Dados, máquinas e pessoas

Fronteiras digitais: como o protagonismo dos dados pode impor nova convergência entre máquinas e pessoas

Por Débora Morales*

A transformação digital de empresas em todos os setores é um fenômeno. As empresas são desafiadas a ter sucesso ao abraçar a transformação por meio da inovação digital para alcançar vantagens competitivas. O negócio digital envolve a criação de novos modelos que confundem as fronteiras entre mundo digital e físico, devido à convergência de pessoas, negócios, coisas, máquinas e serviços inteligentes.

Este é um momento crítico para a transformação dos negócios digitais na história do desenvolvimento e adoção de inteligência artificial (IA). Hoje em dia, as tecnologias de IA impactam a maioria das categorias de aplicativos e muitos desafios de negócios. A IA torna-se útil quando enriquece a tomada de decisão que é aprimorada pela aplicação do Big Data (BD) e Advanced Analytics (AA).

As empresas precisam considerar os dados como matéria-prima para a tomada de decisões. Os dados e análises precisam ser pensados em termos de processamento de plataformas de negócio digitais corporativas, assumindo assim um papel mais ativo e dinâmico no fortalecimento das atividades de toda a organização.

A tomada de decisão de negócios contemporânea deve direcionar o compartilhamento de diferentes recursos para exploração, descoberta, construção ou teste de ideias e ser baseada em dados que, quando estruturados e processados, criam informações e conhecimento. Dessa forma, podemos pensar em como os dados podem ser coorganizados e gerenciados em uma estrutura conceitual multidimensional estratégica para a tomada de decisões, com níveis relacionados de melhoria nas cadeias de valor da inovação.

Para avaliar o provável crescimento da automação baseada em IA, é importante avaliar a interação de humanos e máquinas nesses níveis e entender quem analisa os dados, quem decide com base nos resultados da análise e quem age com base na decisão.

Lembre-se: na atual Era Digital, quando os ativos intangíveis estão se tornando cruciais para o desempenho das empresas, as novas dimensões de valor de IA baseadas no BD e AA podem apoiar os líderes de negócios e suas equipes de gestão e fornecer medição e gerenciamento mais eficazes de seus ativos de capital intelectual e informativo.

*Débora Morales é mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

Fonte: Central Press

Deu match! Startup conecta empresas a prestadores de serviços digitais e movimenta R$ 5 milhões em dois anos

Plataforma da Clint funciona como “Tinder do marketing digital” e garante super matches de negócios

O mundo já é digital, e a pandemia da Covid-19 potencializou e impulsionou ainda mais este mercado. De acordo com a CMO Survey publicada em junho de 2020, os profissionais de marketing nos Estados Unidos relataram 85% mais abertura para introduzir ofertas digitais aos clientes durante a pandemia. Outro dado presente na pesquisa é que os orçamentos de marketing não caíram na mesma proporção que outros setores da organização, atingindo uma média de 12,6% do orçamento e 11,4% da receita da empresa.

Em meio a novas oportunidades no universo digital e o contexto global de isolamento social, a Clint reforça sua presença no mercado em busca da organização do caos digital em três frentes: educação do mercado, aceleração de vendas e a criação da plataforma que conecta prestadores de serviços digitais a empresas.

André Bernet, CEO da Clint

Fundada em 2011 como agência especializada em geração de sites, posteriormente a Clint migrou para o inbound marketing e outros serviços de transformação digital. Em 2018, passou a ser um marketplace com uma plataforma que direciona as necessidades das empresas clientes para prestadores de serviços digitais qualificados — de freelancers a agências. Em 2018 e 2019, a Clint movimentou aproximadamente R$ 5 milhões em negócios fechados na plataforma e em 2021, prevê movimentação de até R$ 15 milhões. Estes valores são consequência de mais de 1.500 prestadores de serviços cadastrados e 100 mil usuários presentes no ecossistema Clint e que confiam na solução prestada pela empresa.

A tecnologia do “match” da Clint utiliza inteligência artificial para identificar o perfil e as necessidades das empresas que acessam a plataforma e cruza essas informações com seu banco de dados, onde estão informações dos prestadores de serviço. O resultado final aponta três prestadores de serviços digitais que a empresa pode escolher contratar. Desta forma, de um lado a tecnologia permite acelerar os processos de venda dos prestadores de serviço e em outro, que empresas encontrem tais prestadores de forma mais satisfatória.

Para ter um “super match”, com eficiência garantida, a Clint exige que os prestadores tenham registro de, pelo menos, três meses de serviços realizados para cada segmento em que se consideram especialistas. No caso de empresas recém cadastradas na plataforma, basta inserir registros de serviços feitos sem intermédio da Clint.

A mudança de atuação para marketplace ocorreu em 2018 a partir de uma análise estratégica das necessidades do setor e capacidades da Clint. “Após atender clientes como Lenovo, Carmen Steffens e Vtex, ficou claro pra gente que o nosso objetivo era ir além e passamos a ensinar outros prestadores de serviços digitais a melhorar a sua forma de atuar. Logo na sequência, começamos a fazer as conexões entre empresas que precisam melhorar marketing e vendas, com soluções que as ajudem a atingir os seus objetivos, mais um grande passo foi dado. Os resultados estão aparecendo e a nossa vontade de impactar o maior número de empresas e pessoas cresce a cada dia”, aponta o CEO da Clint, André Bernert .

O terceiro passo que a Clint realizou, foi criar um ambiente, a plataforma, para que esses prestadores de serviço pudessem acelerar as suas vendas através de uma série de funcionalidades. Os prestadores de serviço podem prospectar clientes, enviar propostas e receber pagamentos através de cartão ou boleto, além de poder realizar ligações através de telefonia digital nativa e enviar emails.

A solução ainda possibilita que o vendedor lide com diversas cadências de ações comerciais, conforme o segmento da empresa e complexidade de seu processo de vendas. “O que também é interessante em nossa plataforma, é que este processo de vendas não é exclusivo para os leads que vem da nossa solução e sim de qualquer negócio que o prestador de serviço queira incluir”, afirma Bernet.

A facilidade e a rapidez nos processos da plataforma, são trunfos que atraem clientes de perfis diferentes, desde agências, consultorias, prestadores de serviços autônomos e empresas de grande porte. Nesta última categoria, a Clint já atendeu empresas como Minister, TOTVS, Boxnet, Weduka e Pessoalize.

É por isso que “ao analisar mais de 4.000 projetos abertos na nossa plataforma, ficou ainda mais claro que o mercado precisa de soluções como a Clint, para que empresas consigam contratar serviços complexos que as ajudem a melhorar marketing e vendas. Hoje, para pedir comida você usa o iFood, para se deslocar, o Uber, para comprar um livro, a Amazon e para encontrar um bom prestador de serviço digital? As empresas pedem indicações, pesquisam no Google e depois, não possuem um canal para reportar se a sua experiência com aquele parceiro foi boa ou ruim. Trabalhamos para promover conexões de sucesso que ajudem o mercado a crescer”, complementa Bernert.

A plataforma, que estava em uso apenas para clientes já cadastrados, está aberta ao mercado desde fevereiro de 2021, com isso, a Clint espera impulsionar as conexões entre prestadores de serviços digitais e empresas, movimentando de R$ 10 a R$ 15 milhões. Para 2022, a previsão é de até R$ 50 milhões de reais em movimentações dentro da plataforma.

Fonte: Dialetto – Aline Ramalho

Transformação digital foi acelerada

Transformação digital que levaria anos foi acelerada em apenas 2 meses em razão da Covid-19, diz estudo ISG

Empresas desafiadas por mudanças repentinas nas compras, na cadeia de suprimentos e em outras áreas realizaram iniciativas digitais de longo prazo em poucos meses

A crise sanitária causada pela Covid-19 fez com que todas as empresas recolhessem seus planos de investimento e acelerassem seus projetos em transformação digital, tornando esse processo de digitalização uma realidade e não mais uma opção, aponta o relatório 2020 ISG Provider Lens ™ Digital Business – Solutions and Service Partners para o Brasil.

Image by Gerd Altmann from Pixabay

De acordo com o estudo lançado nesta semana pela Information Services Group (ISG), líder global em pesquisa e consultoria em tecnologia, produzido e divulgado pela TGT Consult no Brasil, a pandemia e os lockdowns associados deixaram muitos segmentos de indústria lutando para sobreviver nos primeiros meses de 2020. Tendências emergentes rapidamente em resposta à crise, como a adoção de compras online e internet banking, além da adoção de plataformas de colaboração e videoconferência no local de trabalho, levaram as empresas a realizar em dois meses o que seriam projetos de digitalização de anos.

“O futuro exige mais automação, resiliência e colaboração virtual. Soluções e serviços de negócios digitais são essenciais para a maioria das empresas que buscam implementar novas tecnologias e formas de trabalho”, afirma o autor da pesquisa ISG e analista TGT Consult, Mauricio Ohtani.

Segundo o relatório ISG, os exemplos mais positivos são o campo da telemedicina, no qual milhares de pessoas receberam suporte imediato, e o setor do varejo, no qual muitas iniciativas de comércio eletrônico tiveram uma aceleração bastante considerável. As principais empresas brasileiras do varejo tiveram suas ações na bolsa de valores supervalorizadas com base em suas iniciativas digitais. Este cenário exigiu das empresas a busca por suporte em áreas como experiência do cliente, ciclo de vida do produto e cadeia de suprimentos, abrindo uma nova janela de oportunidades para as empresas que fornecem suporte para esse tipo de transformação digital.

“Este relatório mostra o quanto é relevante ter uma maturidade digital quando comparamos as empresas menos impactadas negativamente por conta da crise do coronavírus, com aquelas que ainda não se transformaram e quase sucumbiram diante do enorme desafio”, diz Mauricio Ohtani.

Em resposta, os provedores de serviços em digital business intensificaram suas estratégias de go-to-market, acelerando o lançamento de novas ofertas e expandindo seus portfólios. A crise também acelerou os fornecedores na adoção de métodos de desenvolvimento agile e DevOps, para atender às demandas atuais. Uma das operações mais afetadas em todo o mundo, a da cadeia de suprimentos, acelerou a transformação digital e a adoção de tecnologias avançadas, como inteligência artificial/aprendizado de máquina (AI/ML), automação de processos através de robôs (RPA), internet das coisas (IoT) e blockchain, mostrando que a COVID-19 se tornou o gatilho para transformar e melhorar a cadeia de valor. No entanto, o blockchain, ainda parece estar no começo da sua curva de maturidade no país, diz o estudo ISG.

O relatório 2020 ISG Provider Lens ™ Digital Business – Solutions and Service Partners para o Brasil avaliou as capacidades de 36 provedores em cinco quadrantes: Digital Business Consulting Services, Digital Customer Experience Services, Digital Product Lifecycle Services, Blockchain Services e Digital Supply Chain Transformation Services.

O relatório nomeou a Accenture e a IBM como líderes em todos os cinco quadrantes. BRQ, Stefanini e Wipro foram nomeadas líderes em quatro quadrantes e a Deal em três quadrantes. Capgemini, CI&T, Deloitte Digital, EY, Reply e Sonda aparecem como líderes em dois quadrantes, enquanto DXC Technology, ilegra, Infosys, Logicalis, PwC e Sinqia estão um quadrante cada.

Além disso, a T-Systems foi considerada como Rising Star – uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes. Everymind e Sonda aparecem como Rising Stars em um quadrante.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis na BRQ, Deal e ilegra.

O relatório ISG Provider Lens™ Digital Workplace of the Future – Services & Solutions 2020 para o Brasil está disponível para os assinantes ou para compra através da TGT Consult.

Fonte: Mondoni Press

Experiência digital confiável pode ser obtida através do Edge Computing

São Paulo, SP 6/11/2020 –

A experiência do usuário sempre é afetada, direta ou indiretamente, por erros, pequenos ou devastadores, que ocorrem quando um sistema se mostra inoperante diante de um comando. O que pode ser considerada falha crítica dentro de determinada operação? Uma máquina com defeito? Falhas humanas?

Termos contemporâneos como customer experience (CX), internet das coisas (IoT) e transformação digital estão cada vez mais em evidência, por serem recursos intimamente relacionados à experiência digital dos consumidores e ao aumento de disponibilidade das operações. Isso resulta em mais incremento de faturamento ou receita para as companhias que atuam neste ramo.

“Nos últimos meses, inúmeras transformações ocorreram nas companhias tanto nas relações com os funcionários, quanto com os consumidores”, diz Kenia Paim, diretora de vendas de Secure Power da Schneider Electric. “Muitas dessas mudanças já eram previstas, entretanto não se imaginava a rapidez com que ocorreriam. Em meio a esse cenário foi possível perceber que alguns mercados já estão avançados o suficiente, enquanto, outros, necessitam de melhorias”.

Alguns exemplos marcantes dessa transição do analógico para o digital podem ser observados na relação do consumidor com o fornecedor a partir de seus canais de atendimento. O aprendizado de máquina está presente nos chatbots que utilizam inteligência artificial para criar uma comunicação efetiva em canais de relacionamento com o cliente, de forma cada vez mais aperfeiçoada e personalizada.

A telemedicina também já se concretiza como modalidade que envolve uma série de processos médicos realizados a distância, como telediagnóstico, teleconsulta e teleassistência.

Os sites de vendas estão cada vez mais “inteligentes”, com utilização dos mapas de calor, também conhecidos como mapas flutuantes ou mapas de cliques, que rastreiam os movimentos do mouse do cliente e, dessa forma, provêm informações precisas ao fornecedor sobre os produtos e serviços que atraem mais os clientes.

Edge computing

No início desta década, o tema “salvar dados na nuvem” estava em alta, era o boom de grandes data centers. Previa-se que, a partir de então, toda e qualquer aplicação seria processada num conjunto de servidores remotos, e a despesa desse armazenamento na cloud computing seria prevista como uma verba Opex para as empresas.

Cada um dos bilhões de dispositivos existentes gera grande quantidade de dados para ser processados, analisados e, por fim, utilizados para diversas finalidades. Então surge a questão: será que realmente todas as aplicações do mundo devem ser enviadas à nuvem?

“Problemas como limitações com largura de banda, latência, segurança e confiabilidade impedem que as decisões sejam tomadas de forma tão rápida quanto se espera nesse ambiente tecnológico”, diz Kenia. “Dependendo do tipo de informação gerada, as empresas não podem ter esses dados levados à nuvem sem um controle rígido, como regula a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”, explica.

Diante dessa realidade, houve a percepção de que parte das aplicações precisaria ter seu processamento mais próximo do local de geração desses dados, ou na borda/beira (edge) – surge, então, a definição e o conceito de edge computing.

Essa tendência de descentralização no processamento das informações não é nada se for comparada ao que havia nos anos 1990 ou início dos anos 2000, em que todas as empresas possuíam data centers próprios com inúmeros servidores.  Agora, porém, um processamento de informações de forma híbrida se torna uma opção mais viável. Existem já alguns produtos no mercado que resolvem essas questões e garantem disponibilidade e eficiência para a aplicação, por menor que ela seja.

“Dentro de casa”

A capacidade de armazenamento e processamento dos equipamentos de TI pode ser considerada baixa, mas são essas instalações de tecnologia, vistas como de menor criticidade, que assumem a missão crítica de conservar e administrar os dados com segurança “dentro de casa”.

Ou seja, a minimização das falhas citadas acima que ocasionam má experiência do cliente passa a ser mais evidente quando se entende que a tecnologia está diretamente ligada ao negócio, ao meio de captação de receita, ao aumento da disponibilidade, tudo em prol da otimização da experiência do cliente.

Website: https://www.se.com/br/pt/