Novo programete

Mais um

Ontem foi ao ar pela Rádio Unitau, dentro do programa Panorama, mais um drops do Publicitando.

Desta vez o tema foi o desgaste da propaganda tradicional e a necessidade das marcas buscarem novas saídas. Confira:

 

Coluna “Discutindo a relação…”

As duas faces da moeda

Desta vez quero abordar um assunto que é controverso. E sobre o qual nem mesmo eu tenho um ponto de vista ou uma opinião definitiva.

Quero falar do modelo de agências de propaganda no Brasil no que se refere especificamente à manutenção, nas estruturas destas agências, do departamento de mídia.

Sim, pois não sei se todos sabem, mas o Brasil é um dos poucos países do mundo em que a mídia continua sendo uma área dentro da estrutura da agência de propaganda. Na maioria esmagadora dos países a mídia tornou-se empresa apartada, externa, especializada e independente.

Por aqui isso não ocorreu e não ocorre.

E por que a questão é difícil? Vamos lá!

Nos países em que a mídia deixou de ser um departamento ou área da agência houve a percepção – há umas três décadas – de que essa era uma área ténica, sofisticada e estratégica demais para permanecer apenas como mais um “pedaço” da estrutura maior. A evolução e o desenvolvimento da área de mídia acabou por levá-la para fora da agência. Surgiram empresas especializadas em planejamneto, estratégia e tática de mídia. Então, a partir do momento da cisão, o anunciante contratava planejamento de campanhas e criação em uma agência de propaganda e planejamento e estratégia de mídia em outra.

Parte importante desta saída da mídia de dentro da estrutura das agências se deve ao fato de que nos principais mercados de propaganda não ser tão fundamental (ou nem acontecer) o comissionamento pela compra de mídia.

Houve muita confusão conceitual, pois também mais ou menos na mesma época surgiram empresas especializadas apenas na compra de mídia. Ficaram conhecidas como “brokers”. Elas compravam espaços nas mais diferentes mídias em grande quantidade e negociando altos descontos e depois revendiam estes mesmos espaços para anunciantes e até mesmo para agências de propaganda. Foram danosas em muitos mercados. A Argentina, aqui em nossa região, é um exemplo de como as empresas que compravam mídia poderiam ser prejudiciais ao cenário de comunicação. O mercado de agências de propaganda quase foi extinto no nosso vizinho.

Aqui no Brasil a mídia segue até hoje sendo parte da estrutura das agências. Uma das principais razões para não termos acompanhado a mudança quase global é que aqui o comissionamento, o desconto concedido às agências de propaganda seguiu e segue existindo. E mais do que isso: segue sendo a maior forma de remuneração das agências brasileiras.

Tão pesada e importante é a comissão paga pelos veículos de comunicação às agências que muitas delas cobravam muito pouco ou, em casos mais radicais, nada pelos outros serviços – planejamento e criação, principalmente.

O fato é que hoje vemos muitas agências, redes e holdings multinacionais elogiando a decisão brasileira e pensando em rever a mudança de mais ou menos três décadas e… trazer a mídia de volta para casa. Os que defendem essa decisão dizem que o modelo brasileiro faz com que haja maior interação e envolvimento nas decisões estratégicas para os anunciantes. E isso é fato!

Fato também é que, infelizmente, ganhar pela compra de mídia fez com que as agências nacionais deixassem de saber cobrar por serviços pra lá de importantes. Conheci inúmeras casos de agências que abriam mão totalmente de cobrar pela criação para ter clientes, faturando apenas com o comissionamento. Daí minha indecisão a respeito do tema.

Por um lado é claro que ter o departamento de mídia integrado ao planejamento e à criação, principalmente, faz grande diferença em favor dos clientes. Por outro lado esse modelo existe muito em função de um certo “vício” pela receita da compra de mídia. Já faz muito, muito tempo que a figura de agenciar compra de espaços em veículos deixou de ser aquela que melhor representa e traduz o papel de uma agência de propaganda.

E mais! Em muitos aspectos pode significar certa distorção, uma vez que sabemos, embora muitos neguem até a morte, que coisas como BV e fome por gordas receitas pode levar a decisões não tão técnicas na hora de utilizar veículos em prol de uma anunciante.

Fica o impasse. Eu tendo a achar que há mais vantagens no modelo brasileiro. E que se as agências deixarem de ser dependentes da remuneração do agenciamento e passarem a cobrar melhor por outros serviços a coisa fica toda melhor resolvida. As chamadas agências digitais estão aí para provar que é possível e viável atuar de modo sustentável e rentável no mercado de comunicação sem ganhar comissionamento.

Coluna “Discutindo a relação…”

Caminhos e modelos

É fato que o mercado de agências de propaganda e/ou de comunicação têm sido fortemente afetado nos últimos anos pelas mudanças econômicas, tecnológicas e pelas novas exigências dos clientes/anunciantes. As agências e seus modelos de funcionamento têm sido colocados em cheque.

Como consequência natural, o mercado publicitário reage e tenta encontrar novas possibilidades de atuação e caminhos para dar conta das novas demandas e fazer frente à nova realidade.

Surgimento de coletivos, consultorias e modelos “in house” ligados a agências tradicionais são alguns exemplos. O Omnicom lançou recentemente a We Are United, agência “in house” desenvolvida para atender exclusivamente ao McDonald’s, via DDB nos EUA. Aplicaram este modelo no Brasil com a criação da Tamboré, “in house” ligada à DM9 que atende unicamente ao Walmart.

Aqui em nossa região, a RM Vale do Paraíba, já temos claros indícios e exemplos desta busca. Embora as agências de comunicação daqui tradicionalmente já operem estruturas mais enxutas e ofereçam amplo cardápio de serviços, também no nosso mercado já percebemos a existência de novos modelos de atuação. Afinal de contas, a forte pressão para manter o negócio lucrativo, mesmo com estruturas menores, também ocorre.

Vou apresentar três cases que acredito serem significativos deste cenário. Vamos lá!

Recentemente chegou ao Vale do Paraíba uma nova agência de comunicação, a BR012. Estive lá batendo papo com eles logo no início da operação. E o que ouvi foi muito interessante. A BR012 tem sede física, um charmoso e pequeno escritório em um prédio comercial novo de Taubaté. Mas neste escritório atua uma equipe muito reduzida. Basicamente os dois sócios e um redator (pelo menos era isso quando os conheci). Mesmo assim, a agência atende diversas contas, inclusive em outros estados. E isso só é possível porque a cada cliente atendido uma equipe é montada. Uma equipe de freelancers cuidadosamente escolhida de acordo com as demandas de cada cliente. O nível e a quantidade de profissionais envolvidos varia de acordo com cada projeto.

Um pouco mais “antigo” mas igualmente interessante é o modelo de rede de agências independentes ao qual a Avalanche de SJCampos está ligada. O LEAG ( Local Expert Agency Group) reúne agências num formato de colaboração e contribuição de expertises, sem que haja fusões e aquisições. Ou seja, as agências seguem sendo independentes mas se reúnem em torno do atendimento e da conquista de clientes, apoiando-se através de suas expertises e portfólios. E todos os envolvidos naquele atendimento são remunerados. Uma baita ideia, sem dúvida! Permite que a Avalanche atenda, por exemplo, clientes em outros estados.

E, bem mais recente, conheci no ano passado o Papo na Nuvem. Trata-se de uma iniciativa de coletivo de profissionais de comunicação, com foco maior em digital e sem nenhuma estrutura física. Não existe um escritório ou sede. Cada um dos profissionais é um CNPJ. De acordo com a demanda do cliente/anunciante alguns dos profissionais participantes do coletivo são acionados, trocam figurinhas (presencialmente ou não) e entregam as melhores soluções de comunicação digital. Um projeto bem diferenciado e que já vêm colhendo bons frutos e que deve evoluir nos próximos meses e anos.

Certamente outros bons exemplos devem já existir em nossa região. E outras iniciativas com outras formulações e métodos de trabalho deverão surgir. E, com o tempo, veremos quais delas serão vencedoras. O que podemos afirmar é que dificilmente veremos daqui para frente a prevalência de um único modelo.

Vale a pena ficar atento ao que virá!

ABA anuncia propósito e estratégia de atuação para os próximos anos

A nova comunicação expande a visão do ‘marketing para transformar’ e empodera os associados da entidade

Com o conceito “ABA. Com você, a gente faz diferença”, a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) lança campanha institucional, que marca uma nova visão, positiva e protagonista, no mercado da comunicação e do marketing. Esse movimento é resultado do projeto ABA 2020, criado para definir os rumos futuros da Associação, produzindo uma agenda estratégica e de impacto que envolve questões críticas dos negócios, e também da sociedade, de forma interligada.

Para isso, a entidade foi ouvir seus associados e principais stakeholders sobre suas expectativas e desafios, para que pudesse liderar e atender às demandas determinadas pelos novos modelos de negócios. Durante sete meses, realizou pesquisas quali e quanti, reuniões, calls e depoimentos online para geração de insights e construção do propósito, para, a partir daí, desenvolver a estratégia e planos de ação. A ABA definiu sua causa, o motivo pela qual ela existe, para assim definir seu propósito: “Mobilizar o Marketing para Transformar os Negócios e a Sociedade”.

A ABA entendeu que tinha um espaço na sociedade que só ela podia assumir, e que uma liderança transformadora seria a única maneira de construir um futuro de possibilidades e prosperidade, pois é onde se cria diariamente referenciais acerca das melhores práticas e do estado da arte do marketing e da comunicação. Além de ser reconhecida pelo mercado e governo pelas discussões de temas críticos para a liberdade de expressão no que tange o consumo responsável, a ABA reúne profissionais e líderes de marketing de grandes empresas, que constituem a riqueza de um conjunto multissetorial.

Peça da nova campanha ABA. Com você, a gente faz diferença, com João Branco, presidente da ABA e diretor de Marketing do McDonald´s

“Nossos esforços, a partir desse momento, estarão voltados ao alcance do novo propósito, através da mobilização do mercado para promover um ambiente de negócios livre e responsável; da construção de uma agenda propositiva que alinhe todos os atores do mercado da comunicação; da promoção das melhores práticas globais em marketing, regulatório e desenvolvimento de talentos; e da pavimentação dos caminhos do futuro da comunicação e do marketing de forma coletiva”, afirma Sandra Martinelli, presidente executiva da ABA.

“Nossa associação comprovou sua imensa capacidade de realização em diversas ocasiões recentes. Porém, a soma de todas as experiências ao longo dos anos nos dá a convicção de que o trabalho em conjunto nos permitirá ir muito além, elevando a geração de valor a um patamar sem precedentes. Conduzir todo esse movimento de reorientação das iniciativas da ABA de forma bem-sucedida tem sido imensamente gratificante”, conclui Martinelli.

A parceira da ABA para o desenvolvimento do projeto estratégico e para as pesquisas qualitativas foi a Consultoria Amélie, de Olga Martinez e Anne Hamon, e a campanha é assinada pela agência Heads, que engloba o novo logo, peças publicitárias, spots para rádio e anúncios on e offline, e coordena ainda a mudança visual dos materiais gráficos. A pesquisa quantitativa foi feita pela Ideafix, de Suzel Figueiredo, e algumas das quali pela Perception Fly Frog.

Peça da nova campanha ABA. Com você, a gente faz diferença, com Gabriela Onofre, Diretora de Marketing Global/Latam para cuidados femininos da Johnson & Johnson, e Conselheira da ABA

A ABA também reformulou toda a sua plataforma digital – Portal, LinkedIn, Twitter, Instagram e Facebook – alinhando-os ao seu propósito.

O lançamento da campanha ocorre oficialmente, nesta sexta-feira, 01 de setembro.

Para saber mais, acesse www.aba.com.br e os canais da ABA no Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn.

Fonte: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação – Maria Juliana Buso