Dia do Rádio e da Radiodifusão: tradição, inovação e relevância publicitária

Imagem gerada pela IA do Canva

Por Josué Brazil (com uma leve ajuda da IA)

No dia 25 de setembro, celebramos o Dia do Rádio e da Radiodifusão — uma data que não é apenas comemorativa, mas também reflexiva. Afinal, poucos meios de comunicação carregam tanta história, afeto e capacidade de adaptação quanto o rádio.

Mesmo em um cenário dominado pelo digital, o rádio permanece forte. Em 2024, o meio movimentou R$ 1,046 bilhão em investimentos publicitários no Brasil, representando cerca de 4% do bolo publicitário nacional. Um número que, por si só, já mostra que o rádio está longe de ser uma mídia do passado. Ele segue relevante, competitivo e eficiente.

E não para por aí: o consumo de áudio vive um dos seus melhores momentos. Pesquisas apontam que mais de 90% dos brasileiros ouviram algum formato de áudio nos últimos 30 dias — seja rádio tradicional, streaming ou podcasts. Isso reforça a força do rádio dentro de um universo de consumo que só cresce.

Rádio: o meio que se reinventa

Se antes o rádio estava limitado ao dial, hoje ele acompanha o ouvinte em múltiplas plataformas: aplicativos, smart speakers, sites de emissoras e até nos serviços de streaming. O que vemos é um meio que se transformou em “rádio expandido”, mantendo sua essência de proximidade e imediatismo, mas incorporando novas formas de alcance e mensuração.

Essa reinvenção abre oportunidades estratégicas para marcas que buscam resultados:

  • Alcance massivo e segmentação: o rádio fala com milhões, mas também permite segmentar em nichos específicos.
  • Top-of-mind e frequência: essencial para consolidar presença de marca.
  • Custo competitivo por impacto: uma das mídias mais eficientes em relação a custo-benefício.
  • Criatividade que gera ROI: estudos mostram que a ordem do spot, a clareza da mensagem e a chamada para ação aumentam significativamente a lembrança e o retorno do investimento.

Mais que mídia: parte da cultura

O rádio é também um símbolo cultural. Ele já foi o grande companheiro das famílias brasileiras, a voz que informava em tempo real e o palco que lançou grandes nomes da música e do jornalismo. Hoje, mesmo com as mudanças tecnológicas, continua presente no cotidiano — no carro, no trabalho, no celular.

Por isso, celebrar o Dia do Rádio e da Radiodifusão é reconhecer não apenas a importância histórica desse meio, mas também sua atualidade e futuro promissor. Para marcas, anunciantes e criativos, é um lembrete: o rádio segue sendo um canal potente, humano e em constante evolução.

Muitas coisas ao mesmo tempo e agora

O rádio é tradição e inovação ao mesmo tempo. É memória afetiva e ferramenta estratégica. É conteúdo, é publicidade, é proximidade. No dia 25 de setembro, celebramos não apenas a sua história, mas também sua capacidade de continuar relevante — e de seguir falando diretamente ao coração (e ao ouvido) das pessoas.

Fontes consultadas (resumo): Kantar IBOPE / Cenp (dados de investimento e audiência Brasil), The Infinite Dial (Edison Research) sobre consumo de áudio, eMarketer sobre tendências de áudio digital, e estudos recentes de MAGNA/Magnite e Nielsen sobre performance/ROI do áudio.

Oportunidade de mídia

Por Josué Brazil

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

Na hora de selecionar os veículos mais apropriados e adequados para uma ação/campanha de comunicação, vários são os fatores que devem ser levados em consideração. Não se deve escolher os veículos que conduzirão as mensagens/conteúdos até o público desejado de maneira aleatória, sem critérios e sem técnica.

Essa escolha deve ser consequência, em primeiro lugar, de uma análise bastante aprofundada de seu cenário de mercado e comunicação. É a etapa de Objetivos dentro do planejamento de mídia. Já tratamos desta etapa em um artigo aqui que trata de planejamento de mídia.

Depois devemos levar em consideração as características naturais de cada veículo ou plataforma de comunicação. Eles não são iguais, sejam eles veículos tradicionais ou digitais. Cada um deles também oferecem vantagens e possuem limitações. É importante que isso seja pesado e discutido. O caminho ideal é aproveitar as vantagens que cada meio oferece de maneira estratégica (dando um papel para ele em sua estratégia de mídia) e evitar as limitações (tentar fazer com que o veículo cumpra um papel que el não consegue cumprir).

Há entretanto alguns outros fatores listados por Armando Sant’Anna em seu livro Propaganda: Teoria, Técnica e Prática: Podemos chamá-los de Fatores Essenciais para a escolha dos veículos mais adequados para uma campanha

Sant’ana afirma serem esses os fatores que podem e devem influenciar na hora de escolher os veículos:

a) o público alvo;
b) o âmbito da campanha – nacional, estadual, regional, local;
c) a natureza do produto – sazonalidade, ritmo de compra, qualidades que devem ser mostradas/demonstradas, possíveis restrições jurídicas;
d) a estratégia de comunicação dos concorrentes;
e) a natureza e o tipo de mensagem que iremos veicular;
f) as oportunidades de mídia;
g) o prestígios do meio;
h) a verba disponível para veiculação;
i) o tipo de distribuição, configuração do mercado, se há intermediários e quais são.

As oportunidades de mídia

Neste texto quero me concentrar nas oportunidades de mídia. Chamo de oportunidade de mídia algo que um veículo ou plataforma venha a disponibilizar como espaço para colocação de mensagens ou conteúdos de uma forma diferenciada, única, momentânea ou… oportuna.

Pode ser um patrocínio de um programa ou conteúdo novo que passa a fazer parte da grade ou da linha editorial. Pode ser o patrocínio da cobertura de um evento.

Também pode ser uma “temporada especial de vendas”, na qual espaços são ofertados por algum motivo com descontos antes inexistentes.

Outra possibilidade é a construção, em uma parceria agência-veículo, de um formato novo e exclusivo. Algo formatado só para aquela campanha. Essa possibilidade também pode ocorrer em uma iniciativa só do meio ou plataforma.

Quando surge a oportunidade de mídia muitas vezes podemos pensar em “encaixar” em nosso planejamento de mídia um meio que inicialmente não estava sendo cogitado, principalmente pela questão de custo. Ou mesmo de inadequação de programação, conteúdo e cobertura de público (audiência certa).

Assim como todos os outros fatores citados acima, a oportunidade de mídia não deve ser o único a ser considerado, pesado e analisado na hora de incluir um meio em seu plano estratégico de mídia. Devemos analisar todos os fatores ao mesmo tempo, em suas intersecções e sinergias.

Mas… fica a dica: fique sempre atento as boas oportunidades de mídia!

Mercado publicitário cresce em investimento no primeiro semestre de 2022

Cenp-Meios revela dados do primeiro semestre

Todos os anos o Cenp-Meios solta relatórios que dão conta do volume de investimentos em propaganda no Brasil. Os relatórios são  trimestrais, semestrais e anuais.

No final de agosto o Cenp-Meios soltou o relatório semestral, ou seja, foram divulgados os dados relativos ao primeiro semestre de 2022.  A amostra de agências consultadas aumentou de 234 para 309 e isso com certeza causou algum impacto no resultado, já que houve um crescimento de 12,5% em comparação com o mesmo período de 2021, fechando um faturamento total de R$ 8,3 bilhões.

Fonte: Meio e Mensagem

Não houve um crescimento significativo no volume de investimento em cada meio, ao contrário do que ocorreu em 2020 e 2021,quando a Internet aumentou bastante o share por conta da pandemia. O meio que apresentou o maior crescimento foi Out of Home, com 3,2% de crescimento, depois vem a Internet com 2,8% e  a TV por Assinatura com 1,1%. No sentido oposto, a TV Aberta perdeu quase 7% de investimento e caiu de 53% para 46% no share publicitário.