Em 30 de setembro, o mundo inteiro se reúne para celebrar o Dia Internacional do Podcast. A data nasceu em 2014, inicialmente como National Podcast Day, nos Estados Unidos, e rapidamente conquistou o cenário global, refletindo a força desse formato que cresceu para muito além do entretenimento: hoje é espaço de educação, debate, informação e criatividade.
O podcast se tornou uma das mídias mais democráticas do nosso tempo. Com um microfone e boas ideias, qualquer pessoa pode dar voz a histórias, opiniões ou conhecimentos, alcançando ouvintes em qualquer lugar do planeta. É um fenômeno que mistura intimidade e alcance: ao mesmo tempo em que você escuta sozinho, é parte de uma comunidade conectada pelo áudio.
Mais do que uma tendência, o podcast virou hábito. Milhões de pessoas ao redor do mundo já incorporaram episódios ao dia a dia — seja para aprender durante o trânsito, relaxar em casa, se inspirar no trabalho ou até mesmo se entreter em uma pausa. O áudio se encaixa na rotina com naturalidade, acompanhando diferentes momentos da vida.
Por trás de cada episódio existe também dedicação: roteiros escritos com cuidado, entrevistas marcantes, horas de edição e uma vontade genuína de compartilhar algo relevante. Por isso, essa celebração também é um agradecimento aos criadores, que transformam paixão em conteúdo e constroem pontes sonoras que aproximam pessoas.
Podcasts da área de propaganda e marketing
Vou elencar aqui alguns podcasts da área de propaganda e marketing que acho importante que você, caro leitor, dê uma escutada:
1 – APPCast, o podcast da APP Brasil (Associação de Profissionais de Propaganda) uma das mais longevas associações ligadas à propaganda no Brasil (88 anos) e que traz convidados de primeira linha;
2 – Amigos do Mercado – podcast do Amigos do Mercado que é um grupo que reúne mais de três mil usuários em grupos de WhatsApp segmentados por região e área de atuação; mais de 50 mil membros no grupo fechado do Facebook e quase três mil seguidores no Instagram, e tem por objetivo tornar o mercado publicitário mais amigável;
3 – A ideia – uma série de podcasts produzidos pela Meio&Mensagem, a maior publisher do segmento ublicitário brasileiro. Muito bem conduzido e com nomes de peso do mercado publicitário;
4 – W/Cast foi um projeto que marcou a presença de Washington Olivetto no digital e traz o que ele conta como ninguém: histórias.
Nele, Washington revira o baú e compartilha suas lembranças, aventuras, alguns acertos e muitos erros – de tudo um pouco, pra quem sabe inspirar você com histórias que marcaram não só a publicidade, mas também a cultura brasileira. Depois da despedida do W desse plano, tornou-se ainda mais obrigatório;
5 – Podbrifar – o podcast da APP Vale do Paraíba. Diversificado, leve e com entrevistas conduzidas por diferentes diretores regionais, o Podbrifar pode acrescentar muito conhecimento para quem ouvir.
Convite
Neste 30 de setembro, o convite é simples: compartilhe o podcast que marcou sua vida, recomende aquele episódio que te inspirou ou agradeça aos criadores que fazem parte do seu cotidiano. Afinal, cada play é um gesto de reconhecimento. E cada voz compartilhada é um passo a mais nessa revolução do áudio.
Acabou o tempo em que só a quantidade de seguidores era vista para identificar a capacidade de um influencer de influenciar, hoje, vale mais influencer de nicho, afirma a MBA em Marketing e Negócios Interativos e diretora da IMF Press Global, Jennifer de Paula
Durante anos, a lógica das redes sociais parecia algo inquestionável: Quem tinha mais seguidores tinha mais valor. Grandes números significavam grande alcance e isso bastava para atrair parcerias com marcas e ter bons resultados com isso, mas esse modelo está ficando para trás.
No marketing digital, uma nova era vem ganhando força e está sendo conhecida como “pós-influencer”, agora a atenção está voltada aos micro-influencers, perfis com audiências menores, mas altamente engajadas e específicas, algo que as marcas têm buscado cada vez mais.
“Hoje, o que vale mesmo é a capacidade de criar conexões reais com uma comunidade, algo raro no mar de pessoas que existe na internet. O micro-influencer tem isso como vantagem competitiva”, explica Jennifer de Paula, MBA em Marketing e Negócios Interativos e diretora da IMF Press Global.
Mais seguidores nem sempre é igual a mais engajamento
De acordo com Jennifer de Paula, essa virada é tanto cultural quanto estratégica. O público está mais exigente.
“Os consumidores se cansaram de discursos genéricos e passaram a buscar perfis com autenticidade, consistência no que dizem, não se trata mais de quantidade de seguidores, mas sim da qualidade nas interações”, reforça.
Jennifer de Paula
As marcas perceberam que o impacto real vem de quem gera conversas de valor, mesmo que para um grupo menor de pessoas. E o mercado respondeu rápido, hoje, campanhas de grande impacto são montadas com dezenas de micro-influencers, cada um falando diretamente com seu nicho.
Além disso, o custo-benefício é outro atrativo, micro-influencers geralmente cobram menos que grandes nomes, mas entregam resultados proporcionalmente maiores em termos de engajamento e conversão.
“Estamos vivendo a chamada era pós-influencer, não é mais sobre gritar para todos ouvirem, é sobre saber o que dizer e para quem dizer”, conta Jennifer de Paula.
As marcas buscam influência direcionada
Na prática, isso significa que marcas que antes buscavam o “influencer da vez” agora estudam com atenção a coerência do conteúdo, a linguagem adotada e o tipo de relação construída com a audiência.
O cenário atual é de um marketing cada vez mais humano e direcionado, mais segmentado e, acima de tudo, mais estratégico e alinhado ao público da empresa.
“A influência, hoje em dia, não está nos números enormes. Ela está na confiança e os micro-influencers entenderam isso antes de todo mundo”, afirma Jennifer de Paula.
Sobre Jennifer de Paula
Jennifer de Paula é uma Premiada Estrategista de Marketing, Pós-Graduada com MBA em Marketing e Negócios Interativos. Diretora de marketing e gestão da MF Press Global, agência de comunicação internacional, atua na construção de autoridade, posicionamento estratégico e gestão de imagem de grandes marcas e personalidades. Com um portfólio que inclui profissionais que somam milhões de seguidores, Jennifer é referência no universo digital, combinando estratégia, inovação e alta performance para transformar presença online em influência real.
Sondagem, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, aponta que 42,8% elevaram sua receita no primeiro semestre, e que 63,3% preveem um futuro melhor. Já 31,9% registraram estabilidade, e 25,3%, queda de receita, mostrando um cenário diversificado por conta dos desafios
As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 229 agências de 20 Estados e do Distrito Federal. Os dados, relativos ao primeiro semestre, mostram que 42,8% das agências elevaram sua receita no primeiro semestre de 2025. Por outro lado, mais de um terço (31,9%) apontaram estabilidade na receita, e 25,3% registraram queda, na comparação com o primeiro semestre de 2024.
Entre as agências que cresceram, 28,6% elevaram sua receita em até 10%; 36,7% registraram aumento entre 10% e 20%, e 34,7% ultrapassaram os 20%. Já entre as 25,3% que tiveram queda de receita, esta foi de até 10% para 12,1% das agências; de 10% a 20% para 34,5% delas, e superior a 20% para 53,4% das empresas entrevistadas.
Apesar das pressões sobre a receita, o horizonte de futuro é visto de forma relativamente positivo por 63,3% das agências. A maior parte delas (44,1%) classifica suas perspectivas como boas, e outras 19,2% como muito boas. Aproximadamente 27,1% acreditam que o futuro será estável, e 6,1% enxergam um cenário ruim. Há também uma minoria (3,0%) que não consegue prever ou considera a situação muito ruim.
“A pesquisa VanPro oferece um retrato atualizado do ambiente de negócios e tem confirmado que o otimismo em relação ao futuro predomina entre as agências, e também o crescimento das receitas, embora haja muitos desafios hoje na gestão dos negócios”, afirma Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.
Daniel Queiroz, presidente da Fenapro
Avaliando-se as perspectivas por região, a pesquisa mostra que o otimismo é maior no Sudeste – com 71% apontando expectativas boas e muito boas, índice próximo ao do Centro-Oeste (70%) – e é menos acentuado no Nordeste – onde as expectativas otimistas foram registradas junto a 60,6% das agências – e na região Sul, onde, mesmo com melhores resultados, as expectativas otimistas são apontadas por 62,9% das agências.
“Os dados regionais são relevantes como vetor que ajuda a nortear as políticas setoriais, os debates institucionais e atuação dos Sinapros que compõem o nosso ecossistema”, destaca Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro. “Por ser uma pesquisa conduzida por uma entidade nacional representativa do setor, a VanPro ganha ainda mais legitimidade devido à proximidade com a realidade vivida pelas agências”, ressalta Tourinho.
Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro
Além das expectativas para os negócios, a pesquisa mostra “tendências e desafios que precisam ser enfrentados, servindo como bússola para decisões estratégicas e o fortalecimento das agências”, segundo o presidente da Fenapro. Queiroz conta que o estudo apontou as principais dores das agências, entre as quais destacaram-se cinco tópicos: Pessoas e mão de obra, Cultura do mercado e Cliente, Tecnologia e IA, Precificação, mercado e concorrência e Contexto político e econômico. “São questões que influenciam diretamente hoje os negócios das agências”, observa.
As principais dores das agências
A VanPro mostrou que a carência de profissionais qualificados é a dor mais recorrente entre as agências entrevistadas, agravada pela dificuldade de remunerar em patamares compatíveis com suas expectativas. Essa escassez é especialmente citada em regiões fora dos grandes centros, onde a competição por talentos é ainda mais intensa.
“Às dificuldades de contratação somam-se a relatos de equipes instáveis, desmotivadas ou emocionalmente fragilizadas, o que tem tornado a gestão ainda mais desafiadora”, conta Ana Celina, diretora da Fenapro, ao ressaltar que “a rotatividade e a dificuldade de retenção de capital intelectual aparecem inclusive como ameaças diretas à continuidade do negócio”. A chegada da IA adicionou a isso uma nova camada: muitas empresas do setor reconhecem que os profissionais atuais ainda não têm preparo para lidar com as novas ferramentas, exigindo um processo de requalificação.
Ana Celina, diretora da Fenapro
Cultura do mercado e clientes
Há uma forte percepção de desalinhamento entre expectativas de clientes e a forma de trabalho das agências. Resistência dos clientes em aceitar o planejamento de longo prazo e preferir os resultados imediatos, a frustração com contratos que se limitam a entregas pontuais e as disputas muito focadas em preços, sem valorização de diferenciais, também despontam entre as principais dores das agências.
Roberto Tourinho, comenta que “as agências relatam frustração com contratos que se limitam a entregas pontuais e com disputas muito focadas em preço, sem valorização de consistência ou diferenciais”. Também foram citadas, com menor frequência, queixas sobre erosão da confiança e da reputação do setor, dificuldades de relacionamento em processos de concorrência e clientes que absorvem serviços internos, reduzindo as demandas para as agências.
Precificação, mercado e concorrência
Segundo Daniel Queiroz, a dificuldade em estabelecer preços justos para os serviços é um ponto que desafia o setor, sendo citada de forma recorrente. “Muitos descrevem um mercado ‘desequilibrado’, com valores muito diferentes entre agências, o que compromete margens e cria insegurança”, conta o presidente da Fenapro. Ele acrescenta que também foi identificada a ausência de padrões de referência setoriais claros e a desconfiança quanto à sustentabilidade financeira de concorrentes que praticam preços muito baixos.
A concorrência com o negócio das agências aparece sob várias formas: houses internas de clientes, influenciadores, freelancers e prestadores informais que oferecem serviços de comunicação sem registro ou estrutura profissional. “Esse movimento não só reduz o espaço para as agências, mas também compromete a imagem do setor, já que práticas amadoras geram desconfiança e desvalorização”, observa Queiroz.
Outro ponto relatado com alguma frequência foi a dificuldade de converter prospecções em novos contratos de maior porte, com alto esforço de prospecção e baixa taxa de conversão.
Contexto político e econômico
As oscilações políticas e econômicas são apontadas como fatores que afetam diretamente a previsibilidade das agências, levando à retração de anunciantes em períodos de crise e incerteza política, a postergação de investimentos e a cautela em liberar verbas. “A percepção é de um setor altamente exposto a variáveis externas, que influenciam fortemente os resultados comerciais e a receita”, conta Roberto Tourinho.
Com menos frequência, foram lembrados ainda os impactos da instabilidade cambial sobre custos de mídia digital, variações regionais na dinâmica de investimentos públicos em comunicação e insegurança sobre mudanças regulatórias.
Setores de atuação e perfil das agências
Com relação aos setores de atuação, a pesquisa revela ampla presença em âmbito nacional da atuação das agências em: serviços (77,0%), governo (74,9%), indústria (53,0%), saúde (55,5%) e varejo (55,0%). Em seguida, vêm incorporação imobiliária (49,3%), agronegócio (29,3%), terceiro setor/ONGs (28,8%) e setor financeiro (26,6%). Moda (24,0%), tecnologia (21,8%) e startups (11,4%) aparecem em posições intermediárias, enquanto bets e jogos de azar (4,8%) e educação (2,2%) têm presença limitada.
O “top 5”de cada região em termos de presenças das agências no mercado:
O perfil predominante dos participantes da pesquisa VanPro é similar ao das sondagens anteriores. A maioria opera como full service (97,4%), com poucas dedicadas exclusivamente ao digital (2,6%). No foco de atendimento, 55% não distinguem entre clientes públicos ou privados, 32,3% concentram-se somente no setor privado e 12,7% somente no setor público.
O perfil das empresas revela maturidade. Mais da metade existe há mais de 21 anos, e apenas 6,1% têm até cinco anos de atividade. Já com relação ao tamanho das equipes, quase 54% estão entre 11 e 40 pessoas, com menor concentração nos extremos de estruturas pequenas (6,1% até 5 pessoas) ou grandes times (10% com mais de 80 pessoas).
O perfil da receita anual é distribuído de forma bastante heterogênea. Cerca de um terço (33,4%) faturam até R$ 1 milhão, outro terço (35,7%) ficam entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, e o terço final (30,8%) acima de R$ 5 milhões.
Você sabia que o Dia do Anunciante é celebrado em 29 de setembro no Brasil? A data simboliza uma homenagem a quem investe em comunicação — empresas, pessoas físicas, instituições — em busca de levar uma mensagem, um produto ou uma ideia ao público.
O dia 29 de setembro foi escolhido também por sua conexão com a festa de São Gabriel, identificado na tradição cristã como o mensageiro de Deus. A simbologia de “anunciar uma boa nova” se relaciona bem com o que o anunciante faz: transmitir uma mensagem, chamar atenção, comunicar.
No entanto, ao contrário de algumas outras datas comemorativas, não há nenhum documento ou lei que regulamente formalmente o Dia do Anunciante — ou seja, não há lei estadual ou federal (ou decreto) que diga “ficou instituída esta data para homenagear anunciantes”. Parece que é uma celebração mais informal, adotada por calendários comemorativos, por entidades do marketing, agências, empresas de mídia e portais.
Uma entidade relacionada a data é a ABA – Associação Brasileira de Anunciantes, fundada em 1959, que representa grandes empresas que anunciam no Brasil. A ABA atua bastante no setor de propaganda, mas as pesquisas não apontam nada que indique que a ABA tenha sido a instituição que “criou oficialmente” o Dia do Anunciante.
Indo um pouco mais fundo
Solicitei ao nosso amigo ChatGPT que aprofundasse a pesquisa e ele encontrou duas pistas históricas importantes.
Primeira: a ABA — Associação Brasileira de Anunciantes foi fundada em 29 de setembro de 1959, e vários textos e notas do setor lembram essa coincidência entre a data da fundação da ABA e a celebração do Dia do Anunciante. Isso sugere que o calendário do setor pode ter adotado a data em função da ABA. Mas é apenas uma suposição.
Segunda: o publicitário Aroldo Araújo é frequentemente citado na memória do meio publicitário como uma figura que idealizou e promoveu várias “datas do setor” (Dia do Contato, Dia do Mídia e — segundo relatos do próprio meio — também o Dia do Anunciante), ou ajudou a popularizá-las em campanhas e eventos desde as décadas de 1960/70. Essa informação aparece em artigos e históricos da imprensa especializada.
Nada oficial, mas a gente comemora
Então, em resumo: celebramos em 29 de setembro, por sua simbologia (São Gabriel, mensageiro) e porque a data foi adotada em calendários de propagandas, marketing e comunicação. Mas a formalização legal ou institucional da data não está clara — parece não haver um documento histórico que a tenha instituído de modo oficial.