Pesquisa VANPRO revela crescimento das agências em 2024 e perspectivas positivas para 2025

Sondagem realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro indica que 47% das agências ampliaram a receita, e que a percepção de um futuro melhor se ampliou para 69% dos entrevistados

As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 256 agências de 18 Estados e do Distrito Federal. Os dados colhidos em fevereiro de 2025 mostram que quase metade das agências entrevistadas ampliou a receita no ano passado e que a percepção é positiva para os negócios em 2025 na visão de 69% dos entrevistados.

Para Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, a nova sondagem confirma a tendência de crescimento das agências e a percepção de um futuro melhor para os negócios do setor. “Os números comprovam que 2024 foi um ano melhor para a maioria das agências, com os resultados se situando pouco acima do que elas já previam em agosto último, e com perspectivas também mais favoráveis do que o apontado anteriormente”, afirma Queiroz. Ele ressalta que “o cenário ainda é desafiador, evidenciando a necessidade de adaptação contínua das agências diante de um mercado em constante transformação para manter a estabilidade e garantir o crescimento sustentável a longo prazo”.

Daniel Queiroz, presidente da Fenapro

Considerada um importante termômetro dos negócios e da gestão das agências de publicidade, a VanPro apontou que 47% das empresas aumentaram sua receita em 2024, enquanto 35% tiveram estabilidade de receita e 18%, queda.

Dentre as que cresceram, 25% tiveram um incremento de receita superior a 30% em 2024; 58% aumentaram a receita entre 10% e 30%, e 17% obtiveram resultados inferiores a 10%. Já dentre as que tiveram queda de receita, as perdas foram superiores a 30% para um terço delas.

Perspectivas e desafios

A percepção dos entrevistados sobre o futuro foi levemente melhor, se comparada à sondagem mais recente. A quantidade de empresas que veem perspectivas boas ou muito boas para os negócios foi de 69%, em comparação a 64% da última sondagem. Os que sinalizaram o cenário futuro como ruim ou muito ruim caíram de 8% para 4%, enquanto 5% afirmaram não conseguir realizar uma previsão, em comparação a 3% anteriormente. Já as expectativas de manter estabilidade nos negócios caíram de 25% para 23% entre as agências entrevistadas.

Sobre os principais desafios a serem vencidos, 57% destacaram a gestão de processos e de equipes, seguidos pela gestão comercial e captação de clientes, com 55%, e a gestão do crescimento e criação de novos negócios, apontados por 52%. Outros desafios são a gestão e as políticas de RH, na avaliação de 41% das agências; a gestão da imagem e da marca da agência, destacada por 34% delas, e a gestão financeira e precificação, apontadas por 34%.

Outras preocupações são as inovações tecnológicas e otimização da execução, citadas por 32% dos respondentes; a gestão estratégica e execução da estratégia, mencionadas por 24% dos participantes; a retenção de clientes, por 20%, e a gestão de projetos, por 16%.

“Nossa meta é impulsionar o desenvolvimento de novas iniciativas e ferramentas que auxiliem as agências a superarem esses desafios, por meio de um planejamento estratégico sólido, orçamentos empresariais bem estruturados, otimização de recursos e ampliação das oportunidades de crescimento”, observa Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro.

Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro

Inteligência Artificial

Em relação ao uso da Inteligência Artificial nas agências, a pesquisa mostrou que 70% afirmam adotar ferramentas gratuitas e pagas; 16%, apenas as gratuitas; 9%, apenas as pagas, enquanto 5% não utilizam.

O levantamento apontou ainda as áreas da agência que mais utilizam a IA. A criação se sobressai, com 66% percentual (que pode incluir a arte e redação, entre outras atividades), seguida elo planejamento, com 25%; atendimento, com 16%; mídia e produção, com 14%; redação, com 10%; gestão, com 6%, e digital, com 4%.

“A crescente adoção de ferramentas de automação e IA nas agências reflete uma mudança em busca de competitividade, inovação e agilidade nas tarefas”, destaca Ana Celina, diretora da Fenapro. Ela observa que a IA pode ser uma importante aliada na automação de tarefas repetitivas, no aprimoramento analítico, para a obtenção de insights mais profundos a partir da análise de dados e, principalmente, para promover um melhor aproveitamento dos profissionais alocados em determinadas áreas e funções. “O desafio, portanto, é alinhar o entusiasmo com a IA a uma abordagem estratégica no dia a dia das agências”, completa.

Ana Celina, diretora da Fenapro

Perfil das agências participantes

O perfil predominante dos participantes da pesquisa é similar ao das sondagens anteriores. A maioria dos respondentes é de agências full-service (97% do total), com equipes de até 40 pessoas (80%). A maioria das empresas tem mais de 10 anos de existência (84%), sendo que 96% são associadas ao Sinapro de seu estado; 74%, ao CENP; 26%, a associações empresariais, e 8%, à Abradi.

Tal como em todas as sondagens VanPro feitas até hoje, o perfil de receita anual das empresas é mais diverso do que os outros fatores. A maior frequência é de agências com receita de até R$ 1 milhão, representando cerca de 36% das entrevistadas. Aproximadamente 25% do conjunto dos participantes da sondagem tem receita anual entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 12%, entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, e 14%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. As empresas com receita anual superior a R$ 10 milhões representaram 12% dos respondentes.

Sobre a Pesquisa VanPro

A pesquisa Visão de Ambiente de Negócios – VANPRO é feita pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO desde 2017, e tem como principal objetivo medir e mapear o cenário atual e quais são as perspectivas para o futuro, além de conhecer as principais dores dos sócios e executivos de agências de todo o país.

Fonte: GPCOM Comunicação Corporativa

Coluna “Discutindo a relação…”

Criação e Mídia: quando a união faz a força das ideias

Por Josué Brazil (com ajuda de IA)

Imagem gerada através de IA do Canva

No universo da publicidade, a relação entre as áreas de Criação e Mídia é, muitas vezes, retratada como um jogo de forças, cada uma com suas prioridades e visões. Entretanto, quando há integração real e colaborativa entre esses dois pilares, o resultado é sempre mais estratégico, eficaz e memorável para marcas e produtos.

A Criação pensa o conceito, a linguagem, o impacto emocional. Já a Mídia é quem garante que essa mensagem chegue às pessoas certas, no momento ideal, com a maior eficiência possível. Quando essas duas áreas trabalham em sintonia desde o início de uma campanha — e não em etapas isoladas — o potencial de inovação e performance se multiplica.

Uma campanha começa antes do briefing criativo

Muitas vezes, o erro está na estrutura tradicional do processo: a Mídia faz seu planejamento, entrega o briefing, e a Criação desenvolve a campanha com base nesse roteiro. Mas as campanhas mais relevantes dos últimos anos mostram que quando Criação e Mídia co-criam desde o início, o pensamento ganha novas dimensões.

Um exemplo emblemático dessa integração é o case “Real Beauty Sketches”, da Dove. Criada pela Ogilvy Brasil, a campanha utilizou vídeos emocionantes mostrando mulheres se descrevendo para um retratista forense, revelando o quanto as percepções pessoais são distorcidas. O conteúdo era poderoso, mas o que fez dele um fenômeno global foi o planejamento de mídia digital altamente estratégico: a veiculação começou no YouTube com foco em influenciadoras e comunidades sensíveis ao tema da autoestima feminina. O resultado? Um dos vídeos mais compartilhados da história da internet à época, com mais de 180 milhões de visualizações.

Mídia como parte da ideia criativa

Outro grande exemplo dessa integração aconteceu com a campanha “Tweeting Potholes” da Ponto de Partida (Panamá). A agência criou sensores em buracos reais nas ruas da cidade, que tuitavam automaticamente menções às autoridades locais sempre que um carro passava por eles. Além da criatividade e da tecnologia, o sucesso da ação veio de um plano de mídia ousado: alavancaram os tweets como mídia espontânea e contaram com o engajamento de influenciadores locais. O impacto foi tão grande que levou o governo a iniciar reformas viárias rapidamente.

Nesse caso, a mídia não foi apenas o canal de veiculação — ela era a própria ideia.

A união gera performance

Além dos grandes cases, mesmo em campanhas do dia a dia, a integração entre Criação e Mídia pode ser o diferencial entre uma ideia comum e uma campanha com resultados extraordinários. Um bom criativo que entende de mídia pode propor formatos e soluções inovadoras para o meio. Um bom profissional de mídia que entende de criação pode encontrar oportunidades únicas de amplificar o conceito da campanha, seja em DOOH (Digital Out Of Home), mídia programática, ativações de guerrilha ou branded content.

Essa aproximação também é estratégica no momento de mensurar resultados: ao cruzar dados de mídia com aprendizados criativos, é possível otimizar campanhas com muito mais inteligência, adaptando mensagens por canal, momento ou perfil de audiência.

Áreas complementares

Criação e Mídia não são rivais, nem operam em paralelo. São áreas complementares que, quando trabalham juntas desde o início, entregam campanhas mais relevantes, mais criativas e mais eficazes. Essa colaboração é o caminho para a propaganda que não apenas encanta, mas também performa. Afinal, uma grande ideia só é grande de verdade quando encontra o seu público — e é aí que a mágica acontece.

TikTok Shop promete revolucionar o e-commerce brasileiro e movimentar R$39 bilhões até 2028

Segundo Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, a rede social está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar

O TikTok Shop chega ao Brasil em maio de 2025 com o potencial de transformar o e-commerce nacional, unindo conteúdo e compra em uma experiência totalmente integrada. De acordo com projeções do Santander, a novidade promete movimentar até R$39 bilhões até 2028, representando de 5% a 9% do e-commerce brasileiro e colocando a plataforma entre os 5 maiores players do setor.

“É uma experiência muito mais fluida e impulsiva, que une entretenimento com conversão”, comenta Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, maior plataforma de gestão de mídias sociais da América Latina. “O TikTok Shop elimina atritos na jornada de compra. O usuário vê um vídeo ou uma live, se interessa pelo produto e compra ali mesmo, sem sair do app. Dados do Santander e Itaú BBA mostram que esse processo pode levar menos de 7 minutos — é a combinação perfeita entre impulso e conveniência”, explica Kiso.

Ecossistema em transformação
Kiso detalha as oportunidades para diferentes atores:

Marcas: “É uma corrida para ocupar esse novo território e construir autoridade o quanto antes. Quem chegar antes pode se posicionar como referência na plataforma.”
Agências: “As agências também ganharão relevância, principalmente ajudando marcas a recrutarem vendedores com carisma para fazer lives e a produzirem conteúdo adaptado ao formato vertical, rápido, direto, que funciona bem no TikTok. Na China há agências especializadas somente para isto.”
Influenciadores: “Para os influenciadores, abre-se uma nova via de monetização com comissões por vendas em tempo real. Ou seja, não é só sobre alcance, é sobre impacto direto em vendas.”

Uma nova lógica: social + varejo ao vivo

No fim das contas, o TikTok não está apenas entrando no e-commerce, mas sim fundindo mídia social com varejo ao vivo. O fundador da mLabs contrasta o modelo com concorrentes: “Mercado Livre e Shoppe tentam o live shopping, mas não têm a fusão orgânica entre mídia social e varejo. O Instagram, por outro lado, insiste em levar o usuário para fora do app — justamente quando a rejeição a anúncios no feed só aumenta”.

“O TikTok não está apenas entrando no e-commerce. Está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar. A questão é: quem vai dominar essa nova lógica primeiro?”, provoca Kiso.

Sobre Rafael Kiso, CMO e Fundador
Rafael Kiso é fundador e CMO da mLabs, a maior plataforma de gestão de mídias sociais do Brasil, utilizada por mais de 150 mil marcas. Também é fundador e membro do conselho da Focusnetworks, consultoria de marketing digital baseada em dados. Com mais de 23 anos de experiência no mercado digital, tornou-se uma das principais referências do setor, sendo reconhecido como top 20 iBest 2024 e eleito o melhor Profissional de Planejamento Digital pela ABRADi em 2017. Publicitário com MBA em Marketing pela HSM e especializações pela ESPM, é autor e coautor de best-sellers como Marketing na Era Digital, Unbound Marketing e Trends do Marketing na Era Digital. Palestrante dos maiores eventos de marketing digital do Brasil, também é fonte recorrente para veículos como Exame, O Globo, Estadão, Valor Econômico, Globonews, Meio & Mensagem, UOL e Jovem Pan. Confira mais sobre o executivo: Site, LinkedIn, Instagram, Podcast, TikTok

APP Vale lança o Panorama das Mulheres no Mercado de Comunicação do Vale do Paraíba

A APP Vale (Associação dos Profissionais de Propaganda do Vale do Paraíba) anuncia o lançamento do Panorama das Mulheres no Mercado de Comunicação do Vale do Paraíba, uma iniciativa inovadora que busca mapear, conectar e valorizar a atuação feminina no setor. Mais do que um levantamento, o projeto Mulheres da Comunicação é um movimento que visa ampliar as vozes femininas, fomentar redes de colaboração e abrir caminhos para o crescimento profissional das mulheres na região.

A iniciativa se baseia em quatro pilares principais:

  1. Mapeamento e Identificação: Levantamento das mulheres que atuam na comunicação da RMVale.
  2. Eventos Temáticos: Promoção de encontros ao longo do ano para debate e troca de experiências.
  3. Networking e Compartilhamento: Criação de espaços que incentivam a colaboração entre profissionais e empresas.
  4. Fomento à Liderança Feminina: Incentivo à ocupação de cargos estratégicos por mulheres no setor.

O impacto esperado do projeto é expressivo. Além de garantir visibilidade e reconhecimento às profissionais da comunicação na RMVale, a iniciativa também resultará na formação de uma base de dados robusta sobre a atuação feminina no setor, servindo de orientação para futuras estratégias e políticas. Além disso, o fortalecimento das redes profissionais impulsionará novas oportunidades de negócios e estimulará a presença feminina em cargos de liderança e decisão.

O Panorama das Mulheres no Mercado de Comunicação do Vale do Paraíba é um marco para a valorização do protagonismo feminino no setor e um passo significativo rumo a um mercado mais diverso e igualitário.

A primeira ação é o preenchimento de um questionário através deste link.

Para mais informações sobre o projeto e como participar, entre em contato com a APP Vale: apprmvaledoparaiba@gmail.com

Fonte: Assessoria de Imprensa APP Vale