YouTube Shopping vai iniciar operação no Brasil com Mercado Livre e Shopee como primeiros parceiros para seu programa de afiliados

O YouTube anunciou hoje a expansão do seu ecossistema de comércio no Brasil com a integração oficial de dois dos maiores marketplaces do país: Mercado Livre e Shopee . A novidade permite que criadores de conteúdo marquem produtos dos catálogos de ambos os varejistas diretamente em seus vídeos, lives, posts e Shorts, facilitando a jornada de compra para milhões de espectadores.

A integração faz parte da chegada oficial do Programa de Afiliados do YouTube Shopping ao Brasil, anunciada recentemente durante o evento global “Made on YouTube”. Com o recurso, criadores elegíveis podem exibir produtos em suas transmissões e vídeos, ganhando comissões sobre as vendas que gerarem, fortalecendo a conexão entre descoberta e compra. O país é um mercado prioritário para as soluções de commerce da plataforma que, globalmente, já conta com mais de 500 mil criadores afiliados ao YouTube Shopping.

“A chegada do Programa de Afiliados do YouTube Shopping ao Brasil é um marco importante, já que o país tem um dos ecossistemas de criadores mais vibrantes do mundo”, afirma Clarissa Orberg, head de parcerias do YouTube.

“Estamos oferecendo aos YouTubers brasileiros novas maneiras de fortalecer suas comunidades e monetizar sua criatividade. Apenas em 2024, o YouTube contribuiu com R$4,94 bilhões para o PIB nacional. A integração do Mercado Livre e da Shopee como nossos primeiros parceiros amplifica ainda mais essa economia de criadores que estamos desenvolvendo”, comemora.

“A Shopee está comprometida em proporcionar experiências que gerem engajamento para vendedores e para consumidores. Com a expansão do YouTube Shopping para o Brasil, estamos entusiasmados em ajudar os lojistas brasileiros a se conectarem com mais criadores e, assim, potencializar suas vendas. Essa colaboração também abre oportunidades para os mais de 5 milhões de participantes do nosso Programa de Criadores e Afiliados monetizarem seus conteúdos enquanto promovem produtos que ressoam com seus públicos. Seguimos firmes em nossa missão de impulsionar vendedores e criadores a prosperarem à medida que a economia digital cresce”, diz Felipe Piringer, Head de Marketing da Shopee.

“A chegada do YouTube Shopping ao Brasil marca um novo capítulo para o comércio digital, e o Mercado Livre tem orgulho de ser um dos parceiros nessa estreia. Nossa força como marketplace, com sortimento amplo e qualificado, presença das grandes marcas, segurança e a entrega mais rápida do país, garante que afiliados e criadores tenham as melhores condições para gerar renda com confiança. O crescimento de 310% no nosso programa no último trimestre e as recompensas mais competitivas do mercado, reforçam nosso compromisso com a Creator Economy, em apoiar novos talentos e impulsionar modelos sustentáveis de empreendedorismo online”, afirma Renata Gerez, Head de Social Commerce do Mercado Livre.

Com a funcionalidade, os espectadores podem navegar pelos produtos destacados pelos seus criadores favoritos diretamente na tela do vídeo e clicar para serem direcionados ao site do Mercado Livre ou Shopee para finalizar a compra.

“Cases” do mercado

Grupo Boticário revoluciona e-commerce com IA inspirada em uma consultora de beleza que cria rotinas, recomendações personalizadas e ainda ajuda a escolher presentes

Desenvolvida com a infraestrutura da Amazon Web Services (AWS), a assistente virtual recomenda do melhor skincare ao presente ideal e replica o atendimento das lojas físicas da marca O Boticário, oferecendo uma experiência natural, envolvente e verdadeiramente personalizada aos consumidores. Somente no primeiro mês de implementação, a assistente apresentou um aumento de 46% em conversão de vendas

O Grupo Boticário anuncia o lançamento da sua primeira assistente de inteligência artificial (IA) para e-commerce via aplicativo, que promove uma evolução na experiência de compra online dos consumidores da companhia. Projeto com o uso da tecnologia Amazon Bedrock Agents, da AWS, conectada ao e-commerce, busca resolver um dos maiores desafios do comércio digital: a personalização e a conexão humana na experiência de compra do consumidor, oferecendo ainda mais conveniência.

Imagine entrar no aplicativo de uma marca e, em vez de navegar por menus e filtros ou, até mesmo, usar a busca tradicional, ter uma conversa fluida e natural com uma especialista que ajuda a encontrar o produto perfeito. Essa é a proposta da assistente virtual, que se diferencia dos chatbots tradicionais por sua capacidade de interação 100% em linguagem natural, além da integração completa do portfólio de produtos, como se o consumidor estivesse interagindo com uma consultora de beleza. Com a capacidade de compreender mais profundamente os contextos dos clientes, a IA generativa vem se tornando uma ferramenta cada vez mais popular para auxiliar nas decisões de compra, na resolução de problemas cotidianos. Graças à sua capacidade de entender o contexto, ela oferece mais do que apenas recomendações de produtos. Por exemplo, a IA pode sugerir um creme para o corpo, explicar por que ele é ideal para um tipo de pele específica, como usá-lo e ainda montar uma rotina completa de cuidados. Isso proporciona uma experiência mais detalhada e personalizada ao consumidor.

A assistente, que inicialmente está disponível no app da marca de consumo O Boticário, foi treinada com base no modelo de atendimento proprietário do Grupo Boticário, para replicar a experiência acolhedora e especialista das lojas físicas no ambiente virtual, reforçando a visão omnicanal da empresa. Para tornar a experiência ainda mais pessoal, ela identifica o perfil, ajustando suas sugestões de acordo com esses dados, e é capaz de oferecer recomendações de produtos, consultar preços, verificar o status de pedidos e informar sobre o programa de fidelidade Beautybox, finalizando a jornada com a adição dos itens à sacola de compras.

A aposta em inovação utilizando inteligência artificial generativa se traduziu em resultados concretos para o Grupo Boticário: em seu primeiro mês de implementação, a assistente apresentou um aumento de 46% em conversão de vendas. Esse sucesso se reflete também no valor das transações, já que o ticket médio dos consumidores que usam a assistente virtual é 7,4% superior ao dos que não a utilizam. “O consumidor está mais exigente e busca experiências diferenciadas e únicas ao mesmo tempo. Atentos a essa necessidade, entendemos que era preciso ir além dos chatbots tradicionais para oferecer uma solução que não apenas simplificasse a descoberta de produtos, mas que também encantasse e fidelizasse”, explica Renato Pedigoni, CTO do Grupo Boticário. “A assistente de IA é uma importante alavanca comercial, mas seu lançamento vai além. Ela faz parte da jornada de aceleração da digitalização e inovação consolidada do Grupo, com mais de 60 projetos de IA proprietários que já impactam toda a cadeia de valor”, completa.

O próximo avanço já previsto para a ferramenta é a habilidade de conversar por áudio com a assistente virtual, ampliando ainda mais a acessibilidade e levando a experiência de compra a um novo nível de experiência do usuário, atendendo também uma característica do público consumidor brasileiro. A visão de longo prazo é transformar a assistente em uma consultora de beleza pessoal que acompanha o cliente em toda a sua jornada, da descoberta ao pós-venda.

Diferenciais, funcionalidades e futuro

A tecnologia por trás da assistente de IA utiliza a infraestrutura do Amazon Bedrock Agents, que permite criar assistentes de IA que podem entender solicitações de linguagem natural, e executar ações complexas. “Este é um exemplo claro de como a IA generativa pode ir além da eficiência operacional e realmente impactar a experiência do consumidor final. O assistente virtual é uma inovação que não apenas resolve um desafio de negócio, mas também encanta e fideliza o consumidor”, comenta Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil.

Integrada às APIs do e-commerce de O Boticário, a assistente opera com acesso a informações em tempo real sob sólidas medidas de segurança, precisão e integridade; garantindo a confidencialidade e a privacidade dos dados. Outro diferencial está em sua capacidade de ir além de um roteiro fixo. A assistente virtual foi desenvolvida para conectar pontos durante a conversa, funcionando como um modelo LLM (Large Language Model) integrado ao ecossistema de beleza do Grupo Boticário, permitindo a compreensão do contexto, a intenção e as nuances da interação, oferecendo recomendações e respostas muito mais ricas e assertivas do que os chatbots tradicionais, que geralmente seguem árvores de decisão.

“A nossa assistente de IA atua como uma verdadeira consultora de beleza pessoal. Ao entender o contexto da conversa com o cliente, ela consegue oferecer recomendações de produtos extremamente personalizadas, replicando a experiência de uma loja física diretamente no aplicativo. Essa abordagem elimina a necessidade de o consumidor navegar por menus complexos ou aplicar filtros, permitindo uma jornada de compra mais fluida e assertiva. Com a capacidade de sugerir itens que complementam a rotina de beleza do usuário, verificar o status de pedidos e até mesmo informar sobre o programa de fidelidade, a ferramenta se torna um guia essencial, simplificando a descoberta de produtos e garantindo que o cliente encontre exatamente o que precisa de forma rápida e eficiente”, reforça Pedigoni.

Fonte: Maquina Cohn Wolfe

Social Commerce e o fim do funil tradicional de vendas: influenciadores e redes sociais estão transformando o e-commerce

*Por Felipe Attílio

O modelo tradicional de vendas, estruturado em um funil linear que vai da conscientização à conversão, está sendo rapidamente substituído pelo Social Commerce. Redes sociais, influenciadores e conteúdo gerado pelo usuário (UGC) estão reduzindo etapas na jornada de compra e tornando a aquisição de produtos mais orgânica, imersiva e instantânea.

Com o crescimento acelerado do TikTok, Instagram, YouTube e outras plataformas, o Social Commerce já movimenta trilhões globalmente. No Brasil, segundo dados da eMarketer, o volume de compras via redes sociais cresce a taxas superiores a 30% ao ano. O que antes demandava uma sequência de etapas – pesquisa, consideração, comparação de preços, avaliação de reviews e decisão de compra –, agora pode acontecer instantaneamente em um vídeo de poucos segundos.

As redes sociais transformaram-se em verdadeiros marketplaces. É possível fazer compras diretas por meio de botões de ações, transmissões ao vivo e catálogos integrados. Na China, o live commerce já está amplamente consolidado, com milhões de consumidores participando de vendas ao vivo diariamente. No Brasil, as plataformas ainda não disponibilizaram o serviço de forma massiva, o que torna esse formato mais incipiente por aqui. Mesmo assim, a tendência aponta para um futuro próximo onde influenciadores apresentarão produtos e, com um clique, o consumidor concluirá a compra sem sequer sair do aplicativo. A jornada de compra não é mais sequencial, é um ecossistema dinâmico com inspiração, influência e conversão.

Se antes os consumidores confiavam em publicidade tradicional e avaliações escritas, hoje, a recomendação de influenciadores tem peso decisivo na tomada de decisão. O storytelling envolvente e a interação com seguidores criam um vínculo emocional que acelera a conversão e coloca em xeque os tradicionais funis. Mais do que gerar cliques, eles encurtam a jornada de compra ao eliminar barreiras como desconfiança, necessidade de pesquisa aprofundada e hesitação.

Empresas estão adotando cada vez mais novas estratégias para potencializar o Social Commerce. O Live Commerce, popularizado na China e que já movimenta bilhões no ocidente, permite que marcas e influenciadores realizem vendas ao vivo, respondendo perguntas e demonstrando produtos em tempo real. A influenciadora chinesa Viya, por exemplo, alcançou vendas impressionantes em uma única live. Durante uma sessão de 14 horas, como parte da pré-venda para o Singles’ Day em outubro de 2021, ela vendeu produtos no valor de 8,5 bilhões de yuans. Esse montante equivale a aproximadamente R$ 6,7 bilhões, considerando a taxa de câmbio da época. No ano passado, outra influencer chinesa, a Zheng Xiang Xiang, ganhou mais de US$ 14 milhões, o equivalente a mais de R$ 93 milhões, em apenas uma semana, ao fazer publicidade de produtos de luxo na velocidade impressionante de três segundos. Marcas menores também têm conquistado resultados expressivos, com transmissões de poucos minutos gerando milhares de pedidos.

Outro ponto fundamental e bem interessante é o papel da inteligência artificial na personalização das experiências de compra. Plataformas como TikTok e Instagram estão refinando seus algoritmos para oferecer conteúdo cada vez mais direcionado. O que isso significa? O Social Commerce não é somente impulsionado por influenciadores, mas também por recomendações ultra-personalizadas, feitas com base no comportamento do usuário.

Diante de tudo isso, o que as marcas precisam fazer? Repensar seu posicionamento e adotar uma abordagem mais envolvente e interativa. Em vez de simplesmente criar anúncios para capturar leads, elas devem se tornar criadoras de conteúdo e facilitadoras de experiências que realmente conectem com o público. Isso envolve investir em formatos nativos que engajem organicamente, como reviews autênticas, demonstrações ao vivo e colaborações estratégicas com influenciadores. Além disso, a experiência de compra deve ser cada vez mais fluida, permitindo checkouts diretos dentro das plataformas para minimizar abandonos de carrinho – ponto ainda em desenvolvimento no Brasil. A construção de comunidades e a promoção da interatividade entre consumidores também desempenham um papel fundamental, criando espaços onde as pessoas possam trocar opiniões e fortalecer a autenticidade da marca.

O Social Commerce é a próxima fase da evolução do varejo digital. A interseção entre redes sociais, influenciadores e compras imediatas está transformando o comportamento do consumidor. O futuro do e-commerce está na experiência integrada, na autenticidade das interações e na rapidez da conversão, o que permite com que as marcas construam conexões reais e duradouras com seu público.

*Felipe Attílio é Head de Comunicação & Marketing do E-Commerce Brasil

TikTok Shop promete revolucionar o e-commerce brasileiro e movimentar R$39 bilhões até 2028

Segundo Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, a rede social está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar

O TikTok Shop chega ao Brasil em maio de 2025 com o potencial de transformar o e-commerce nacional, unindo conteúdo e compra em uma experiência totalmente integrada. De acordo com projeções do Santander, a novidade promete movimentar até R$39 bilhões até 2028, representando de 5% a 9% do e-commerce brasileiro e colocando a plataforma entre os 5 maiores players do setor.

“É uma experiência muito mais fluida e impulsiva, que une entretenimento com conversão”, comenta Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, maior plataforma de gestão de mídias sociais da América Latina. “O TikTok Shop elimina atritos na jornada de compra. O usuário vê um vídeo ou uma live, se interessa pelo produto e compra ali mesmo, sem sair do app. Dados do Santander e Itaú BBA mostram que esse processo pode levar menos de 7 minutos — é a combinação perfeita entre impulso e conveniência”, explica Kiso.

Ecossistema em transformação
Kiso detalha as oportunidades para diferentes atores:

Marcas: “É uma corrida para ocupar esse novo território e construir autoridade o quanto antes. Quem chegar antes pode se posicionar como referência na plataforma.”
Agências: “As agências também ganharão relevância, principalmente ajudando marcas a recrutarem vendedores com carisma para fazer lives e a produzirem conteúdo adaptado ao formato vertical, rápido, direto, que funciona bem no TikTok. Na China há agências especializadas somente para isto.”
Influenciadores: “Para os influenciadores, abre-se uma nova via de monetização com comissões por vendas em tempo real. Ou seja, não é só sobre alcance, é sobre impacto direto em vendas.”

Uma nova lógica: social + varejo ao vivo

No fim das contas, o TikTok não está apenas entrando no e-commerce, mas sim fundindo mídia social com varejo ao vivo. O fundador da mLabs contrasta o modelo com concorrentes: “Mercado Livre e Shoppe tentam o live shopping, mas não têm a fusão orgânica entre mídia social e varejo. O Instagram, por outro lado, insiste em levar o usuário para fora do app — justamente quando a rejeição a anúncios no feed só aumenta”.

“O TikTok não está apenas entrando no e-commerce. Está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar. A questão é: quem vai dominar essa nova lógica primeiro?”, provoca Kiso.

Sobre Rafael Kiso, CMO e Fundador
Rafael Kiso é fundador e CMO da mLabs, a maior plataforma de gestão de mídias sociais do Brasil, utilizada por mais de 150 mil marcas. Também é fundador e membro do conselho da Focusnetworks, consultoria de marketing digital baseada em dados. Com mais de 23 anos de experiência no mercado digital, tornou-se uma das principais referências do setor, sendo reconhecido como top 20 iBest 2024 e eleito o melhor Profissional de Planejamento Digital pela ABRADi em 2017. Publicitário com MBA em Marketing pela HSM e especializações pela ESPM, é autor e coautor de best-sellers como Marketing na Era Digital, Unbound Marketing e Trends do Marketing na Era Digital. Palestrante dos maiores eventos de marketing digital do Brasil, também é fonte recorrente para veículos como Exame, O Globo, Estadão, Valor Econômico, Globonews, Meio & Mensagem, UOL e Jovem Pan. Confira mais sobre o executivo: Site, LinkedIn, Instagram, Podcast, TikTok