Todos os anos o Cenp-Meios solta relatórios que dão conta do volume de investimentos em propaganda no Brasil. Os relatórios são trimestrais, semestrais e anuais.
No final de agosto o Cenp-Meios soltou o relatório semestral, ou seja, foram divulgados os dados relativos ao primeiro semestre de 2022. A amostra de agências consultadas aumentou de 234 para 309 e isso com certeza causou algum impacto no resultado, já que houve um crescimento de 12,5% em comparação com o mesmo período de 2021, fechando um faturamento total de R$ 8,3 bilhões.
Fonte: Meio e Mensagem
Não houve um crescimento significativo no volume de investimento em cada meio, ao contrário do que ocorreu em 2020 e 2021,quando a Internet aumentou bastante o share por conta da pandemia. O meio que apresentou o maior crescimento foi Out of Home, com 3,2% de crescimento, depois vem a Internet com 2,8% e a TV por Assinatura com 1,1%. No sentido oposto, a TV Aberta perdeu quase 7% de investimento e caiu de 53% para 46% no share publicitário.
Até pouco tempo a propaganda, assim como quase toda a comunicação, era uma via de mão única. Os veículos de comunicação e as marcas (marketing e propaganda) falavam e o público ouvia/assistia/lia. Era a chamada audiência passiva.
A partir dos anos 1990 o cenário começou a mudar. O pouco virou muito. E passamos a ter ao invés de poucos canais de comunicação muitos pontos de contato, ao invés de poucos produtos/marcas/serviços muitos produtos/marcas/serviços.
Surgiram novos veículos de comunicação, com destaque para a TV paga e a Internet. Com o desenvolvimento e expansão da internet a comunicação deixa de ser de mão única. A chegada das redes sociais impôs definitivamente o diálogo na comunicação das marcas. Não somos mais espectadores/leitores/telespectadores passivos. Cada pessoa passou a ser um canal.
A propaganda sempre tratou da Comunicação mercadológica, da persuasão e informação. Da construção de imagem de marca. De gerar diferenciação! Entretanto, no cenário atual o bem mais importante é a atenção das pessoas. Está claro e posto que muita informação/comunicação = menos atenção e que o cenário de múltiplos pontos de contato com as pessoas gera uma atenção bastante fragmentada.
E, dentro deste cenário e como já tratei em ocasiões anteriores aqui, comunicação puxada passa a ser mais importante que a comunicação empurrada. Ou seja, o público vê o que quer, na hora que quer, onde quer e do jeito (plataforma/meio/veículo) que quer!
O sucesso dos streamings prova isso.
Então, todo mundo que lida com a tal da propaganda passa a enfrentar novos desafios:
Planejar, criar e implementar propaganda para pessoas que não querem ver propaganda (ou pelo menos não querem ter seu conteúdo interrompido por ela);
Capturar e reter a atenção das pessoas;
Lidar com novas tecnologias e com números;
Pensar o uso de múltiplos canais de maneira totalmente integrada e alinhada aos objetivos e propósitos da marca.
Na esteira disso tudo surgem novas funções, novos cargos, novas áreas para atuar. Tem muito mais coisas bacanas pra fazer. Bora lá aprender a fazer mais e melhor!
O Santuário Nacional de Aparecida está em busca de Designer Gráfico que possa tornar a comunicação ainda mais eficiente e agradável, considerando em seu trabalho as características e individualidades dos clientes solicitantes.
Será responsável em desenvolver a comunicação visual para diversos meios, tais como: peças digitais (cards, e-mail MKT, novas tecnologias em comunicação digital etc), e materais off-line (jornais, revistas, livros, anúncios, ações de comunicação interna, sinalização etc).
54% dos brasileiros realizarão mais compras online após o isolamento
65% dos brasileiros afirmam ter feito mais compras via internet durante o período de distanciamento social, consolidando o ‘boom’ do e-commerce e a reinvenção obrigatória do comércio tradicional
A televisão é o canal de informação preferido por 75% dos brasileiros durante a crise, seguido pela imprensa online (58%), Facebook (38%) e WhatsApp (34%)
Quase metade dos brasileiros (47%) acredita haver censura ou controle da mídia e das redes sociais
A futura retomada das atividades será o início de um “novo normal” após a pandemia da COVID-19. Essa nova realidade será marcada por importantes mudanças adotadas pelos cidadãos no Brasil e em outros países afetados pelo novo coronavírus. Visando conhecer em detalhes a evolução dos hábitos de consumo pós-COVID-19, a agência de comunicação MARCO elaborou o ‘Estudo MARCO de Hábitos de Consumo Pós-COVID-19’. A sondagem internacional foi realizada entre mais de 4.500 pessoas no Brasil, Espanha, Itália, Portugal, México e Colômbia. Uma de suas principais conclusões aponta que 76% dos cidadãos que vivem nos países pesquisados mudaram definitivamente seus hábitos de consumo.
Hábitos de consumo
O crescimento vertiginoso do e-commerce chegou para ficar após o isolamento. O Brasil se destaca como um dos mercados com maior número de consumidores (65%) que afirmam ter feito mais compras online durante esse período. Essa tendência se repete na Espanha (60%) e nos outros países da América Latina (ao menos 65%), ficando abaixo da Itália (81%).
65% dos brasileiros afirmam ter feito mais compras online durante o isolamento
Do mesmo modo, depois do distanciamento social, 54% dos brasileiros farão mais compras online do que antes. Essa tendência de alta também é perceptível no mercado latino (ao menos 51%), mas novamente tem destaque na Itália (82%). Consequentemente, esse crescimento tem impacto no setor de varejo, resultando na aposta obrigatória em canais online de vendas e marketing. Isso também gera consequências para a adaptação dos varejistas a um novo modelo de logística.
Canais de informação
No período de isolamento, 75% dos brasileiros escolheram a televisão como o principal meio para se manterem informados. Em seguida está a imprensa online, com 58%. Tanto a TV quanto os portais de notícias ocupam as duas primeiras posições em todos os países pesquisados. No Brasil completam o ranking Facebook (38%), WhatsApp (34%), rádio (17%), LinkedIn (5%) e jornais impressos (4%).
Em paralelo, também houve um grande crescimento em várias plataformas de streaming. As que tiveram maior aumento na utilização pelos brasileiros foram Netflix (73%), Amazon Prime (32%) e Globoplay (26%). Os consumidores também optaram pelos videogames (50% entre os homens e 37% entre as mulheres) como uma das principais opções de lazer durante o isolamento.
Controle dos meios de comunicação e redes sociais
De acordo com dados do ‘Estudo MARCO de Hábitos de Consumo Pós-COVID-19’, quase metade dos brasileiros (47%) acredita que há censura ou controle da mídia e das redes sociais desde o início da crise da COVID-19. Colômbia e México, os outros países da América Latina pesquisados, registram os maiores percentuais (61% e 59%, respectivamente), seguidos pela Espanha, com 54%. Dos seis países pesquisados, Portugal (30%) é o único cuja população não aponta um controle governamental relevante sobre meios de comunicação.
Quase metade dos brasileiros (47%) acredita em censura ou controle da mídia e das redes sociais desde o início da crise
Em relação à volta das aglomerações em atividades presenciais, como aulas nas escolas de período integral, 53% dos brasileiros consideram apropriado manter aulas em meio período, com o restante do tempo de estudo sendo realizado em casa.
Didier Lagae, CEO e fundador da MARCO e Profissional Global e Europeu de Relações Públicas de 2019, faz a seguinte observação: “Há um ‘boom’ do comércio eletrônico que veio para ficar. Além disso, vemos que quase metade dos brasileiros acusa o governo de exercer controle ou censura sobre a mídia e as redes sociais”.