Publicidade in-game ganha força no Brasil

Gamers estão dispostos a investir mais e a interagir com marcas reais, segundo estudo da Comscore

Imagem de Chris por Pixabay

A Comscore, empresa líder em medição de audiência digital, revela os dados do estudo “Explorando o Universo Gaming no Brasil”, que fornece uma visão ampla sobre o perfil, preferências e hábitos dos gamers no país, além de identificar oportunidades relevantes para marcas e anunciantes no setor. O estudo, realizado com uma amostra representativa de brasileiros entre 18 e 65 anos, ressalta a crescente diversidade e o impacto dos jogos no cotidiano e nas decisões de consumo de seus usuários.

Na América Latina, o valor de mercado é de aproximadamente US$ 10 bilhões, e a região concentra cerca de 8% dos gamers e receita do total mundial. Globalmente, estima-se que 80% da população participa deste universo, seja de forma casual ou profissional, e a previsão é que o número de gamers aumentará nos próximos anos.

“O universo dos games evoluiu de um nicho de entretenimento a um dos maiores mercados digitais globais, se consolidando como uma plataforma única de engajamento para marcas que buscam alcançar consumidores de alto valor, especialmente entre as gerações Y e Z. Empresas que investirem em publicidade relevante e integrada ao contexto gamer terão oportunidades significativas de engajamento e fidelização, potencialmente impulsionando o impacto das campanhas para uma experiência mais profunda e interativa”, comenta Ingrid Veronesi, country manager da Comscore.

O estudo mostra que o Brasil tem jogadores com perfis variados. Do público total, 44% são mulheres e 56% são homens, e 37% jogam há mais de 10 anos. Além disso, o gamer típico é hoje um influenciador ativo no processo de compras, com 90% dos entrevistados afirmando que são responsáveis pela maioria das decisões de consumo no lar e 89% deles liderando as compras de supermercado.

O perfil do gamer brasileiro

No Brasil, aproximadamente 66% dos entrevistados são proprietários de imóveis e 53% são casados, enquanto 65% têm filhos. O estudo tambem identifica que mais da metade dos jogadores são millennials (55%), ou seja, pessoas entre 25 e 40 anos, seguidos pela geração X (24%) e pela geração Z (14%).

Entre os interesses de consumo dos entrevistados, futebol é o esporte mais assistido (83%), seguido por automobilismo (41%), vôlei (41%) e basquete (39%).

A análise da Comscore também mostra que 40% dos gamers brasileiros estão dispostos a investir mais de R$ 200 em um novo jogo, enquanto outros 49% combinam a experiência com jogos gratuitos e pagos.

Preferências de consumo

Os dados também revelam a ampla variedade de dispositivos usados para jogar no Brasil, com o smartphone aparecendo como o mais popular (98% dos gamers possuem um), seguido por computadores (94%) e consoles conectados à internet (70%). Este comportamento multicanal destaca o potencial para o desenvolvimento de estratégias de publicidade direcionadas, considerando que 55% dos gamers afirmaram jogar regularmente em múltiplas plataformas, como consoles, PCs e dispositivos móveis.

Além disso, o levantamento mostra uma segmentação entre os dispositivos preferidos para diferentes tipos de jogos. Candy Crush Saga, Free Fire e Call of Duty estão entre os mais jogados em smartphone, demonstrando uma preferência por jogos de fácil acesso e alta capacidade de engajamento. Já em PC os mais populares são Call of Duty e League of Legends, neste dispositivo os gamers são mais propensos a passar mais de 20 horas na semana jogando videogames.

Publicidade in-game como estratégia para marcas

Uma das principais descobertas do estudo é a receptividade dos gamers brasileiros à publicidade in-game. Mais de 65% dos jogadores relataram já terem visto anúncios em jogos, especialmente em formatos como product placement (66%), anúncios “rewarded” (61%) e patrocínios (65%). Esses tipos de anúncios, quando contextualizados com o ambiente do jogo, são mais bem aceitos pelos gamers, pois não interrompem a experiência de jogo.

Outro ponto relevante é o poder de influência dos gamers sobre o mercado, visto que a maioria consome e aprova conteúdos patrocinados, especialmente se esses anúncios estiverem alinhados com seus interesses no jogo. O estudo aponta que mais de 70% dos espectadores de e-sports passaram mais de uma hora em uma única transmissão de livestreaming e que grande parte se envolve com o conteúdo publicitário durante as transmissões, contanto que a publicidade seja relevante e ofereça alguma recompensa.

A Comscore disponibiliza o relatório completo do estudo “Explorando o Universo Gaming no Brasil” para empresas e organizações interessadas em explorar o potencial do universo gamer. Para mais informações, acesse aqui.

Fonte: AVC Comunicação

Reporte inédito desvenda narrativas da publicidade

Estudo liderado pela BALT, com apoio de Dove, VML e ESPM, explica como algumas histórias são eternamente adaptadas – e como elas geram negócios

Imagem de Chen por Pixabay

Sabemos que o sucesso de uma campanha depende da criatividade para criar histórias envolventes. Mas será que as narrativas publicitárias são assim tão diferentes? Encorada em antropologia, sociologia e psicologia, a BALT empreendeu um estudo longitudinal com campanhas que foram sucesso de mercado e crítica. O resultado demonstrou que a maioria delas gira em torno de 8 grandes “narrativas humanas” – histórias arquetípicas que circulam em diferentes culturas desde os primórdios da humanidade. Universais e existenciais, essas narrativas podem servir como poderosos drivers de comportamento e consumo. Mas se as mesmas histórias se repetem, por que algumas campanhas sustentam resultados mais duradouros?

Endereçando essas questões, o estudo foi enriquecido com dois painéis de debate reunindo anunciantes, agências e especialistas em marketing na ESPM. No primeiro, premissas em torno das narrativas humanas foram detalhadas a partir do estudo de casos da empresa mais premiada da história do Cannes Lions International Festival of Creativity, a Unilever. No segundo, contextualizamos o papel da Inteligência Artificial (IA) na criação de storytelling. Para essa empreitada, contamos com a colaboração de Thaís Hagge (Global VP de Marketing de Dove), Marianna Ferraz (Brand Manager de Dove) e Sumara Osório (CSO para Colgate-Palmolive Latam na VML e jurada da categoria Creative Strategy do Cannes Lions 2024), convidadas da BALT.

Muitos jeitos de contar a mesma história

O fascínio pelo proibido, a luta entre bem e mal; tensões do tempo e vida eterna, criador e criatura, pertencimento; identidade e lugar no mundo e o desejo de experimentar uma vida além do corpo. Essas são as grandes temáticas que estampam campanhas dos mais diversos setores, épocas e locais. Além de identificar e qualificar essas narrativas humanas, o estudo demonstrou como elas se desdobram em “narrativas culturais” – histórias historicamente localizadas que captam e traduzem o espírito do tempo.

Por exemplo: ao analisar questões de identidade e lugar no mundo, chegamos a uma série de campanhas que projetam um ideal de masculinidade. “É interessante ver como o apelo do cowboy foi construído e como deu lugar ao veterano de guerra ou ao businessman, até chegar a uma masculinidade mais smooth”, exemplifica Ana Holtz (BALT).

Outra narrativa humana, a atração pelo proibido, já era tema central na Ilíada e na Odisseia, os primeiros livros do ocidente. Milênios depois, em 1993, o tema aparece no anúncio “Umbigo” do Guaraná Antártica Diet, com a sensualidade do corpo masculino a um toque de distância. As provocações da Benetton nos anos 2000 foram emblemáticas desse mesmo fascínio por desafiar o status quo. Em 2014, a campanha “Like a Girl”, da Always, foi pelo mesmo caminho e se tornou uma das mais populares da história.

Além do storytelling

O sucesso de Dove comprova que boas ideias se fundamentam em pesquisa e estratégia. “Não é sobre surfar nas narrativas estabelecidas, nem sobre polemizá-las, simplesmente. A ideia de celebrar a Beleza Real não veio do nada, mas emergiu de uma das maiores pesquisas globais de comportamento já empreendidas.” contam Thais Hagge e Marianna Ferraz (Unilever).

Para Emmanuel Publio Dias (ESPM), a chave do sucesso de Dove é articular narrativas humanas e culturais na publicidade e além dela. Em nome de seus consumidores, Dove pressionou políticas publicas de mobilidade e inclusão de corpos diversos e se colocou contra o preconceito por tipo de cabelo (afro, branco etc.), influenciando a aprovação do CROWN Act em 2019 – a lei antidiscriminação por cabelo. Na última campanha, Dove assumiu o compromisso de não distorcer imagens de corpos humanos em sua publicidade e criou um banco de imagens de corpos femininos diversos e naturais que foi carregado em sistemas de busca vinculado ao termo-chave “mulher-bonita”.

“Dove congrega mulheres diferentes, mas afetadas pelos mesmos discursos e padrões de beleza. A marca articula questões muito atuais com pautas universais, como a identificação de grupo, a vontade de mudar o mundo e sentidos de singularidade.”, destaca Lucas (BALT). Usando os termos propostos por Sumara (VML), “temas timeless são tratados de forma oportuna e relevante, ou seja, timely”.

Por fim, o estudo considerou como tecnologias digitais estariam atuando na construção e circulação de narrativas humanas e culturais. Bias, preconceito e outros vieses de IA são questões em alta em Cannes, mas a aposta é que sejam fatores paulatinamente equacionados. A expectativa é que IA ofereça soluções positivas, práticas e ágeis para problemas cotidianos do marketing, como a personalização, o hypertargeting e o monitoramento das respostas do mercado.

Mas se IA é útil para monitorar e reconhecer padrões, pode ser menos efetiva para decodificar porque eles surgem e mudam. Na visão de Sumara (VML), gráficos e layouts podem ser feitos por automações, mas criatividade e estratégia seguem no domínio humano. Diante de um mar de dados e de um sem-fim de formatos e apelos similares, nada substitui o olhar humano.

Por fim, uma possibilidade inquietante: a inserção de anúncios em sonhos, enquanto dormimos, que tanto causou furor na última edição do Festival de Cannes. Embora exploratório, o exemplo lembra que, embora os anseios humanos sejam mais ou menos estáveis, a maneira como histórias circulam e nos afetam pode mudar consideravelmente com o tempo. “O conselho para as marcas é ficarem atentas ao que emerge na cultura e no mercado sem perder de vista o que é atemporal, aquilo que baliza quem somos e oferece sentidos à aventura humana na Terra.”, encerram Ana e Lucas (BALT).

SOBRE A BALT

A BALT é um hub de pesquisa, tendências e estratégia especializado em comportamento do consumidor. Marcas e consumidores são estudados partir de uma metodologia proprietária, ancorada em psicologia, sociologia e antropologia. Monitoramos as tensões culturais da sociedade, produzindo insights estratégicos e soluções criativas para ajudar marcas a prosperar em um mundo complexo, cada vez mais difícil de ser compreendido.

SOBRE A ESPM

A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em quatro campi – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre. Possui quatro unidades regionais em Florianópolis, Chapecó, Goiânia e Salvador. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.

SOBRE DOVE

Dove começou sua história em 1957 nos EUA, com o lançamento do Beauty Bar, com sua mistura patenteada de limpadores suaves e ¼ de creme hidratante. A herança da Dove é baseada na hidratação, e não foram as promessas, mas sim as provas que permitiram à Dove crescer de um Beauty Bar para uma das marcas de beleza mais queridas do mundo.

As mulheres sempre foram nossa inspiração e, desde o início, estamos totalmente comprometidos em fornecer atendimento superior a todas elas e defender a beleza real em nossa publicidade. Dove acredita que a beleza é para todos e que precisa ser uma fonte de confiança, não de ansiedade. A missão de Dove é inspirar as mulheres em todos os lugares a desenvolver um relacionamento positivo com sua aparência e descobrir seu potencial de beleza.

SOBRE A VML

Resultado da fusão da VMLY&R e da Wunderman Thompson, a herança da VML é construída sobre mais de 300 anos de experiência e conhecimento combinados, onde a criatividade encontra a tecnologia. Nossa expertise abrange toda a jornada do cliente, oferecendo insights profundos em comunicações, trade, consultoria, CRM, CX, dados, produção e tecnologia. Nossa família global abrange mais de 28.000 funcionários em mais de 150 escritórios em mais de 60 mercados.

Pesquisa VanPro mostra que a maioria das agências manteve crescimento no 1º semestre

Sondagem, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, aponta que 45% elevaram sua receita no primeiro semestre, e que 64% preveem um futuro melhor. Mas 30% registraram estabilidade, e 25%, queda de receita, mostrando um cenário diversificado por conta dos desafios

As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 221 agências de 20 Estados e do Distrito Federal. Os dados, colhidos em agosto de 2024, mostram que 45% das agências elevaram sua receita no primeiro semestre de 2024. Por outro lado, mais de um terço (30%) apontaram estabilidade na receita, e 25% registraram queda na comparação com os primeiros semestres de 2024 e de 2023.

As agências que cresceram entre 10% e 30% foram 23% do total; enquanto 12% ampliaram a receita acima de 30%, e 10%, em menos de 10%. Já as que registraram perdas superiores a 30% foram 10% das entrevistadas.

As perspectivas sobre o futuro situaram-se próximas à sondagem de janeiro último. O índice de agências que apontou perspectivas de futuro boas ou muito boas foi de 64%, em comparação a 66%. Em contrapartida, o índice de agências que consideram o cenário futuro como ruim, muito ruim ou têm previsão de interromper as atividades aumentou de 5% para 8%, enquanto 3% – um ponto percentual acima da pesquisa anterior – não conseguem prever. Já o índice das que projetam estabilidade caiu de 27% para 25%.

“A nova sondagem mostra que o cenário financeiro para as agências é diversificado, com a maioria delas crescendo, mas uma parte expressiva apontando estabilidade ou mesmo queda. São números que refletem os atuais desafios competitivos do mercado”, destaca Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.

Em sua avaliação, o fato de que um número significativo de empresas elevou sua receita e manteve seus lucros estáveis, ao passo que outras enfrentaram quedas, evidencia a importância dos investimentos em gestão, equipes, inovação e tecnologia, bem como a necessidade de revisão dos modelos de negócio, apontada como um desafio.

Para Ana Celina, diretora da Fenapro, a gestão eficaz continua a ser um pilar central para o sucesso, especialmente em um ambiente no qual a otimização de processos e a gestão de pessoas são os maiores desafios. “A realização de um planejamento estratégico e de reflexão sobre mercado pode trazer soluções para os problemas comerciais e de crescimento, apontados, cada um, por cerca de um terço das agências”, completa.

Desafios

Quando perguntadas sobre os três principais desafios, 50% das agências indicam a gestão de processos e equipes. Em segundo lugar, com 44%, vem a gestão de pessoas e políticas de RH, e, em terceiro, a gestão comercial e a captação de clientes, apontada por 38% das agências.

Outros desafios são a gestão do crescimento e a criação de novos negócios, mencionada por 36% dos entrevistados, e a inovação tecnológica e otimização da execução, apontada por 30% como sendo um dos principais desafios de sua agência.

“Estes indicadores demonstram que as agências, mesmo registrando crescimento nos negócios, ainda têm desafios em termos de gestão, principalmente no que se refere às pessoas, que são o seu maior ativo”, observa Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro. “É preciso que elas se voltem mais ao desenvolvimento de políticas e processos que tornarão a sua gestão mais eficaz nos diversos aspectos da operação”, destaca.

Ferramentas de automação e IA

O uso de ferramentas de automação e Inteligência Artificial (IA) no trabalho criativo das agências, tais como ChatGPT e DALL-E, vem avançando, com 79% das agências já adotando esses recursos, em comparação a 64% no ano passado, e 31% há dois anos. Já 14% pretendem implantá-las ao longo dos próximos seis meses.

Por outro lado, 6% não pretendem utilizar ferramentas de automação e IA no trabalho criativo, índice que mostra uma queda em relação aos 11% registrados no ano passado, e 30% há dois anos. As ferramentas de IA mais utilizadas são o ChatGPT, Midjourney, Gemini, ferramentas da Adobe e Copilot.

Ao avaliar a evolução no uso de automação e IA nos processos da agência, 17% conseguem observar impactos significativos; 43%, moderados, e 28%, pequenos. Já 3% não identificaram mudanças, enquanto 9% não aplicam ferramentas de automação e IA.

Os tipos de impacto mais mencionados foram aqueles relacionados à otimização do trabalho, com maior agilidade na execução de tarefas, redução de custos e automação de tarefas repetitivas, bem como a melhoria na qualidade, com processos menos suscetíveis a erros humanos, melhor aproveitamento dos profissionais, maior atenção destes aos detalhes, aprimoramento analítico e insights mais profundos obtidos a partir da análise de dados, fatores estes que estão permitindo tomar decisões melhor embasadas e estratégicas.

A crescente adoção de ferramentas de automação e IA nas agências reflete uma mobilização para mudanças em busca de competitividade e inovação. No entanto, o impacto variado dessas tecnologias e a concentração na tecnologia promovida pelo hype corporativo, o ChatGPT, sugere que é necessário um movimento proativo dos empresários do setor em busca de novas ferramentas.

Perfil das agências participantes

O perfil predominante dos participantes da pesquisa VanPro é similar ao das sondagens anteriores. A maioria dos respondentes são agências full-service (97%), com equipe de até 20 pessoas (54%), que têm mais de 20 anos de existência (51%), ou entre 11 e 20 anos (35%), e 96% delas são associadas ao Sinapro de seu estado, e 73% ao CENP.

Assim como em todas as sondagens VanPro realizadas até hoje, o perfil de receita anual das empresas é mais diversificado do que os outros fatores. A maior frequência é de agências com receita de até R$ 1 milhão, representando cerca de 34% das entrevistadas.

Cerca de 22% do conjunto dos participantes da sondagem têm receita anual entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 16%, entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, e 13% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. As empresas com receita anual superior a R$ 10 milhões foram 15% das respondentes.

Sobre a Pesquisa VanPro

A pesquisa Visão de Ambiente de Negócios – VANPRO é feita pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO desde 2017, e tem como principal objetivo medir e mapear o cenário atual e quais são as perspectivas para o futuro, além de conhecer os principais desafios dos sócios e executivos de agências de todo o país.

Fonte: GPCOM Comunicação Corporativa

Três em cada dez consumidores (32%) sofreram ou passaram por alguma tentativa de fraude nas compras pela internet, aponta pesquisa

32% dos consumidores sofreram ou passaram por alguma tentativa de golpe nas compras pela internet, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

Três em cada dez consumidores (32%) sofreram ou passaram por alguma tentativa de fraude nas compras pela internet, seja por não receber o produto que comprou num site falso ou clonado; ter o cartão de crédito / débito clonado; ou até mesmo ser abordado pelo infrator pelo Whatsapp e convencido a realizar o pagamento fora da plataforma de venda. O dado faz parte de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas.

Imagem de Dee por Pixabay

Diante disto, 35% dos entrevistados admitem que deixaram de comprar pela internet nos últimos 3 meses por medo de fraude.

A pesquisa aponta que cerca de 119,5 milhões de pessoas compraram online pelo menos 1 vez nos últimos 12 meses. Para realizar as compras, 90% dos consumidores utilizaram celular, 27% notebook e 24% computador de mesa.

Os aplicativos (70%) e sites de lojas (69%) são os principais canais de vendas, com larga distância das redes sociais Instagram (13%) e Whatsapp (11%).

“Os golpes financeiros ganham a cada dia novas versões que exigem do consumidor atenção. Por isso, é importante ficar atento antes de fazer qualquer pagamento ou transferência. Verificar os comentários e experiências de outros consumidores antes de efetuar a compra, além de pesquisar se o site é seguro são algumas medidas que podem diminuir as chances de sofrer um golpe pela internet”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Sites internacionais lideram o ranking dos consumidores na hora de comprar pela internet

Quando investigado os sites e/ou aplicativos mais utilizados nas compras, percebe-se no ranking das primeiras posições, grande participação de plataformas estrangeiras. Os principais são Shopee (64%), Mercado Livre (61%), Amazon (42%), Americanas (35%), Shein (34%) e Magalu (30%).

Os produtos e/ou serviços mais adquiridos pela internet no último mês foram roupas, calçados e acessórios (46%), comida por delivery (37%), remédios e produtos de cuidados da saúde (27%), artigos para casa (26%), supermercado (24%) e cosméticos/ perfumes (22%).

Os sites despontam na preferência dos consumidores quando se trata de comprar eletrodomésticos (43%), eletrônicos e informática (40%) e artigos para casa e decoração (39%).

Já vestuário (43%) e cosméticos e perfumes (36%) são mais adquiridos por aplicativos. Em algumas categorias, os consumidores têm preferência de comprar em lojas físicas. É o caso do supermercado (54%), acessórios e peças automotivas (46%), medicamentos e farmácia (37%) e livros (36%). As redes sociais representam menor participação.

95% já compraram mais de uma vez em uma loja que já são clientes, principalmente pela confiança (37%), preços melhores (36%) e não ter tido problema na compra anterior (31%).

43% dos entrevistados aumentaram as compras pela internet no último ano

O gasto médio dos consumidores na sua última compra online foi de R$216 (R$33 a menos que no ano passado). E em média, os consumidores fizeram 4 compras pela internet no último mês.

Por outro lado, 43% dos entrevistados admitiram que aumentaram as compras pela internet em comparação aos últimos 12 meses, enquanto 30% não mudaram e 25% diminuíram.

As formas de pagamento mais usuais nas compras são o PIX (60%), o cartão de crédito (55%, queda de 7 pontos percentuais frente a 2023) e o cartão de débito (20%).

Seis em cada dez entrevistados (64%) fizeram compras parceladas nos últimos 3 meses, sendo que 44% estavam com parcelas em aberto até a finalização da pesquisa e 20% já tinham quitado todas as parcelas. 30% pagaram as compras à vista.

Os fatores mais importantes na escolha de uma loja online são o frete grátis (49%), as promoções e descontos (47%), o preço baixo (43%), a facilidade na forma de pagamento (33%) e as descrições detalhadas dos produtos (30%).

Os canais mais utilizados para pesquisar produtos pela internet são os buscadores como Google e Yahoo (55%, queda de 18 p.p. comparado a 2023); os sites / aplicativos de varejistas (51%, queda de 13 p.p. frente a 2023) e os sites/aplicativos do fabricante / empresas (48%, aumento de 33 p.p. frente a 2023).

Preço e comodidade são as principais vantagens em comprar pela internet

91% declaram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com as compras pela web e nove em cada dez consumidores (92%) recebem o produto em casa ou local combinado, somente 7% retiram na loja. De acordo com os entrevistados, as principais vantagens das compras online são o preço baixo (38%), a comodidade de comprar sem sair de casa (36%), a economia de tempo / rapidez na compra (27%), a flexibilidade de horário para fazer as compras (25%) e a maior variedade de produtos (24%).

Por outro lado, as desvantagens são: não poder ver / experimentar / tocar o produto (54%), pagamento de frete (42%), impossibilidade de levar o produto na hora da compra (39%) e insegurança se a compra será entregue (36%).

Em relação à desistência de uma compra online, 46% admitiram que deixaram de fazer uma compra pela internet nos últimos três meses, principalmente pelo preço elevado (40%), pela suspeita de fraude ou propaganda enganosa (38%), pelas cobranças adicionais inesperadas de taxas, impostos e/ou frete (37%) e pelo prazo de entrega demorado (32%). A este respeito, 30% dos consumidores online admitiram que costumam pagar um maior valor de frete para receber as compras mais rápido.

Fonte: CNDL – Marina Barbosa