Quarentena muda comportamento dos usuários das redes sociais

Estudo desenvolvido pela FAAP, em parceria com a Socialbakers, mostra queda nas interações e no número médio de seguidores das celebridades no Instagram

A velha máxima de que “conteúdo é rei” mostrou-se ainda mais válida nessa quarentena. O estudo #MS360FAAP, desenvolvido a partir de uma parceria do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) com a Socialbakers, mostrou uma queda percentual – se comparado com o início do ano – na média de seguidores das celebridades no Instagram. A redução foi de aproximadamente 34%, saindo de um número médio de 13,175 milhões (no primeiro trimestre) para 8,680 milhões neste segundo trimestre.

Image by William Iven from Pixabay

Com muito mais pessoas nas telas, devido ao distanciamento social por conta no novo coranavírus, o pensamento mais óbvio seria que as redes sociais teriam uma inundação de usuários e conteúdo, explica o professor Prof. Thiago Costa, um dos pesquisadores do estudo. Mas não foi o que aconteceu.

Entre janeiro e março deste ano, esse mesmo os perfis das celebridades alcançavam um crescimento de 17,3% no número médio de seguidores, na comparação com o período imediatamente anterior. Ou seja, depois de uma subida considerável, esse tipo de perfil teve uma queda percentual bem maior.

“É totalmente possível atribuir essa queda dos seguidores ao empobrecimento do conteúdo gerado pelas celebridades”, afirma Thiago Costa, que também é coordenador da pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da FAAP.

De acordo com o professor, a partir do momento em que não havia mais uma “vida glamorosa” e distante da realidade da maior parte das pessoas, o interesse do público diminuiu. “A quarentena nos igualou. Qual o sentido em ver o look do dia se não tenho onde usar essa roupa? Não há mais o que aspirar na vida de uma blogueira, por exemplo. Ela está tão presa dentro de casa quanto qualquer outra pessoa. Ou pelo menos é isso que se espera”, afirma.

Outro ponto que pode ser considerado é o do mau exemplo dado por perfis conhecidos das redes, que não respeitaram as medidas restritivas e, por isso, foram “cancelados” pelo público. E os números não mentem: as interações feitas pelos usuários do Instagram nos perfis das celebridades também sofreram uma diminuição de 42,47% do primeiro para o segundo trimestre de 2020, justamente no auge da pandemia. Saíram de uma média de 150.385 por postagem para 86.503.

O Prof. Eric Messa, coordenador do NiMD-FAAP, aponta que aumentou a visão crítica do público. Portanto, comportamentos vistos como “politicamente incorretos” passam a ter um impacto muito maior, distanciando o influenciador de seus seguidores. Ele lembra que essa queda no volume de interações também se dá por outros fatores, como a diminuição de publicações patrocinadas por marcas e, ainda, uma consequência de novos hábitos de consumo de mídia durante a quarentena, como a televisão, por exemplo.

Facebook

Enquanto a situação das celebridades no Instagram se mostra difícil, no Facebook quem sofre são as marcas. A plataforma continua mostrando um ritmo descendente desde o início de 2020.

Um exemplo desse cenário é o segmento de páginas categorizado como “Marcas/Institucional”. No primeiro trimestre deste ano, comparando com o último de 2019, esse setor já havia sofrido uma diminuição de 31% na média de curtidores. De janeiro até o final de junho, a queda foi menor, de somente 7%, porém mantém o viés de diminuição: a média de curtidores era de 2.939.968 no primeiro trimestre e, em abril, maio e junho, ficou em 2.729.411.

Em relação à amplificação de postagens, ou seja, na compra de mídia, das cinco categorias analisadas, três aumentaram a quantidade de conteúdo impulsionado (Marcas/Institucional, E-Commerce e Entretenimento). Já o setor de Mídia/Notícias manteve a quantidade. Apenas 7% dos conteúdos recebem impulso financeiro.

Na contramão, o segmento de Bens de Consumo diminuiu o percentual de posts amplificados, de 63% para 59%. “Mesmo que pequena, essa diminuição já deve ser uma consequência direta do movimento Stop Hate For Profit, que teve início em junho nos Estados Unidos e, desde lá, ganhou adesão de mais de 240 marcas que anunciaram o fim de suas campanhas de mídia no Facebook”, explica Messa.

Mais achados de destaque da pesquisa

– O setor de “Entretenimento” foi o que mais postou no Facebook no 2º trimestre, com uma média de 30 conteúdos por semana.

– 92% das postagens feitas no Facebook em abril, maio e junho de 2020, pelas principais páginas de “Mídia e Notícias”, continha algum tipo de link que levava o leitor para fora da plataforma, ou seja, outra página.

– 28% dos conteúdos postados pelos 100 maiores perfis do Instagram no Brasil não aparecem com nenhuma hashtag no texto.

– O tipo de postagem que mais gera engajamento para marcas no Instagram é o Carrossel (mais de uma foto no mesmo post). No segundo trimestre deste ano, em média, os 100 maiores perfis receberam 14.183 curtidas em conteúdos desse tipo.

O estudo #MS360FAAP apresenta trimestralmente o comportamento das 100 marcas e celebridades com mais interações no Facebook e Instagram. Os relatórios estão disponíveis no site www.faap.br/ms360faap.

Fonte: FAAP / OBOÉ COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

Kantar anuncia o Projeto Moonshot

Kantar anuncia o Projeto Moonshot, lançando plataforma inédita de medição de eficácia de publicidade

Parcerias fundamentais, incluindo Google, Roku, Pandora e Anzu, impulsionam a próxima geração de planejamento e otimização de mídia

A Kantar, principal empresa de dados, insights e consultoria do mundo, anuncia neste mês um marco importante em seu projeto para oferecer a plataforma independente mais avançada para medir a eficácia da publicidade.

O Projeto Moonshot é a primeira iniciativa do setor a estabelecer integrações diretas de dados com empresas como Google, Pandora e a plataforma de anúncios em rápido crescimento, Anzu, para avaliar o impacto da publicidade nas marcas e suas vendas.

Foram anunciadas também as parcerias com plataformas como Dish, Pinterest, Roku, Snap, Spotify e Twitter para medições sem cookies. A Kantar agora possui parcerias operacionais ou está em testes avançados com 9 dos 10 principais publishers, 15 dos 20 principais aplicativos, e está em discussões avançadas de integração com mais de 50 outros publishers.

O objetivo é representar 95% dos gastos globais com anúncios digitais, integrando 250 publishers em medições cross-publishers na plataforma até o final de 2021.

O Projeto Moonshot foi criado para atingir três objetivos em todo o setor:

  • Estabelecer uma plataforma de dados e tecnologia de última geração, compatível com privacidade, para migrar o setor da medição baseada em cookies para integrações diretas com os publishers.
  • Ter uma medição independente da eficácia dos anúncios de publishers individuais e empresas de mídia.
  • Obter uma medição independente da eficácia dos anúncios entre todos os publishers dentro de um plano de mídia, incluindo soluções de pesquisa para Walled Garden (plataformas fechadas para mensuração) e campanhas cross-publishers.

A avaliação holística, consistente e transparente da eficácia da publicidade em todas as plataformas, incluindo plataformas de mídia social e walled gardens, é identificada como um grande desafio por 75% dos maiores anunciantes do mundo segundo o Getting Media Right, estudo sobre o mercado de mídia e marketing.

A pesquisa da Kantar indica que 80% dos profissionais de marketing confiam na avaliação de terceiros, em comparação com pouco mais de 40% que confiam nos dados de publishers individuais ou plataformas de mídia. O estudo também identificou prioridades importantes para os anunciantes: a necessidade de provar o ROI, atribuir impacto na marca e nas vendas aos canais certos e a capacidade de otimizar as campanhas.

“Até agora, anunciantes e agências de mídia conseguiam medir a eficácia de sua publicidade on-line com muitos publishers, exceto os walled gardens, usando cookies de rastreamento. Com o desaparecimento dos cookies de terceiros, nós desenvolvemos novas maneiras de avaliar a eficácia, usando uma combinação de metodologias, incluindo integrações diretas e medição probabilística amplamente validada, anunciando uma nova era para a eficácia cross-publisher”, afirma Maura Coracini, diretora e líder de Mídia de Insights da Kantar Brasil.

O Projeto Moonshot fornece aos publishers duas metodologias sem cookie e compatíveis com as normas de privacidade para implantar medições e rastreamento. Ambas as metodologias têm em seu núcleo a divisão Profiles da Kantar, baseada em permissão e em conformidade com a privacidade, de 100 milhões de consumidores em todo o mundo.

“Mais do que nunca, é importante que os publishers possam defender suas receitas de forma independente do desempenho dos anunciantes”, diz Valkiria Garré, CEO de Insights da Kantar Brasil.  “A remoção gradual dos cookies de terceiros significa que a mensuração da eficácia dos anúncios on-line precisam evoluir, em conformidade com a privacidade.”

Fonte: Karina Rodrigues – Assessora de Imprensa

Coluna “Discutindo a relação…”

Pesquisa aponta caminhos na relação clientes-agências

A Meio&Mensagem trouxe uma excelente matéria sobre pesquisa desenvolvida pela agência The Heart em parceria com a Bistrô Estratégia que tenta desvendar como será a relação entre agências e anunciantes no mercado pós pandemia do Covid 19. Tentarei aqui repassar alguns pontos importantes.

A pesquisa misturou aspectos quantitativos e qualitativos e ouviu 30 líderes de marketing de grandes anunciantes nacionais

Um dos aspectos levantados nesta pesquisa diz respeito à remuneração dos trabalhos das agências. O que se extraiu é que deverá acontecer uma adequação em função dos impactos econômicos causados pela pandemia.

O levantamento aponta que 50% dos clientes que contratam agência por fee devem mudar essa forma de remunerar no período pós Covid 19. Um dos caminhos será a adoção de contratação por projetos ou jobs. Nesta linha, outras informações relevantes: para 26% dos entrevistados a relação custo-benefício é decisiva e 19% querem parceiros estratégicos bem preparados para vencer novos desafios e que tenham capacidade de adaptação ao novo cenário.

Modelo ideal

Um ponto importantíssimo detectado é o que mostra que a busca de um formato ideal de relação passa pela criação de um modelo de atuação das agências que equilibre os seguintes aspectos: custos, consistência, fluidez e inovação.

Image by Gleen Ferdinand from Pixabay

Um aspecto fundamental, em minha opinião, levantado pela pesquisa diz respeito ao fato dos anunciantes acreditarem em um modelo de agência “não departamentalizado”, em que possa acontecer integração de ideias e haja um time multifuncional resolvendo problemas de forma criativa.

Sinergia entre dados e criatividade

Importante destacar que o levantamento aponta que para os clientes “a relação é menos sobre estar presente em todos os canais e mais sobre estar onde a marca, o budget e o target estão, para gerar mais sinergia com o resultado esperado”. Também vale destacar que os clientes/anunciantes desejam agência que gerem sinergia entre dados e criatividade.

Creio que os dados levantados sejam de suma importância para que as agências possam encontrar o melhor caminho para prosseguirem fortes e saudáveis após o fim das dificuldades impostas pelo período de pandemia e isolamento social.

WhatsApp cresce 900%

Número de usuários mensais do WhatsApp cresceu 900% nos últimos 7 anos

Manter-se em contato constante com as redes de amizades e de apoio é da vontade de todos, principalmente com a ajuda da tecnologia. Sabendo que o WhatsApp garante tal relação com apenas um clique, o Cuponation, plataforma de descontos online e integrante da alemã Global Savings Group, reuniu informações sobre a mídia social no mundo e também indica o por quê de este ser um dos aplicativos mais usado pelos brasileiros.

Recentemente a plataforma Statista divulgou uma pesquisa realizada entre 2013 e 2020 na qual registra, em milhões, o número de usuários ativos mensalmente no WhatsApp em todo o mundo. Os dados apontam que, desde março deste ano, cerca de dois milhões de indivíduos estão conectados o mês inteiro no App.

Analisando os pulos de crescimento desses números, o Cuponation observou que entre o começo e o fim do estudo o WhatsApp conquistou por volta de 900% de novos usuários mensais, já que em abril de 2013 havia em média 200 milhões de pessoas apenas.

Comparando a informação de 2020 com o penúltimo dado levantado na pesquisa lá em dezembro de 2017, a diferença é menos gritante, mas ainda assim significante: houve um aumento de 98,67% de usuários. Veja a pesquisa completa no infográfico interativo do Cuponation.

Anteriormente, a plataforma de estatísticas já havia produzidos outros dois levantamentos sobre a penetração global de uso ativo das principais redes e as mídias sociais mais populares do mundo, ambas em 2020.

Com semelhanças, nos dois estudos o WhatsApp garantiu o terceiro lugar, ficando atrás do Facebook e do Youtube. Enquanto no primeiro levantamento o assunto penetração mundial do uso regular do aplicativo foi de 48% (ou seja, quase metade do mundo), a segunda proposta aponta que o app conseguiu se posicionar em tal colocação justamente por causa dos dois milhões de usuários ativos que vem mantendo nas últimas semanas.

No Brasil, nem há a necessidade de qualquer comprovação: o Whatsapp é uma das “redes sociais” mais utilizadas pela população. Não porque é possível enviar isso ou aquilo, mas por que é fornecido de forma gratuita no país, já que o sistema de SMS e ligações é pago – ao contrário dos Estados Unidos, por exemplo, em que este sistema é 100% de graça, o que torna o aplicativo quase desconhecido pelos norte americanos.

Fonte: Comuniquese – Giovanna Rebelatto