6 tendências de comunicação e marketing para 2022

Por Talita Scotto*

Está mais do que claro que a pandemia mudou a forma de trabalho, acelerou a digitalização de empresas e consumidores, além de transformar a maneira como os eventos acontecem – tudo isso abriu mais espaço para a inovação das marcas-, acesso a talentos sem fronteiras e, claro, a internet se tornou território ainda mais constante de todos.

Diante disso, confira 6 tendências de comunicação e marketing que podem auxiliar as estratégias da sua empresa em 2022.

1) A volta dos eventos presenciais e o formato híbrido

Os eventos online foram muito bem-vindos durante a pandemia e houve um grande avanço neste quesito, mas o presencial pode ganhar força em 2022. Para o próximo ano, a expectativa é de 700 feiras e evento de negócios no Brasil, de acordo com a Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios).

Feiras como a Couro Moda, uma das principais do setor de moda e calçados, já é uma das primeiras a abrir o ano com transmissão ao vivo das palestras presenciais, reforçando o sucesso de eventos no formato híbrido.

2) Publicidade Autêntica

Para 64% dos jovens entre 16 e 24 anos, a publicidade tradicional não impacta mais. Estes dados são do Think With Google e mostram que autenticidade é a melhor forma de engajar as marcas com a geração Z. Como destaque vemos o crescimento do TikTok e o interesse pela presença de marcas que, veem nos influenciadores e na capacidade do app, em levar sua comunicação para um público que quer algo cada vez mais próximo do real.

Ser espontâneo, ter bom-humor e uma boa CTA podem conduzir marcas ao sucesso.

3) Produção de conteúdo

Parece mais do mesmo, mas a criação de conteúdo se tornará ainda mais importante quando falamos de gerar interesse em meio a consumidores cada vez mais conectados. Se estamos mais grudados nas telas, reter atenção é mais desafiador.

Portanto, criar conteúdo multiplataforma é ainda mais necessário e isso não significa que eles devam ser iguais, mas sim, que possam engajar dentro do formato de cada plataforma. Isso também envolve co-criação com influenciadores.

4) Canal exclusivo de comunicação e captação de dados

Acessar o consumidor pode ser tornar ainda mais difícil no futuro, isso porque até 2023 o Google pode deixar de rastrear os Cookies, que são fundamentais para campanhas de marketing e remarketing. Desta forma, o mercado ainda aguarda um substituto aos cookies, mas também já pode se adiantar para criar estratégias de comunicação exclusivas com o seu cliente.

Pensar em canais exclusivos de relacionamento, como portais, blogs e landing pages próprios para relacionamento com o cliente e captação de dados (desde que adequados a LGPD) é uma saída. A partir daí, nutrir estes leads com qualidade é o próximo passo para ganhar autoridade criando uma comunicação eficiente nos canais digitais.

5) Influenciadores digitais

Para o Influencer Marketing, 82% das pessoas acreditam na opinião de influenciadores digitais e eles continuam como interlocutores importantes na comunicação, visibilidade e conexão entre marcas e consumidores. A Satiko, persona/influenciadora digital da apresentadora Sabrina Sato, é um exemplo recente das novas experiências que o marketing de influência pode proporcionar. Mais conteúdos e mais oportunidades de negócios.

6) Programa de assinaturas para “tudo”

Se você já foi impactado por diversos planos para assinar algo que gosta, prepare-se porque a tendência é que, cada vez mais, haja uma crescente nas assinaturas – principalmente em plataformas de stream.

Com mais público consumindo o que realmente gosta, a publicidade também tende a migrar da mídia tradicional para ambientes em que já conhece seu cliente e pode entregar uma comunicação mais customizada e assertiva.

*Talita Scotto é diretora da Agência Contatto, empresa de Digital PR com 12 anos de expertise no mercado de comunicação.

4 motivos que comprovam que o BBB é case de marketing e comunicação

*Por Beatriz Destefani Augusto

Não faz nem um mês que começou a nova edição do BBB 21 e já foi possível perceber a importância da comunicação e do marketing de cada um dos participantes.

Ao unir anônimos e influenciadores digitais, o BBB 2021 atraiu o olhar do grande público e dos patrocinadores.

Para se ter uma ideia, grandes marcas como Americanas, Amstel, Avon, C&A, Mc Donald’s, P&G, PicPay, Seara, Above e Organnact já fazem parte dos patrocinadores do programa.

Além disso, a estratégia adotada na escolha dos influenciadores e celebridades traz o potencial para ser a maior audiência e engajamento de todas as edições.

Abaixo listamos 4 passos de marketing e comunicação em que o BBB deu uma aula de engajamento. Confira:

1 – Trouxeram o Fiuk para a edição: com mais de 2 milhões de seguidores e com a torcida de Fábio Junior e seus diversos fãs, além do apoio de sua irmã Cleo Pires, com 14,8 milhões de seguidores no Instagram, o jovem ator e cantor entrou na casa com o maior número de visualizações.

Para se ter uma ideia, seu nome estava entre os assuntos mais comentados no Google durante a divulgação dos participantes. Além disso, Fiuk chama para o programa audiência de diversos perfis, desde os adolescentes até os seguidores de Cleo e Fábio Junior e dos amigos e familiares das celebridades.

2 – Atriz Carla Diaz: o segundo nome mais procurado foi da atriz que já participou de diversas novelas, desde nova, incluindo o sucesso de Chiquititas, Laços de Família e O Clone da Rede Globo.

A participante, inclusive, venceu um câncer de tireoide no ano passado, que foi descoberto durante a pandemia.

3- Grandes nomes da música: a Rede Globo também apostou em cantores bem conhecidos nos últimos anos como o rapper Projota, Karol Conká, a Pocah e o cantor sertanejo Rodolffo.

4- Influenciadores digitais: como o BBB já estava perdendo a sua audiência nas últimas edições, desde 2020, a emissora teve a ideia de se inserir nos meios digitais, incluindo a participação de muitos influenciadores.

Isso é uma forma clara de atrair um maior número de pessoas para assistirem o programa, já que muitos desses influenciadores possuem mais de milhões de seguidores nas redes sociais.

Esse é um exemplo clássico que os meios precisam se atualizar.

Fonte: Comunica PR – Maria Carolina Rossi

Artigo aborda as estratégias de mkt digital no BBB 21

Marketing Digital e BBB21: estratégias de mídia e inversão de fama

por Fernando Faiad Soni*

Quem nunca deu uma espiadinha na casa mais vigiada do Brasil, não é mesmo? Apesar de ser um reality show antigo, que teve início nos anos 2000, a cada ano que passa o Big Brother Brasil surpreende o público com um engajamento maior que o da edição anterior. Mas o que explica esse sucesso? A resposta é simples: mais que um programa de TV, o BBB se transformou no mais novo jeito de fazer marketing digital.

Na 20ª edição do programa, o reality inovou ao trazer influenciadores digitais para o jogo. Além de engajar o público a assistir – afinal, quem não gostaria de acompanhar seu ídolo 24 horas por dia na TV? –, as vantagens se estenderiam também às figuras públicas, que poderiam se beneficiar com a aparição em horário nobre em uma das emissoras mais assistidas do Brasil. Não poderia dar errado, não é mesmo? A 21ª edição está nos mostrando que sim.

Se você não acreditava na importância de uma boa estratégia de marketing digital, tenho certeza que agora vai concordar comigo: enquanto uma publicidade bem feita pode trazer milhares de novos seguidores, um posicionamento mal elaborado pode derrubar uma carreira. Prova disso são os acontecimentos recentes do programa, em que alguns participantes estão apresentando incoerência de discurso, ou seja, mostrando atitudes diferentes daquelas que costumavam pregar no mundo virtual.

Karol Conká entrou na casa com 1,5 milhão de seguidores e, desde o início do programa, já perdeu 200 mil fãs. E os danos à sua imagem não param por aí. Além da defasagem numérica no Instagram, principal rede social da cantora, ela já sofreu diversas quebras contratuais que, juntas, somam mais R$ 400 mil reais. Por outro lado, Lucas Penteado passou de 178 mil seguidores para 8,2 milhões, um crescimento de mais de 4000% em sua conta comercial. Lucas, apesar de ter entrado no reality no grupo “camarote”, era o único dos companheiros com menos de 1 milhão de seguidores.

Mas afinal, participar do Big Brother Brasil é bom ou ruim para a carreira de famosos? Depende da sua estratégia de marketing digital. Muitos profissionais, especialmente do ramo artístico, se esforçam para passar uma determinada imagem que, no fundo, não representa a verdadeira essência dessas pessoas. Contudo, é a consistência de pensamento que gera credibilidade à marca a longo prazo. Se você está começando uma carreira agora, a dica é: busque sua essência e seja você mesmo, inclusive com seus defeitos.

 

*Fernando Faiad Soni é sócio fundador da agência de marketing digital Stardust (https://stardust.digital)

Fonte: P+G Comunicação Integrada – Fernanda Glinka

Por que contratar uma agência de comunicação para o seu negócio?

por Beatriz Destefani Augusto*

Mesmo com as mudanças nos meios de comunicação que enfrentamos atualmente, o trabalho da assessoria de imprensa ainda é um mistério para muitas pessoas e empresas. Entre nossas funções visamos construir e solidificar a imagem da marca – seja empresa ou pessoa – , por meio de matérias orgânicas nos diferentes meios de comunicação, como televisão, portais, revistas, jornais impressos e até rádio. Porém, a maneira de consumir notícia mudou e, assim, as redes sociais como Facebook e Instagram roubaram o espaço de muitos veículos na hora de achar um /conteúdo. Com este cenário, o trabalho antigo de assessoria de imprensa vai morrer?

Não, na minha opinião não irá morrer, ele irá se transformar – e essa transformação já é perceptível. Para se ter uma ideia, segundo um estudo pela Hoopsuite com a We Are Social, o Brasil está classificado como o segundo país que mais usa a internet, em que, cada pessoa, fica em média nove horas e vinte e nove minutos por dia. Com este cenário, é possível perceber onde as pessoas procuram notícias e consomem informações atualmente.

 

Antes, um assessor de imprensa, produzia um release, ou seja, um texto com um título chamativo e disparava para um mailing gigantesco de jornalistas que, por sua vez, publicavam ou marcavam uma entrevista com o porta-voz para uma matéria mais ampla. Porém, muitos veículos de comunicação não existem mais, como a crise da editora Abril que, em 2018, anunciou o fechamento de 10 títulos. O mesmo aconteceu com a editora Escala, ou até mesmo com alguns programas de TV que simplesmente não têm mais audiência.

Por outro lado, Instagram cresce cada dia mais e torna-se perceptível que o público está no online, quer a notícia ali e agora, e dificilmente comprará uma revista para ler sobre emagrecimento, sendo que pode seguir uma influenciadora que mostra sua rotina saudável. Nesse momento, como assessora, me pergunto: qual estratégia seguir para dar visibilidade ao meu cliente? As agências de assessoria de imprensa passaram a oferecer um serviço de PR – Public Relations (Relações Públicas), em que a assessoria de imprensa se tornou apenas um braço. Na hora de vender o serviço, é importante explicar para o cliente que fazemos muito mais que uma aparição na mídia, pois somos os responsáveis pela imagem da marca diante do público externo, potencializando ainda mais os seus valores.

A imprensa nunca vai acabar, mas ela encontrará outros meios de chegar até quem consome notícia. E as marcas que desejam aparecer, precisam entender essa transformação e investir em um serviço de comunicação completa, conhecida como comunicação 360°. As agências, além de incluir os clientes na imprensa – independente da plataforma utilizada, também será responsável por alimentar as redes sociais dessa mesma marca, criar vídeos criativos para o Youtube, ou até criar os vídeos-releases, em que um jornalista poderá ter um canal e postar um vídeo pronto de um cliente, falando sobre um determinado assunto. Por que não?

O mesmo raciocínio podemos ter com os influenciadores digitais. Eles não são jornalistas, mas são formadores de opinião e contam com um grande público que se influenciam por suas opiniões. As marcas precisam estar lá, é preciso criar laços com esses influenciadores, por meio de parcerias, para dar mais visibilidade. Com este cenário, acredito que fica mais fácil de empreendedores e empresas entenderem a importância de um PR atualmente e não somente grandes empresas poderão investir nesse serviço, como acontecia há alguns anos.

Um micro empreendedor, por exemplo, precisa de visibilidade, precisa ser achado nas primeiras páginas do Google, precisa ter um bom posicionamento nas redes sociais, um bom site e, ainda, aparições orgânicas nos principais meios de comunicação. Costumo dizer para os meus clientes que, no momento em que eles saem na imprensa, isso mostra para o seu público-alvo que ele tem experiência, renome, mesmo que este mesmo público não tenha encontrado a notícia, mas no momento em que entre no Instagram da marca e vê que aquele serviço está como referência nos veículos, passará credibilidade, confiança. Por isso essa comunicação precisa estar alinhada.

O que seria essa tal comunicação 360°?

Para isso, são usadas algumas estratégias como mídias sociais, comunicação interna, branded content, assessoria de imprensa, entre outras. Vou dar um exemplo de como isso se aplica. Vamos supor que você é dono de um escritório de arquitetura, nós procuramos saber qual é sua especialidade, seu potencial, se você abre faturamento, seus lançamentos e o que deseja passar da sua empresa. A partir disso, traçamos um plano de comunicação, em que vamos divulgar alguns press release, textos direcionados para a imprensa com informações relevantes sobre seu trabalho e também podemos marcar encontros de relacionamentos com jornalistas – sempre de forma estratégica para alcançarmos aquela pessoa que se interessa pelo assunto. Sempre prezar por qualidade e não quantidade.

Quando começamos a divulgar seu nome e o da sua empresa podem começar a surgir as solicitações de entrevista, tudo de forma orgânica. Temos que saber qual é o seu intuito com o trabalho de assessoria de mídia, se você for um artista plástico e não abre faturamento, é mais vantajoso sair em veículos trade, como Arte1, em que seu público-alvo está mais presente do que no Valor Econômico, por exemplo. Muitas vezes, sair em 100 blogs sobre diversos assuntos, não traz o mesmo retorno de sair em apenas um portal que abranja seu público de interesse.

Depois de alinhar tudo isso, a agência precisará traçar um cronograma de pautas para o blog da empresa, além de pensar em estratégias de posts nas redes sociais para maior visibilidade e posicionamento. Se você gosta de falar em vídeo, criar um canal no Youtube ou vídeos para o Instagram, também é bem importante nos tempos atuais. Temos que pensar que as pessoas estão quase todo tempo no online, conectadas e, se o negócio que não estiver nesse meio, não sobreviverá. Tudo isso forma o plano de comunicação.

Portanto, é perceptível a importância da atualização e seguir essas tendências. O mercado de comunicação tem sofrido sim por uma transformação, mas tudo é adaptável e precisamos ficar de olho no que as pessoas estão consumindo. Isso vale para qualquer negócio. Consideramos um trabalho de formiguinha que, assim como no formigueiro, na agência o trabalho é planejado, com o desenvolvimento da comunicação corporativa focando todos os níveis: relacionamento com o jornalista/influenciador ou público-final, por meio da divulgação de conteúdo relevante que aperfeiçoam e destacam o trabalho do cliente.

*Beatriz Destefani Augusto é jornalista e sócia-fundadora da Comunica PR, agência de Relações Públicas

Fonte: Comunica PR – Maria Fernanda