10 tendências de marketing que movimentarão o mercado em 2025

Relatório da Kantar aponta sustentabilidade, transmissão ao vivo e IA generativa entre principais temas

Da sustentabilidade à transmissão ao vivo, das mídias sociais à IA generativa, essas são apenas algumas das tendências para o próximo ano segundo o relatório Marketing Trends 2025, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

“Com base em apontamentos dos nossos especialistas, analisamos e recomendamos tendências macro e micro. O objetivo é que os profissionais de marketing considerem os temas como parte do planejamento estratégico para sua jornada de crescimento de marca em 2025”, afirma Milton Souza, CEO da Kantar Insights Brasil.

As análises são apoiadas por dados comportamentais e atitudinais extensivos da Kantar e oferecem insights relevantes, em um cenário caracterizado por mudanças sociais, demográficas, regulatórias e legislativas, bem como avanços tecnológicos desenfreados.

De acordo com a Kantar, essas são as 10 tendências que farão a diferença em 2025:

1. Segurança virá em primeiro plano com a IA generativa

Os profissionais de marketing ainda estão tentando descobrir como implantar a GenAI, qual será seu impacto e quais são os riscos. Isso porque novas funcionalidades são reveladas com frequência e o medo de ficar para trás é real: mais de um em cada três executivos não acha que ele ou suas equipes têm as habilidades de IA de que a empresa precisa.

A procedência dos dados utilizados pela IA, por sua vez, também será um grande tema em 2025. À medida que a GenAI se torna mais sofisticada, mais pessoas pressionarão pela transparência. Prova disso é que 31% dos brasileiros dizem que anúncios gerados por IA os incomodam e seis em cada 10 consumidores afirmam se preocupar com a criação de anúncios falsos feitos pela IA generativa.

Quer estejam usando a tecnologia para informar decisões de investimento, quer estejam utilizando para ajudar a criar ideias e conteúdos, os profissionais de marketing precisarão de garantias de que os dados de treinamento nos quais os modelos são baseados são confiáveis e relevantes.

2. Sustentabilidade será um trabalho de marketing

Atualmente, 87% dos brasileiros dizem querer viver um estilo de vida mais sustentável e 56% dizem que pararam de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta.

Com a promessa de que 2025 será um grande ano para a legislação de sustentabilidade, aumentando seu impacto nas principais economias do globo, isso forçará as marcas a ver o tema como oportunidade – e também como risco.

“Até agora, a maioria dos profissionais de marketing não tiveram um desempenho satisfatório em fazer com que a sustentabilidade seja vista como algo significativamente diferente pelos consumidores. Apesar disso, nossa análise do Kantar BrandZ Global sugere que o marketing relacionado à sustentabilidade já contribuiu com R$ 1,1 trilhão para o valor das 100 maiores marcas do mundo”, afirma Souza.

3. Inclusão será um imperativo para o crescimento de marca

Dados da Kantar mostram que os brasileiros esperam que as marcas sejam mais responsáveis socialmente. Prova disso é que 76% concordam que as empresas têm a obrigação de tornar a sociedade mais justa – 4 pontos percentuais acima da média global.

Embora as evidências de que a inclusão leva ao crescimento de marca continuem a aumentar, os profissionais de marketing seguem subestimando seu impacto. Tanto é que, no Brasil, ao não apostar na comunidade LGBTQ+, nas mulheres, nas pessoas com deficiência e nas pessoas pretas e pardas, as marcas têm uma perda potencial de R$ 1,9 trilhão – estimativa do poder de consumo desses grupos.

Mudanças sociais, políticas e demográficas tornarão a inclusão um tema ainda mais importante para muitos grupos no ano que vem, o que significa que também será uma consideração importante para as empresas.

4. Redes sociais precisam inovar para recapturar a atenção

Pouco menos de um terço das pessoas diz que os anúncios de redes sociais capturam sua atenção. Os profissionais de marketing costumam atribuir a culpa a um déficit de atenção entre públicos mais jovens. Mas esse pensamento está errado. O desencanto atinge todas as gerações.

Em 2025, a atenção nas mídias sociais precisará ser conquistada de forma contínua e consistente. E a qualidade do engajamento, que tem o maior impacto na eficácia criativa, se tornará ainda mais importante.

“Nosso relatório aponta que os anúncios precisarão ser específicos para a plataforma, além de bem-concebidos e bem-feitos, para que os espectadores reajam instantaneamente”, diz Souza. “Esperamos ver mais criatividade e inovação visual para capturar a atenção das pessoas, como tomadas de câmera experimentais, além de cortes e novas maneiras de contar histórias antigas.”

5. O quebra-cabeça da desaceleração do crescimento populacional

As empresas dependem do aumento populacional para impulsionar as vendas. Mas ele está atualmente abaixo de 1% no mundo e a previsão é de que fique negativo até o fim do século. Em outras palavras: em um futuro com menos pessoas e menos compradores, o grande desafio será conquistar uma maior participação de mercado.

Nesta equação também entram os fatores de que as pessoas estão se casando e tendo filhos mais tarde, bem como vivendo em lares menores, enquanto os grupos etários mais velhos tendem a gastar menos.

“O declínio populacional cria uma urgência para os profissionais de marketing predisporem mais pessoas para sua marca, para reivindicarem uma posição na mente dos consumidores e para encontrarem novos espaços nos quais crescer”, pontua o CEO da Kantar.

6. Em busca de uma estratégia que leve em consideração todos os formatos de vídeo

Entre canais tradicionais de transmissão, plataformas de assinatura sob demanda e serviços baseados em anúncios, há uma grande variedade de opções de consumo de vídeo disponíveis hoje. Isso, consequentemente, dificulta o trabalho dos profissionais de marketing na hora de saber como posicionar melhor a publicidade.

Para o próximo ano, os executivos precisarão levar essas nuances em consideração, testando e aprendendo para encontrar o mix certo para cada campanha. Em dados, um número pequeno planeja diminuir seus investimentos em TV aberta no ano que vem, enquanto mais da metade dos profissionais de marketing tem planos de aumentá-los em streaming.

7. Marcas se beneficiarão do poder das comunidades de criadores

As comunidades de criadores, seja sobre esportes, seja sobre beleza ou outro assunto, têm muito poder para predispor mais pessoas a uma marca. Isso significa que os criadores podem atuar como ponte vital para estabelecer confiança com os consumidores.

Em 2025, as marcas devem alinhar esse conteúdo dos criadores com sua estratégia e, assim, repercutir em diferentes canais. “É válido destacar que se trata de uma via de mão dupla. Colaborar com os criadores para entender o que eles buscam é de extrema importância para quem procura aumentar a base de usuários e a receita de anúncios”, comenta Souza.

8. Expandindo os limites da inovação

A inovação será essencial para marcas maiores que não conseguem crescer facilmente de outras maneiras. A boa notícia é que há muitas lições sobre como as empresas inovam para inspirar 2025.

A Fini, por exemplo, percebeu que seu apelo ia além dos doces. A companhia tinha potencial de levar suas cores vibrantes, texturas e sabores para categorias novas, o que resultou em colaborações de produtos como protetores labiais e calçados.

Marcas que encontrarem novos espaços para operar podem dobrar suas chances de crescimento. Aquelas com alta penetração e uma forte probabilidade de incremento terão, ainda, impulso para reimaginar o que estão fazendo e explorar novos fluxos de receita.

9. Transmissões ao vivo ainda terão força

Plataformas de transmissão ao vivo como Taobao Live, Douyin e WeChat alcançam metade da população chinesa para entretenimento e compras. E algumas previsões apontam que as vendas em transmissões ao vivo representarão 20% do varejo total no país até 2026.

Em 2025, a estratégia pode desempenhar um papel importante no envolvimento dos espectadores e no incentivo às compras. E, embora o comércio ao vivo se adapte melhor a itens pequenos e de movimentação rápida, todos os setores podem se beneficiar desse canal.

“Marcas estabelecidas no mercado devem se concentrar em construir associações de longo prazo, como a forma como atendem às necessidades dos consumidores. Já as empresas médias e pequenas precisam priorizar o aumento da conscientização e gerar interesse imediato”, diz Souza.

10. Redes de mídia de varejo estão em evolução

As redes de mídia de varejo (em inglês, retail media networks ou RMN) estão transformando a forma como as marcas interagem com os consumidores e permitindo anúncios mais segmentados e personalizados em vários pontos de contato – sites de varejistas, aplicativos, mídia de parceiros externos e até mesmo displays digitais nas lojas.

Ao colaborar com os varejistas em seus dados primários, os profissionais de marketing podem ser mais precisos na segmentação e personalização de sua estratégia, o que, por sua vez, significa que insights detalhados do consumidor podem ser usados ​​para otimizar os gastos com anúncios e melhorar a eficácia da campanha.

O relatório com os 10 artigos dos especialistas da Kantar está disponível para download neste link.

Fonte: AD Comunicação & Marketing

Por que, na era da IA, os dados criativos são a chave para o marketing do futuro?

Diante de inúmeras ferramentas de IA generativa, os profissionais que souberem escalar os dados vão se destacar da concorrência

*Por Alex Collmer – CEO da Vidmob

Para quem está atento, é evidente que o mundo está mudando rapidamente. Isso ocorre quando uma curva de desenvolvimento já exponencial (Lei de Moore) é multiplicada em 20 vezes, que é o novo ritmo de crescimento da computação de IA.

Ao analisar a situação, percebemos que, se já é quase impossível para uma pessoa acompanhar a velocidade com que as coisas estão mudando, é ainda mais desafiador para uma empresa. Mas, essa dificuldade não pode ser considerada uma desculpa. O momento é para que os profissionais de marketing comecem a pensar estrategicamente sobre o que – provavelmente – acontecerá e o que podem fazer para se prepararem para a mudança.

Após uma década de investimentos em dados primários de clientes e audiência que aprimoraram a capacidade de direcionamento de mídia, as principais plataformas de IA estão nivelando a maneira de se manter vivas no “game”. Em outras palavras, está se tornando mais difícil se diferenciar apenas por meio de estratégias de mídia. Isso levou a Meta, por exemplo, a reforçar seu slogan “Criatividade é o Novo Direcionamento” e o Google a aconselhar as empresas de que a criatividade poderá ser o único caminho para uma vantagem sustentável.

As ferramentas de IA generativa estão evoluindo rapidamente, semana após semana. São bilhões de dólares sendo investidos para avançar os recursos dessas tecnologias por empresas como Google, Apple, Amazon, Stability Labs, Adobe, Runway e muitas outras. Nesse ritmo, é difícil negar que, em breve, todos os profissionais de marketing do mundo poderão escolher entre uma ampla variedade de ferramentas de IA generativa para realizar qualquer tarefa de forma instantânea e gratuita. É o que chamamos de “infinito de conteúdo”. Esse futuro próximo permitirá que cada empresa ou profissional de marketing crie conteúdos com a qualidade técnica dos filmes hollywoodianos.

Nesse mundo de conteúdo infinito, o valor para os profissionais de marketing vai mudar. Quando todos tiverem o poder de produzir o que quiserem, a capacidade de escalar o conteúdo não será mais um diferencial valioso. Isso porque fazer o que todos fazem não é uma estratégia vencedora. Por exemplo, se 10 mil empresas do mesmo segmento tiverem os mesmos anúncios na Amazon, algumas delas terão melhores resultados de venda? Claro que não!

O objetivo do marketing é se destacar, superar as dificuldades e impulsionar os resultados de negócios de forma mais eficaz do que os concorrentes. Para isso, os profissionais de marketing precisam saber exatamente o que fazer para influenciar os comportamentos que importam para eles, como marca, plataforma, formato e público. É aqui que o valor se concentra. E a chave para isso são os Dados Criativos.

Para entender melhor os Dados Criativos, primeiro precisamos saber o que eles não são. Dados Criativos não são simplesmente a capacidade de usar modelos de visão computacional para obter tags sobre o que está acontecendo em um determinado anúncio. Representam a compreensão completa de todas as decisões criativas em cada um dos seus anúncios, combinada com todos os dados de resultados que os profissionais de marketing valorizam, abrangendo métricas de mídia, marca, atenção, vendas, modelos de marketing, impacto de carbono, entre outros.

Quando os profissionais de marketing combinam decisões criativas com dados de desempenho continuamente atualizados, obtêm-se os Dados Criativos. Não se trata apenas de saber o que está acontecendo nos anúncios, mas de entender como cada decisão criativa impacta os resultados que valorizamos.

Uma vez que os profissionais dominem os Dados Criativos, eles poderão ser aplicados para melhorar toda a cadeia de suprimentos de marketing. Desde o planejamento até a produção, a ativação de mídia e a medição. É importante estar preparado para o futuro. Com o nível na qualidade do conteúdo subindo para todos, o tomador de decisão no ecossistema do marketing estará mais empoderado com uma estratégia baseada em respostas precisas sobre o que funciona, o que não funciona e, sobretudo, o porquê.

*A Vidmob, The Creative Data Company, com seu software baseado em IA, melhora o desempenho criativo e de mídia, ajudando marcas e agências a desenvolverem suas próprias melhores práticas criativas personalizadas, garantindo que esses aprendizados sejam aplicados em todas as mídias veiculadas.

IA para empreendedores: impulsione negócios com ChatGPT e Gemini

Lançamento da DVS Editora oferece guia prático para empresários que desejam aprimorar suas potencialidades a partir dos benefícios da Inteligência Artificial

Em Domine seu negócio com IA, o Doutor em Ciências da Comunicação com ênfase em neurociências aplicadas a negócios, Alexandre Rodrigues, apresenta o mais completo guia prático para estudantes, empreendedores e profissionais que desejam aproveitar o poder da Inteligência Artificial para impulsionar o crescimento pessoal e o desenvolvimento de ideias e negócios.

Publicada pela DVS Editora, a obra conta com mais de 50 ferramentas de gestão estratégicas apresentadas em forma de aplicações práticas reais para uso imediato em ChatGPT e Gemini. Utilizando modelos prontos, já testados nos mais diversos cenários, esses recursos podem ser facilmente aplicados no dia a dia, permitindo que, interessados de qualquer campo profissional, colham benefícios informacionais, sob diferentes perspectivas de forma rápida e assertiva.

O lançamento tem como pano de fundo a união entre ferramentas inteligentes e a evolução tecnológica construída pelas mais brilhantes mentes nos últimos 30 anos, desde a visão dos precursores da administração e empreendedorismo a ascensão da internet e a revolução da Inteligência Artificial. Segundo o autor, hoje o mundo está diante de uma revolução ainda maior: a acessibilidade aos modelos de LLM (Large Language Model) e o potencial da IA para remodelar as formas de fazer, analisar, criar, simular e conduzir negócios.

Ao longo das páginas, o professor oferece uma jornada completa para quem deseja entender, de forma simples e amigável, como aplicar efetivamente os modelos de linguagem de Inteligência Artificial, ChatGPT e Gemini, através de um portfólio completo de prompts prontos para uso imediato, sem que haja a necessidade de conhecimento prévio em tecnologia de informação.

Os leitores encontrarão em cada uma das mais de 50 aplicações apresentadas, desde os conceitos fundamentais e resultados específicos provenientes de cada uma até a aplicação dessas inovações na criação de ideias, projetos e análises reais completas sobre qualquer tipo e tamanho de negócio.

Além do conjunto completo de modelos já prontos para uso, Rodrigues aproveita-se de sua experiencia de mais de 25 anos de consultoria e formação executiva para ensinar como criar prompts (comandos) mais eficientes para comunicar aos modelos de IA refletindo da melhor forma o que o empreendedor busca ou as informações que deseja obter.

Também será possível aproveitar esses ensinamentos para desenvolver por si só, tarefas como criar um logotipo personalizado, definir um slogan único, montar planos estratégicos específicos a sua necessidade, conhecer mais profundamente as características de seu conjunto de personas, descobrir possibilidades de inovação, abordagem de vendas aos mais diferentes públicos e canais, meios de medir resultados, desenvolvimento de planos de ação e mais uma infinidade de informações sobre qualquer tipo de negócio.

O livro também mostra, como atividade extra, maneiras de aproveitar a IA para acelerar a leitura de livros, otimizar pesquisas acadêmicas, organizar plano de cursos e formações, gestão de tempo, montar planos financeiros e até mesmo elaborar treinos de exercícios físicos, entre outros insights. Além disso, explora como tomar decisões mais eficazes, apresenta insights para escalar negócios e, até mesmo, formas de análise e construção de currículos.

Domine seu negócio com IA, é uma inovação em matéria de desenvolvimento de inteligência. Um manual que pode ser utilizado tanto pelo jovem iniciante que sonha com a sua autonomia empreendedora quanto ao mais experiente CEO que ganhará um consultor de bolso, disposto a ajudá-lo e orientá-lo a qualquer momento.

Este guia, portanto, tem como diferencial fornecer não apenas teoria, mas também modelos práticos que podem ser imediatamente utilizados em qualquer tipo de mercado para atender qualquer tipo de cliente e vender qualquer tipo de produto ou serviço. Uma obra indispensável para aqueles que desejam autonomia, ao mesmo tempo que buscam se manter atualizados em seus mercados, aproveitando o que de melhor as ciências da gestão empresarial e Inteligência Artificial pode prover.

Ficha técnica

Título: Domine seu negócio com IA
Autor: Alexandre Rodrigues
Editora: DVS Editora
ISBN: 78-6556951218
Páginas: 384
Preço: R$ 94,00
Onde encontrar: Amazon, Livraria da Vila, Leitura

Sobre o autor

Alexandre Rodrigues é Doutor em Ciências da Comunicação, no campo da aplicação da Metacomunicação com ênfase em neurociência aplicada a negócios e desenvolvimento comportamental, pela Universidade Lusófona de Lisboa, em Portugal. Possui mestrado internacional em gestão de equipes de alta performance pela UFRGS (Brasil), HEC (Paris) e EADA (Barcelona). Pós-graduado com MBA em organização de empresas pela FARGS – Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul, é professor e consultor desde 2001 nos campos de desenvolvimento de estratégias em neurociência aplicada a negócios e desenvolvimento de pessoas e equipes de alta performance, pela empresa de consultoria DNA Corporativo. Graduado em computação gráfica pela CTI (Toronto), administração de empresas e também em international trade pelas Faculdades São Judas Tadeu, no Brasil.

Você sabe lembrar a internet que a sua marca existe?

Por Paulo Pereira*

Se você leu essa pergunta imaginando que basta ter um site e algumas redes sociais para ser considerado presente na internet, saiba que, infelizmente, a sua marca pode não ser tão marcante para as pessoas. Hoje, a competição pela atenção do público exige estratégias simples, porém sofisticadas, de marketing digital.

Construir uma presença digital sólida envolve investir em algumas ferramentas importantes para que as empresas entendam os comportamentos dos seus consumidores, adaptem novas abordagens nas redes sociais e estejam sempre presentes nos canais certos, no momento certo. E a protagonista desses processos é a inteligência artificial (IA).

Um estudo recente da Twilio, intitulado “Relatório de Engajamento do Cliente 2023”, revelou que 78% dos consumidores brasileiros deixariam de comprar em empresas caso sua experiência não fosse personalizada. Inclusive, em 2022, 38% dessas pessoas reportaram frustração após interagir com uma marca. Esses números evidenciam a importância de se manter uma experiência de comunicação agradável e relevante.

Em primeiro lugar, é preciso aproveitar a inteligência artificial (IA) em seu modo mais simples, descobrindo tendências emergentes no setor. A IA generativa, por exemplo, pode não apenas analisar dados de desempenhos passados, como prever e antecipar mudanças no comportamento do cliente, seus padrões de consumo e suas preferências.

O atendimento ao cliente também pode servir insights valiosos em plataforma com chatbots que, além de personalizar cada diálogo, podem coletar feedbacks dos consumidores. Uma simples análise automática de sentimento é possível identificar como as interações estão alterando a percepção da empresa e quais medidas corretivas ela precisa tomar em cada serviço.

Além disso, e o que considero o principal para reforçar a existência de uma marca, é o uso da inteligência artificial na internet e nas redes sociais. Junto aos insights de atendimento ao cliente e às pesquisas de mercado, as empresas que investem em IA especializada na criação de conteúdo e na adequação de cada publicação para a mídia tendem a obter uma taxa de conversão muito maior do que qualquer outro concorrente que, assim como você imaginou no início do texto, acredita ser o suficiente uma conta logada nas redes sociais.

Isso porque a frequência de publicações, por exemplo, depende também de um planejamento de conteúdo engajador, que consegue reter a atenção dos consumidores em segundos e, por fim, conectá-los com o que a marca tem a oferecer. Por isso, a mistura de respostas rápidas aos clientes, interações alinhadas com as preferências do público-alvo e a produção de mídia criativa, com uma mãozinha da IA, pode ser decisiva para uma marca memorável.

No entanto, é importante ressaltar que o uso da IA no marketing digital não se trata de aproveitar os dados como bem entender. É necessário um cuidado ético e transparente no tratamento das informações dos consumidores, garantindo a privacidade e a segurança de seus dados. Além disso, a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, que auxilia na tomada de decisões, mas não substitui a criatividade, a empatia e o olhar humano.

Em um mundo saturado de informações, a competição pela atenção online é feroz, e uma marca que não sabe se comunicar não é uma marca ativa na vida das pessoas. Por isso, quando as empresas incorporam estratégias de marketing digital pensando, principalmente, em conhecer o seu cliente e ouvir seus interesses, elas têm utensílios para se destacar em meio ao ruído digital e se assegurar de que a internet não apenas saiba de sua existência, como também reconheça sua relevância e valor.

*Paulo Pereira é especialista em Data Digital Science e CEO da Desbrava.ai