Serão 10 rodadas de pesquisas ao longo do ano, começando com a expectativa de compras do consumidor de S. José para o Dia das Mães
A Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos e a Universidade de Taubaté assinaram um acordo para a realização de uma série de pesquisas de opinião, com consumidores e empresários, tendo como foco as principais datas comemorativas do comércio. Os levantamentos serão realizados pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau.
Imagem de Arek Socha do Pixabay
Serão 10 rodadas de pesquisa ao longo de 2021, a primeira com a expectativa de compra dos consumidores frente ao Dia das Mães. Também serão realizados levantamentos com foco no Dia dos Namorados, aniversário de São José dos Campos, Dia das Crianças e Natal. Os levantamentos serão realizados em áreas de grande circulação do comércio: Calçadão da Rua 7, eixo da Rua 15 e nos shoppings CenterVale, Centro, Colinas e Vale Sul.
Para a presidente da ACI, Eliane Maia, as pesquisas vão fornecer indicadores estratégicos e de qualidade, que irão auxiliar os lojistas a se programarem frente a cada data específica, além de servirem como um retrato fiel do comportamento dos consumidores e da economia ao longo do ano. “Estamos investindo nessas pesquisas porque acreditamos no resultado positivo que elas terão para a ACI, para os empresários e para a sociedade, no contexto geral. ”, disse.
A pró-reitora de Extensão da Unitau, Letícia Maria Costa, a quem o Nupes está ligado, considera a parceria entre a universidade e a ACI como estratégica. “As pesquisas desenvolvidas pelo Nupes são uma referência para toda a Região Metropolitana do Vale do Paraíba graças à sua credibilidade. Estender nossos serviços, por meio desta parceria com a ACI de São José dos Campos reflete nosso compromisso com o desenvolvimento regional.”
Os primeiros resultados da série de pesquisas ACI/Unitau serão divulgados na próxima semana, pouco antes do Dia das Mães.
Fonte: Matéria Consultoria & Mídia – Gabriel Camacho
Criteo divulgou dados sobre o comportamento de compras online no Brasil no último ano de isolamento social; a demanda por roupas e acessórios continua crescendo
Março marca um ano desde que o Brasil adotou oficialmente medidas de isolamento social devido ao aparecimento da Covid-19. Desde então, o uso do e-commerce cresceu exponencialmente, à medida que os brasileiros se voltaram para essa forma de fazer compras para atender suas necessidades no conforto de suas casas. Em abril de 2020, após o primeiro mês de isolamento social, snacks e chocolates tiveram o maior crescimento no consumo online no Brasil. Agora, um ano depois, as compras online de alimentos caíram 27%, enquanto outras categorias, como artigos esportivos, que teve queda em 2020, estão começando a crescer.
Criteo, a empresa de tecnologia global que fornece publicidade confiável e impactante aos profissionais de marketing do mundo, analisou os dados de transações dos últimos doze meses para compreender os efeitos que a Covid-19 teve nos hábitos de consumo no Brasil e nas categorias de produtos que continuam a ser comprados online.
Enquanto a demanda online por alimentos despencou, a venda de roupas e acessórios continuou a aumentar 23%, apesar dos longos meses de isolamento social. Especificamente, os dados da Criteo viram aumentos de + 227% nas compras de trajes de banho, + 113% em chaveiros, + 111% em anéis e + 95% em colares.
Ao contrário do que foi observado em 2020, a venda de artigos esportivos cresceu 127%, indicando que os brasileiros podem estar ansiosos para voltar a se exercitar ao ar livre ou até mesmo intensificar a rotina de exercícios em casa.
“A pandemia causou mudanças duradouras no comportamento do consumidor à medida que passamos de medidas altamente restritivas para medidas moderadas de isolamento social. Isso se reflete diretamente nas compras e canais de consumo escolhidos pelos brasileiros à medida que a pandemia evoluiu no ano passado. Dados os diversos níveis de conforto com as compras em lojas físicas, continuamos a ver os profissionais de marketing adaptando suas vendas e engajamento às estratégias omnichannel para atender o cliente onde ele está”, afirma Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo.
Eletrônicos e itens para casa com venda em alta
Ao comparar o mercado de vendas de comércio eletrônico de 2020 com as vendas de 2021, a Criteo descobriu que os dispositivos eletrônicos portáteis e produtos domésticos tiveram aumentos consideráveis.
Com os consumidores isolados em casa, muitos tiveram que adaptar suas áreas de estar para acomodar o trabalho em home office e espaços escolares. Devido a esta nova forma de viver, as vendas online de cadeiras e escrivaninhas continuaram a aumentar 142% e 125%, respectivamente, enquanto a compra de laptops aumentou 666% e a de tablets aumentou 492%. Isso continuou a aumentar à medida que muitos consumidores perceberam que continuarão trabalhando e estudando remotamente por um longo período de tempo.
No entanto, os dados da Criteo mostram que as vendas de produtos eletrônicos e domésticos não giram apenas em torno do trabalho e da escola. Os videogames e os televisores também registraram aumento no número de vendas, de 412% e 248%, respectivamente, à medida que as pessoas buscam formas de se divertir com segurança em casa.
Muitos consumidores também estão aproveitando para melhorar suas casas, resultando em um crescimento de 28% das vendas online no setor de decoração para casa, especificamente um aumento de + 272% em itens de cozinha, +188 em itens para sala de jantar, + 161% em prateleiras e +59 nas mesinhas de cabeceira.
Metodologia
A Criteo analisou dados comerciais de mais de 1000 clientes no Brasil de 15 a 28 de fevereiro de 2021 em comparação com 15 a 28 de fevereiro de 2020.
Fonte: Sherlock Communications – Marcos Paulo Neiva
O que mudou na Comunicação com a implementação da LGPD
Nova legislação mostrou que não apenas grandes empresas, mas também as assessorias de comunicação precisam readequar processos e serviços visando a segurança e a privacidade dos usuários
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor em setembro de 2020 e, com isso, houve a necessidade da comunicação se adaptar às novas normas. A aboutCOM, agência especializada no atendimento a empresas de tecnologia, traz algumas considerações sobre o impacto da nova legislação para o trabalho de assessorias de comunicação e, também, como a tecnologia foi afetada por essa novidade, que ainda exige muitas adequações por parte das empresas.
É inevitável citar que, antes, empresas de telemarketing faziam uso dos dados pessoais, como telefone de contato ou mesmo e-mail, para chegar até os usuários e ofertar pacotes e serviços que poderiam ser do interesse desse cliente em potencial. Quem nunca precisou deixar uma reunião importante para atender a uma chamada que, no fim, era mais uma dessas ofertas? A principal reclamação, por parte dos usuários, era sobre como as empresas conseguiam os dados das pessoas para efetuar as propostas. Com a implantação da LGPD, isso mudou. O principal propósito da lei é justamente proteger os direitos de liberdade e privacidade dos usuários, por meio da monitoração das ações das organizações em relação às informações de cada pessoa. Isso quer dizer que o trabalho de profissionais de telemarketing está passando por muitas mudanças. Mais que isso, a comunicação como um todo precisa se readequar.
Os impactos para os profissionais de comunicação, especialmente assessores, foram diversos, principalmente na forma como o dado é analisado, pois as agências precisam ser ainda mais estratégicas e transparentes no uso dessas informações sensíveis. O impacto na compra de mídia digital e na inteligência artificial também é notável. As organizações têm o desafio de investir mais em User Experience Research para encontrar novos caminhos, no intuito de reduzir o atrito que pode ser causado na etapa da experiência dos usuários. Houve, também, um aumento dos custos com tecnologia nas empresas, já que passou a ser imprescindível garantir ferramentas de bancos de dados, monitoramento e segurança de acordo com as disposições da nova lei.
“Podemos perceber uma mudança muito significativa na captação de leads, pois existe, agora, uma preocupação muito maior com relação ao preenchimento de formulários por parte dos usuários, que atentam para os riscos de exposição de dados pessoais e desconfiam do que pode acontecer caso aceitem participar deste tipo de iniciativa”, comenta Flavia Sobral, diretora da aboutCOM.
Outro ponto que pode ser destacado é em relação ao envio de press releases, uma prática tão comum a assessores de comunicação. A partir de agora, as plataformas que atuam como banco de dados ou criação de mailings precisam que o jornalista dê seu consentimento para receber esses materiais, conforme orienta a LGPD. A exceção é quanto a fotos feitas em eventos, já que, se forem realizadas para fins exclusivamente jornalísticos e artísticos, não se aplica o direito do uso de imagem ao tratamento de dados pessoais.
Portanto, com a LGPD, o usuário tem a oportunidade de assumir o comando de seus dados e escolher como e para quem eles serão expostos. Isso significa que o controle sobre como dados pessoais são transmitidos na internet está nas mãos de cada indivíduo e não mais das empresas. Além disso, o direito ao esquecimento dá aos usuários a oportunidade de controlar a maneira como os dados são expostos, enquanto que o direito ao acesso permite escolher quais conteúdos determinada empresa pode ter armazenados sobre ele.
Com base nisso, as agências de comunicação, devido à necessidade de lidar com diferentes marcas e organizações, precisam levar em conta a importância de um movimento proativo que busca auxiliar essas empresas, além de ter seus processos de adequação e estrutura de governança de dados. A lei demonstra a necessidade de nomear um encarregado de proteção de dados, responsável por aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar esclarecimentos, receber comunicações da autoridade nacional e adotar providências, além de orientar os funcionários a respeito das práticas a serem tomadas sobre a proteção de dados pessoais.
Essas orientações visam proteger, cada vez mais, os usuários no ambiente digital. Com uma crescente expansão do uso de recursos virtuais, seja para o trabalho ou mesmo para o lazer, é fundamental que exista uma reflexão e, neste caso, uma readaptação quanto a maneiras de realizar uma comunicação saudável, segura e efetiva para ambos os lados. Assim como o mundo é transformado pela comunicação, também ela acaba por ser transformada pelas mudanças que ocorrem na sociedade.
Pesquisa revela que, nesta Páscoa, consumidores optarão por compras online e pequenos produtores irão brigar com grandes marcas
Segundo a The Insiders, responsável pelo levantamento, o marketing com foco em pessoas reais irá impulsionar o setor, já que 86% dos entrevistados disseram ser diretamente influenciados pela opinião de amigos e parentes na hora da escolha
Mesmo com a redução de renda e desemprego em alta, a perspectiva é que a Páscoa neste ano deve continuar a movimentar o comércio. Segundo pesquisa realizada pela The Insiders, empresa de marketing que conecta marcas a pessoas reais, 68% das mais das 5.400 pessoas entrevistadas vão comprar ovos de páscoa e, destes, 72% pretendem fazer suas compras online. O compilado dos dados também revelou que grandes marcas brigarão de igual para igual com mercado informal de pequenos produtores, que ganharam um espaço relevante na lista de preferência de ovos de Páscoa: 56% declararam optar pelos chocolates caseiros no lugar das tradicionais do varejo.
Imagem de S. Hermann & F. Richter do Pixabay
Este movimento traz, em contrapartida, uma outra informação também abordada na pesquisa: o marketing com foco em pessoas reais irá impulsionar o setor, uma vez que 86% dos entrevistados disseram ser diretamente influenciados pela opinião de amigos e parentes na hora de escolher o produto, contra apenas 15% que levam em consideração a opinião dos grandes e famosos influencers que atuam nas mídias sociais. “O comportamento das pessoas mudou e influenciadores reais, com quem se tem uma genuína troca no ambiente online, têm muito peso na decisão dos consumidores, ainda mais em uma data afetiva como a páscoa. Pensar em pessoas reais para alavancar as campanhas de marketing para esse dia pode ser a chave para o aumento das vendas e do lucro em meio a uma época de crise”, comenta Joel Amorim, diretor da The Insiders na América Latina.
Não é à toa que essa análise ganha mais peso frente às estratégias de marketing popularmente utilizadas. No levantamento, 49% dos respondentes afirmaram que irão se informar sobre preços e produtos por meio de blogs e redes sociais. “A compra pela internet já é uma realidade muito forte, principalmente neste período de pandemia. Apostar em marketing de influência, ainda mais em uma figura real, com que o público se identifique, é com toda certeza uma maneira de atrair compradores e fazer com que as vendas sejam impulsionadas durante o período”, explica Amorim.
Para o diretor, a estratégia, nesse caso, deve ser bem estruturada e mais do que procurar na rede social uma vitrine para a marca, deve-se apostar em vantagens a ser compartilhada com o consumidor, já que 94% declararam gostar de cupons de descontos ou benefícios na hora da compra. Apesar do momento delicado em que o país vive, a pesquisa revela que a Páscoa ainda acessa uma memória afetiva importante na vida dos clientes. A data é vista como um dia de celebração da vida, em que mesmo distantes fisicamente, as pessoas querem se fazer presentes, amenizando os impactos que o distanciamento social tem causado no dia a dia das famílias.