A internet sem anúncios segmentados: estudo inédito do IAB Brasil

Como seria a internet sem anúncios segmentados: estudo inédito do IAB Brasil traz internautas abordando experiência de uso da internet com publicidade

Realizado no Brasil e na América Latina, em parceria com os institutos Nielsen e Offerwise, o estudo aponta que 87% dos internautas preferem ter acesso à maioria dos aplicativos de forma gratuita em seu celular, mesmo com a presença de anúncios direcionados; Já 73% dos brasileiros com acesso à internet consideram a publicidade útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra.

O IAB Brasil, associação que representa a publicidade digital no país, apresenta estudo inédito que investiga como seria a internet se não existissem anúncios direcionados financiando serviços e conteúdos de forma gratuita para os internautas.

Para entender os impactos deste cenário hipotético para a sociedade, o IAB Brasil, em parceria com a Nielsen e a Offerwise, entrevistou internautas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai para saber o que preferem: pagar por serviços do dia a dia e conteúdos já utilizados atualmente de forma gratuita – como apps de mensagem, e-mail, acesso a músicas, vídeos e afins – ou continuar a ter acesso a essa gratuidade, mas sendo impactados por anúncios, como já funciona nos dias de hoje.

O que o internauta prefere?

O estudo mostrou que 2 em cada 3 internautas brasileiros preferem que a experiência de uso da internet continue a mesma, com a maior parte dos serviços digitais sem qualquer custo e com a presença de anúncios.

Ainda sobre este cenário, 87% dos usuários de internet do Brasil preferem ter acesso à maioria dos aplicativos em seu celular de forma gratuita e com a presença de anúncios direcionados do que pagar por eles e não ser impactado por anúncios.

E se tivessem que pagar?

Caso tivessem que pagar por serviços que hoje são gratuitos, 61% dos internautas brasileiros afirmaram que usariam menos a internet. Desses 34% reduziriam este consumo para não pagar e 27% pagariam pouco, além de diminuir o uso da internet. Entre os que estariam dispostos a pagar, 60% não desembolsariam mais que R$ 10,00 por informações e serviços do dia a dia que hoje não possuem nenhum custo.

O estudo mostra também que 93% dos brasileiros com acesso à internet acreditam ser importante poder decidir sobre quais serviços e conteúdos gostariam de pagar.

“Os números do Brasil são bem alinhados aos dos internautas latino-americanos. É importante ponderar que as populações da América Latina enfrentam desafios de desenvolvimento na economia, e, portanto, o seu poder de compra terá influência na predisposição a pagar por serviços”, comenta Sabrina Balhes, líder de Measurement da Nielsen Brasil.

Qual a utilidade da publicidade para o internauta?

Quando questionados sobre a utilidade da publicidade digital, 73% dos brasileiros com acesso à internet a consideraram útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra.

“A pesquisa mostra que a publicidade digital tem relevância para o usuário, seja por custear funcionalidades fundamentais em seu dia a dia ou por facilitar o processo de descoberta de produtos e serviços de seu interesse. Sem a publicidade, a internet livre como conhecemos hoje não existiria, pois esta estrutura precisa ser custeada de alguma forma”, comenta Cris Camargo, CEO do IAB Brasil. “É importante entender também que, caso esse cenário hipotético se consolidasse, nem todos estariam aptos a pagar e, assim, teriam seu acesso restrito, o que traria um impacto enorme na democratização do acesso a serviços e aplicativos na internet”, finalizou.

Cenário América Latina versus Brasil

Mais da metade (65%) dos latino-americanos consideram a publicidade útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra. Destaca-se o Brasil com 73%, 8 pontos percentuais acima da média da América Latina.

A preferência entre internautas latino-americanos também é de 2 em cada 3 para que a experiência de uso da internet continue a mesma: com a maior parte dos serviços digitais gratuitos e a presença de anúncios. Chega a 92% o volume de respondentes que acreditam ser importante o direito de decidir por quais sites e aplicativos desejam pagar; curiosamente, no Brasil, o percentual apurado foi de 93%, demonstrando o alinhamento de expectativas em relação aos ganhos com a publicidade digital.

Caso tivessem que custear serviços que hoje são gratuitos, 41% dos internautas latino-americanos afirmaram que não pagariam e utilizariam menos a internet. Adicionalmente, as médias de Brasil e Latam ficaram em 57% e 58%, respectivamente, de internautas que não desembolsariam mais que R$ 10,00 por qualquer tipo de serviço, de entretenimento a informação de qualidade, que hoje são gratuitos.

Sobre o estudo

A amostra de América Latina, retratada abaixo, tem como base a representatividade da população de internautas, de acordo com painel da Offerwise nas regiões pesquisadas. Para a realização desse estudo, foram entrevistadas 4.260 pessoas em painel on-line representativo da população de internautas, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

Veja o detalhamento da amostra:

Fonte: XCOM – Agência de comunicação do IAB Brasil / Weber Shandwick – Agência de comunicação da Nielsen

TV Conectada ganha penetração e se populariza

Estudo smartclip e Nielsen mostra que 89% utilizam TV Conectada; dispositivo ganha penetração e se populariza

  • 77% dos respondentes das Classes CDE dizem ter o aparelho
  • Apesar disso, para 57% dos entrevistados preço ainda é uma barreira
  • 80% dos respondentes declararam que utilizam TV Conectada diariamente.
  • Séries e filmes são assistidas por 93%, noticiário atinge 67%

A smartclip, companhia global especializada na distribuição de publicidade em vídeo multitelas, realizou em parceria com a Nielsen, empresa global de dados e análises da indústria de mídia, uma pesquisa com o objetivo de compreender o comportamento do consumidor na TV Conectada. O estudo revela que 89% dos participantes possuem uma TV Conectada em casa, um número significativo em relação à 2015, quando a penetração era de 32%.

O crescimento expressivo do uso dos aparelhos de televisão inteligentes veio acompanhado de grande capilaridade nas classes CDE, mostrando que o acesso não está apenas restrito à população com maior nível de renda.

Apesar de a plataforma estar presente em praticamente todos da classe A (99%) e B (95%), ela também tem presença em 77% de CDE, com destaque para a C, com 83% de utilização, mostrando que a TV Conectada é um formato consolidado para a audiência do país.

“Cada vez mais o produto se populariza, acompanhando a digitalização acelerada do brasileiro”, afirmou a líder de Measurement da Nielsen Brasil, Sabrina Balhes. “Um dado interessante é que, para driblar esse entrave, 23% dos respondentes disseram utilizar dispositivos que transformam as TVs normais em conectadas”, acrescentou.

O preço, porém, ainda é a principal barreira de utilização para 57% dos respondentes, seguido por não costuma assistir TV com frequëncia (27%), não pretender trocar de TV (19%), não possuir internet banda larga (13%) e ter TV à cabo (9%).

CONTEÚDO

O esforço para estar mais conectado deve-se à variedade de conteúdos de vídeo sob demanda disponíveis e poder assistir a o que quer na hora que quer. Não por acaso, o isolamento social, provocado pela pandemia de Covid-19, potencializou o consumo de conteúdo dos aplicativos embarcados nos devices, sejam eles gratuitos ou pagos: 80% dos respondentes declararam que utilizam TV Conectada diariamente.

Com isso, todos os segmentos de programação registraram crescimento em relação ao estudo feito em 2015: séries e filmes, passou de 69% a 93%; noticiário, de 17% para 67%; esportes, de 10% para 53%; e música e shows, de 4% para 50%. Games, que não haviam aparecido há seis anos, hoje é consumido por 26%.

Outro comportamento revelado é sobre a forma como os usuários consomem o device: 2 em cada 3 pessoas assistem com pelo menos mais uma pessoa junto. Quem não assiste sozinho, costuma estar acompanhado de familiares e amigos. Sendo assim, a média é de 2 pessoas em frente a tela.

OPORTUNIDADES

De acordo com os dados, a smart TV é o segundo dispositivo no qual as pessoas mais prestam atenção nos anúncios. Para Lilian Prado, Managing Director da smartclip Brasil, “as telas grandes retém muito mais a atenção dos consumidores. Geralmente, no momento em que estão zapeando pelos aplicativos para escolher o conteúdo que será consumido, eles estão com o foco direcionado. Não à toa que mais de 80% dos respondentes afirmaram procurar mais informações de pelo menos um anúncio que visualizaram na CTV. Motivos que fazem do device uma excelente estratégia para a veiculação de campanhas publicitárias”, afirma.

O uso de QR Codes também foi um destaque do estudo. 58% das pessoas escaneiam os códigos que aparecem na TV e 81% já realizaram, ao menos uma vez, compras através do QR Code.

O estudo, realizado em março de 2021, ouviu 500 respondentes em todas as regiões do país.

Fonte: smartclip l 4Influence – Alexandre Spínola | Paula Carone | Pérola Rodrigues