Por que Retail Media virou a mídia mais desejada por marcas e varejistas

Por Caroline Mayer, VP da RelevanC no Brasil*

O que antes era uma disciplina praticamente restrita ao Trade Marketing, se tornou um dos pilares mais estratégicos do marketing digital. O Retail Media não é mais somente uma nova frente de mídia; ele representa uma transformação profunda na forma como marcas, indústrias e varejistas se conectam aos consumidores. E, além de uma tendência, é realidade com crescimento acelerado.

De acordo com um estudo recente da Nielsen sobre o futuro do setor, o mercado de Retail Media deve atingir a impressionante marca de US$100 bilhões em investimentos globais até 2026, colocando-o como um dos segmentos que mais cresce dentro da publicidade digital. Em paralelo, relatório da WARC intitulado The Future of Commerce Media 2025 projeta que esse mercado chegará a US$ 196,7 bilhões em 2026, indicando que o Retail Media ultrapassará os modelos tradicionais de mídia em impacto e escala.

Esse crescimento reflete uma mudança estrutural na lógica de como a publicidade é feita no ambiente de varejo – tendência confirmada também pelo eMarketer, que projeta que o Retail Media representará mais de 20% de todo o investimento em publicidade digital até 2029.

E a América Latina já aparece como protagonista nesse movimento. Segundo o eMarketer, os investimentos em Retail Media na região devem mais que dobrar entre 2025 e 2029, passando de US$2,64 bilhões para US$6,76 bilhões – um Compound Annual Growth Rate (CAGR) de 29,9%, quase o dobro da média global, que vai de 15,6% em 2025 para 10,6% em 2029. Pela primeira vez, a mídia de varejo já ultrapassa 10% do total de mídia digital investida em 2025 e deve chegar a 18,6% até 2029.

Do Trade Marketing ao Retail Media: uma nova era de conexão e dados

Historicamente, as relações entre indústria e varejo sempre foram pautadas no Trade Marketing. A lógica era relativamente simples: a indústria investia no ponto de venda – prateleiras, ilhas promocionais, tabloides e, mais recentemente, banners no site do varejista – como uma forma de ajudar o varejo a escoar o estoque disponível. Era uma estratégia centrada no produto, na visibilidade dentro do ponto de venda e na conversão imediata.

O Retail Media surgiu como uma evolução natural, porém disruptiva, desse modelo. O que antes era uma negociação de espaço físico (ou digital) no ponto de venda, se transformou em um ecossistema de mídia altamente tecnológico, baseado em dados, inteligência artificial e ativação de audiências qualificadas por meio de hipersegmentações e histórico de compras.

Essa transformação muda profundamente a relação entre indústria e varejo. Não se trata mais apenas de “vender espaço”; trata-se de construir audiências, gerar relevância e impactar o consumidor certo, no momento certo, dentro e fora do ambiente do varejista. Com isso, o Retail Media deixa de ser uma extensão do Trade e passa a dialogar diretamente com os investimentos de branding, performance e mídia.

Dados como diferencial competitivo

Se há um elemento que explica o crescimento do Retail Media, é o valor dos dados first-party dos varejistas. Em meio às conversas sobre o fim dos cookies de terceiros, esses dados se tornaram ouro para a indústria.

Graças às informações transacionais, hábitos de compra e padrões de consumo, o varejo se posiciona como um dos players mais estratégicos do ecossistema publicitário. Isso permite que as marcas criem campanhas hipersegmentadas, otimizem a entrega de anúncios e conectem as ativações de mídia diretamente aos resultados de vendas – algo que nenhuma outra mídia entrega com tanta precisão.

A Nielsen aponta que 56% dos profissionais de marketing pretendem aumentar seus investimentos em Retail Media nos próximos 12 meses, justamente pela capacidade que esse canal oferece de mensurar resultados reais e de trabalhar todas as etapas do funil: do awareness até a conversão, fidelização e recompra.

Complementando esse olhar, o estudo da eMarketer destaca ainda que Brasil e México devem concentrar cerca de 80% de todo o investimento da região nos próximos anos. O México, inclusive, vai ultrapassar a Índia em 2027 e se tornar o segundo mercado mais penetrado do mundo em Retail Media, atrás apenas da China. Já o Brasil é o motor de crescimento absoluto, liderando em volume de expansão.

Muito além do on-site

Outro dado relevante da pesquisa da Nielsen é que o Retail Media está rapidamente ultrapassando os limites dos sites e aplicativos dos próprios varejistas. A mídia não está mais restrita aos banners na home do e-commerce ou às vitrines patrocinadas na busca interna.

Hoje, a expansão do Retail Media para ambientes off-site, como mídia programática, redes sociais e Connected TV (CTV), permite que as marcas impactem os consumidores em qualquer ponto da jornada, mesmo quando eles não estão navegando diretamente no site do varejista.

Isso amplia significativamente o poder do Retail Media, que se consolida como um dos canais mais eficientes para unir branding e conversão dentro de uma mesma estratégia.

Desafios que o mercado ainda precisa enfrentar

Apesar de toda essa evolução, o Retail Media ainda enfrenta desafios importantes. Segundo a Nielsen, os três principais pontos de atenção para os anunciantes são:

  • Falta de padronização nas métricas: cada varejista possui sua própria metodologia de atribuição, dificultando a comparação de resultados entre plataformas;
  • Baixa interoperabilidade: muitas soluções não se conversam, tornando complexa a operação de campanhas em múltiplos ambientes;
  • Exigência crescente por mensuração: marcas querem mais clareza sobre incrementalidade, brand lift, ROI e impacto direto nas vendas (tanto online quanto em loja física).

Esses desafios não anulam o potencial do Retail Media, mas apontam claramente os próximos passos que o setor precisa percorrer para consolidar-se como um pilar confiável dentro das estratégias de mídia.

Retail Media é muito mais que mídia: é negócio

Quando olhamos para a essência do Retail Media, percebemos que ele não é somente um canal de mídia, mas também uma nova forma de conectar os negócios do varejo e da indústria. Ele ajuda o varejista a rentabilizar seus ativos de dados e inventário, ao mesmo tempo em que auxilia a indústria a direcionar seus investimentos de marketing de forma muito mais eficiente – ajudando, inclusive, a performar melhor o estoque que o próprio varejista já comprou.

É um ciclo virtuoso: quanto melhor a estratégia de Retail Media, mais o consumidor é impactado por ofertas e produtos que fazem sentido para ele, mais vendas são realizadas, e maior é o giro de estoque e a rentabilidade para ambas as pontas, indústria e varejo.

Uma transformação sem volta

O Retail Media já deixou de ser promessa e se consolidou como um pilar central na estratégia de marketing de grandes marcas e varejistas. Se antes ele era visto como uma extensão do Trade, hoje ocupa um lugar estratégico no budget de mídia, lado a lado com social, search e programática.

E o que vem pela frente? A tendência parece estar bem definida: Retail Media cada vez mais conectado a todo o ecossistema de mídia, com modelos mais integrados, métricas mais robustas, maior uso de inteligência artificial e expansão constante para canais como CTV, mídia out-of-home digital e social commerce.

O que estamos vendo é o surgimento de uma nova disciplina, que conecta indústria, varejo e consumidor, além de ter o poder de transformar toda a lógica de como marcas constroem relacionamento, ativam vendas e constroem valor.

Para quem souber usar, o Retail Media é um grande diferencial competitivo. E, mais do que nunca, é sobre dados, inteligência e conexão real com o consumidor.

*Caroline Mayer possui mais de 20 anos de experiência na área comercial internacional com forte atuação na França e no Brasil, atuando principalmente na abertura de novos negócios e subsidiárias, reforço de marca, liderança de times e estratégias de vendas com parceria com grandes agências. Desde 2021, é VP Brazil da RelevanC, especialista em soluções de Retail Media que, no Brasil, atua nas ações do GPA.

Tendências e perspectivas para o varejo para 2024 após profundas mudanças em 2023

Por Júlio Bastos*

O ano de 2023 foi marcado por significativas transformações no setor de varejo, impulsionada pela fusão entre avanços tecnológicos e as transformações no comportamento do consumidor. Em meio a desafios, o mercado identificou oportunidades excepcionais para o crescimento, moldando um cenário dinâmico e altamente inovador. Vamos explorar algumas tendências que não apenas marcaram o ano, mas também redesenham o panorama do varejo.

Integração Omnichannel: A Nova Fronteira da Conveniência

O varejo expandiu suas operações omnichannel, convergindo as experiências online e offline para proporcionar máxima conveniência aos consumidores. O aumento estimado de cerca de 55% nas vendas via dispositivos móveis, conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, evidencia essa tendência. Além disso, a crescente adesão às compras online com retirada na loja destaca a importância dessa integração, tornando-se uma estratégia imperativa para os varejistas que buscam se destacar em um mercado competitivo.

Personalização e Experiência do Cliente: O Diferencial Competitivo

Estratégias personalizadas tornaram-se vitais no ambiente varejista em constante evolução. Marcas investiram pesadamente em tecnologias de análise de dados para compreender a fundo o comportamento do consumidor. Essa compreensão profunda possibilitou oferecer produtos e experiências adaptados às necessidades individuais, solidificando a relação marca-consumidor e impulsionando a fidelidade.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social: O Caminho para o Crescimento Sustentável

O crescimento do setor também foi impulsionado por iniciativas sustentáveis e ações sociais. Marcas comprometidas com práticas mais sustentáveis e causas sociais conquistaram a preferência dos consumidores, refletindo a crescente importância desses valores nas decisões de compra. A sustentabilidade não é mais uma opção, mas sim um pilar central nas estratégias de negócios, gerando não apenas impacto ambiental, mas também retorno financeiro.

Inovação Tecnológica: Transformando a Jornada de Compra

A aplicação de tecnologias emergentes, como realidade aumentada, inteligência artificial e machine learning, revolucionou a interação e a experiência de compra. Chatbots, assistentes virtuais e recomendações personalizadas elevaram a jornada de compra a novos patamares de eficiência e personalização em larga escala.

Trade Marketing e Estratégias Inovadoras: Impulsionando Conexões e Vendas

O Trade Marketing desempenhou um papel crucial no crescimento do varejo ao estabelecer parcerias estratégicas, promoções customizadas e experiências imersivas. A coleta avançada de dados por meio de ferramentas de CRM permitiu análises mais detalhadas do comportamento de compra do consumidor, capacitando os grandes varejistas a analisar entre 70% e 80% desses dados. Essa análise aprofundada proporcionou insights valiosos, permitindo ofertas personalizadas e estratégias de marketing direcionadas.

Perspectivas para 2024

À medida que nos aproximamos de 2024, antecipamos a continuidade e expansão de tendências-chave que continuarão a moldar o setor de varejo:

  • Aprimoramento da Experiência do Cliente: O foco na satisfação do cliente será central para impulsionar inovações na experiência de compra.
  • Expansão da Inteligência Artificial e Realidade Aumentada: Tecnologias avançadas continuarão a transformar a interação do consumidor, proporcionando experiências mais envolventes.
  • Sustentabilidade como Pilar Central: A conscientização ambiental e social se aprofundará, consolidando a sustentabilidade como um elemento essencial nas estratégias de negócios.
  • Crescimento do Comércio Social: A integração de elementos sociais nas plataformas de compras online ganhará destaque, promovendo a interação e a colaboração entre consumidores.
  • Data-Driven Marketing e Análise Avançada: A coleta e análise de dados se tornarão ainda mais sofisticadas, impulsionando estratégias de marketing altamente personalizadas e eficazes.

    Em 2024, essas tendências continuarão a transformar o panorama do setor de varejo, promovendo um ambiente mais dinâmico e inovador para marcas e consumidores. Estar à frente dessas mudanças será fundamental para o sucesso em um mercado que exige adaptação contínua e inovação constante.

*Júlio Bastos é Diretor comercial de Outsourcing da Gi Group Holding

Brazil Promotion anuncia programação de palestras gratuitas

Visitantes terão acesso a um mix de assuntos com as principais tendências para contribuir e inspirar o profissional de marketing

Com o intuito de acompanhar o que há de mais moderno e eficiente nesse campo, a Brazil Promotion, o principal evento de marketing promocional do Brasil, apresentará as principais inovações, lançamentos e tendências que irão inspirar os profissionais do ramo a envolver ainda mais os consumidores. Em sua 19ª edição, a feira será realizada de 12 a 14 de setembro, das 13h às 20h, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo.

Um dos principais destaques da feira Brazil Promotion são as grades de palestras compostas por dois dias de Popai Trends e outro de Promo Tendências, com painéis e seminários que tem como objetivo estimular a participação ativa de profissionais de marketing, colocando temas de grande importância no centro das discussões, a fim de enriquecer e fortalecer o ecossistema que impulsiona o setor.

“Nossa abordagem é centrada na troca de experiências e conhecimentos, promovendo um ambiente propício para compartilhar insights valiosos. Acreditamos que ao unir diferentes perspectivas, podemos impulsionar a inovação e o crescimento de maneira significativa” afirma Thais De Vitto, diretora da Brazil Promotion.

O credenciamento pode ser feito por meio do Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/brazil-promotion-2023/1813296) e a visitação é gratuita para profissionais corporativos. Autônomos e estudantes precisam consultar as condições de participação.

Os visitantes poderão participar das palestras gratuitas com um mix de assuntos e as principais tendências para contribuir e inspirar o profissional de marketing, trade marketing, eventos, comunicação e outros perfis que estarão na Brazil Promotion. Lembrando que o acesso ao auditório é sujeito à lotação do espaço.

Além do tema principal da abertura da feira, que é Environmental, Social And Governance (ESG) – o que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização, um dos destaques da feira é a palestra do Lucas Mucida Costa, programador na UFV e também community manager na Upland, uma startup de web3 do Vale do Silício, sobre “Inteligência Artificial e Marketing: Muito Além do Chat GPT”, no dia 14 de setembro, das 14h05 às 14h50, com moderação da Lilian Ronchel, que é CFO na Class TechExperience e sócia diretora de inovação Eventech na BIOBOTS.

“Nesta palestra, você terá a oportunidade de aprender sobre a evolução da Inteligência Artificial, compreendendo seu atual funcionamento e desvendando seu impacto extremamente positivo na sociedade. Além disso, fique por dentro de como o marketing está se transformando com essa poderosa ferramenta. Esse seminário vai muito além do Chat GPT para potencializar suas estratégias”, explica Thais.

Outro destaque fica com a participação da cantora Luiza Possi, que irá participar de uma palestra das 17h às 17h45 no dia 14 de setembro, falando sobre “Sons do Futuro: Uma Jornada pela Inovação na Música”.

Confira alguns destaques na grade de palestras da Brazil Promotion.

Terça-feira, dia 12 de setembro

TEMA DO DIA: ENVIRONMENTAL, SOCIAL, AND GOVERNANCE (ESG)

Das 15h35 às 16h20 – Palestra sobre “RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA”, com Daniela de Andrade Pio (Psicóloga com especialização em Psicodrama, Gestão do Conhecimento, Gestão de Negócios e Liderança) – falando sobre a inclusão e diversidade no ambiente de trabalho são fundamentais para promover um espaço onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados, nesta palestra iremos discutir sobre o impacto social positivo das empresas na comunidade e programas de voluntariado e engajamento comunitário.

Das 16h20 às 17h10 – Painel sobre a “INCLUSÃO E DIVERSIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO. IMPACTO SOCIAL POSITIVO DAS EMPRESAS NA COMUNIDADE”, com Paloma Breit dos Santos (Analista de Acessibilidade) e Camila Inácio (Especialista em Gestão de Pessoas) – mostrando a promoção da igualdade de oportunidades e a quebra de barreiras preconceituosas não apenas refletem um compromisso ético e socialmente responsável, mas também resultam em colaboradores mais engajados, satisfeitos e motivados.

Quarta-feira, dia 13 de setembro

TEMA DO DIA: ESTRATÉGIAS DO TRADE MARKETING

Das 14h05 às 14h50 – Palestra sobre “TRADE MARKETING: CONCEITOS ESSENCIAIS E BENEFÍCIOS PARA EMPRESAS”, com Rafysa Rodrigues Figueiredo (atualmente responsável pelo trade do canal Atacado do estado de SP e dos nacionais Atacadão e Assaí pela Aurora Coop), Victor Wallace Bastos​ (Diretor Executivo da Adilis) e Antônio De Luca​ – (especializado em comportamento do consumidor pela Fundação Getúlio Vargas) – falando sobre a integração entre Varejo, Indústria e Agências de Field Marketing e como implementar a cultura Sellout em sua organização.​

Das 15h35 às 16h20 – Palestra sobre “MPDV: UTILIZANDO O MATERIAL DE PONTO DE VENDA PARA AUMENTAR O IMPACTO NAS VENDAS”, com Luis Henrique Bressane​ (profissional com experiência nacional e internacional em trade marketing no setor industrial), Sergio Merli​ (especialista em marketing e branding para negócios) e Carla Mazza​ (profissional com 23 anos de experiência nas áreas Comercial e Marketing) – mostrando tudo sobre o MPDV e suas diferentes formas, também descobriremos como utilizar de forma criativa esse método para atrair a atenção dos consumidores e influenciar sua decisão de compra.

Quinta-feira, dia 14 de setembro

TEMA DO DIA: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E WEB3

Das 15h às 15h45 – Palestra sobre “CRIATIVIDADE NA ERA DAS NOVAS TECNOLOGIAS”, com Gabriel Branco (CEO Class TechExperience e Sócio Diretor da BiobotsTec), abordando a importância do processo criativo atrelado aos conhecimentos das novas tecnologias para gerar experiências interativas, imersivas e impactantes.

Das 16h às 16h45, Palestra “DESVENDANDO A WEB 3.0 – APRENDA COM O CASES DE SUCESSO”, com Ney Neto (empreendedor na área de Blockchain) – mergulhando nos conceitos da Web 3.0 e como eles estão transformando a maneira de interação online. Descubra como as marcas estão utilizando a próxima era da internet para criar estratégias inovadoras, e conheça casos reais de sucesso que estão moldando o cenário digital.

A programação completa do evento está disponível em www.brazilpromotion.com.br.

SERVIÇO – BRAZIL PROMOTION 2023

Quando: Dias 12, 13 e 14 de setembro de 2023

Onde: Pro Magno Centro de Eventos – Avenida Professora Ida Kolb, 513 – São Paulo/SP

Horário: Das 13h às 20h

Valor: visitação gratuita para profissionais corporativos. Autônomos e estudantes, consultar as condições de participação;

Credenciamento: https://www.sympla.com.br/evento/brazil-promotion-2023/1813296

Mais informações: https://www.brazilpromotion.com.br/

Fonte: SANTOSPRESS COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Como inovar na gestão do trade marketing?

Transformação digital aliada às campanhas de incentivo se consolida como estratégia essencial para administrar a área com eficiência

por André Schneck (*)

A experiência de compra é um ponto fundamental para converter e fidelizar o cliente. Sabemos que práticas de trade marketing, como a negociação com fornecedores e posicionamento de produtos no ponto de venda, o chamado PDV, fazem toda a diferença para isso e para os resultados do negócio. E a regra vale para toda empresa, independentemente do tamanho. Não há fórmula mágica para buscar a eficiência dos vendedores e promotores, mas não se pode negar que as ferramentas digitais tornaram possível direcionar melhor as estratégias, diminuindo as chances de possíveis fracassos e perda de recursos.

É consenso que a inclusão da tecnologia no processo foi fundamental. Com o seu uso, marcas relevantes no cenário nacional como Coca-Cola Femsa, iFood, Wizard, Remax, Hypera, Marilan, observaram que, em média, 72% dos colaboradores inseridos neste cenário batem suas metas de positivação. Isso foi possível graças à disponibilização de ações personalizadas de incentivo a todo momento, o que proporciona engajamento dos vendedores, além de autonomia e possibilidade de converter seu bom desempenho em premiações atraentes.

Tais incentivos podem incluir uma maior margem de comissão para os vendedores de um determinado produto, gratificações, descontos para o cliente final, sorteios, entre outros. Aí está o “pulo do gato”, como se diz. Porque embora a tecnologia seja acessível a todos, são as soluções adequadas, criadas pelo uso correto da ferramenta digital apropriada, que farão determinado time se engajar mais ou menos.

Por exemplo, uma indústria precisa saber se alguma campanha de venda está dando certo ou não. Antigamente, isso era feito manualmente, com planilhas e contas infinitas. Atualmente, isso pode ser mensurado através de um dashboard instalado num aplicativo. É a gestão a um clique de distância.

A gamificação é outra forma de melhorar engajamento que vem ganhando força nos processos. Dados da Review indicam que 42,95% dos colaboradores gostam de usar elementos de jogos em seus trabalhos e 72% dos profissionais relatam que o game incentiva-os a se dedicarem mais.

A Coca-Cola FEMSA, por exemplo, adota uma estratégia de gamificação que usa um aplicativo capaz de medir a produtividade dos colaboradores e premiá-los por bons resultados. A empresa consegue unir marketing de incentivo com uma campanha interativa, por meio de uma plataforma de modelo SaaS (Software as a Service). A iniciativa resultou num aumento de participantes de mais de 30% em suas campanhas.

Não é novidade, portanto, que um bom trabalho de trade marketing gera uma melhor percepção do público, resultando numa maior visibilidade da mercadoria mesmo quando o cliente ainda não conhece o produto. A partir dessa primeira impressão, há um aumento considerável da possibilidade de o cliente considerar a compra. Mas se o desafio é como engajar a equipe, as campanhas de incentivo aliadas à transformação digital surgem como estratégia essencial para a boa gestão da área.

(*) André Schneck é Gerente de Marketing e Planejamento da Incentivar

Fonte: Compliance Comunicação