O futuro das agências de comunicação: a revolução da hiper personalização e a comunicação interna como pilar do sucesso

Por Hugo Godinho*

O mercado de agências de comunicação está vivendo um momento de reinvenção. A velocidade das mudanças trouxe uma nova dinâmica para a forma como nos relacionamos com as empresas, consumidores e colaboradores. Hoje, é inegável: a comunicação deixou de ser apenas sobre transmitir informações. Trata-se de compreender profundamente as pessoas, personalizar as interações e criar campanhas que realmente ressoem com o público. Esse é um futuro certo das agências: contar com estratégia apoiada pela hiper personalização, já tão usada para públicos externos, como no LinkedIn, no Instagram, quanto em marketing de performance para e-commerces, por exemplo, agora também para “dentro de casa”, para seus colaboradores.

Lembro-me bem de minha vivência no Grupo In Press, um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, quando há (quase) duas décadas, debatíamos com grandes clientes sobre a relevância de estarmos presentes em plataformas digitais como o Twitter ou Orkut, ou se fazia sentido monitorar as redes sociais. Mais à frente, já na Vbrand, agência de vanguarda em branded entertainment no País, ali por 2010 defendíamos a adoção de vídeos curtos, de rápido consumo, em uma era pré TikTok. Chega a ser divertido pensar nisso hoje, mas se transpusermos para a realidade da comunicação e engajamento interno é muito parecido, anos depois. O questionamento atual não é mais “devo ter uma rede social interna?”, é bem verdade, mas sim “como posso contribuir ativamente para o crescimento e engajamento das empresas por meio da conexão estratégica com seus funcionários?”

Aqui, entra o poder da inteligência artificial (IA), como uma oportunidade para transformar como gerimos a comunicação. O estudo da KPMG sobre o futuro das agências aponta para uma transformação no modo como as campanhas são criadas e direcionadas, com um grande foco na personalização. A pesquisa destaca que as empresas que conseguirem implementar tecnologias para um marketing mais personalizado terão uma vantagem competitiva clara. A IA, nesse contexto, não só permite criar campanhas mais rápidas, mas também proporciona uma experiência muito mais relevante e engajadora para os colaboradores e o públicos-alvo.

A personalização, alimentada pela inteligência artificial, é a resposta para a necessidade de entender e atender às necessidades de cada colaborador. E não se trata apenas de automatizar processos, mas de orquestrar uma comunicação mais eficaz e eficiente. Um exemplo simples: Ana, uma colaboradora que prefere receber mensagens pelo e-mail à noite. João, funcionário adepto das redes sociais de sua empresa e que toda manhã se atualiza das novidades corporativas em formato de vídeo. Se conseguirmos adaptar a comunicação para atender às preferências individuais, isso cria uma experiência mais humana e, consequentemente, mais engajadora. Isso é o puro substrato para o chamado Employee Experience (EX) acontecer. É uma parte cada vez mais importante dele.

Seguindo no foco de Comunicação Interna, cujo público deveria ser sempre o primeiro nas prioridades da Comunicação Corporativa, existe a chance de uma virada de jogo. Não apenas pela hiper personalização, que por si só já é transformadora, mas pela possibilidade de conectar e mensurar diretamente comunicação com funcionários com objetivos de negócios. Por exemplo, a Dialog, em seu estudo recente sobre correlação entre níveis de engajamento com turn over de mais de 200 mil usuários em sua base, constatou que um aumento de 10% no tempo de engajamento dos colaboradores resulta diretamente em uma redução na taxa de desligamento. Esse impacto foi claramente observado em setores como o Agronegócio, com uma redução de 5,72% no turnover após um mês de maior engajamento, e no Varejo, onde a diminuição variou entre 3,74% e 5,22% ao longo de três meses.

Esses números não são meras estatísticas; eles são a prova de que a comunicação interna é uma das chaves para o sucesso de qualquer organização. Quando você tem colaboradores engajados e bem informados, a produtividade sobe, a cultura organizacional se fortalece e a empresa consegue responder de maneira ágil às necessidades do mercado. As agências de destaque no mercado já perceberam esta tendência e nela apostam para gerar um pocket share maior em sua base de clientes.

As grandes agências de comunicação do futuro serão aquelas que conseguirem integrar essas ferramentas de personalização e inteligência artificial com a gestão de suas estratégias e campanhas de comunicação, criando experiências que vão além, que tocam o indivíduo. Esta transformação não é apenas sobre a tecnologia em si, mas sobre a mentalidade que a acompanha. Em vez de ver a IA como uma ameaça, devemos vê-la como uma oportunidade para amplificar o impacto da comunicação e criar campanhas que realmente toquem as pessoas, sejam elas colaboradoras ou consumidores. Isso significa mais senso de pertencimento, mais proximidade, mais felicidade no trabalho – e necessariamente resultados superiores.

É momento de tentar, de experimentar. Precisamos desmistificar a AI, a aplicando no dia a dia. A tecnologia, quando bem utilizada, é uma grande aliada. E, se encararmos isso de maneira estratégica, podemos criar um impacto significativo e positivo, tanto dentro das empresas quanto no mundo exterior.

*Hugo Godinho é CEO na Dialog, a HR Tech que desenvolve a maior plataforma de Comunicação Interna e Engajamento do Brasil.

Por que os jovens gostam tanto do TikTok?

Especialista em design de aplicativos explica o que torna o TikTok tão atrativo para os jovens

Rodolpho Henrique –
Divulgação

O TikTok tornou-se um fenômeno global com mais de um bilhão de usuários ativos. No entanto, o aplicativo enfrentou questões nos Estados Unidos devido a preocupações com a privacidade e a segurança dos dados. Apesar disso, o TikTok continua a ser muito popular nos EUA, com 170 milhões de usuários no país que gastam em média 51 minutos por dia no aplicativo.

Segundo uma pesquisa feita pela Pew Research, os usuários jovens do TikTok nos EUA, entre 18 e 29 anos, são os mais propensos a buscarem notícias pelo aplicativo. Rodolpho Henrique, líder de design digital focado em experiências e serviços interativos, que atua no Google e anteriormente foi diretor de design na McKinsey & Company, explica o que motiva tantos jovens a terem interesse pelo aplicativo.

“O TikTok é uma ferramenta que empodera os usuários e traz ferramentas fáceis de usar para poder produzir conteúdo de vídeo em poucos segundos. Quando pensamos em experiência do usuário (UX), o app é feito para que o vídeo seja o personagem principal. Por exemplo, você tem poucos botões que são exibidos na interface e todos eles são voltados para o engajamento, como dar like, deixar um comentário, etc.”, comenta ele.

De acordo com ele, as interações que o TikTok usa também são muito fáceis de aprender, dessa forma, elas trazem um resultado imediato e prendem a atenção do usuário no aplicativo.

“É só dar dois toques na tela e já deu um like no vídeo, é só rolar para baixo e você já consegue ver o próximo vídeo. O TikTok acaba aplicando algumas interações que já eram utilizadas em outras aplicações, claro, mas ele vem explorando algumas novas possibilidades, sempre com o foco em fazer o usuário interagir de maneira muito rápida com os conteúdos”, reforça o especialista.

O que atrai os jovens para o TikTok

Os principais concorrentes do aplicativo tem uma proposta diferente da que o TikTok aposta. Henrique aponta alguns dos principais diferenciais do aplicativo.

“Um dos pontos mais interessantes para os usuários é que no TikTok o like é anônimo, somente o produtor do conteúdo pode ver quem deu like no vídeo e nos concorrentes qualquer pessoa pode ver quem deu like em qualquer foto mesmo”, comenta o líder de design.

Um levantamento realizado em 2023 pela Her Campus Media aponta que o TikTok é a ferramenta de busca preferida por mais da metade da Geração Z, com por volta de 51% dos entrevistados usando o aplicativo com essa finalidade.

“O aplicativo é extremamente imersivo e focado no que os usuários produzem. Com o crescimento do público na internet que têm preferência pelo vídeo, a rede se torna mais relevante”, comenta.

Ou seja, essa geração também tem preferência por acessar informações em formato de vídeo. Uma pesquisa feita pela VidMob em 2021, aponta que as gerações Y e Z já passam 40% do tempo livre na internet consumindo conteúdo em vídeo. O fato de que o TikTok tira o foco do usuário em si e traz para a informação cria um empoderamento das pessoas dentro da rede de forma coletiva ao invés de individual.

“O app também foca muito menos em quem criou o vídeo e mais no conteúdo em si. Quando se está ‘scrollando’ no TikTok, não é possível ver o avatar da pessoa na interface inteira, somente o conteúdo. Para descobrir quem é o criador, você precisa escolher entrar no perfil dela, enquanto nos outros apps sempre vemos o avatar, logo, o conteúdo está sempre associado ao criador”, finaliza Henrique.

Sobre Rodolpho Henrique

Rodolpho é designer digital focado em experiências interativas para web, mobile e TV. Atuou como diretor de Design na McKinsey & Company, liderando a prática na América do Sul da maior consultoria do mundo. Esteve presente na criação e lançamento de diversos serviços e produtos inovadores no Brasil e no exterior nos últimos 10 anos para marcas como AT&T, Globo, Pepsi, Itaú e Google.

GoDaddy aponta: 50% das pequenas empresárias do Brasil sustentam famílias e veem a IA como aliada nos negócios

Empreendedoras estão modernizando suas operações e aumentando sua competitividade no mercado

No Brasil, mulheres empreendedoras não apenas comandam seus próprios negócios, mas também são responsáveis pela renda familiar em 50% dos casos, de acordo com a Pesquisa Global de Empreendedorismo 2025 da GoDaddy. Esses dados reforçam o impacto do empreendedorismo feminino na economia nacional.

A pesquisa também revela que a adoção da inteligência artificial está crescendo entre as empresárias, com 79% delas acreditando que a IA pode ajudá-las a competir com empresas maiores. Tecnologias como o GoDaddy Airo® estão simplificando tarefas operacionais, permitindo que mais mulheres foquem no crescimento de seus negócios e no fortalecimento de suas marcas.

Inteligência Artificial apoia o empreendedorismo feminino

As mulheres empresárias não estão apenas administrando seus próprios negócios, elas estão se destacando com uma confiança inabalável. Um número impressionante de 98% das pesquisadas expressou sua crença em suas capacidades, uma prova de sua força bem fundamentada na área de negócios. Além disso, quase quatro em cada cinco (79%) concordam que a IA ajudará sua pequena empresa a competir com empresas maiores e com mais recursos no próximo ano.

Por exemplo, as mulheres brasileiras estão relatando que economizam oito horas por semana ao usar ferramentas de IA, como o GoDaddy Airo®, uma experiência baseada em IA que simplifica a criação de sites, o design de logotipos e as estratégias de marketing digital para empreendedores. Esse tempo economizado equivale a um dia de trabalho por semana, tempo que elas gastam para ter ideias criativas (60%), manter-se organizadas e gerenciar as tarefas do dia a dia (46%) e aprender novas habilidades ou aprimorar as atuais (45%).

Empresárias são resilientes diante da incerteza econômica

Apesar das emoções mistas em relação à economia brasileira atual, com apenas 16% se sentindo muito otimistas, as empresárias do Brasil permanecem resilientesm sendo que 86% acreditam que seus negócios crescerão nos próximos 3 a 5 anos, número mais alto do que entre os homens (80%).

E essas não são apenas previsões: 50% das empreendedoras no Brasil são as principais responsáveis pela renda de suas famílias. Essas mulheres estão contribuindo para as economias locais, criando novos empregos e sustentando famílias.

As líderes empresariais estão adotando ferramentas digitais para crescer

Além de se sentirem realizadas ao criar sua própria fonte de renda (63%) e sustentar a família (47%), as mulheres empreendedoras se alegram por serem uma inspiração para as pessoas ao seu redor (32%).

“Com ferramentas baseadas em IA, como o GoDaddy Airo, as mulheres podem liberar tempo para dedicá-lo ao que realmente importa para elas”, disse Laura Messerschmidt, Presidente de Mercados Internacionais da GoDaddy. “Seja no crescimento de seus negócios, no foco na família ou no aprimoramento de suas habilidades, as mulheres brasileiras estão inspirando a próxima geração de líderes empresariais bem-sucedidas.”

O empreendedorismo está desempenhando um papel cada vez mais importante na vida das mulheres, com 87% das entrevistadas dizendo que ele melhorou sua qualidade de vida, oferecendo um senso de realização e empoderamento com a oportunidade de perseguir sua paixão.

“Os resultados da Pesquisa da GoDaddy confirmam que a tecnologia é um poderoso equalizador, permitindo que as mulheres redefinam seus papéis nos negócios”, continuou Messerschmidt. “A GoDaddy está aqui para apoiar os brasileiros que sonham em se tornar seus próprios chefes, mas ainda não encontraram tempo para começar seu próprio negócio. Começar um negócio tem seus desafios, mas o GoDaddy Airo torna enfrentar isso muito mais fácil.”

Os principais recursos do GoDaddy Airo incluem criação de marca, marketing digital e otimização de mecanismos de busca (SEO), navegados em uma interface intuitiva e fácil de usar, sem necessidade de conhecimento técnico. O GoDaddy Airo gera logotipos, sites e endereços de e-mail personalizados em questão de minutos, desenvolve campanhas de mídia social direcionadas e alinhadas a eventos locais e aumenta a visibilidade on-line com a IA SEO integrada.

Para saber mais sobre o GoDaddy Airo, acesse

Para saber mais sobre o empreendedorismo feminino, visite

A voz que engaja e conecta os colaboradores

Alexandre Luppi, co-fundador e CCO da Compasso Coolab – Créditos: Divilgação

Por Alexandre Luppi*

A comunicação interna é uma das muitas estratégias empresariais que buscam promover um melhor relacionamento com o público interno e difundir os ideais da instituição. Segundo a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), 63% das empresas pensam que a comunicação interna é um dos processos mais importantes em um ambiente corporativo.

Sendo assim, fica a pergunta: se a empresa não possui um diálogo eficiente com seus próprios colaboradores, como se comunicará com os clientes e parceiros de negócios? Atualmente, quando falamos de comunicabilidade, alguns dos principais desafios enfrentados pelas corporações estão relacionados aos ruídos nas informações, falta de engajamento e envolvimento das equipes e a não transparência. Um levantamento feito pelo Project Management Institute (PMI), também mostra que, em média, 56% dos projetos de uma empresa fracassam devido a problemas na comunicação entre os funcionários.

Posso dizer que os processos da comunicação interna vão muito além de apenas passar a informação adiante, pois ela tem como objetivo proporcionar um ambiente favorável à produtividade, ao desempenho, à inovação, à criatividade e ao treinamento e desenvolvimento das equipes, além de produzir conteúdos que deixem claro as metas, missão, visão e valores da empresa. E comunicação sonora pode ser um elemento eficaz para ecoar os valores da empresa e humanizá-la.

Entre os formatos mais utilizados pelo marketing e comunicação das empresas, destaco a rádio corporativa, também conhecida como rádio indoor, que promove diversas possibilidades de disseminação de conteúdo e melhora a comunicação entre clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros. Essa ferramenta contribui de maneiras inimagináveis para uma cultura organizacional positiva, gerando impactos significativos, aumentando as vendas, elevando a produtividade, engajando os funcionários, divulgando produtos, promoções e serviços e fornecendo conteúdo informativo, jornalístico e de entretenimento. Por meio dela, é possível escutar músicas e notícias urgentes, como comunicados, mudanças e até mesmo informações sobre saúde e segurança no trabalho.

Diferente dos canais tradicionais, como e-mails e murais informativos, a rádio permite uma abordagem dinâmica e acessível, transmitindo conteúdos de maneira fluida e envolvente. Seja por meio de programações ao vivo ou playlists gravadas, essa plataforma possibilita a disseminação de informações institucionais, treinamentos, campanhas motivacionais e até mesmo momentos de descontração para os funcionários. Além disso, uma das grandes vantagens da ferramenta é a capacidade de alcançar diferentes setores da empresa simultaneamente, inclusive os colaboradores que não trabalham em escritórios e nem sempre têm acesso a canais escritos, como fábricas e operações logísticas.

Com o passar do tempo, as empresas começaram a ver o meio como aliado para incentivar os funcionários a compartilharem o dia a dia deles no ambiente corporativo. A rádio corporativa e os podcasts assumiram um papel estratégico e chamaram a atenção das instituições pela sua praticidade, já que é um meio de comunicação que pode ser acessado de qualquer lugar e a qualquer momento, de forma totalmente gratuita.

As rádios corporativas se tornaram uma ferramenta fundamental tanto para entretenimento quanto para divulgação de informação. Entretanto, seu potencial é muitas vezes subestimado! Isso acontece pela dificuldade dos profissionais de comunicação em prender a atenção do ouvinte por um período relativamente longo, um problema instaurado pela sociedade imediatista e ansiosa. Apesar disso, para a comunicação interna empresarial, a rádio é também uma oportunidade de criar conteúdos envolventes e interativos, atrair e reter os melhores talentos e apresentar políticas e projetos inclusivos.

Acredito, ainda, que as rádios corporativas possuem taxas de engajamento mais altas que os métodos de comunicação tradicionais e permitem que os colaboradores ouçam as vozes dos líderes e colegas, reduzindo a sensação de inferioridade e melhorando a satisfação consigo mesmo. Além disso, essa ferramenta promove a participação dos funcionários por meio de enquetes interativas e rodas de conversa e estimula o desenvolvimento de um ambiente corporativo mais dinâmico, prazeroso e ativo.

*Alexandre Luppi é co-fundador e CCO da Compasso Coolab