Coluna “Discutindo a relação…”

Gestão de Tráfego Pago: o que é como se tornar um especialista na área

Por Josué Brazil

Foto de bruce mars na Unsplash

É só acompanhar as publicações de vaga nas áreas de propaganda e marketing nos últimos anos para perceber que o profissional de Tráfego Pago passou a ser um dos mais requisitados pelo mercado. No mercado valeparaibano não tem sido diferente e muitas empresas buscam por este profissional. Mas a função/atividade ainda gera uma série de dúvidas e nem todo mundo tem clareza sobre o que ele faz ou deve fazer, ou até mesmo que formação ele deve ter.

Vamos tentar ajudar um pouco com esse texto, sem ter a pretensão de elucidar todo o tema. Vamos lá!

O Que é Tráfego Pago?

Tráfego Pago é a estratégia de atrair visitantes para um site, landing page, loja virtual ou perfil de rede social por meio de anúncios pagos. Diferente do tráfego orgânico, que depende de SEO (otimização para mecanismos de busca) e conteúdo para crescer de forma natural, o tráfego pago usa plataformas como Google Ads, Facebook Ads (Meta Ads), TikTok Ads, LinkedIn Ads, entre outras, para exibir anúncios a um público segmentado.

Imagine que você tem uma loja de camisetas e deseja vender mais rápido. Em vez de esperar que potenciais clientes encontrem seu site no Google, você pode criar um anúncio no Instagram direcionado a pessoas que gostam de moda e costumam comprar roupas online. Isso aumenta suas chances de conversão de maneira rápida e eficaz.

Conhecimentos essenciais para um profissional de Tráfego Pago

Ser um especialista em gestão de tráfego pago exige uma combinação de habilidades técnicas e analíticas. Vamos explorar as principais:

1. Plataformas de anúncio

Cada plataforma de anúncio tem suas peculiaridades. Um bom profissional de tráfego precisa dominar pelo menos as principais:

Google Ads: Ideal para buscas diretas, remarketing e anúncios no YouTube.

Facebook & Instagram Ads (Meta Ads): Focado em segmentação por interesse e comportamento.

TikTok Ads: Perfeito para campanhas virais e público jovem.

LinkedIn Ads: Melhor para empresas B2B e nichos corporativos.

Pinterest Ads: Bom para e-commerce, moda, decoração e inspiração visual.

2. Segmentação de público

Um dos maiores diferenciais do tráfego pago é a possibilidade de exibir anúncios para um público altamente segmentado.

Exemplos de segmentação:

Demográfica: Idade, gênero, localização.

Interesses: Pessoas que seguem marcas de tecnologia, moda, fitness, etc.

Comportamental: Usuários que visitaram um site específico ou adicionaram produtos ao carrinho.

3. Criação de anúncios irresistíveis

A estrutura do anúncio é fundamental. Um bom profissional de tráfego sabe criar:

Títulos impactantes (exemplo: “Ganhe 30% de desconto HOJE!”).

Descrições persuasivas (exemplo: “Compre agora e receba frete grátis!”).

Imagens e vídeos de alta conversão (exemplo: Provas sociais como depoimentos de clientes).

4. Copywriting e Gatilhos Mentais

O copywriting é essencial para um anúncio persuasivo. Gatilhos mentais como escassez (“últimas unidades!”), prova social (“milhares de clientes satisfeitos”) e urgência (“promoção só até hoje”) fazem diferença nos resultados.

5. Medição e Otimização de Resultados

Não basta apenas criar um anúncio; é essencial monitorar e otimizar.

KPIs principais: CTR (taxa de cliques), CPC (custo por clique), ROI (retorno sobre investimento), CPA (custo por aquisição).

Testes A/B: Comparar diferentes versões de um anúncio para ver qual gera mais conversão.

Pixel e Tag Manager: Usar ferramentas como Facebook Pixel e Google Tag Manager para rastrear conversões e refinar a segmentação.

6. Funil de Vendas e Remarketing

O tráfego pago funciona melhor quando integrado a um funil de vendas. Por exemplo:

Topo do funil: Anúncios para atrair visitantes.

Meio do funil: Ofertas para leads interessados.

Fundo do funil: Remarketing para recuperar carrinhos abandonados ou exibir ofertas exclusivas.

7. Gestão de Orçamento e Escala

Saber como distribuir o orçamento é crucial. Exemplo:

Iniciar com um pequeno investimento (ex: R$ 50/dia).

Testar diferentes audiências e criativos.

Escalar o que dá certo (aumentar o investimento nos melhores anúncios).

Como se tornar um Especialista em Tráfego Pago

Estudar cursos e materiais atualizados: Plataformas como Udemy, Google Skillshop e Facebook Blueprint têm cursos gratuitos e pagos.

Praticar com pequenos projetos: Criar campanhas reais, mesmo que com baixo orçamento.

Acompanhar blogs e influenciadores da área: Como Neil Patel, RD Station e especialistas do mercado digital.

Participar de comunidades: Grupos no Facebook, Whatsapp e fóruns de marketing digital ajudam a trocar experiências.

Fazer networking e buscar freelas: Trabalhar com pequenos negócios ou influenciadores ajuda a ganhar experiência.

Entender de Mídia como um todo também é importante. Planejamento e estratégia de Mídia, mesmo que partindo da mídia tradicional, será bastante útil e interessante. Caso você não tenha tido a oportunidade de ter Mídia como disciplina em sua formação (superior ou técnica) busque um curso de Planejamento de Mídia.

Pra fechar…

A gestão de tráfego pago é uma das habilidades mais valiosas no marketing digital atualmente. Empresas de todos os tamanhos dependem de bons profissionais para gerar vendas e leads de forma previsível. Se você deseja atuar na área, comece estudando, testando e aprimorando suas estratégias. O mercado é dinâmico e repleto de oportunidades para quem domina essa arte!

Marketing programático ao alcance das PMEs: por onde começar

Por Bruno Campos de Oliveira*

Segundo dados do Governo Federal, somente em 2021 foram abertas mais de 3 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil. A mudança de cenário dos últimos dois anos acelerou a transformação digital das PMEs e a adoção de novos hábitos pelos consumidores, que, impulsionados pelo isolamento social, adotaram as plataformas online como o principal método para fazer compras. Se antes, ter uma estratégia de marketing digital, parecia algo viável apenas para grandes empresas, os empreendedores e pequenos negócios tiveram que redobrar seus esforços para atender a nova demanda, indo desde venda online e delivery por apps até atendimento via Facebook, Instagram e WhatsApp. Por essas razões, o marketing digital se tornou um aliado poderoso para os pequenos negócios que desejam crescer se beneficiando desses métodos.

Bruno Campos de Oliveira, CMO da ADSPLAY

A principal diferença entre as grandes empresas e as de pequeno e médio porte (PMEs), é a capacidade de investimento. Muitas marcas têm um orçamento limitado e, por conta disso, tem que priorizar as suas ações de marketing. Por isso é preciso estratégia. No marketing programático, uma estratégia é criada para impactar o consumidor certo, no momento mais apropriado para a conversão. Também é possível fazer ações de remarketing, retargeting e recuperar carrinhos abandonados.

Diferentemente do senso comum que parte do princípio que o marketing programático é uma estratégia para quem tem “bala na agulha”, posso dizer que é possível atender empresas com diferentes realidades, só mudando a quantidade de formatos que são recomendados. Para PMEs, por exemplo, recomendamos focar na tecnologia da mídia programática para aumentar seus resultados em banners de sites e mídia dentro de apps. Também, em momentos de maior verba, é possível inovar e testar canais como Spotify e DOOH, o Digital Out Of Home que são telas conectadas como é comum em elevadores, shoppings e até em abrigos de ônibus de grandes centros.

Por onde começar?

Para começar, o ideal para empresas de médio e pequeno porte é terceirizar o serviço de marketing programático a partir de agências ou as chamadas trading desks, que dispõem de profissionais habilitados para operar. As agências especializadas possuem um time de BI e gestores de tráfego além de relacionamentos sólidos, especialmente com fornecedores de inventário, dados e tecnologia. Isso normalmente implica em inventários por preços especiais, ajudando a empresa a fazer mais com menos. E não vamos esquecer que é preciso uma licença própria (SEAT) para operar dados e programática. Por isso não faz tanto sentido operar em casa quando o volume de mídia não é muito grande ou não se tem, no time, tantos profissionais especializados.

Já no caso das grandes empresas, é muito importante ter um percentual da verba já separado para a mídia programática como também, um outro pequeno percentual focado em canais inovadores como mídia programática dentro de jogos, formatos de alto impacto, uso de inteligência artificial, criação de banners com base em algoritmos entre outras novas tecnologias com potencial de aumentar muito os resultados.

Ou seja, no fim do dia toda empresa pode veicular programaticamente o que muda mesmo e a quantidade e diversidade de formatos recomendados para cada realidade de investimento.

*Bruno Campos de Oliveira é CMO da ADSPLAY. É formado em Marketing pela EACH-USP e se especializou em digital através de imersões diretamente no Vale do Silício – EUA. Também concluiu o xBA, Xponential Business Administration, ministrado pela StartSe University (EUA) e Nova SBE (Portugal). É professor e embaixador de digital marketing da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia no Brasil e co-autor do livro “Mídia Programática de A a Z”.

5 motivos para investir em tráfego pago nas redes sociais

*Por Flávio Zamprone

Entender, analisar e captar novos clientes é o desejo de todo empreendedor que tem seu negócio no ambiente digital. Investir em tráfego pago pode impulsionar as estratégias e aumentar o potencial de alcance das publicações do negócio. Atualmente, é possível começar uma campanha simples de engajamento com baixo custo.

Com o tráfego pago, o gerenciador do negócio consegue atingir a pessoa certa, no momento certo, com a comunicação certa. Além disso, pode ter acesso à várias métricas de todas essas ações, otimizar as campanhas, identificar os melhores resultados e ter uma segurança sobre como atingir seu público.

Abaixo, confira alguns motivos fundamentais para investir e o papel de cada um deles na sua estratégia.

Alcance de pessoas

O tráfego pago coloca pequenas e médias empresas no mesmo patamar. Não é necessário ter milhares de seguidores para sua comunicação alcançar um número maior de pessoas. Com o investimento, a chance de conversão do lead se torna mais efetiva. Pessoas que até então não tinham contato com a marca ou com o produto, podem ser identificadas e ter sua primeira experiência de compra ou contato.

Público ideal

O tráfego pago amplia a segmentação no mercado. Permite atingir e identificar com precisão o público ideal para o seu anúncio. Qualquer tipo de negócio pode ter acesso à diversas segmentações e impulsionar o que mais se encaixa com a proposta da empresa.

Métricas

Além dessas ações, é possível ter acesso às métricas da campanha. As plataformas de anúncios disponibilizam os dados e realizam comparativos para entender o desempenho e as melhorias de cada campanha. O empreendedor pode monitorar de perto o tempo e a ação do usuário e como ele está aderindo às estratégias.

Retorno rápido

Os resultados das campanhas patrocinadas podem ser notados quase que de forma imediata. Ao contrário do investimento orgânico, mais pessoas são atingidas por aquela campanha, em consequência, mais retorno pode ser esperado. Com as métricas definidas, o desenvolvimento da ação se torna mais assertivo.

Além disso, pode ser medido por meio do investimento gasto e volume de pessoas que alcançaram o objetivo que o anunciante selecionou. Assim, ele tem a noção do quanto aquela oportunidade está custando.

Remarketing

O Remarketing é uma ferramenta criada pelo Google Adwords que possibilita a divulgação de anúncios para pessoas que já tiveram algum tipo de contato com o seu negócio. As campanhas podem ser veiculadas com diversas plataformas do meio digital, isso facilita ao anunciante uma visão mais ampla do público que tem acesso e uma maior chance de compra.

*Flávio Zamprone é gestor de tráfego pago da G Digital – startup de desenvolvimento de softwares para marketing e vendas que cresceu 20% em 2020.

Cashback deve fazer parte da estratégia de atração de clientes no e-commerce

por Felipe Rodrigues*

Um dos principais desafios para empresários e gestores de empresas que buscam no e-commerce uma estratégia eficaz para ampliação das vendas – e consequentemente do faturamento – tem relação com a atração de clientes para a loja online.

Atrair clientes para o e-commerce exige a adoção de uma série de medidas e de esforços. É importante ter tempo para dedicar ao desenvolvimento de um bom plano estratégico, que contemple ações de marketing de conteúdo, remarketing, um bom trabalho de SEO, desenvolvimento de promoções, incentivos para clientes que fizerem a primeira compra com cupons de descontos ou frete grátis, etc.

Felipe Rodrigues

Outra maneira de conseguir atrair clientes qualificados – e inclusive de fidelizá-los – é investir na participação de um bom programa de cashback. Esse sistema, que devolve parte do dinheiro das compras de volta ao consumidor, é muito popular nos Estados Unidos desde 1998 e vem ganhando força no varejo brasileiro. Essa certamente é uma estratégia interessante para atrair clientes, uma vez que a sua marca estará exposta em uma vitrine extremamente democrática, ao lado de marcas superfamosas e reconhecidas no mercado, mas que podem não oferecer um produto como o que você produz.

Dentro de uma plataforma de cashback, além disso, você já terá um fluxo de consumidores altamente qualificados, que estão acostumados a comprar online e que, em muitos casos, utilizam o e-commerce como um dos principais meios para a aquisição de uma série de itens. Ter esse público como cliente é extremamente interessante e fidelizá-los, quando se utiliza o cashback combinado com um bom atendimento, é uma vantagem importante para o negócio. Esse consumidor se sente motivado a voltar a comprar na loja para usar os valores recuperados. Esse estímulo acaba construindo um ciclo de compras, uma vez que o cliente enxerga os benefícios de maneira rápida e prática e, consequentemente, volta a comprar utilizando os valores que recebeu.

Uma pesquisa realizada pela Ebit Nielsen em parceria com a Elo aponta que as vendas online cresceram 47% apenas no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 38,8 bilhões. Nesse mesmo intervalo de tempo, estima-se que os cupons de descontos e o cashback movimentaram mais de R$ 1,5 bilhão. Apesar de ainda representar uma fatia pequena no varejo online, o cashback já começa a se apresentar como uma ferramenta com potencial e as marcas que oferecerem essa vantagem ao consumidor desde já tendem a colher bons frutos antecipadamente.

Também chamado de “compra inteligente”, o cashback traz uma vantagem interessante se comparado, por exemplo, aos programas de milhagem, em que o consumidor precisa acumular uma quantidade de pontos razoável para conseguir trocá-los por produtos e serviços relevantes em estabelecimentos pré-determinados. Ocorre que ao aderir ao cashback, o consumidor tem a liberdade de utilizar os valores em novas compras de forma quase imediata. É por isso que penso no cashback como um caminho sem volta. As chances de frustração do consumidor são minimizadas, uma vez que o uso do bônus acontece da maneira que o próprio consumidor escolher. Com esse mecanismo, atrair o consumidor e fidelizá-lo pode ser uma conquista feita em poucos cliques!

*Felipe Rodrigues é especialista em e-commerce, fundador e CEO do Meu DimDim, plataforma de cashback 100% brasileira – www.meudimdim.com.br

Fonte: Scaramella Press – Fabiana Scaramella