Uma pergunta

Uma pergunta para uma redatora

O “Uma pergunta” está de volta e desta vez para perguntar para uma das mais talentosas redatoras da região. Ela é Taíse Cristina Gasparin Corrêa.

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A Taíse é formada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela UNITAU. Especialista em Língua Portuguesa – gramática e uso também pela UNITAU. Estudou Redação Publicitária na Miami Ad School | ESPM.
Já passou pela Supera Comunicação, Jeter Design, Publicart e MaCost. Atua como Redatora Publicitária e Gerente de Mídias Sociais da Tríadaz.

O que um REDATOR tem que fazer para se manter criativo em meio a correria diária?
Eu procuro manter o foco no conceito da peça ou da campanha. Criado o conceito, fica relativamente fácil desenvolver o restante dos materiais de uma campanha. Atrapalha um pouco quando temos que criar dois ou três conceitos em um único dia. Porque requer pesquisa, dedicação e, é claro, tempo!
Neste caso não tem como “criar mais rápido”. Mas o que eu procuro fazer é estar sempre antenada em tudo, ler muito, assistir a filmes (de todoooos os tipos), notícias, memes e até novela. Isso já fica sendo uma bagagem que você acessa sem perder tanto tempo na pesquisa e, quando vê, consegue algumas ideias com mais facilidade e rapidez

Uma pergunta

Novidade no Publicitando

O Publicitando tem um novo formato de conteúdo. É uma série intitulada “Uma pergunta”. Como o próprio nome deixa bem claro faremos apenas uma pergunta a um profissional de comunicação e/ou marketing. Este novo formato não terá periodicidade definida, podendo pintar a qualquer momento por aqui.

E para inaugurar este “novo quadro” convidei meu grande parceiro de blogagem Filipe Crespo.

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Filipe Vietri Crespo é publicitário formado pela Universidade Católica de Santos. Certificado pelo Grupo de Mídia de São Paulo (1ª turma), possui cursos de especialização realizados no Brasil e exterior. Iniciou carreira em anunciante, onde atuou por quase oito anos. Passou ainda por grandes agências como Ogilvy&Mather, África, Y&R, JWT e AG_407 atendendo os clientes: P&G (Gillette), LG Electronics, Perdigão, Peugeot, Casas Pernambucanas, RaiaDrogasil, Gomes da Costa, Turner International, entre outros. Já como docente, lecionou na Universidade Pró Educar, SENAC e Uni Sant’Anna, onde exerceu por quatro anos, a função de professor de Mídia. Atualmente é Gerente de Mídia na agência W/McCann atendendo exclusivamente o cliente Bradesco. Também atua como professor titular da cadeira de Mídia e Planejamento de Mídia da FECAP, (São Paulo) e professor do PlugSchool. É ainda, o idealizador e mantenedor do Blog do Crespo, um dos principais blogs especializados em mídia no país.

Vamos lá!

Publicitando: O cenário da propaganda e da comunicação mudou muito. Como fica a atuação do mídia dentro desta nova realidade?

Filipe: Passa a ser obrigação do profissional de mídia acompanhar todas essas mudanças. Caso contrário, ele perderá relevância junto ao cliente e consequentemente, seu espaço dentro da agência. O novo cenário obriga ao mídia ser extremamente estratégico e acompanhar de perto, todo o processo desde o momento em que o briefing “pisa” no Atendimento até às avaliações dos resultados obtidos na campanha. Sendo assim, plataformas que possibilitam controle e mensuração de resultados em tempo real ganham força na recomendação de comunicação dos clientes.

Digital desde cedo

“… precisamos ser parceiros de negócio, que explicitamente impactam positivamente nos resultados dos clientes.”

O Publicitando entrevistou o Alex Gonçalves. Ele é Coordenador do Núcleo de Inteligência Digital da KMS Comunicação, agência situada em SJCampos.

Veja o que ele nos contou:

1 – Você pode ser considerado um dos pioneiros do digital aqui no Vale do Paraíba. Quando e por que surgiu o interesse por esta área da comunicação?

O meu interesse começou na época da faculdade. Para estudar eu buscava informações na internet, onde acabei me identificando com os blogs. Então, por hobby, em 2006 eu criei o blog Publiloucos, que foi ganhando forma e me ajudando a aprender mais sobre esta parte da comunicação. Desde então fui me interessando mais e mais.

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2 – Você coordena uma área bastante incomum nas agências da região. Como é desenvolver estratégias digitais para os clientes do Vale do Paraíba?

Na minha percepção esta área não é mais novidade para as agências da região, tem muita gente se movimentando e fazendo um trabalho bem bacana.

Antes de falar especificamente do digital, precisamos falar das relações entre clientes, profissionais e a comunicação.

Sempre que falamos de clientes regionais, é automático: aparece a comparação de budget com mercados maiores. Sim, enfrentamos budgets menores, mas este desafio nos obriga a pensar bastante em ações que tragam retorno real ao cliente.

Em algumas ocasiões as empresas não tem um budget para comunicação, entendimento sobre o papel da agência e na maioria dos casos não enxergam um benefício ao contratar uma agência, pois nos veem apenas como um fornecedor que faz apenas o que é solicitado.

Este formato não funciona. A insistência neste caminho é sinônimo de contrato não renovado, carimbado com aquela frase de que “publicidade não funciona”.

Cabe à nós, profissionais de comunicação, tomar a frente e mostrar que não somos apenas fornecedores, precisamos ser parceiros de negócio, que explicitamente impactam positivamente nos resultados dos clientes.

Agora falando de estratégias em ambientes digitais: precisamos desconstruir o mito de que o digital é barato. Podemos afirmar que os anúncios online são mais acessíveis, onde você pode investir pequenas quantias em mídia. Mas repito, é o valor de mídia. Para toda esta engrenagem rodar são necessários profissionais, que investem suas horas no projeto e tudo isto gera um custo. E alguém precisa pagar, senão a conta não fecha.

3 – Como promover integração on e off pra valer?

Eu sou da época em que o computador usava roupa! Era obrigatório vestir o computador com um plástico branco para não juntar pó, senão acontecia alguma tragédia. E não falávamos “acessar a internet”, o certo era “entrar na internet”. E isto tinha dias e horários específicos, que eram ansiosamente aguardados. Entrar na internet (numa conexão discada de lentíssimos 44 Kbps que caia frequentemente e tinha que “entrar de novo”) era o máximo.

Esta saga mostra como era algo estranho ter o acesso. É nítido que havia uma separação, pois se você tinha que entrar é porque você estava do lado de fora.

As pessoas mais jovens não passaram por isto, já nasceram naturalmente conectados. Já estão “dentro da internet”. Não sentem esta separação do on/off.

Com a comunicação funciona da mesma maneira. Temos os objetivos de comunicação e as ações pra atingí-los tem que estar integradas. A marca tem que ser a mesma em qualquer lugar, seja num outdoor, numa ação OOH ou no Facebook.

4 – A maioria dos profissionais da área digital em comunicação hoje são bastante autodidatas e se valem de cursos rápidos/eventos/palestras. Como a academia (as faculdades e universidades) podem colaborar para reverter este quadro?

Isto é fato. Creio que deva acontecer uma aproximação maior entre empresas e academia. Na teoria é muito fácil, mas na prática não é tão simples assim. Acho que um passo seria realizar palestras e workshops com mais frequência nas universidades.

5 – Qual o melhor caminho para se chegar a uma posição de destaque no cenário digital?

Olha, até hoje eu não sei, rs. Não existe fórmula pronta. Mas em qualquer lado em que o profissional estiver (agência x cliente), deve haver muita força de vontade para estudar, correr atrás das novidades, buscar melhoria contínua, trabalhar com foco e encarar os problemas de comunicação como desafios próprios.

Publicitando entrevista Camila Carvalho

“A internet é um grande amiga pra quem quer começar…”

Desta vez entrevistamos uma jovem profissional de comunicação que tem forte atuação em mídias sociais. Camila é Analista de Redes Sociais na Rede Vanguarda. O papo foi muito proveitoso. Confira:

Camila Carvalho

Camila Carvalho

1 – Você é formada em jornalismo. Como chegou às mídias sociais?
Sim! Cursei Comunicação Institucional, seguido pelo Jornalismo na UBC (Universidade Braz Cubas). Fiz alguns cursos livres de Assessoria de Imprensa e Marketing Digital. De lá até a pós de mídias sociais que eu faço na UNITAU (Universidade de Taubaté) se passaram oito anos e muita coisa aconteceu nesse tempo. Passei pelo radiojornalismo, assessoria de imprensa, produção de conteúdo e organização de eventos. Foi quando de forma amadora eu comecei a administrar as primeiras páginas como freelancer, em 2010.

Sempre fui apaixonada por contar histórias e descobri que fazia isso muito bem quando escrevia. Mas, com a maturidade descobri na verdade que o meu coração batia mais forte quando eu me relacionava com as pessoas. E mídias sociais nada mais é do que um jeito de conectar pessoas e estreitar esse contato. Tive iniciativa de seguir sites e portais internacionais segmentados, fazia leitura constantemente de artigos instrutivos e por conta própria aprendi boa parte do que eu sei. A internet é um grande amiga pra quem quer começar, existem bons profissionais que fomentam a produção de conteúdo de forma esplendorosa.

2 – Dos fundamentos e técnicas aprendidas em jornalismo, quais são em sua opinião as que mais lhe foram e são úteis em sua atuação profissional?
Primeiro, técnica de redação, sem dúvida alguma. Escrever bem é uma caracteristica que eu valorizo bastante e que acredito ser fundamental para gerenciar uam mídia. É preciso estabelecer um diálogo, abrir caminhos, construir relações e identificar sentimentos. Um bom jornalista também não terá dificuldade em identificar a voz, tom, persona de uma marca, ainda que não tenha estudado marketing. Além disso, com as mudanças constantes do Facebook, por exemplo, algumas páginas engajam menos com texto, é nessa hora que o jornalista que vive dentro de você precisa agir e fazer uma frase assertiva com poucas palavras. Os usuários são as melhores fontes de conteúdo para uma página, com o feeling jornalístico conseguimos boas histórias. Apurar os fatos é fundamental e indispensável, o compromisso com a verdade continua o mesmo. Acostumado com a imparcialidade, porém com o sentimento que move a notícia, o jornalista não vai permitir que a comunicação seja robótica.

Camila com os apresentadores do Vanguarda Mix, Kelly Maria e Jonas Almeida, e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula na gravação de um programa especial com sugestões de pautas em tempo real das redes sociais

Camila com os apresentadores do Vanguarda Mix, Kelly Maria e Jonas Almeida, e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula na gravação de um programa especial com sugestões de pautas em tempo real das redes sociais

3 – Como é sua rotina de trabalho? Quais suas funções em seu cargo atual?
Faço o gerenciamento de todas as mídias oficiais da Rede Vanguarda e atualmente na grade da emissora, são três jornais diários (Bom Dia Vanguarda, Link Vanguarda e Jornal Vanguarda) que demandam uma atenção especial de postagens das reportagens e principalmente interação com os usuários. Os telespectadores adoram comentar sobre o que estão assistindo nas páginas e ser respondido pra elas é algo fantástico. O factual vale muito na internet e é preciso estar atento pra identificar as tendências de interesse por determinado conteúdo, para então oferece-lo na mídia adequada. Além disso, temos estratégias institucionais aplicada á página da Rede Vanguarda que precisam ter coerência com a identidade da afiliada e também da Rede Globo. Os programas de entretenimento (Vanguarda Mix e Madrugada Vanguarda) possuem um outro tipo de abordagem e de público, diferente do que consome apenas a informação. Eles gostam de sempre ter um conteúdo diferente, algo que não passe na TV, mas esteja disponível nas mídias sociais. Utilizo diversas ferramentas de apoio para que tudo saia perfeitamente conforme o planejamento, que é feito com as chefias, diretores e coordenadores dos departamentos envolvidos. É uma rotina bastante intensa, mas deliciosa. Estar do lado de dentro da TV é algo fascinante.

Aqui Camila ao lado do repórter Jonathan Morel e do repórter cinematográfico Carlinhos Brasil quando da gravação de uma entrevista para o Link Vanguarda sobre as redes sociais da Vanguarda

Aqui Camila ao lado do repórter Jonathan Morel e do repórter cinematográfico Carlinhos Brasil quando da gravação de uma entrevista para o Link Vanguarda sobre as redes sociais da Vanguarda

4 – Qual seu conselho para quem atuar como social media?
Estude! Jamais acredite que você sabe o suficiente. O segmento está mudando o tempo inteiro. O que dava resultado ontem, hoje não faz mais sentido. Acompanhe os profissionais que produzem e compartilham conteúdo, faça listas com as páginas do seu interesse, fique ligado nas tendências do mercado e aos memes do momento.
Seja organizado, atento e principalmente, um verdeiro entusiasta em mídias digitais.

Quem quiser trocar figurinhas, conversar sobre o segmento ou me conhecer:

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