a publicidade em vídeo over-the-top (OTT) devem chegar a ganhos de dois dígitos devido ao aumento dos cancelamentos de serviços de TV a cabo e a tendência dos vídeos OTT. (Fonte: PQ Media)

8. Dois terços de todo o crescimento dos gastos com publicidade global entre 2017 e 2020 virão de paid search e mídia social. (Fonte: Zenith)

9. Metade da geração Z (50%) e 42% dos millenials disseram que os anúncios nas redes sociais são mais relevantes para eles, enquanto a geração X e os baby boomers disseram que ainda preferem publicidade na TV. (Fonte: Adobe Digital Insights)

10. Mais de 70% dos anunciantes acreditam que seus anúncios são relevantes para o público-alvo que eles estão segmentando. No entanto, apenas 8% das pessoas acham que os anúncios que veem on-line são sempre relevantes. (Fonte: Adobe Digital Insights)

11. Espera-se que o varejo seja a maior fatia do bolo de publicidade digital este ano, com uma estimativa de 21,9% do total de gastos com anúncios digitais. Os setores automotivo (10,4% do gasto total), financeiro (10,3%), produtos farmacêuticos/medicamentos (9,8%) e viagens e turismo (9,3%) completarão os cinco principais consumidores de publicidade digital. (Fonte: Marketing Charts)

12. Em média, os anunciantes gastarão mais de US$ 10 milhões anualmente com publicidade de suas marcas em vídeos digitais e móveis, um aumento de 53% em relação a dois anos atrás, em 2016. (Fonte: IAB)

13. 84% dos anunciantes disseram que iriam realizar cada vez mais funções de publicidade internamente este ano, anunciando diretamente ao consumidor. (Fonte: IAB)

14. 2018 tem sido o ano do marketing experimental, com nove em cada dez profissionais de marketing reconhecendo sua importância na condução do engajamento da marca. (Fonte: Freeman)

15. Espera-se que a receita de publicidade em mídia social atinja US$ 51,3 bilhões em 2018. São US$ 17,24 por usuário. Essa receita deve crescer 10,5% ao ano. (Fonte: Hootsuite)

Fonte: Adobe Systems Incorporated – RMA Comunicação – Alisson Costa

A única certeza é a mudança

Tudo em movimento

Josué Brazil

Uma coisa em termos de comunicação, principalmente a mercadológica, é fato: ela está bem mais complicada do que há 20 ou 25 anos atrás.

Podemos afirmar com certa tranquilidade que o mercado de comunicação está “move fast”. As coisas todas mudam muito rápido: novos anunciantes, novas plataformas, novos mercados e novas profissões. A impressão que temos é que o mundo está o tempo todo em beta.

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Em função deste cenário, a comunicação das e para as marcas passa a ser definida muito como se define uma pauta jornalística. O trabalho de comunicação mercadológica está próximo ao trabalho editorial, de publisher.

Sim! Aproveitar o que já é assunto, o que já gera buzz e a partir disso produzir conteúdos para marcas.

Também dentro desse cenário percebemos algumas coisas que estão acontecendo e são decisivas:

– O digital – e todas as suas implicações, desdobramentos e imposição de diálogo e velocidade;

– o mobile – a possibilidade de alcançar o consumidor o tempo todo, o maior gadget de acesso a internet no país;

– o protagonismo – as marcas têm que sai a frente, assumir o protagonismo, propor conversas relevantes, assumir posições;

– a velocidade – tudo é muito rápido, instantâneo, efêmero;

– o co-thinking – pensar coletivo, pensar junto, pensar com outros, a colaboração criativa.

Tudo está tão mutável, fluído e líquido que o fato é que não temos exata noção de para onde vamos.

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Quem trabalha para marcas – seja agência, produtora de conteúdo, assessoria ou consultoria – deve focar em construir, criar e recriar negócios. Deve deixar de pensar em produzir, coordenar e vender mídia e passar a modelar negócios, criar soluções inovadoras e vender e gerar receitas.

Quem trabalha para marcas deve perceber que o que pode gerar valor atualmente gira em torno de três fatores: inovação, propósito e diferenciação!

Pronto para acompanhar as mudanças?

Consumidores usam aplicativos para comprar

51% dos internautas fizeram compras por aplicativos no último ano, revela estudo da CNDL/SPC Brasil

Facilidade de acesso é principal vantagem das compras por aplicativos, mas tela pequena é entrave. WhatsApp já foi usado por ao menos 44% dos usuários para interagir com vendedores e já supera telefone como canal de contato favorito

Onipresentes no dia a dia de muitos brasileiros, os smartphones facilitam a vida de diversas maneiras, inclusive para fazer compras. Um estudo realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que nos últimos 12 meses, mais da metade (51%) dos internautas fizeram alguma compra por meio de aplicativos – o percentual é ainda maior entre a população mais jovem (60%).

Os tipos de produtos que os internautas mais compraram via aplicativos durante esse período foram os eletrônicos e itens de informática (44%), contratação de serviços de transporte particular (39%), vestuário (36%), ingressos para atividades de lazer (25%), comidas por delivery (24%) e produtos de beleza ou perfumes (23%).

Para esses entrevistados, a facilidade de acesso, uma vez que a compra pode ser realizada pelo próprio smartphone é o que mais leva as pessoas a comprarem via app (52%). Outras razões são a praticidade e rapidez (49%), disponibilidade de melhores ofertas (37%) e a facilidade de organização que os aplicativos oferecem (26%).

“Os dados da pesquisa não deixam dúvidas quanto ao futuro do e-commerce. Ele passará cada vez mais pelos aplicativos em dispositivos móveis, utilizados não apenas para comunicar-se durante o processo de compra, mas também para adquirir produtos e serviços, pesquisar e comparar preços”, analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Para 44% dos que compram por aplicativo, tela pequena é obstáculo; 67% também são adeptos de aplicativos financeiros

Mas na hora de comprar via app, nem tudo é visto de forma positiva. Indagados sobre os principais obstáculos para esse tipo de compra, 44% acham que a tela pequena acaba atrapalhando a experiência de consumo e 35% ainda não confiam na segurança oferecida pelos aplicativos. Há ainda 17% de entrevistados que consideram os aplicativos difíceis de serem usados e 16% que nem sempre estão conectados ao Wi-Fi ou possuem plano de dados.

“O mobile é uma tendência irreversível no mercado de consumo. Desta maneira, é preciso que os varejistas desenvolvam experiências que cativem os consumidores e facilitem o engajamento. Este é um momento de mudanças intensas, em que os varejistas precisarão estar atentos para avaliar sua presença na internet, ampliando canais de relacionamento e facilitando o acesso dos clientes”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

A pesquisa descobriu que dentre os consumidores que usam aplicativos para compras, a maioria também é adepta de aplicativos para tarefas financeiras (67%), principalmente os de operações bancárias (47%), comparação de preços (25%) e organização das finanças pessoais (19%).

44% dos usuários de WhatsApp já usaram o aplicativo para se comunicar com lojas; 79% acham importante que loja ofereça recurso aos clientes

Concebido inicialmente para troca de mensagens pessoais, o WhatsApp vem se tornando também uma plataforma para negócios. De acordo com o levantamento, 44% dos entrevistados já utilizaram o WhatsApp para se comunicar com uma loja ou vendedor no processo de compras, sendo que na maioria das vezes (73%) sempre houve um retorno por parte do estabelecimento comercial. Os que nunca tiveram a experiência de utilizar o WhatsApp para interagir com lojistas somam 56% dos seus usuários.

As interações mais comuns entre consumidor e loja foram na consulta sobre preços após recebimento de uma oferta (14%), concretizar uma compra por meio do aplicativo (12%), agendar um serviço (12%), consultar sobre um produto que ficou interessado (11%) ou realizar uma reclamação (10%).

Os tipos de produtos e serviços mais adquiridos via WhatsApp são manutenção e consertos de produtos diversos (31%), compra de roupas, calçados e acessórios (29%) e aquisição de remédios ou suplementos vitamínicos (26%).

Dentre os internautas que costumam fazer compras ou agendamento de serviços via WhatsApp, 42% consideram o processo fácil e rápido e 39% destacam a conveniência de poder comprar mesmo sem sair de casa. Há ainda 30% de entrevistados que veem vantagem em receber fotos e vídeos dos produtos que estão interessados. “As empresas já começam a perceber que não podem mais abrir mão de uma ferramenta de conexão instantânea entre a marca e o consumidor. A praticidade e o imediatismo proporcionados pelo aplicativo fazem com que os consumidores vejam com bons olhos a adoção da ferramenta como forma de relacionar-se com empresas. Isso significa que cada vez mais o consumidor será atraído pelas marcas que forem verdadeiramente responsivas no ambiente digital”, afirma Pellizzaro Junior.

Outra constatação do estudo é que o WhatsApp já é o canal favorito dos internautas para se comunicar com as lojas: 27% preferem esse tipo de contato. A opção aparece à frente do telefone, citado por 25% dos entrevistados. No geral, 79% dos entrevistados que já utilizaram o WhatsApp para se comunicar com vendedores consideram importante que os estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços ofereçam ao cliente essa opção. Apenas 7% são contrários a essa necessidade e 13% demonstram indiferença.

Metodologia

A pesquisa ouviu 815 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais, capitais e acima de 18 anos que fizeram alguma compra online nos últimos 12 meses. A margem de erro é de no máximo 3,43 pp a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

Fonte: Assessoria de Imprensa CNDL | SPC Brasil