5 tendências da Comunicação Interna para 2023

Por Hugo Godinho*

Com sua importância cada vez mais reconhecida pelas empresas, a Comunicação Interna tem se mostrado uma área imperativa nas organizações que procuram manter seu rendimento alto, garantir o bem-estar dos colaboradores e construir uma comunicação eficiente. O setor, que vem utilizando a tecnologia a seu favor, indica que o futuro é investir em aplicativos e canais que dinamizem o ambiente de trabalho e promovam o engajamento entre as pessoas.

Quando bem desenvolvida, a Comunicação Interna pode trazer inúmeros benefícios – tanto à empresa quanto a quem se beneficia dela. Os números comprovam! De acordo com o Programa Paulson, a CI pode reduzir o turnover em cerca de 87%; já uma pesquisa feita pela Towers Watson mostra que a Comunicação Interna pode multiplicar o desempenho de uma equipe em até 3,5 vezes.

Parte do trabalho de uma CI eficiente é entender o colaborador. As empresas precisam entender como é, de fato, a jornada do colaborador. A Comunicação Interna precisa ser personalizada, mas isso só é possível depois de conhecer quem irá receber esse fluxo de informações.

Abaixo, mostro as principais tendências para a Comunicação Interna no próximo ano. Confira:

1. Planejamento: O primeiro passo para uma CI de sucesso em 2023 é fazer um planejamento detalhado e baseado em dados. As empresas precisam entender como é, de fato, a jornada do colaborador. Por isso, ter a possibilidade de medir essa experiência e trabalhar a partir de métricas é fundamental. Nós temos um universo maravilhoso nesse sentido! A Comunicação Interna precisa ser personalizada, mas isso só é possível depois de conhecer esses dados.

2. Lideranças comunicadoras: O engajamento do colaborador depende da conexão que ele tem com a liderança e de como esse líder se posiciona diante da comunicação. Por isso é importante contar com ferramentas capazes de olhar para esse processo como um todo, reunindo em um único lugar tudo o que essas pessoas precisam para se informar e se expressar. Os canais de comunicação devem ser abrangentes para que a jornada desses profissionais aconteça de forma fácil, fluida e orquestrada.

3. Redes sociais: As redes sociais estão presentes na vida de todo mundo, por isso nas organizações a tendência é que não seja diferente. As redes sociais corporativas, que vêm ganhando cada vez mais adeptos, são um exemplo. O aplicativo deve trabalhar ao mesmo tempo engajamento e comunicação, além de reduzir ruídos e oferecer uma estratégia de CI mais justa, que contemple todos os colaboradores.

4. Mobile-first: O futuro da comunicação, seja ela pessoal ou profissional, está na palma da nossa mão. Adaptar a Comunicação Interna para essa tendência é urgente. Muitas empresas ainda usam como carro-chefe canais um pouco mais antigos, como intranet e e-mail. Entretanto, já é possível notar a transição para a comunicação mobile-first, que foca na mobilidade do usuário.

5. Integração: Parte essencial da Comunicação Interna é manter os colaboradores integrados e conectados à cultura organizacional. Em tempos cada vez mais híbridos ou remotos, eventos podem estimular essa conexão que já acontece virtualmente. A integração de times deve fazer parte da agenda de eventos internos. Que tal a realização de um team building para fortalecer a confiança entre colaboradores ou de um bate-papo com o CEO para compartilhar resultados e novidades?

*Hugo Godinho, CEO da Dialog, startup responsável por desenvolver uma plataforma multicanal de Comunicação Interna e RH

Veja o que aponta pesquisa O Status do Marketing B2B

Para líderes de Marketing B2B, falta preparo técnico para agências digitais

Ao menos 52,2% dos líderes de Marketing B2B brasileiros considera agências com falta de preparo técnico, aponta pesquisa O Status do Marketing B2B

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“Pejotização” do setor, falta de tecnologia e mão de obra especializada. Esses são alguns dos fatores que levam ao menos 52,2% líderes de Marketing B2B brasileiros a considerar que as agências brasileiras não estão preparadas para os desafios crescentes em digital – cada vez mais técnico. E é por isso que quase 60% das empresas busca, primeiro, fornecedores com conhecimento técnico suficiente para operar as estratégias digitais.

Esse é um dos resultados da pesquisa O Status do Marketing B2B – Edição 2023, realizada anualmente pela Intelligenzia, agência pioneira no setor brasileiro. Realizada desde 2017, o estudo é referência no mercado nacional. Este ano, a pesquisa aconteceu entre os meses de julho a outubro, com 386 lideranças de Marketing B2B de todo o país.

“A barreira técnica é um desafio crescente no mercado. As empresas têm dificuldade em encontrar mão de obra especializada, e as agências, que deveriam suprir essa demanda altamente especializada, também não conseguem, por uma série de razões. O resultado é que ao menos 52,4% das empresas não consideram que suas estratégias e processos de marketing digital estejam consolidados”, afirma Emilia Bertolli, cofundadora da empresa.

Terceirização e descentralização

As empresas seguiram, em 2022, com a terceirização e a descentralização dos serviços, com a contratação de várias agências, ao invés de um único fornecedor – uma mudança registrada nos últimos anos. Para se ter uma ideia, em 2017 ao menos 52% das empresas tinham uma agência integrada para todos os serviços. Esse ano, o número é de apenas 15,2%.

“Essa mudança de paradigma no mercado reflete como métricas em tempo real exigem performance e entrega de resultados – fatores esses que levam, claro, à contratação de serviços cada vez mais especializados”, explica Emilia.

Conteúdo volta a ser essencial

Ao menos 73,3% dos respondentes declararam investir em conteúdo hoje e cerca de 81% das empresas pretende seguir investindo nessa tática no próximo ano. O número é compatível com o volume de empresas que contratou agências para conteúdo em 2021: 51,4%. Embora esse número tenha sido apenas de 20% em 2022, os dados revelam a profissionalização ocorrida nos últimos dois anos.

O conteúdo orgânico, aliás, é uma das principais fontes de geração de leads. A primeira delas é o Google Ads, eleita por 72,4% dos respondentes como a principal ferramenta para trazer novas oportunidades. Em segundo lugar está o conteúdo orgânico (56,9%) e, em terceiro lugar, está o LinkedIn Ads, com 43,1%.

Qualidade continua a ser a métrica principal

Assim como em 2021, a qualidade dos leads gerados continua a ser a principal métrica de mensuração do sucesso das estratégias digitais. A surpresa, este ano, ficou por conta do ranqueamento SEO – que teve um aumento de 26,6% ante aos 17,5% registrados em 2021.

“As empresas focaram no digital durante a pandemia, e o desenvolvimento de conteúdo foi uma das frentes principais nesse período. Logo, os especialistas em Maketing passaram a buscar métricas apropriadas para medir o retorno nesse investimento”, afirma Emilia.

Adeus, Facebook

O Facebook despencou de um dos principais canais de conteúdo orgânico em 2019, com 76,7% da preferência dos participantes da pesquisa, para um dos menos usados em 2022, com 11,7% da preferência.

Nos últimos três anos, a posição do LinkedIn como mídia de excelência para a divulgação orgânica B2B só se consolidou – de fato, é o canal mais importante em termos estratégicos. A surpresa fica por conta da queda do Instagram – que de 2019 para cá perdeu em influência, provavelmente pela mudança de algoritmo ocorrida esse ano, que passou a privilegiar conteúdo de vídeo e voltado para entretenimento.

Na mídia paga, o Google Ads se consolida como o principal canal de mídia paga usado pelo B2B, apontado por 88,3% dos respondentes. Em segundo lugar, está o LinkedIn, com 59%. O Facebook/Instagram aparecem em terceiro lugar, com 49,2% da preferência – embora a posição relativamente elevada, houve uma queda expressiva nesse número em relação ao ano passado, quando os canais da Meta foram apontados como importantes por 68,5% dos respondentes.

Tecnologia: ainda um ponto nevrálgico

As empresas B2B ainda preferem as tecnologias mais utilizadas pelo mercado para estruturação do seu CRM: Salesforce e Hubspot ainda lideram a preferência. Chama a atenção o discreto aumento de empresas que declararam não usar CRM – que saltou de 15% para 18% – talvez um reflexo da alta do dólar – já que boa parte dessas soluções ainda é vendida em moeda estrangeira.

Em inbound marketing, ao menos 36,1% das empresas ainda não utilizam nenhuma solução. O RD Station segue sendo a ferramenta mais adotada no país, seguida pelo Hubspot.

Em Vendas, um contingente de 27,4% de empresas também não usa qualquer solução para acompanhar o pipeline, enquanto outras 21,4% utilizam CRM interno para acompanhar as vendas. Em ambos os casos, a integração com marketing – um ponto-chave para geração de oportunidades – pode ser comprometida.

O que as empresas esperam de 2023

Ao menos 79,1% das empresas querem usar dados na estratégia de marketing. Mas ainda há um longo caminho, considerando que 36,1% ainda não usam nenhuma ferramenta de inbound marketing.

Ao mesmo tempo, outras 39,3% das empresas utilizam ferramentas cujo poder de análise de dados não se equipara a soluções mais robustas. Isso totaliza um contingente de empresas de ao menos 75,4% de organizações sem a capacidade, hoje, de analisar os dados de marketing como querem e necessitam.

WhatsApp dá mais um passo e apresenta mecanismo de comércio

Por Rafael Franco*

O WhatsApp está começando a introduzir o recurso de diretórios, o que seria de certa forma uma versão moderna das páginas amarelas. Agora, os usuários poderão buscar produtos e serviços, o que é mais um avanço da empresa no segmento de e-commerce.

E o teste dessa funcionalidade está começando justamente pelo Brasil, mais especificamente na cidade de São Paulo. Outra novidade que deve chegar é o Bussiness Search, que traz a capacidade de encontrar empresas maiores de dentro do aplicativo.

O recurso permitirá que os usuários naveguem por empresas por categoria, como bancos, alimentos, bebidas e viagens, bem como por seus nomes, o que é um ataque central ao principal serviço de buscas do mundo, o Google.

O Business Search visa ajudar os indivíduos para que eles não percam tempo procurando números de telefone de empresas em seus sites e digitando ou até mesmo salvando esses detalhes em seus contatos telefônicos, conforme foi divulgado pela própria empresa em uma cúpula de negócios focada no WhatsApp no Brasil.

Os novos recursos reforçam as crescentes tentativas de transformar o aplicativo de mensagens gigante em um mecanismo de comércio, uma de suas maiores apostas para gerar receita com o serviço gratuito.

A empresa divulgou nos resultados trimestrais do mês passado que o negócio de anúncios, de clique para WhatsApp, cresceu 80% ano a ano e estava a caminho de gerar US$ 1,5 bilhão em receita anual.

A ferramenta já conta com mais de 120 milhões de usuários no Brasil e a empresa enxerga o nosso mercado como a bola da vez para reverter os maus resultados financeiros que vem apresentando recentemente.

Segundo Zuckerberg: “Este é o próximo passo para mensagens de negócios e estou ansioso para ouvir sobre as oportunidades que isso abre para todos vocês.”

E aí você já utiliza o Whatsapp e principalmente os chatbots em sua estratégia de negócio?

*Rafael Franco

Empresário que atua no mercado de tecnologia há 20 anos, a paixão o levou a se aprofundar nesta área e por isso se graduou em Ciência da Computação com pós em Engenharia de Software. Também foi executivo de multinacionais liderando projetos premiados por grandes empresas. Em 2015 fundou a Alphacode, empresa presente em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) em que atualmente é CEO. Lidera um time de especialistas em experiências digitais com grande destaque para projetos de aplicativos mobile, sendo responsável por projetos de grande porte neste segmento como Grupos Habib’s, Madero e TV Band. Comanda o time responsável por dezenas de aplicativos que atendem mais de 20 milhões de pessoas todos os meses, principalmente nos segmentos de Delivery, Saúde e Fintechs.

Marcas marcam presença no Reels e no Tik Tok, aponta relatório

Reels e TikTok se tornam essenciais nas estratégias de marketing para marcas manterem engajamento nas redes sociais

De acordo com o relatório da Emplifi, 80% das marcas publicaram pelo menos um Reels durante o terceiro trimestre de 2022, enquanto em 2021, apenas 41% das contas comerciais apostaram nesse tipo de conteúdo

De acordo com um estudo da Emplifi (antes conhecida como Socialbakers), plataforma líder em Social Marketing, Commerce e Care, as taxas médias de engajamento nas contas das marcas permaneceram consistentes em comparação com o trimestre anterior, com exceção das taxas de engajamento de marcas no Instagram, que apresentaram um leve aumento. Olhando para o formato das postagens que tiveram melhor desempenho na plataforma, em termos de média de interações, os Reels ficaram em primeiro lugar (35% a mais do que outros tipos de conteúdo), seguidos por carrosséis, vídeos e depois imagens.

Ao comparar 463 contas de marcas no Instagram e no TikTok, o estudo global indicou que a plataforma sob o comando de Mark Zuckerberg superou o TikTok em alcance médio por uma ampla margem de 63% a 37%. Ainda de acordo com o levantamento, as marcas também obtiveram mais interações e mais visualizações de vídeo no Instagram. No entanto, o TikTok apresentou maior engajamento de alcance para marcas, com uma vantagem de 57% a 43%. Além disso, o crescimento de seguidores para marcas no TikTok continua subindo, até 200%.

Os Reels do Instagram superaram todos os outros tipos de postagem na rede desde o início do ano, com 80% das marcas na plataforma publicando pelo menos um Reels durante o terceiro trimestre de 2022. Este é um aumento significativo desde 2021, quando apenas 41% das marcas presentes na plataforma estavam postando esse formato de conteúdo.

No Brasil, no início do terceiro trimestre deste ano, pouco mais de 10% dos conteúdos postados pelas marcas no Instagram eram, de fato, Reels. Essa taxa foi aumentando agressivamente ao longo dos meses, chegando a 30% em setembro. Além disso, em termos de performance orgânica na plataforma, os Reels apresentaram uma média de 123 interações, na frente das publicações em vídeo, que ficaram em segundo lugar com 33.

De acordo com o estudo global, os Reels do Instagram são mais populares na indústria esportiva – 92% das organizações e eventos do setor e 88% das marcas de artigos esportivos publicam Reels para aumentar o engajamento com seus seguidores.

No Brasil, essa tendência se manteve. Dos três posts com mais interações no Instagram, o primeiro e o terceiro com mais curtidas e comentários foram publicados pela marca Adidas Brasil, cada um com, respectivamente, 2.331.728 e 1.310.838 de interações. Já a Netflix ganhou o segundo lugar no ranking (1.345.144).

“Ao observarmos esses dados, concluímos que o vídeo curto é uma parte vital do marketing, e veio para ficar. Isso só foi reforçado ao longo de todo o ano de 2022, enquanto as plataformas sociais continuaram a aumentar seus recursos de vídeo”, disse Zarnaz Arlia, CMO da Emplifi. “As marcas adicionaram cada vez mais Instagram Reels às suas estratégias de conteúdo e, há alguns anos atrás, muitos não tinham nem ouvido falar do TikTok – que hoje é o canal de crescimento mais rápido. Para maximizar o alcance e o engajamento, as marcas precisam investir seus recursos nos formatos de conteúdo e nas plataformas que ressoam com seu público”.

Metodologia

A análise da Emplifi é baseada nos dados do terceiro trimestre de 2022 e nas comparações ano a ano, baixadas no início de outubro de 2022.

Fonte: NR7 | Full Cycle Agency