CBA B+G lança o estudo “Marcas Ativistas”, com lições para se engajar em causas de forma verdadeira

Documento traz informações para causar impacto positivo, seja para marcas Superativistas, Quebra-paradigmas, Ousadas ou Responsáveis

A CBA B+G, agência do grupo WPP especializada em branding, design, pesquisa e inovação, apresenta o estudo “Marcas Ativistas”, que traz um conjunto de reflexões e lições para ajudar as marcas a entenderem diferentes tipos, níveis e possibilidade de ativismo, bem como os riscos e benefícios para aqueles que decidem “levantar sua voz”.

No atual contexto social e de negócios, apenas ter um posicionamento não é mais suficiente para as marcas, que precisam construir um engajamento autêntico com uma ou mais causas para se manterem competitivas em seus segmentos de negócios. Porém, muitas ficam pelo caminho e acabam soando oportunistas ou incoerentes com seus valores reais, podendo até sofrer boicotes em um ambiente em que cada deslize pode ser fatal. Nesse cenário, “Marcas Ativistas” se propõe a indicar caminhos para evitar estratégias que podem não dar certo.

“Se bem trilhados, esses caminhos podem levar a um engajamento real e duradouro com os consumidores. As marcas estão desafiadas a construir seu território de impacto positivo, pois a simples posição baseada na troca por produtos e serviços, associada à neutralidade em relação a temas relevantes como racismo, questões de gênero, feminismo e meio ambiente já não alimenta mais o vigor de suas ofertas .Não se posicionar pode transmitir a ideia de consentimento, enquanto emitir opiniões de forma superficial pode ser lido como hipocrisia, se o discurso não vier acompanhado de ações concretas e condizentes com seu DNA”, avalia Luis Bartolomei, sócio-fundador, CEO e head de criação da CBA B+G.

As marcas não têm mais escolha: precisam se arriscar mais. “Sem dúvidas existem riscos no envolvimento de uma marca em causas relevantes para os indivíduos. Entretanto, muitos exemplos reais têm nos mostrado que agir ainda é melhor do que não se posicionar, mesmo que o impacto seja pequeno, e desde que a ação seja direcionada por verdade e transparência”, completa Carolina Barruffini, diretora de branding da agência.

Um dos aspectos que o estudo aprofunda é o tipo e nível de ativismo das principais marcas, o que ajuda a identificar o melhor perfil de cada uma. Os quatro tipos são as “Superativistas”, militantes desde sua fundação (como Patagonia, Ben & Jerry’s e outras); as “Quebra-Paradigmas”, inovadoras e pioneiras em seus negócios (Fazenda Futuro, Impossible Burger e Fenty Beauty são exemplos); as “Ousadas”, que defendem seus valores e causas de forma coerente, buscando incentivar discussões, mesmo que isso signifique não agradar a todos (Starbucks, Nike e Boticário, por exemplo); e as “Responsáveis”, empresas que têm iniciativas corporativas que beneficiam causas, mas sem engajamento de forma tão visível entre as sub-marcas (Nestlé e a iniciativa Cocoa Plan, por exemplo).

A partir das observações, a CBA B+G identificou Os Oito Passos do Impacto Positivo, que servem como guia para as marcas se engajarem em uma causa de forma perene e autêntica, minimizando riscos:

1. Desenhar um posicionamento claro e poderoso – Qual é a razão de existir e as crenças da marca? Qual seu DNA, sua personalidade e quem é o seu público-alvo?

2. Escolher batalhas – identificar as causas que a marca tem credibilidade para defender.

3. Definir os stakeholders – quem a marca impacta, de forma indireta ou direta, externa e interna?

4. Olhar para o histórico da marca (e seu momento presente) – revisitar ações, afirmações e campanhas anteriores para avaliar a credibilidade para se engajar em um assunto.

5. Definir o perfil de engajamento – onde faz mais sentido para a marca estar hoje e qual sua ambição para o futuro?

6. Identificar riscos potenciais – Quanto mais peso tiver a marca, mais ela precisa avaliar os riscos e benefícios antes de tomar qualquer posicionamento

7. Walk the talk – A marca não sobrevive de promessas, grandes discursos ou campanhas impactantes sem ações significativas e reais

8. Escutar os feedbacks – Monitorar a relação ‘promessa versus expectativa atendida’ pode determinar a saúde e a reputação da marca.

O estudo completo se encontra à disposição neste link.

Fonte: Comuniquese

Estudo trata da relação marcas e diversidade

Consumidores querem marcas que apoiam verdadeiramente a diversidade

Pesquisa Diversidade, da Officina Sophia, aponta os temas que as pessoas consideram mais relevantes para apoio das marcas e identifica a relação disso com a propensão de compra

O Brasil e o mundo vivem dois fortes movimentos sociais: de um lado, o forte apoio às minorias e o respeito à diversidade; de outro, um crescimento de movimentos conservadores, culminando muitas vezes na tomada do poder político por esses. Segundo Paulo Secches, presidente Officina Sophia Conhecimento Aplicado, empresa membro da HSR Specialist Researchers, que coordenou o estudo sobre a Diversidade, é nesse universo amplo, múltiplo e diverso que as marcas e empresas devem se posicionar diante do tema.

O estudo aponta nortes importantes para a estratégia das marcas a partir de alguns questionamentos em torno de pontos marcantes ligados à diversidade. Deveriam as marcas fazer de conta que o assunto não é com elas? Ou manter uma posição de neutralidade? Ou ainda adotar uma posição explícita de apoio, mesmo que lidando com as manifestações críticas de correntes mais conservadoras da sociedade? Com base nessas perguntas, a pesquisa colheu insights para subsidiar a discussão, bem como fornecer parâmetros para a gestão das marcas e dos negócios.

O levantamento mostra claramente que as pessoas querem se aproximar de marcas com propósitos e crenças semelhantes às suas. Porém, algumas causas têm mais valor que outras e o estudo identificou quais os temas em que a sociedade é mais favorável:

A pesquisa Diversidade comprova ainda que as Marcas devem ter uma atuação forte e verdadeira, com engajamento genuíno. De modo geral, o brasileiro é favorável ao apoio de causas sobre diversidade. Entretanto, por parte das empresas, entende que deve haver pertinência com relação a esses temas, sem oportunismos. As entrevistas evidenciaram as bandeiras mais pertinentes para o apoio das marcas:

Outro ponto fundamental é que definir propósitos e se posicionar de forma transparente ao levantar algumas bandeiras pode resultar em um bom negócio, com reflexo em vendas de produtos e/ou serviços. Segundo o estudo, existe relação direta entre o apoio a causas e a propensão de compra dos consumidores:

“O consumidor se identifica mais com marcas que respeitam a diversidade de forma contínua e verdadeira no seu dia a dia. As empresas, portanto, devem estar atentas às demandas da sociedade ao definir suas estratégias de negócios. Ademais, o envolvimento de maneira superficial e a defesa de causas por oportunismos ou modismos pode ser um verdadeiro tiro no pé”, assegura Secches.

Amostra – A pesquisa quantitativa Diversidade foi realizada nacionalmente, no mês de julho. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, entre 18 e 50 anos, homens e mulheres, de classes sócio-econômicas ABCD (Critério Brasil), de São Paulo (Capital e interior), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. O estudo sinaliza ainda que, em média, o apoio aos temas e causas identificadas como mais relevantes é maior nas classes sociais C2D, seguidos pelas B2C1. As classes AB1 também demonstram apoio significativo, mas em menor percentual. Em todos os casos, a proporção de apoio é maior na amostra feminina.

Fonte: Lucia Faria Comunicação Corporativa – Marco Barone

Coluna “Discutindo a relação…”

Novas expectativas, novas entregas

Vivemos definitivamente um tempo em que fazer propaganda e comunicação “feijão com arroz”, mesmo que bem feita, funciona cada vez menos.

Pesquisas e estudos indicam que as pessoas demonstram cada vez mais resistência a uma comunicação escancaradamente comercial. E também rejeitam a propaganda tradicional e interruptiva – aquele que se intromete e interrompe um determinado conteúdo ou programação.

As marcas e a propaganda tradicional estão desgastadas. Motivar, persuadir e convencer pessoas está cada vez mais complicado e difícil. O consumidor atual é cético em relação às formas tradicionais de propaganda.

É preciso que marcas e agências de comunicação estejam atentos a propósitos e causas verdadeiras que sejam detonadoras de ganhos e conquistas sociais para as pessoas. As marcas devem pensar não apenas em vender mais, mas sim em como podem melhorar a vida das pessoas.

Um bom exemplo de como buscar soluções que associem ideias, marcas e propósitos é a ação da Sansung que reuniu crianças que queriam muito jogar futebol e trouxe ninguém mais ninguém menos do que o treinador da seleção brasileira para treiná-los. A ação é na verdade uma websérie chamada “Samsung é Mais Jogo” e foi criada pela agência Cheil Brasil.

Confira nesta matéria do Reclame:

Confira os bastidores de criação da websérie "Samsung é Mais Jogo", da agência Cheil Brasil para Samsung Brasil

A Samsung lançou recentemente a websérie "Samsung é Mais Jogo", dando continuidade ao trabalho que vem fazendo no Brasil dentro do novo posicionamento global "Do What You Can't". Criada pela agência Cheil Brasil e produzida pela BigBonsai, os três filmes contam uma história real de um grupo de crianças que antes eram preteridas pelos colegas na hora de jogar futebol, mas que agora serão treinadas pelo técnico Tite.Confira todos os detalhes dos bastidores de criação da campanha que o RECLAME trouxe para você!

Posted by RECLAME on Friday, June 8, 2018

Os profissionais de marketing, comunicação e branding devem estar atentos ao fato de que a tecnologia não deve ser um fim, mas um meio para promover a felicidade e o progresso das diversas camadas da população. Usar a tecnologia para associar a sua marca à solução das dores dos consumidores, ou seja, resolver ou atenuar problemas reias e cotidianos.

As pessoas querem se sentir pessoas. O caminho é esse. Promover causas e pessoas. E não marcas e produtos apenas. O crescimento de ações focadas em causas sociais é destacada nesta matéria da Meio&Mensagem.

Fiquemos atentos! Os consumidores (as pessoas) querem ações diferenciadas de comunicação e um novo papel das marcas.