Quais são os desafios numa era de carreiras digitais

Futuro do Trabalho: Os desafios de carreira na era digital

*Por Valdir Scalabrin Superintendente do Instituto da Via de Acesso

A tecnologia impôs mudanças rápidas em todas as áreas das nossas vidas. Cadernos deram lugar a tablets; lousa e giz têm há tempos sua versão digital; enciclopédias tornaram-se Wikipedia etc. A curva das inovações avança de forma progressiva. Enquanto as gerações de nossos pais, avós e bisavós passavam 20 ou 30 anos sem mudanças disruptivas, atualmente não há um dia sequer sem que alguma inovação seja anunciada ao mercado.

Imagem de Eluj por Pixabay

A internet alavancou a inovação a uma velocidade praticamente impossível de ser acompanhada. Segundo o Data Never Sleeps, relatório gerado anualmente desde 2013 pela empresa Domo, a estimativa é que em 2020 o universo digital atinja os 44 zettabytes e que cada pessoa no mundo gere 1.7 MB de dados por segundo. Este volume de dados não para de crescer, e a expectativa é que tenhamos cada vez mais informações disponíveis.

Associado a isso, temos o avanço da Inteligência Artificial que, segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Microsoft, pode elevar a taxa de desemprego no país em 4 pontos percentuais nos próximos 15 anos, e, no cenário mais agressivo, considerando os empregados menos qualificados, esse aumento deve chegar a 5,14 pontos na taxa de desemprego e 1,56 ponto de aumento de empregos qualificados.

A estimativa do Fórum Econômico Mundial é um pouco mais preocupante. Segundo relatório de 2018 apresentado novamente em 2020, a taxa de automação no trabalho passa de 29% em 2018 para 42% em 2022 e deve ultrapassar os 52% em 2025. Essa taxa de automação influi diretamente no desemprego, por isso a necessidade de aprender novas habilidades tem sido ressaltada nos últimos anos.

Mas a situação não é para desespero, a tecnologia elimina empregos, mas também os cria. Segundo relatório anterior sobre Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial, as estimativas são de que 65% das crianças que estão começando a estudar hoje terão empregos que ainda não existem.

Não é por acaso que as teorias que aprendemos na universidade estão sendo revisitadas, reformuladas e até substituídas por algo inteiramente novo. A forma como nos relacionamos, trabalhamos, nos alimentamos ou, ainda, como nos transportamos, talvez esteja sendo alterada nesse exato momento por uma startup, que pode estar dando os últimos retoques no aplicativo que revolucionará nossas vidas, e isso, “mais uma vez”.

O grande desafio atualmente é o de estar sempre aprendendo novas habilidades, alimentando o ciclo do conhecimento e antenado com as novas tecnologias, para não correr o risco da obsolescência profissional e, consequentemente, o desemprego.

Coluna Branding: a alma da marca

O que você é?

Nessa última semana fui surpreendido com uma pergunta de um aluno que questionava o que eu era além de professor?

Esse questionamento, que soou inicialmente como aquela velha história de desprestígio com a função de professor, me deu a oportunidade de refletir um pouco mais sobre um assunto importante e contemporâneo, então, relutei um pouco mas respondi: “SOU HUMANO!”

Passadas as risadas do grupo que estava ao meu redor, tive a oportunidade de desenvolver mais o assunto com os alunos e gerar um aprendizado muito interessante. O que nos define não poderia ser tão stricto sensu.

Temos como mania, nos definir por nossa profissão. Sou publicitário, design, arquiteto, ou ainda mais stricto, sou diretor de arte, design gráfico ou design de interiores … mas aí a pergunta que fica é …E quando nos falta o emprego o que somos? Perdemos a nossa finalidade e assim a nossa identidade?

No mundo de hoje, quantos de nós se sentem frustrados com o que não conseguem representar profissionalmente? Será que ao colocar tanta importância em uma empregabilidade não estamos fragilizando a nossa natureza?

É interessante também perceber que, se tivesse que me definir mais assertivamente, provavelmente diria que sou algo como ” um cientista social aplicado”, e neste caso é até lógico que como tal, deveria me preocupar com os principais assuntos sociais do mundo e a clara falta de “Humanidade” em que nos deparamos por todos os lados.

É como se de repente nos víssemos todos desempregados dos cargos de “Humanos” e nos definíssemos a partir do nosso bico, que é ter uma profissão.

Não estou me desfazendo da importância da formação profissional, seria até um contra-senso trabalhando como um professor fazê-lo mas, questiono sim, se estamos posicionando acertadamente o valor da empregabilidade nessa relação.

Os jovens, os quais ensino diariamente, deixam claro que não querem estar limitados a um projeto de vida que os fixe a um cargo, setor, empresa, profissão ou país. São claramente sonhadores de espírito livre que precisam de nós apenas para dar-lhes um ancoradouro moral, uma trilha mais justa e sustentável.

No mundo novo, me parece claro que eles irão mais longe tecnicamente que a nossa geração, e com muito menos esforço, pois, estão vivendo uma revolução tecnológica que avança em velocidade maior que a dos séculos anteriores. Este processo garante também um conforto menor ao emprego, o que talvez preocupe demasiadamente a atual geração de adultos de 35 a 50.

Ser hoje, portanto, um ser humano, um cientista social no cargo de professor, me obriga a pensar melhor no que posso contribuir para o futuro desses jovens .

Sendo assim, acho que preciso aprimorar as minhas aulas para que consiga transferir claramente qual é a hierarquia das coisas, pois, se no futuro faltar-lhes o emprego, ainda assim devem estar preparados para serem um analista da vida cotidiana, e se tiverem calada a sua voz social, mesmo assim, NUNCA PODERÃO PERDER A SUA HUMANIDADE!

Para nós professores, #FicaDica!

Natal gera aumento de empregos

Pesquisa revela: Natal gera empregos no comércio de São José

Levantamento do Nupes em parceria com a ACI mostra aumento de quase 25% no número de vagas nas lojas de São José

O movimento de Natal aumentou em quase 25% o número de funcionários empregados no comércio de São José dos Campos. A informação consta de pesquisa inédita sobre contratação de mão de obra temporária pelo comércio feita pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Universidade de Taubaté, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos.

Os números foram divulgados nesta terça-feira pela direção da ACI. O levantamento tem apoio da Fapeti (Fundação de Apoio à Pesquisa, Tecnologia e Inovação) da Universidade de Taubaté.

Foram entrevistados os responsáveis por 432 estabelecimentos comerciais instalados no centro de São José, eixo comercial da Avenida Andrômeda, no Jardim Satélite, e nos shoppings CenterVale e Vale Sul. São José tem 9.858 estabelecimentos comerciais. Os estabelecimentos pesquisados foram divididos em 12 segmentos: roupas e acessórios, cosméticos, alimentação, calçados, brinquedos, eletrodomésticos, móveis, tecidos, multisetor, eletrônicos, drogarias e outros. A margem de erro da pesquisa é de 0,044 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Para termos de pesquisa, as lojas foram divididas de acordo com o número de funcionários efetivos: 1 a 5, 6 a 10, mais que 10 trabalhadores.

O levantamento mostra que 50,5% dos estabelecimentos pesquisados contrataram mão de obra temporária para o Natal, gerando 879 postos de trabalho. Comparado ao número de funcionários efetivos desses estabelecimentos, 3.528 pessoas, os novos postos representam um acréscimo de 24,9%. “É quase 25%, um número expressivo que mostra uma reação do comércio neste final de ano”, disse o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial, Humberto Dutra, que coordenou a parceria ACI-Nupes.

O número de vagas geradas difere de acordo com o porte do estabelecimento. As 181 empresas pesquisadas na faixa 1 a 5 funcionários geraram 365 vagas temporárias (41,5%) frente a 159 vagas geradas pelas 21 empresas na faixa de 6 a 10 funcionários (18,1%) e a 355 vagas abertas pelas 16 empresas situadas na faixa acima de 10 funcionários (40,4%). Estas últimas mantêm em seus quadros 1.952 trabalhadores, 55,3% do universo de efetivos.

Mapa
Por região pesquisada, predominou a contratação de temporários na faixa de 1 a 5 funcionários. Nessa faixa, as lojas do Vale Sul tiveram mais citações (89,8%), ficando as lojas do CenterVale, Andrômeda e eixo da rua 15 de Novembro acima de 85%. Na faixa de 6 a 10, o centro foi mais citado (14,4%). E na faixa de mais que 10 funcionários, o eixo da 15 obteve mais citações, com 14,3%.

Por segmento, roupas e acessórios dominaram as contratações na faixa de 1 a 5 funcionários, com 85,7% das citações. Na faixa de 6 a 10 funcionários, o setor de brinquedos teve mais citações, com 40%. E na faixa de mais de 10 funcionários, o destaque foi para o setor de calçados, com 36% das citações.

A pesquisa sobre vagas no Natal é a primeira da parceria ACI-Nupes. Em 2017 devem ser realizadas de 6 a 8 pesquisas sobre indicadores da economia de São José.

Ficha Técnica
Pelo Nupes, o trabalho foi coordenado pelos professores Luiz Carlos Laureano da Rosa, Edson Trajano Vieira, Odir Cantanhede Guarnieri e Silvio dos Santos. Fernando Santo da Silva, Larissa de Paula Gonzaga, Laura Espíndola Magalhães e Maithê Rocha Alves fizeram o levantamento de campo, com apoio de Vitor Cardoso Rosa como estagiário.

Fonte:Matéria Consultoria & Mídia – Hélcio Costa/Nathália Barcelos