Coluna Propaganda&Arte

Cerveja Sol e Climatempo: Previsão de Marketing criativo

Por R. Guerra Cruz

No competitivo mercado brasileiro de cervejas, destacar-se exige inovação e estratégias que conectem a marca ao cotidiano dos consumidores.

A Cerveja Sol e o Climatempo exemplificaram essa abordagem ao transformar a previsão do tempo em uma oportunidade de engajamento para os amantes de uma boa cerveja ao sol.

Essa ação pode ser tecnicamente definida como Real-Time Marketing, pois aproveita dados em tempo real (previsão do tempo) para criar uma comunicação contextualizada e relevante.

Além disso, incorpora elementos de Brand Experience e User-Generated Content (UGC), já que a campanha se baseia no comportamento espontâneo dos usuários ao compartilhar imagens de dias ensolarados.

A Estratégia

A parceria consistiu em integrar a marca Sol às previsões meteorológicas do Climatempo (site que mostra a previsão do tempo).

Sempre que a previsão indicava um dia ensolarado em determinada região, a interface do site e do aplicativo do Climatempo exibia a marca da Cerveja Sol ao lado das informações climáticas.

O conceito era simples e direto: “Se tem sol, tem Sol!”.

Além disso, a campanha brincou com um insight poderoso do mundo digital: toda vez que alguém posta uma foto de um dia ensolarado, sem querer está fazendo uma “publi” gratuita para a marca.

Para ficar na cabeça: igual sol

A grande sacada da campanha foi aproveitar um momento de alta relevância para o público: a consulta à previsão do tempo.

Muitas pessoas acessam o Climatempo para planejar passeios, viagens ou encontros ao ar livre. Ao inserir a Cerveja Sol nesse contexto, a marca se associou diretamente à ideia de lazer e descontração.

Call to Action e Expansão da Experiência

Além da inserção visual, o Climatempo adicionou um call to action (link para site) que direcionava o usuário para um vídeo promocional da Cerveja Sol no Youtube.

Esse vídeo agradecia e reforçava a conexão da marca com momentos de sol e alegria, incentivando o consumo responsável em ocasiões de lazer.

Dessa forma, a campanha se apropria de um comportamento natural das redes sociais e transforma o próprio consumidor em um embaixador espontâneo da marca.

No vídeo, a marca reforça a brincadeira de que toda vez que alguém compartilha uma foto do céu azul ou de um dia ensolarado, está promovendo a Sol sem perceber.

O Mercado de Cervejas no Brasil e a Posição da Sol

O Brasil é o terceiro maior mercado de cervejas do mundo, com um volume total de 139 milhões de hectolitros em 2015 e um consumo per capita de 61 litros em 2016.

O mercado brasileiro é dominado por grandes empresas, como AmBev, Grupo Petrópolis e Heineken.

A Cerveja Sol, pertencente ao portfólio da Heineken Brasil, está entre as marcas comercializadas pela empresa no país.
Embora a Sol não esteja entre as marcas mais vendidas do país, ela se posiciona como uma opção premium dentro do segmento de cervejas leves, competindo diretamente com rótulos que associam sua identidade ao prazer de beber ao ar livre.

Essa diferenciação estratégica permite que a marca explore nichos específicos e construa uma conexão mais emocional com o consumidor.

Uma ideia “brilhante”

A parceria entre Cerveja Sol e Climatempo é um excelente exemplo de como a publicidade pode se integrar ao dia a dia do consumidor de forma criativa e relevante. Ao unir dados meteorológicos com estratégias de branding e insights do comportamento digital, a marca conseguiu transformar um hábito comum em uma oportunidade de engajamento e conversão.

Mais do que uma simples ação de marketing, essa iniciativa provou que o sol pode ser aproveitado de diversas formas – seja para gerar energia, inspirar ideias “brilhantes” ou até mesmo fazer uma boa propaganda.

Apenas 9% dos influenciadores têm internet como única fonte de renda, aponta pesquisa

Apesar do crescimento do mercado, a monetização ainda é um desafio para a maior parte dos creators

O ‘Censo de Criadores de Conteúdo do Brasil 2025’ mostrou que o sonho de viver da internet ainda está longe de ser uma realidade para a maioria. Realizada pela Wake Creators, a pesquisa revelou que apenas 9% dos influenciadores têm a profissão ‘creator’ como única fonte de renda, destacando que a monetização dos conteúdos digitais ainda é um desafio, por mais que o mercado de marketing de influência não pare de crescer.

O levantamento detalhou o quanto da renda mensal dos influenciadores entrevistados é composta pelo trabalho deles na internet. 26% responderam que não têm nem renda mensal e realizaram apenas campanhas pontuais. Quase um quinto (19%) nunca sequer fechou trabalhos remunerados. Para 15% dos respondentes, a internet é responsável por entre 5% e 20% da renda. Já para 11% dos criadores, o trabalho como influenciador compõe 5% da renda e para outros 11% o dinheiro da web representa entre 21% e 50% dos ganhos. Apenas 17% têm pelo menos metade dos rendimentos garantidos pela internet — sendo apenas 9% o número de quem vive exclusivamente das redes sociais.

Diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência há mais de dez anos, Fabio Gonçalves explica que o crescimento do setor de creators não significa que todos eles estão preparados ou posicionados para viver exclusivamente da internet: “Monetizar conteúdo exige estratégia, constância, profissionalização e, principalmente, estrutura. Muitos criadores ainda não têm acesso a uma equipe que os ajude a se organizar comercialmente, ou mesmo não sabem como transformar engajamento em faturamento. Além disso, a falta de comprometimento é um fator preponderante nessa equação, já que no final das contas essa pessoa precisa priorizar o maior ganha pão dela, que muitas vezes não é a internet”.

Fabio Gonçalves, diretor de Talentos Internacionais da Viral Nation

Ele diz que a realidade é bem diferente da visão que as pessoas de fora têm da internet: “Existe uma visão romantizada de que basta ter seguidores para viver de internet, mas a realidade é bem mais complexa. O criador de conteúdo precisa entender seu nicho, saber negociar, precificar, analisar contratos, emitir notas fiscais, construir autoridade e entregar resultado real para as marcas — não é só sobre fazer um post bonito. A profissionalização é o que transforma o influenciador em uma marca pessoal rentável. E isso exige tempo, planejamento e, muitas vezes, uma rede de apoio que vá além da criatividade. Por isso, criadores que contam com agentes ou agências estruturadas tendem a sair na frente, porque conseguem alinhar estratégia, reputação e oportunidades comerciais de forma mais eficiente”.

Segundo o profissional, a tendência é que cada vez mais criadores consigam viver exclusivamente da internet, mas isso vai depender diretamente do nível de profissionalização do mercado como um todo. Na opinião de Fabio, o mercado está caminhando para um cenário em que as marcas estão mais criteriosas, buscando criadores que entregam resultado real, que conhecem seu público e sabem construir narrativas de marca com autenticidade.

“Por isso eu digo que quem estiver preparado — com posicionamento estratégico, dados estruturados e responsabilidade na entrega — vai colher os frutos. A projeção é de crescimento, mas com uma exigência maior de maturidade profissional por parte dos influenciadores”, diz.

É nesse momento que entra o papel das agências, na visão de Gonçalves. Para ele, a missão delas é justamente ajudar esses criadores a se tornarem negócios, sem perder sua autenticidade: Na Viral Nation, nosso trabalho é preparar esses talentos para irem além do post: ajudamos a desenvolver branding pessoal, relacionamento com marcas, gestão de oportunidades e até educação financeira. Acreditamos que o futuro será dominado pelos influenciadores que tiverem estrutura e estratégia — e é exatamente aí que atuamos para garantir que mais criadores possam transformar sua paixão em uma fonte de renda estável e escalável”.

METODOLOGIA

A pesquisa ‘Censo de Criadores de Conteúdo do Brasil 2025’ foi realizada pela Wake Creators, uma das maiores plataformas de influenciadores da América Latina. O estudo foi promovido por meio de uma pesquisa quantitativa, que contou com as respostas de mais de 4.500 creators e 6 entrevistas em profundidade, buscando entender sobre a realidade dos criadores de conteúdo. O levantamento pode ser acessado aqui

 

Marca x Consumidor: quem define as regras agora?

Por Renan Cardarello*

Nos últimos anos, foi possível ver um crescente aumento no poder de decisão de compra de diversos tipos de produtos pelos consumidores, mais seletivos em escolher marcas que representem o item ou commodity desejado. Diante desta nova autoridade do mercado, será que o poder das empresas nesta relação está caindo? Quem define as regras deste jogo agora? E, de que forma os empresários podem se preparar para tentar ter um pouco mais de autoridade sobre as vendas?

A relação de compra e venda vem sendo construída em nossa sociedade desde o antigo Egito. Em um artigo intitulado “A Short Story of Branding”, o autor destaca que o primeiro uso comercial das marcas foi como um sinal de propriedade. Ao colocar seu nome ou símbolo em um bem, como o gado, o proprietário podia marcar sua posse. Os antigos egípcios foram os primeiros a usar marcas como sinais de propriedade há pelo menos 5.000 anos. E foi daí, claro, que veio a palavra ‘brand’ (marca).

Em sua essência, as marcas, atualmente, servem para, literalmente, marcar um tipo de produto e declarar que aquilo pertence a uma entidade. Tal necessidade surgiu quando as civilizações começaram a prosperar e, nessa ideia, itens do dia a dia começaram a ter vários produtores, o que causou a necessidade de uma forma de diferenciar a origem de cada um.

Porém, no passado, as marcas não possuíam a força e mensagem que começaram a apresentar após a revolução industrial e o crescente número de concorrentes para commodities e produtos cotidianos. Foi necessário algo mais do que apenas um nome que poderia ser sinônimo de qualidade – afinal, os concorrentes poderiam obter os mesmos maquinários e utilizar os mesmos métodos de produção – seja através de uma história da empresa (storytelling), seus pontos de vista, atividades solidárias ou outras estratégias.

O que era uma atividade única tornou-se um processo contínuo. Hoje, é possível ver que a maioria das empresas busca atingir um público que, por sinal, pode até se tratar de um mesmo nicho para várias delas, contudo, suas estratégias, valores, histórias, formas de atribuir um valor agregado aos seus produtos são diferentes e, portanto, suas abordagens também são.

Atualmente, no entanto, existem tantas marcas para específicos nichos de mercado que os clientes podem escolher dentre dez, vinte, trinta concorrentes, apenas considerando pontos diferenciais que cada um acha importantes. Basicamente, o consumidor faz uma avaliação comparando vários pontos e analisando se eles conversam com seus ideais.

Isso vem fazendo, como exemplo, com que várias empresas começassem a se importar mais com causas sociais, valores, responsabilidade social, inovação, personalização, conveniência e agilidade, pós-venda e preço justo, entrando no campo de batalha para tentar se diferenciar de seus concorrentes e atrair os possíveis consumidores com a intenção de fidelizá-los.

Desde o início da utilização das marcas e da criação do branding, o poder, ou autoridade do consumidor, somente foi crescendo ao longo das evoluções tecnológicas, ganhando cada vez mais autoridade para selecionar os produtos desejados e, hoje, possuem, mais do que nunca, o poder de escolha.

Diante desse panorama, percebe-se que a autoridade no processo de compra migrou consideravelmente das marcas para os consumidores, que agora desempenham um papel ativo e criterioso na seleção do que consomem. Se antes bastava um nome reconhecido para garantir a venda, hoje é preciso ir além: compreender os desejos e os valores do público, estabelecer conexões autênticas e construir uma presença que dialogue diretamente com suas expectativas.

Assim, a autoridade das marcas não desapareceu, mas foi redistribuída. Agora, ela precisa ser constantemente conquistada, sustentada e renovada através de estratégias que valorizem não apenas o produto, mas também a experiência, a identificação e o propósito compartilhado com o consumidor.

*Renan Cardarello é CEO da iOBEE – Agência de Marketing Digital e Tecnologia.

Feriado de Páscoa no CenterVale Shopping

Feriado de Páscoa no CenterVale Shopping: Horários especiais para você aproveitar cada momento do feriado prolongado

Última oportunidade de garantir os presentes de Páscoa; Confira os horários especiais de funcionamento

Nesta Páscoa o shopping estará de portas abertas com horários especiais para que todos os visitantes possam aproveitar o melhor das lojas, opções gastronômicas e momentos únicos em família.

Além disso, ainda dá tempo de garantir as compras de Páscoa. No CenterVale é possível encontrar as melhores marcas para adoçar o dia. As lojas Mega Store Cacau Brasil, Cacau Show, Kopenhagen, Lindt e Dengo, estão recheadas de novidades, lançamentos e delícias irresistíveis.

Confirma os horários:

Sexta-feira Santa (18/04):

Lojas: das 13h às 20h
Praça de Alimentação: das 12h às 21h
Sábado (19/04):

Lojas e Praça de Alimentação: das 10h às 22h
Domingo de Páscoa (20/04):

Lojas: das 13h às 20h
Praça de Alimentação: das 12h às 21h
Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04):

Lojas: das 13h às 20h
Praça de Alimentação: das 12h às 21h

Fonte: Alameda Comunicação