Tendências e perspectivas para o varejo para 2024 após profundas mudanças em 2023

Por Júlio Bastos*

O ano de 2023 foi marcado por significativas transformações no setor de varejo, impulsionada pela fusão entre avanços tecnológicos e as transformações no comportamento do consumidor. Em meio a desafios, o mercado identificou oportunidades excepcionais para o crescimento, moldando um cenário dinâmico e altamente inovador. Vamos explorar algumas tendências que não apenas marcaram o ano, mas também redesenham o panorama do varejo.

Integração Omnichannel: A Nova Fronteira da Conveniência

O varejo expandiu suas operações omnichannel, convergindo as experiências online e offline para proporcionar máxima conveniência aos consumidores. O aumento estimado de cerca de 55% nas vendas via dispositivos móveis, conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, evidencia essa tendência. Além disso, a crescente adesão às compras online com retirada na loja destaca a importância dessa integração, tornando-se uma estratégia imperativa para os varejistas que buscam se destacar em um mercado competitivo.

Personalização e Experiência do Cliente: O Diferencial Competitivo

Estratégias personalizadas tornaram-se vitais no ambiente varejista em constante evolução. Marcas investiram pesadamente em tecnologias de análise de dados para compreender a fundo o comportamento do consumidor. Essa compreensão profunda possibilitou oferecer produtos e experiências adaptados às necessidades individuais, solidificando a relação marca-consumidor e impulsionando a fidelidade.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social: O Caminho para o Crescimento Sustentável

O crescimento do setor também foi impulsionado por iniciativas sustentáveis e ações sociais. Marcas comprometidas com práticas mais sustentáveis e causas sociais conquistaram a preferência dos consumidores, refletindo a crescente importância desses valores nas decisões de compra. A sustentabilidade não é mais uma opção, mas sim um pilar central nas estratégias de negócios, gerando não apenas impacto ambiental, mas também retorno financeiro.

Inovação Tecnológica: Transformando a Jornada de Compra

A aplicação de tecnologias emergentes, como realidade aumentada, inteligência artificial e machine learning, revolucionou a interação e a experiência de compra. Chatbots, assistentes virtuais e recomendações personalizadas elevaram a jornada de compra a novos patamares de eficiência e personalização em larga escala.

Trade Marketing e Estratégias Inovadoras: Impulsionando Conexões e Vendas

O Trade Marketing desempenhou um papel crucial no crescimento do varejo ao estabelecer parcerias estratégicas, promoções customizadas e experiências imersivas. A coleta avançada de dados por meio de ferramentas de CRM permitiu análises mais detalhadas do comportamento de compra do consumidor, capacitando os grandes varejistas a analisar entre 70% e 80% desses dados. Essa análise aprofundada proporcionou insights valiosos, permitindo ofertas personalizadas e estratégias de marketing direcionadas.

Perspectivas para 2024

À medida que nos aproximamos de 2024, antecipamos a continuidade e expansão de tendências-chave que continuarão a moldar o setor de varejo:

  • Aprimoramento da Experiência do Cliente: O foco na satisfação do cliente será central para impulsionar inovações na experiência de compra.
  • Expansão da Inteligência Artificial e Realidade Aumentada: Tecnologias avançadas continuarão a transformar a interação do consumidor, proporcionando experiências mais envolventes.
  • Sustentabilidade como Pilar Central: A conscientização ambiental e social se aprofundará, consolidando a sustentabilidade como um elemento essencial nas estratégias de negócios.
  • Crescimento do Comércio Social: A integração de elementos sociais nas plataformas de compras online ganhará destaque, promovendo a interação e a colaboração entre consumidores.
  • Data-Driven Marketing e Análise Avançada: A coleta e análise de dados se tornarão ainda mais sofisticadas, impulsionando estratégias de marketing altamente personalizadas e eficazes.

    Em 2024, essas tendências continuarão a transformar o panorama do setor de varejo, promovendo um ambiente mais dinâmico e inovador para marcas e consumidores. Estar à frente dessas mudanças será fundamental para o sucesso em um mercado que exige adaptação contínua e inovação constante.

*Júlio Bastos é Diretor comercial de Outsourcing da Gi Group Holding

Coluna Propaganda&Arte

Bem-vindo à Era da Depressão Pós-Dados

As empresas estão passando por momentos de evolução diferentes apesar de vivermos em um mesmo mundo e com desafios comuns (como a pandemia). Uma das áreas que mais cresce é a área de Big Data, o trabalho voltado a dados e a comunicação pode se beneficiar dessa estratégia. Porém, muitas pessoas parecem não querer seguir por esse lado por puro capricho pessoal. Você é uma delas?

Eu sou de humanas e você?

Já deve ter ouvido essa expressão, mas no caso do marketing guiado por dados ou Data-Driven Marketing para os familiarizados com o inglês, humanas e exatas precisam virar BFFs e se unirem por um conhecimento consolidado, indo além de dados e mais dados incompreensíveis. Desculpe, amigo ou amiga, não dá mais para ter a desculpa de que somos de humanas, porque os dados e a tecnologia chegaram para ajudar o nosso trabalho e não para atrapalhar, como conta o produtor de conteúdo empresarial Tom Fishburne destacando os estágios da aceitação do assunto por parte dos empresários.

Os 5 estágios do Data-Driven Marketing

1- Negação – Você simplesmente desconsidera as novas ferramentas e novas mudanças estratégicas da empresa, seguindo pelo seu feeling empresarial apenas, como era feito antigamente.
2- Raiva – Você abomina e vê apenas os problemas e defeitos dessa nova área do conhecimento, dizendo frases como “Análise de dados é a morte da criatividade”.
3- Barganha – Começamos a considerar a solução, com pequenos ajustes aos nossos gostos e à realidade, mas ainda com resistência e condições.
4- Depressão – São muitos números, áreas totalmente novas, ferramentas em desenvolvimento, mudanças de procedimentos, é normal o choque.
5- Aceitação – Você já considera relevante a solução e aplica em todas as suas ações, se usando de dados e realidades que possam sustentar e garantir maior segurança nas tomadas de decisões da sua empresa.

Sabendo disso, percebemos que muitas empresas estão aderindo mais ou menos a essa forma de trabalho. Algumas estão no início do estágio, procurando apenas focar nos indicadores de reputação, como ações básicas de like, seguidores e engajamento.

Outras empresas seguem para a fase 2 e conseguem ver mais, analisando indicadores de comunicação. Aqui podemos olhar mais a fundo como visualizações, sessões, cliques, rejeição etc.

A fase posterior de evolução da empresa é no quesito vendas. Leads, conversões, faturamento etc. Muitas empresas param por aqui, mas ainda tem mais!

Para finalizar, o estágio 4 é aquele onde as decisões são tomadas com base na sustentabilidade do negócio, pensando em longo prazo: Rentabilidade, NPS, Lifetime value, dentre outros.

Faça uma análise profunda e veja como estão os seus clientes? Você faz uma divisão deles? Quando eles são considerados Suspects? Como se tornam Prospects? Onde a conversão acontece e ele vira Lead? Como e de que forma ele vira Cliente? E por fim, mas não menos importante, como e quando ele vira Promotor da sua marca.

Se você não tiver esses dados bem organizados, cuidado, dificilmente sua empresa terá um futuro feliz.

Levantamento feito pela Adobe traz dados importantes

Conteúdo personalizado e marketing orientado por dados são base para boa experiência de compra no varejo, aponta levantamento da Adobe
Após experiências personalizadas em diferentes canais de uma marca, 78% dos consumidores dizem que estão propensos a comprar – saiba mais

Cada vez mais, a experiência de compra tem que ser rápida, fluida e personalizada. Um levantamento da Adobe mostra que, no varejo, não há mais espaço para conteúdo sem relevância e marketing intuitivo: 78% dos consumidores dizem que a personalização influencia suas decisões de compra; 71% preferem comprar produtos com boa nota nos rankings on-line; e 75% esperam uma experiência consistente com uma marca independentemente do canal.

Nesse contexto, a personalização deve ser profunda: 70% dos consumidores consideram a personalização superficial quando ela se restringe ao e-mail marketing; 66% dizem que trocariam uma marca se sentissem que estão sendo tratados como um número; e 73% estão dispostos a substituir uma marca se a experiência de compra não for boa.

Empresas inovadoras estão atentas a esse momento e vêm transformando a forma de se conectar com o público: 78% dos varejistas consultados combinam marketing digital com Analytics; 72% aumentarão o investimento em mobile marketing; e 75% investirão em personalização no contexto mais robusto do marketing orientado por dados, ou seja, personalização multicanal.

O fato é que a boa experiência de compra garante conversão: dos varejistas que apostam em data-driven marketing com foco nas necessidades dos consumidores, 73% aumentam o engajamento de seus clientes nos canais digitais; 53% ampliam as taxas de conversão; 45% registram aumento das taxas de aquisição de novos clientes; e 34% relatam crescimento da receita de seus e-commerces.

“Basta de conteúdo sem sentido. É preciso apostar em conteúdo personalizado, com velocidade, independentemente do canal. O marketing intuitivo morreu. As empresas, hoje, devem investir em marketing orientado por dados. Essa é a melhor maneira de saber o que o cliente espera e precisa”, afirma Gabriela Viana, diretora de Marketing na Adobe Brasil para América Latina.

Confira o Infográfico

Fonte: RMA Comunicação – Vanessa Domingues