A Associação de Profissionais de Propaganda do Vale do Paraíba, APP Vale, realiza mais um evento voltado para capacitação e aperfeiçoamento de profissionais e futuros profissionais de propaganda e comunicação: o Workshop de Precificação.
Ele vai acontecer no próximo dia 24, às 19 horas, no auditório da Anhanguera Taubaté, parceira da APP Vale na realização do evento.
A ideia do workshop é dar subsídios e ferramentas para que o público participante possa aprender a cobrar por seu trabalho em comunicação.
O insight para a criação e realização do workshop veio de uma série de comentários no grupo aberto de Whatsapp da APP Vale. Várias pessoas pediam ajuda ou sugestão para formulação de preços de seus serviços. A partir desta demanda, a diretora da associação, Lara Soares, entrou em contato com a palestrante, empresária e especialista em vendas Fernanda Castro para que ela ministrasse um workshop para o nosso mercado.
“Com a crescente entrada de profissionais PJ, freelancers e creators no mercado de comunicação, percebemos que muitos profissionais não sabiam como cobrar por seus serviços. É uma dor de praticamente todo empreendedor da área de comunicação, seja ele experiente ou novato”, afirma Lara.
Lara Soares, diretora da APP Vale
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por aqui.
Criação e Mídia: quando a união faz a força das ideias
Por Josué Brazil (com ajuda de IA)
Imagem gerada através de IA do Canva
No universo da publicidade, a relação entre as áreas de Criação e Mídia é, muitas vezes, retratada como um jogo de forças, cada uma com suas prioridades e visões. Entretanto, quando há integração real e colaborativa entre esses dois pilares, o resultado é sempre mais estratégico, eficaz e memorável para marcas e produtos.
A Criação pensa o conceito, a linguagem, o impacto emocional. Já a Mídia é quem garante que essa mensagem chegue às pessoas certas, no momento ideal, com a maior eficiência possível. Quando essas duas áreas trabalham em sintonia desde o início de uma campanha — e não em etapas isoladas — o potencial de inovação e performance se multiplica.
Uma campanha começa antes do briefing criativo
Muitas vezes, o erro está na estrutura tradicional do processo: a Mídia faz seu planejamento, entrega o briefing, e a Criação desenvolve a campanha com base nesse roteiro. Mas as campanhas mais relevantes dos últimos anos mostram que quando Criação e Mídia co-criam desde o início, o pensamento ganha novas dimensões.
Um exemplo emblemático dessa integração é o case “Real Beauty Sketches”, da Dove. Criada pela Ogilvy Brasil, a campanha utilizou vídeos emocionantes mostrando mulheres se descrevendo para um retratista forense, revelando o quanto as percepções pessoais são distorcidas. O conteúdo era poderoso, mas o que fez dele um fenômeno global foi o planejamento de mídia digital altamente estratégico: a veiculação começou no YouTube com foco em influenciadoras e comunidades sensíveis ao tema da autoestima feminina. O resultado? Um dos vídeos mais compartilhados da história da internet à época, com mais de 180 milhões de visualizações.
Mídia como parte da ideia criativa
Outro grande exemplo dessa integração aconteceu com a campanha “Tweeting Potholes” da Ponto de Partida (Panamá). A agência criou sensores em buracos reais nas ruas da cidade, que tuitavam automaticamente menções às autoridades locais sempre que um carro passava por eles. Além da criatividade e da tecnologia, o sucesso da ação veio de um plano de mídia ousado: alavancaram os tweets como mídia espontânea e contaram com o engajamento de influenciadores locais. O impacto foi tão grande que levou o governo a iniciar reformas viárias rapidamente.
Nesse caso, a mídia não foi apenas o canal de veiculação — ela era a própria ideia.
A união gera performance
Além dos grandes cases, mesmo em campanhas do dia a dia, a integração entre Criação e Mídia pode ser o diferencial entre uma ideia comum e uma campanha com resultados extraordinários. Um bom criativo que entende de mídia pode propor formatos e soluções inovadoras para o meio. Um bom profissional de mídia que entende de criação pode encontrar oportunidades únicas de amplificar o conceito da campanha, seja em DOOH (Digital Out Of Home), mídia programática, ativações de guerrilha ou branded content.
Essa aproximação também é estratégica no momento de mensurar resultados: ao cruzar dados de mídia com aprendizados criativos, é possível otimizar campanhas com muito mais inteligência, adaptando mensagens por canal, momento ou perfil de audiência.
Áreas complementares
Criação e Mídia não são rivais, nem operam em paralelo. São áreas complementares que, quando trabalham juntas desde o início, entregam campanhas mais relevantes, mais criativas e mais eficazes. Essa colaboração é o caminho para a propaganda que não apenas encanta, mas também performa. Afinal, uma grande ideia só é grande de verdade quando encontra o seu público — e é aí que a mágica acontece.
Vivemos tempos interessantes. O ditado chinês serve para lembrar que os movimentos que ficam para a história são aqueles considerados interessantes, para o bem e para o mal. Do ponto de vista de marketing e comunicação, vivemos em tempos interessantes para o bem. A digitalização global, que começou com a chegada do PC e redefiniu a humanidade com o nascimento do smartphone e a hiperconexão, quebrou barreiras e desintermediou as relações humanas. Cada pessoa com um telefone pode ser, ao mesmo tempo, um canal de comunicação, um comunicador, um consumidor e um criador. A IA chega para empoderar ainda mais os indivíduos que queiram dela tirar proveito em prol da sua produtividade. Com a desintermediação, nasceu a economia de criadores, ou a “creator’s economy”, que, de acordo com a empresa de pesquisa de tendências Statista, deve chegar a 32,55 bilhões de dólares em 2025.
A criatividade e carisma dos criadores são uma ferramenta sedutora e poderosa para qualquer marca contemporânea se conectar com suas audiências. A forma como eles conseguem capturar a forma certa de comunicar e engajar com seus públicos, além da óbvia recomendação inerente, constrói resultados para as marcas e para os negócios.
Então, por que incomoda tanto a estatística de que, dos R$ 2,18 bilhões por ano movimentados pelo setor de marketing de influência no Brasil, segundo dados da Kantar Ibope Media e Statista, até R$ 1,57 bilhão pode estar sendo desperdiçado pelas marcas?
A resposta pode estar em um axioma de marketing, resumido na frase: “Eu sei que 50% do meu investimento em comunicação está errado, só não sei quais 50%”, que é atribuída a John Wanamaker, um dos pioneiros do marketing de varejo nos EUA, mas que soa estranhamente contemporânea nos dias de hoje, mesmo considerando que, no marketing digital, tudo é metrificado.
As métricas de alcance, engajamento, satisfação, click-through e conversão devem servir aos objetivos que a marca e o negócio buscam. Mais do que métricas, elas devem ser consideradas objetivos no caminho dos objetivos maiores: conhecimento, consideração, conversão, lealdade.
Na hora de montar uma estratégia de marketing de influência, ainda valem os fundamentos de qualquer iniciativa de comunicação porque o ser humano continua a ser o que sempre foi: ser humano.
Mais conectado, mais disponível, mais acessível, porém também mais disperso, menos atento, mais difícil de seduzir em um mar de mensagens em seus dispositivos.
Para ter sucesso na hora de montar a estratégia, é fundamental ter:
Pertinência
É sedutor você procurar um criador de conteúdo com uma base gigantesca de seguidores e com altos índices de engajamento, mas a primeira pergunta talvez seja: esta pessoa representa os valores da minha marca ou produto? Ela está alinhada com meu posicionamento? Ela tem autoridade na indústria em que atuo? Perguntas simples como estas podem ajudar na hora de selecionar quem é ou são os criadores que vou trazer para a minha estratégia. Uma vez, estávamos lançando uma plataforma inovadora para o mercado de capitais e a estratégia que adotei foi buscar um influenciador que fosse do mercado, falasse com o público com conhecimento e ainda tivesse uma presença cross-media, ou seja, além das plataformas digitais. Não só montamos um plano que toma partido do airtime dele em um canal de TV, como continuávamos a conversa no digital, tanto nas plataformas dele quanto nas nossas, e ainda tivemos a possibilidade de termos ele como mestre de cerimônias no evento de lançamento. Resultado: lançamos a marca com pertinência e o endosso de alguém que o mercado respeitava.
Aderência
Conecta com a história de cima. O criador deve ter aderência para se conectar com o que a marca ou produto preconizam para que você possa passar um conceito importantíssimo hoje em dia: autenticidade. O ser humano é mais sagaz do que parece, mesmo que não racionalmente, e sente a distância quando algo não é verdadeiro. Busque pessoas que possam falar do seu negócio, produto ou marca com autoridade, caso contrário, vai parecer falso. Falsidade estimula o repúdio em vez de influenciar.
Criatividade
Os criadores têm carisma, conhecem sua audiência e sabem como gerar engajamento e resultados nas plataformas, mesmo considerando os algoritmos. Resista à tentação de passar um briefing muito estruturado, deixe a criatividade deles aflorar. Em uma oportunidade, estava fazendo um trabalho para uma marca de camisinhas e queríamos explorar o pilar música. Fomos buscar uma artista que tinha relevância para o público jovem e que, por coincidência, ainda era consumidora da marca. O briefing foi: Somos uma marca que promove o prazer com responsabilidade e somos democráticos em relação às escolhas das pessoas. A solução não foi um jingle, foi uma música onde a artista citava seu nome no meio da letra, tanto que se identificou com a marca e o discurso.
Consistência
Novamente, é sedutor ver criadores com milhões de seguidores e engajamento e achar que qualquer iniciativa já construirá resultados imediatos (existem vários casos que falam de um post que gerou vendas recordes, até acabar o produto etc.), mas a verdade é que, em uma era onde as pessoas são bombardeadas por milhares de estímulos na palma da mão a cada segundo, buscar consistência é fundamental para construir uma conexão com o influenciador e assim ser lembrado quando ele fizer conteúdos, seja o seu ou outros. Consistência gera conexão.
Pé no chão
Por último, vale novamente uma máxima: a expectativa é a mãe de toda decepção. Estabeleça objetivos claros para a sua estratégia de influencers, sempre lembrando que vivemos em tempos interessantes e temos várias ferramentas para construir o resultado. Com KPIs claros e objetivos realistas, construídos às vezes com o próprio criador, fica mais fácil ficar na estatística dos que têm resultados positivos com o uso de influenciadores.
São cinco pontos simples, que usam do bom senso para trazer um pouco mais de possibilidade e sucesso. Isso porque ainda temos as questões relacionadas a cada plataforma e os algoritmos que as regem, mas isso é tema para outra reflexão.
*Rodrigo Cerveira é CMO da Vórtx e co-fundador do Strategy Studio. Com 30 anos de experiência em estratégia, liderança e desenvolvimento de negócios globais e locais, é especializado em construção de marca e estratégia criativa. É formado em Publicidade e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com Extensão em Gestão pelo INSEAD (Instituto Europeu de Administração de Negócios).
A vaga é para atuar no PIT, Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos
Responsabilidades e atribuições
A pessoa estagiária irá transitar entre as squads de Comunicação e Eventos, promovendo seu desenvolvimento em diferentes áreas.
Principais atividades
Suporte na elaboração de conteúdo para redes sociais, comunicados internos, newsletters e outros canais de comunicação;
Divulgação interna de materiais, com foco em eventos e campanhas;
Acompanhamento de métricas e análise de desempenho das postagens em redes sociais;
Participação no desenvolvimento de campanhas de marketing para promover eventos, ações de comunicação e a própria marca da Associação;
Apresentações internas para compartilhar insights e resultados de campanhas e eventos com o time e liderança;
Auxílio na organização e conclusão de eventos, atentando-se aos detalhes logísticos, como agendamento, controle de convites e fornecedores;
Apoio na gestão de inscrições e recepção de palestrantes e participantes;
Monitoramento de resultados pré e pós-evento por meio de pesquisas de satisfação, objetivando coletar dados estratégicos para maior compreensão do público-alvo;
Apoiar a equipe na execução e operacionalização dos principais projetos da área;
Contribuir na criação de planos estratégicos, alinhando-os aos objetivos da gerência e da Associação;
Estabelecer e manter relacionamentos com as demais áreas da APTSJC, por meio de interações constantes e
Networking para sugerir boas práticas de comunicação e marketing.
Requisitos e qualificações
Ensino superior cursando em Marketing, Publicidade e Propaganda, Comunicação e demais graduações correlacionadas;
Desejável habilidade prévia com ferramentas de gestão de projetos e organização de tarefas, como Trello;
Serão avaliadas como diferencial: vivência prévia em análise de métricas; jornada do cliente; matriz de canais; comunicação coorporativa e/ou realização de eventos;
Excelente capacidade de comunicação verbal e escrita;
Perfil criativo, pensamento inovador; buscando acompanhar as tendências do setor. Resolutivo, organizado e relacional.
Informações adicionais
Cartão Multibeneficios Caju; Wellhub (Gympass); Seguro de Vida Individual; Day Off de aniversário; Serviço médico de urgênica e emergência (EMERCOR); SESC (Credencial Plena).