Redes sociais e varejo: o novo papel dos vendedores na Era digital

Programa de capacitação digital criado por empresa do setor duas rodas, transformou colaboradores em influenciadores. Honda Blokton projeta crescimento de 10% nas vendas com a estratégia

Com a transformação digital, as redes sociais passaram a desempenhar um papel central nas estratégias de marketing e comunicação das empresas do varejo. Uma pesquisa de setembro de 2023 da Octadesk e Opinion Box apontou que 58% dos entrevistados preferem comprar mais online que em lojas físicas. Além disso, 85% disseram realizar compras online pelo menos uma vez por mês, enquanto 17% consomem ao menos uma vez por semana pela internet.

Os dados são um alerta para o varejo. A transição para o ambiente digital não é mais uma opção, e sim uma necessidade para o sucesso contínuo dos negócios. As empresas que investem em canais digitais e na qualificação de seus funcionários terão uma vantagem significativa na conquista e retenção de clientes.

A internet é um canal eficaz para alcançar um público amplo, interagir com os clientes e criar uma presença de marca sólida. E as empresas que desejam permanecer competitivas precisam reconhecer a importância de ter funcionários bem treinados para atender às demandas dos consumidores digitais.

A concessionária Honda Blokton acompanha essa tendência desde 2018, colocando em prática iniciativas que permeiam o processo de digitalização da empresa. A mais recente é o projeto #SouBLK, um programa de capacitação em marketing digital para todo o quadro de funcionários.

O objetivo da empresa é, aos poucos, substituir a figura do vendedor tradicional por uma nova função dentro das lojas: o influenciador de vendas. Cabe a ele agora explorar todas as potencialidades das ferramentas disponíveis e das mídias digitais não só para fechar negócio, mas, sobretudo, divulgar a marca e atrair o consumidor.

Resultados positivos após programa inovador

Os resultados iniciais do #SouBLK mostram que a Blokton acertou ao ser uma das primeiras no país, e pioneira no estado do Paraná, no segmento duas rodas ao lançar um programa de capacitação digital com todo o quadro funcional.

De acordo com os dados da empresa, as publicações dos consultores de vendas aumentaram em cerca de 60% logo após o primeiro treinamento, em agosto deste ano. Houve ainda um crescimento médio de 15% no número de seguidores nos perfis comerciais dos funcionários.

Já o alcance médio de conteúdo chega ser até 50% superior ao da concorrência, segundo informa a supervisora de Marketing da Blokton, Adriana Amorim.

“Tivemos também uma alta significativa na quantidade de vídeos produzidos para as redes sociais, aproximadamente 60% acima das imagens estáticas. Os conteúdos estão mais criativos, promovendo mais interação com os clientes”, observa a executiva.

Crescimento das vendas digitais

Desde a pandemia, o mercado online não para de crescer e as empresas que se adaptaram rapidamente para atender às demandas do consumidor digital colhem os benefícios de um ambiente em constante expansão.

Na Honda Blokton, as plataformas digitais representam cerca de 70% do atendimento nas 23 lojas da rede no estado. Desse total, 58% dos clientes em 2023 fizeram negócios de maneira virtual. O índice é de outubro e já está acima dos 52% verificados em julho, mês anterior à primeira edição do programa de treinamento digital criado pela empresa.

Alguns dos consultores da marca evoluíram na faixa de 50% na quantidade de vendas.

“O programa ampliou a abrangência dos consultores nas mídias, o que antes era muito limitado. Hoje eles trabalham com diferentes plataformas, além do Instagram e Facebook, já utilizam o YouTube, Tik Tok e, principalmente, o WhatsApp”, enfatiza Rudney Doscher, diretor de Operações da Blokton.

Os esforços da maior rede de concessionárias de motos do Sul do país para abraçar a transformação digital demonstram que as empresas que investem na capacitação de seus colaboradores e no marketing digital estão obtendo resultados significativos. A Blokton projeta finalizar o segundo semestre com alta de 10% nas vendas em comparação aos primeiros seis meses deste ano.

Cliente está mais crítico

Na visão do diretor-geral do grupo, Marcello Macedo, a revolução da internet mudou a forma como os clientes vivem a compra. O acesso ao mundo virtual traz possibilidades que diminui a distância e aumenta o poder crítico de quem está comprando.

O executivo ressalta que atualmente os clientes trazem todo conhecimento adquirido em pesquisas digitais, inclusive de preços, antes de efetuar a compra.

“Antes de se cadastrar, o cliente analisa todas as possibilidades, estuda modelos, visita sites, inclusive da concorrência, e avalia depoimentos. E, para vender neste novo cenário, o vendedor da era digital precisa se adaptar ao contexto”, finaliza.

Fonte: V3 Comunicação

Influenciadores: como trabalhar de forma estratégica

Por Fabiana Ramos*

Na comunicação com o mercado, é preciso alinhar a interação com influencers com aspectos essenciais do negócio. Saiba o que levar em conta nessa jornada

Fabiana Ramos, CEO da PinePr. Créditos: Divulgação PinePR

Nos últimos anos, se tornou praticamente um consenso de mercado que contar com influenciadores como parte de uma estratégia de comunicação era não apenas necessário, mas praticamente obrigatório. E, de fato, inúmeros casos de sucesso e argumentos existem para defender essa ideia. Só para citar alguns pontos:

  • Influenciadores criam uma via adicional de contato da marca com o público, oferecendo sua credibilidade como avalista;
  • Consumidores não confiam em publicidade tradicional e têm ressalvas a comunicação das próprias marcas;
  • Influenciadores são vistos como pessoas capazes de apresentar novas marcas e produtos para os clientes de uma forma tida como mais imparcial;
  • Atuar com influenciadores permite que as marcas sejam mais ágeis na exploração de redes sociais emergentes ou de inovar em suas estratégias de comunicação.

Um estudo divulgado recentemente pela Opinion Box a partir de entrevistas com 1.500 usuários brasileiros do TikTok mostra que 52% deles gostariam que as marcas usassem mais a rede social para divulgar seus produtos. Como é preciso estar onde o cliente está, expandir a presença em mídias sociais e dar foco aos influenciadores como uma forma de participar das conversas parece ser um caminho óbvio de atuação.

O problema de tudo o que parece óbvio, porém, é assumir que dará certo sem uma estratégia clara embasando as ações. No caso da comunicação via influencers, é preciso ter uma estratégia muito bem definida, para otimizar investimentos e colher melhores resultados.

Conte com personalidades afins

Parte do nosso trabalho como agência de comunicação é ajudar nossos clientes a identificar oportunidades de relacionamento com os clientes em uma atuação 360 graus. Vamos bem além da assessoria de imprensa para buscar, em podcasts, eventos, comunicação via influencers e uma série de outras maneiras, as melhores maneiras de fazer com que cada cliente fale com seu público.

Com esse posicionamento, precisamos estar sempre atentos para perceber quem são os influenciadores que fazem sentido dentro da estratégia, da personalidade e dos objetivos de negócios de cada marca. Neste trabalho, é preciso dizer “não” com muita frequência.

Isso porque o trabalho com influenciadores não deve ser visto como uma oportunidade – e sim como um match de personalidades que poderá ser rápido ou duradouro, mas que será eterno enquanto dure (como diria o poeta). Por isso, o principal pilar de uma estratégia de comunicação via influencers é identificar quais são as pessoas e canais que fazem sentido para a marca e para o consumidor.

O influenciador precisa ter fit com a marca – mesmo que seja a primeira vez em que os dois trabalham juntos. O público-alvo e o tom de voz precisam fazer sentido, mesmo que se trate de uma ação de guerrilha, feita para surpreender. O espaço é amplo para exercer a criatividade, mas é preciso estabelecer uma comunicação de pessoa para pessoa – do influencer para a audiência.

Nesse processo, o influenciador precisa ser reconhecido pelos consumidores como alguém apto a emitir uma opinião sobre o produto que está vendendo (seja um produto real, como uma camiseta, ou a credibilidade de uma empresa como líder em conteúdo). Mas existe uma camada que pouca gente aborda…

Qual é o impacto sobre o negócio?

Na maioria dos casos, os resultados das ações com influenciadores ainda se baseiam em métricas “de vaidade”, como o número de views, likes e compartilhamentos. No dia a dia dos negócios, é preciso ir muito além disso para gerar relevância para o negócio.

Não que essas métricas não sejam importantes – afinal de contas, o alcance conta muito na presença de uma marca no mercado. Mas é preciso ir além disso e conectar esses números aos objetivos-chave do negócio. Os OKRs, na sigla em inglês, apresentam esses objetivos e fornecem balizadores muito claros do que é importante, naquele momento, para o negócio.

Estruturar a comunicação segundo os OKRs da empresa garante um alinhamento das ações com o que é mais relevante do ponto de vista de negócios: gerar faturamento de forma consistente, atraindo novos clientes, retendo os consumidores atuais e ampliando seu tíquete médio.

Com o uso de OKRs e seu desdobramento em indicadores-chave de desempenho (KPIs) para as ações de comunicação, a empresa consegue responder à “pergunta de um milhão de dólares”: “qual é o impacto dessas ações para as vendas?” Mesmo que o objetivo direto da ação não seja a geração de vendas (dificilmente alguém termina um podcast e vai às compras), ela precisa contribuir para a consolidação da imagem da marca dentro daquele mercado, para que o público que segue o influenciador passe a considerar seus produtos e serviços como possibilidades viáveis.

Essa é uma estratégia de médio e longo prazo, que constrói, a partir de cada interação com o público, novas oportunidades de relacionamento. É preciso ser constante e consistente, seja nas relações diretas com consumidores finais (B2C), seja no relacionamento com empresas (B2B). Inevitavelmente, quando um negócio não parte dos OKRs para identificar onde e como se apresentar para o mercado, a consistência fica em segundo plano.

Nem tudo são flores

Nesse aspecto, é preciso estar muito atento a um ponto importante no uso de influenciadores como uma forma de dar impulso aos negócios. Como o influencer de certa forma “empresta” sua credibilidade para o negócio, ruídos na comunicação do influenciador podem respingar em sua marca.

Já vimos inúmeros exemplos: um influenciador cresce, ganha visibilidade e, em algum momento, faz um comentário ofensivo / misógino / elitista / racista que afeta sua imagem e a de todas as marcas que estão conectadas a ele. Somos todos seres humanos e falhamos muitas vezes, mas quando a credibilidade de um negócio (e a vida de dezenas, centenas ou milhares de pessoas que trabalham na empresa) está envolvida, é preciso ser muito mais cuidadoso.

Aqui, os OKRs também podem dar uma contribuição muito importante. O alinhamento do perfil dos influenciadores aos objetivos-chave do negócio traz para a discussão questões como o posicionamento e o propósito da empresa e do influencer. E, inevitavelmente, essas questões acabam sendo fundamentais para o sucesso do negócio no longo prazo.

Por isso, ao desenvolver uma estratégia de comunicação que tenha o relacionamento com influenciadores como um ponto importante, vá além das métricas de alcance: alinhe seus objetivos-chave e o propósito do seu negócio ao que o influencer pode trazer. E seja seletivo: relevância não se constrói de forma massificada, mas com sabedoria.

*Fabiana Ramos é pós-graduada em Gestão Comercial, com 20 anos de experiência em empresas multinacionais, hoje é a CEO da PinePR, agência de relações públicas especializada em scale-ups e empresas de tecnologia e inovação. Responsável, principalmente, pela expansão comercial da agência e pelo avanço da oferta de produtos e serviços. Ela tem a missão de colocar em prática as decisões tomadas no conselho administrativo da empresa, reforçar o posicionamento da PinePR como referência no mercado e garantir a melhor experiência para os clientes. Em sua última experiência, Fabiana atuou por 3 anos na expansão comercial da Swarovski no mercado B2B, desenvolvendo uma abordagem internacional de vendas com foco intensivo nos países da América Latina.

Carrossel e reels se consolidam como formatos de maior integração no Instagram

Vídeos rápidos e conteúdos sequenciais desbancam as imagens únicas, que ainda assim continuam sendo mais usadas pelas marcas na plataforma

O que os usuários do Instagram gostam é de conteúdo em sequência e vídeos. É o que mostra a mais recente edição do #MS360FAAP, estudo que monitora dados das redes sociais, e que apresenta seus resultados trimestralmente, realizado pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD-FAAP) do Centro Universitário FAAP, em parceria com a Empifi.

Na avaliação dos meses de abril, maio e junho deste ano, foi identificado que o formato Carrossel tem um resultado de interações melhor do que o formato de foto única. No caso dos Influenciadores Digitais, a mediana do primeiro é de 2,2 mil interações por publicação, enquanto o segundo fica com 1,8 mil. Os reels ficam entre os dois, com 2,1 mil interações.

Já no caso das Marcas, é o formato reels que promove a maior quantidade de interações: 125 interações por publicação. No Instagram, o volume de interações da categoria de Influenciadores é 24,8 vezes maior do que a categoria de Marcas. “A enorme diferença entre os números deixa evidente que os usuários preferem interagir com pessoas do que com marcas”, comenta o professor da FAAP Thiago Costa, um dos pesquisadores do estudo, que complementa: “Isso comprova a necessidade de as empresas humanizarem sua comunicação, algo muito falado, mas pouco realizado”.

Outro dado desta edição do #MS360FAAP mostra como Marcas e Influenciadores adotam estratégias diferentes em relação ao formato das suas publicações. As Marcas costumam produzir mais posts com foto (37,1%) e em segundo lugar, posts em formato reels (34,6%). Já os Influenciadores fazem mais reels (43,6%) e em segundo lugar o formato carrossel (30,1%). “Essa diferença pode ser dar pela facilidade com a qual influenciadores digitais têm de produzir conteúdos no formato reels, diferente das marcas que dependem de mais planejamento e aprovações”, explica o professor Eric Messa, coordenador dos cursos de Publicidade, Relações Públicas e do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD-FAAP) da FAAP, que sugere: “As marcas precisam buscar soluções para produzirem mais reels e também, optar pelo formato carrossel ao invés da foto única, pois neles o resultado de interações é bem melhor”.

Facebook

Muita gente pode acreditar que o Facebook não tem mais relevância, mas os criadores de conteúdo e também as marcas que continuam apostando nesta plataforma obtém resultados interessantes.

A mediana de seguidores dessa categoria é de quase 445 mil fãs por página, enquanto a segunda colocada – a categoria Mídia – possui cerca de 245 mil fãs. “É mais uma comprovação de que os usuários de redes sociais estão lá, antes de mais nada, para interagir com outras pessoas – independente de qual seja a plataforma”, reforça o professor Thiago Costa.

Na comparação do Facebook com o Instagram, a quantidade de postagens semanais dos criadores de conteúdo é bastante similar. São 2 por semana no Facebook e 3 no Instagram. Isso, importante reforçar, considerando apenas o feed.

Em termos de conteúdo, nota-se no Facebook uma preferência maior pela publicação de fotos, tanto por Influenciadores (73,3% das postagens) como pelas Marcas (83,6%). O formato de vídeo aparece em segundo lugar, tendo os Influenciadores aparentemente mais facilidade com esse formato, pois a porcentagem (15,3%) é um pouco maior do que a das Marcas (11,6%). Outro destaque do segundo trimestre de 2023 no Facebook é a boa representatividade das páginas de Serviços, que alcançaram quase 5 milhões de interações no período.

Ao analisar todo o contexto da pesquisa, considerando os dados relativos ao Instagram e ao Facebook, os professores ponderam sobre o impacto do marketing de influência. “Para um bom resultado de comunicação da marca com seus consumidores, ela não pode depender exclusivamente do seu perfil dentro da plataforma”, explica o professor Eric Messa. E o professor Thiago Costa complementa: “É importante contar com ações em colaboração com influenciadores digitais e criadores de conteúdo”.

Para baixar o relatório completo acesse aqui

Fonte: Priscila Lacerda – Assessoria de Imprensa FAAP

Metaverso e publicidade: como realizar campanhas no universo virtual?

Por Gustavo Franco*

A chegada do metaverso trouxe uma infinidade de inquietações e preocupações em relação ao estilo de vida que a sociedade está acostumada a levar, porém, quem trabalha com marketing digital e inovação consegue enxergar as infinitas oportunidades que vão ultrapassar barreiras e fortalecer como nunca a relação marca-consumidor. Como qualquer inovação, o hype em torno do metaverso foi grande. Fez até mesmo que o Facebook fizesse um rebranding, trocando seu nome para Meta. Passada a emoção do mercado em torno do tema, agora é hora de entender como de fato podemos aplicar essa inovação nas experiências de marca.

Gustavo Franco

O metaverso é uma simulação do mundo que já conhecemos, no qual os utilizadores interagem entre si por meio de uma experiência imersiva. Estamos falando de um universo virtual com a capacidade de recriar uma vida paralela, dando origem a uma série de benefícios que até agora outras plataformas não proporcionaram.

Como implementar uma estratégia de marketing no metaverso?

Para realizar uma estratégia de marketing no metaverso, a primeira coisa que é essencial fazer é identificar o público-alvo; os metacitizens, onde até agora predomina a Geração Z e os Millennials, geração que já está em contato direto com o metaverso por meio do ambiente de gaming e, portanto, familiarizada com a interação por meio de avatares com acesso a experiências imersivas.

Muitas vezes o público-alvo não está necessariamente interessado no ambiente de gaming, como pode acontecer com o ambiente de luxo ou beleza, mas é aí que as marcas têm o desafio de oferecer uma experiência única e uma proposta de valor que faça com que seus utilizadores queiram fazer parte dela, como foi o caso da marca espanhola Mango, que participou da primeira edição do Metaverse Fashion Week por meio do metaverse Decentraland com o lançamento da coleção wearables, uma coleção de roupas tecnológicas, uma ação que demonstra a inovação constante de qualquer vertical no mundo do marketing digital. Este tipo de ação reforça a imagem da marca e consequentemente beneficia a sua reputação, sendo totalmente sustentável e vanguardista.

Construção de uma proposta de valor através do funnel

Por ser um ambiente tão novo, as campanhas dentro do metaverso ainda tem maior foco em awareness e experiência

Não estamos falando de Storytelling, mas sim de Storyliving. Esta nova era do metaverso oferece infinitas oportunidades já que o utilizador não é impactado pela mensagem, mas neste caso, faz parte dela. Além disso, a presença neste novo meio é o primeiro passo para favorecer a visibilidade da personalidade da marca e dos consumidores ou utilizadores que a compõem.

Por enquanto, as ações têm consistido em aparições em videogames de forma imersiva ou o que em marketing é conhecido como product placement, materializando produtos como é o caso da Gucci, seguindo a lógica de que se o cliente tem uma bolsa da marca no mundo real, por que não ter também no mundo virtual? O metaverso possibilita também a criação de spas virtuais, hotéis, áreas de lazer ou a transmissão de concertos.

Todas estas ações ao nível de awareness fazem-nos refletir sobre como as barreiras do espaço e do tempo estão se estreitando e as pessoas que estão do outro lado do planeta podem, por meio desta experiência imersiva, partilhar uma conversa estando na mesma sala, ou ainda, facilitar a comunicação, aprendizagem e interação de pessoas com deficiência neurológica e uma série de outros benefícios que devemos levar em conta na hora de criar uma estratégia para nos conectarmos com nosso público e até mesmo podermos ampliar nosso público-alvo.

Uma vez que o utilizador seja capturado, podem-se levar a cabo novas ações e estratégias de mid funnel/consideração e lower funnel/brand formance desde que o objetivo das campanhas permita.

Alguns dos formatos de publicidade mais reconhecidos até agora no ambiente de gaming são:

Formato In Game

Consiste na inclusão de atividades ou logótipos dentro do jogo, por exemplo, patrocínio nas vedações de uma pista de corridas de automóveis ou de um estádio de futebol, da mesma forma que se realizaria num evento desportivo do mundo real.

E quanto aos formatos mais parecidos que já conhecemos no meio digital, existem In App e In Web, que consiste na implementação de banners em videogames.

Experiências que geram engajamento

Existem cada vez mais portais metaverso, cada um com uma segmentação diferente e com formatos publicitários de acordo com o público-alvo. Várias marcas têm desenvolvido campanhas diferenciadoras através do Roblox, Habbo ou Fortnite.

A presença no meio digital e a implementação de uma boa estratégia criativa são fatores fundamentais a ter em conta para estar na vanguarda do setor da inovação. O Metaverso é a melhor ferramenta para aproximar as novas gerações, proporcionando experiências na mais recente tendência do marketing digital.

Projetos com influenciadores

Os influenciadores de games são uma força inegável no Brasil e no mundo. A indústria dos games é bilionária. E, além disso, ainda há a questão dos gamers que cresceram e hoje fazem parte de uma audiência economicamente ativa.

Entretenimento e consumo sempre andaram de mãos dadas. As marcas têm cada vez mais compreendido que falar com este público é crucial. E, mais do que isso, engajar-se com as experiências imersivas que os consoles e computadores oferecem é chave.

*Gustavo Franco, Country Manager da Labelium Brasil