O digital ultrapassou a TV e lidera a corrida pelo investimento em mídia

Foto de Alejandro Barba na Unsplash

Por Josué Brazil

O que já era esperado há algum tempo finalmente aconteceu. Pela primeira vez na história do estudo CENP-Meios, os investimentos reportados em mídia digital foram maiores do que a TV aberta, que até então – e historicamente – liderava o ranking.

No período entre janeiro e setembro de 2024, mais de R$ 7,04 bilhões de reais foram alocados à internet por empresas anunciantes, o que representa um share de 39,5% do bolo total publicitário. A TV aberta apresentou um total de R$ 6,72 bilhões, dando ao meio um share de 37,7% do total.

O que explica esse movimento?

A preferência crescente de anunciantes e agências de propaganda pela mídia online em relação ao offline deve-se a diversos fatores que tornam o ambiente digital mais atraente e eficaz para campanhas publicitárias. Um dos principais motivos é a capacidade de segmentação precisa que a mídia online oferece. Por meio de dados detalhados sobre comportamentos, interesses e demografia dos usuários, é possível direcionar anúncios para públicos específicos, aumentando a relevância e a eficácia das campanhas. Além disso, a mídia online permite a medição em tempo real dos resultados, possibilitando ajustes imediatos nas estratégias com base no desempenho apresentado. Essa flexibilidade é menos viável na mídia offline, onde a mensuração de resultados é mais demorada e menos precisa.

Outro aspecto relevante é o custo-benefício. As campanhas on-line tendem a ser mais acessíveis, permitindo que empresas com orçamentos variados alcancem seus públicos-alvo de maneira eficiente. A interatividade proporcionada pelo ambiente digital também é um diferencial significativo. Os consumidores podem interagir diretamente com os anúncios, seja por meio de cliques, comentários ou compartilhamentos, promovendo um engajamento mais profundo e uma relação mais próxima entre a marca e o público.

A abrangência global da internet é outro fator que contribui para essa preferência. Enquanto a mídia offline, como jornais, revistas e televisão, geralmente possui um alcance limitado a determinadas regiões ou públicos, a mídia online permite que as mensagens publicitárias tenham alcance de audiência em qualquer parte do mundo, sem barreiras geográficas.

Evolução constante

Dados recentes reforçam essa tendência. De acordo com o Cenp-Meios, o mercado publicitário brasileiro registrou um investimento de R$ 10,6 bilhões em mídia no primeiro semestre de 2024, representando um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora a TV aberta ainda liderasse – neste recorte do estudo – com 39,5% dos investimentos, a participação da internet vinha crescendo de forma significativa, refletindo a migração dos investimentos para o ambiente digital (Fonte:cenp.com.br)

Em resumo, a capacidade de segmentação precisa, a mensuração em tempo real, o custo-benefício, a interatividade e o alcance global são fatores determinantes que levam anunciantes e agências de propaganda a optarem cada vez mais pela mídia online em detrimento do offline.

Grupo Comercial Villa Simpatia anuncia expansão

Grupo Comercial Villa Simpatia anuncia expansão de suas lojas no Vale e Serra da Mantiqueira

Foto da fachada da loja do Villarreal no Bairro Urbano em São José dos Campos

A previsão é que as novas lojas iniciem suas operações até o final desse semestre. As inaugurações serão em Campos do Jordão, Caçapava, São José dos Campos e Jacareí

A Comercial Villa Simpatia (CVS), detentor das bandeiras Villarreal e Simpatia Supermercados anuncia a expansão de sua rede de lojas para mais cidades da região valeparaibana, incluindo a região da Serra da Mantiqueira.

Com um investimento total de mais de R$ 30 milhões, o grupo abrirá novas unidades nas cidades de Campos do Jordão, Caçapava, São José dos Campos e Jacareí. A previsão é inaugurar as novas lojas até o fim deste ano.

De acordo com o sócio diretor da CVS, Flávio Almeida, a expansão da rede aquecerá a economia local da região, bem como a geração de empregos diretos para os moradores. “A CVS é um grupo que nasceu aqui na região do Vale do Paraíba e temos muito orgulho disso, essa expansão representa um grande passo para nós, pois temos o compromisso de atuar socialmente nas regiões em que estamos, por meio de incentivos a projetos sociais e a geração de empregos, que nesse caso empregará mais de 300 pessoas diretamente em nossas novas unidades”, afirma Flávio Almeida.

Segundo o programa de expansão da CVS, as lojas Simpatia Supermercados serão inauguradas nas cidades de Campos do Jordão, Caçapava e no bairro Santa Cecília, região leste de São José dos Campos. Já o Villarreal Supermercados abrirá na região do Vila Branca, em Jacareí.

Fonte: Alameda Comunicação

O marketing corporativo está morrendo?

O marketing operacional (e não estratégico) está deixando os executivos cada vez mais insatisfeitos.

Por Felipe Simeoni*

Felipe Simeoni

Desde o início da minha atuação profissional no campo do marketing percebo um problema latente em muitas empresas: as iniciativas da área, em vez de serem reconhecidas como pilares estratégicos de uma companhia, são frequentemente vistas como necessidades secundárias.

A experiência em companhias me mostrou na prática que, principalmente em períodos de cortes orçamentários, o departamento de marketing é frequentemente a primeira escolha da diretoria para redução de custos. Isso vem, muitas vezes, de um pensamento enraizado no mercado de que essa área não é essencial para os negócios.

Além disso, o time comercial muitas vezes vê o marketing como assistente das operações, em vez de um parceiro estratégico que pode ajudar a otimizar a jornada do cliente. Segundo a pesquisa Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil, desenvolvida em conjunto pela Resultados Digitais, Mundo do Marketing, Rock Content e Vendas B2B, 45,3% das empresas afirma que não existe uma métrica acordada entre a área do marketing e de vendas, o que seria uma forma de melhorar os resultados e alinhá-los com os objetivos da empresa. Por fim, 40% das empresas geram demanda, mas não têm um comum acordo entre marketing e vendas sobre o que é uma oportunidade.

E então isso tudo se reflete nos números, mostrando que o marketing não está performando como o esperado. Percebo que falta preparo, entendimento das necessidades da área, comunicação entre os setores da empresa e, principalmente, uma estratégia sólida. A palavra final, em muitas decisões, vem de um cargo que não compreende o marketing, e, portanto, não consegue ser estratégico.

Enxergo na consultoria a principal solução para esse cenário. Ela pode ajudar o time a performar, atingir os resultados esperados e a converter contatos em clientes, principal desafio de 69% das empresas para 2024, de acordo com a pesquisa citada anteriormente. Com frequência, apenas um olhar externo pode apontar erros em uma estratégia que não está performando como o esperado.

Para ter melhores resultados, o primeiro passo é a iniciativa. A empresa precisa se perguntar o que pode fazer para tornar o marketing mais estratégico, e buscar ativamente formas de implementar essas ações. É nesse momento que surgem mais dúvidas. Devo investir em pessoas, direcionar investimentos, preciso de apoio especializado?

Minha experiência me mostra que alguns pontos costumam ter falhas comuns, como o microgerenciamento, a qualidade do discurso, alinhamento de estratégia com o mercado, falta de investimento em tecnologia e pessoas.

Muitas vezes o problema começa no microgerenciamento, com cada pequena atividade ou demanda do marketing sendo colocada sob uma lupa nas hierarquias mais altas. É preciso deixar os executivos de marketing trabalharem, e confiar na formação e experiência das pessoas contratadas. É claro que decisões importantes precisam de avaliação, mas quando a avaliação se transforma em microgerenciamento ela se torna prejudicial para ambas as partes. Um grande sintoma acontece quando os colaboradores passam um tempo significativo reportando o que fazem, em vez de executar as atividades que são remunerados para fazer.

O discurso dos líderes também precisa estar alinhado com as estratégias do marketing e vice-versa. Preparar o porta-voz da empresa, que a posiciona no mercado, muitas vezes em momentos de crise, é essencial para que haja uma continuidade lógica no discurso e consequentemente na imagem da empresa, incluindo as causas com as quais ela está relacionada.

O alinhamento de estratégia com o que acontece atualmente no mercado é essencial para não criar uma comunicação equívoca e acabar tornando a imagem da empresa negativa. Situações de crise ou calamidade pública como a pandemia, vivenciada recentemente – podem pedir um freio em determinadas estratégias de marketing por passar uma imagem de insensibilidade por parte da empresa e ainda reajuste de rota para manter o negócio conectado com seus valores.

Por fim, o investimento em tecnologia e pessoas qualificadas é um dos focos mais importantes da gestão, e a aplicação de recursos para a área do marketing não pode ser negligenciada. Dependendo de cada caso, pode ser preciso investir em sistemas e especializações no time, o que também pode ser orientado por uma consultoria.

Felipe Simeoni é executivo, consultor e mentor de Marketing

ACI divulga projeções para o Carnaval em São José dos Campos

Entrada de 30 milhões de reais e expectativa de 4 mil vagas temporárias

Com uma população aproximada de 700 mil habitantes, São José dos Campos se prepara para celebrar o Carnaval, e a Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos (ACI-SJC) apresenta projeções para a economia local durante as festividades.

Com base em dados nacionais, estima-se que cerca de 30 milhões de reais serão injetados na economia durante o período carnavalesco, impulsionada principalmente pelo aquecimento dos setores de comércio e serviços. As empresas, que mantêm seus estoques abastecidos, devem contribuir para a dinamização econômica, favorecendo o aumento das transações comerciais.

Um dos pontos destacados pela ACI é a previsão de mais de 4 mil vagas temporárias geradas durante o Carnaval. Este número representa um crescimento expressivo em comparação ao ano anterior, indicando um ambiente propício para oportunidades de emprego sazonais. Os setores mais beneficiados incluem moda e beleza, que tradicionalmente atraem grande demanda durante o período festivo.

Profissionais ligados aos segmentos de maquiagem, venda de roupas, calçados, acessórios e, em especial, a comercialização de fantasias, tanto infantis quanto adultas, devem experimentar um aumento significativo na procura. A ACI destaca que a oferta de produtos relacionados ao Carnaval é um fator relevante para o crescimento das vendas nesses setores.

Para José de Mello, Vice-Presidente da ACI, “o crescimento econômico fortalece a confiança empresarial, possibilitando a expansão, investimentos e a criação de empregos temporários. O aumento do poder de compra da população surge ainda como propulsora desses setores, gerando significativas oportunidades de trabalho sazonais. Quanto mais gente busca por produtos e serviços, mais o mercado vai trabalhar para entregar essa demanda.”

Comparando os dados de 2023, quando foram criadas cerca de 2000 vagas temporárias, a expectativa para 2024, com a possível geração de 4 mil vagas, reflete um ambiente econômico fortalecido. A ACI observa que essa tendência positiva pode contribuir para a consolidação do Carnaval como um período propício ao impulso econômico local.

Fonte: Mônica Lima – Assessora de Imprensa