Coluna “Discutindo a relação…”

Publicidade que fala com o Brasil real

Por Josué Brazil (com a colaboração maneira da IA)

Imagem gerada pela IA do Canva

A publicidade brasileira sempre teve um trunfo poderoso: a capacidade de conversar com o público de forma criativa, próxima e emocional. Mas, nos últimos anos, o desafio deixou de ser apenas criar boas histórias — e passou a ser contar histórias que representem de verdade quem somos. Em um país diverso como o nosso, com tantas vozes, rostos, sotaques e contextos, falar com o Brasil real é uma responsabilidade que as marcas não podem mais adiar.

De acordo com um levantamento da Kantar IBOPE Media (2024), 77% dos consumidores brasileiros afirmam que valorizam mais marcas que representam a diversidade do país em suas campanhas. E não é só uma questão de “bonito de ver”: 63% dos entrevistados disseram que se sentem mais propensos a consumir produtos de empresas que valorizam pluralidade e inclusão. A pesquisa mostra o que já se percebe nas ruas e nas redes — a audiência quer se enxergar nas mensagens publicitárias, e não apenas observar um ideal de consumo distante da própria realidade.

Por outro lado, esse movimento ainda caminha entre acertos e tropeços. O Relatório “Publicidade e Diversidade no Brasil”, do Instituto Locomotiva (2023), revelou que mais de 60% das pessoas negras sentem que raramente se veem representadas de maneira positiva nas propagandas. Isso mostra que, embora o discurso da diversidade tenha ganhado espaço, a prática ainda é limitada. Muitos anúncios acabam reproduzindo estereótipos, reforçando papéis sociais rígidos ou usando a inclusão como mero “acessório estético” — o que o público, cada vez mais atento, percebe rapidamente.

O crescimento do conteúdo local

Essa cobrança vem acompanhada de uma mudança cultural mais ampla: o crescimento da cultura de conteúdo local. Plataformas como TikTok, Instagram e Kwai têm mostrado o poder do que é regional, espontâneo e autêntico. Um levantamento da Nielsen Brasil (2024) aponta que vídeos com referências culturais locais — gírias, sotaques, tradições — têm até 35% mais engajamento do que conteúdos “neutros” ou genéricos. Ou seja, o público brasileiro quer ver o Brasil — em toda sua complexidade, alegria e contradições — sendo contado por quem vive essa realidade.

É aí que entra o papel estratégico das marcas e agências: mais do que “incluir”, é preciso pertencer. A publicidade do futuro — e já do presente — é aquela que entende que representatividade não é moda, mas espelho. Marcas que falam com empatia, autenticidade e respeito conquistam algo que vai além do clique ou da venda: conquistam relevância.

Olhar, escutar e traduzir

Em tempos de algoritmos, automação e inteligência artificial, é curioso perceber que o maior diferencial competitivo das marcas talvez continue sendo humano: a capacidade de olhar, escutar e traduzir as vozes do seu tempo. No fim das contas, é sobre isso que se trata a relação entre publicidade e sociedade — sobre quem escolhe falar, quem é ouvido e quem, finalmente, se vê.

Influenciadores mais procurados de 2025: esportistas e gamers dominam o ranking

Pietro Fittipaldi, Caroline Scarpa e Goularte estão no topo do ranking
Crédito: reprodução/Instagram

Levantamento da Influency.me mostra que, de janeiro a agosto de 2025, cerca de 5 milhões de buscas foram realizadas na plataforma. Mais procurados incluem nomes como Victor Augusto (Coringa), com 15.5 milhões de seguidores, e Denilson Show, com 8.1 milhões de seguidores

Ao longo de 2025, profissionais de marketing, agências e marcas realizaram mais de 5 milhões de buscas na plataforma Influency.me por perfis de influência. A partir dessas pesquisas, a companhia elaborou levantamento que revela os 20 perfis mais populares do período. O destaque está na pluralidade de nomes, que vão de influenciadores com mais de 15 milhões de seguidores a criadores com públicos de cerca de 68 mil pessoas.

“O levantamento evidencia que o mercado de influência está cada vez mais diversificado e estratégico. Esportistas, gamers e produtores de conteúdo do segmento lifestyle se destacam entre os mais buscados justamente por sua conexão direta com o público, o que se traduz em engajamento real. Nesse cenário plural, nosso papel é transformar esses dados em inteligência para que as empresas possam identificar, avaliar e se conectar com os criadores ideais para cada estratégia”, afirma Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.

Abaixo, compartilhamos os influenciadores mais procurados. O número de seguidores considera exclusivamente o público de cada perfil no Instagram.

1 – Pietro Fittipaldi – 350 mil seguidores
Piloto brasileiro de automobilismo, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. Com passagens pela Fórmula 1 como piloto de testes e competições internacionais, representa a nova geração da tradicional família de pilotos brasileiros.

2 – Goularte2 – 1.3 milhões de seguidores
Criador de conteúdo e streamer brasileiro, conhecido pelo canal no YouTube onde mistura entretenimento, humor e críticas sociais de forma leve e bem-humorada. Também faz lives na Twitch, comentando cultura pop, games e cotidiano.

3 – Caroline Celico Scarpa – 1.1 milhão de seguidores
Empresária, influenciadora digital e ex-cantora. Ganhou notoriedade ao lado do ex-jogador Kaká, mas construiu trajetória própria em projetos sociais e de comunicação, com forte atuação em moda, lifestyle e causas humanitárias.

4 – Juliana Sana – 146 mil seguidores
Jornalista e apresentadora brasileira, atua na área de comunicação com destaque para o rádio e a televisão. Conhecida por seu carisma, já apresentou programas na Rádio CBN e em outros veículos de grande audiência. Já foi atleta profissional e acrobata.

5 – Gustavo Kuerten – 653 mil seguidores
Ex-tenista brasileiro, conhecido mundialmente como Guga. Tricampeão de Roland Garros, foi número 1 do ranking da ATP e é considerado um dos maiores ídolos do esporte nacional. Fora das quadras, atua em projetos sociais voltados para crianças e jovens.

6 – Ale Guerra – 68.2 mil seguidores
O perfil Cuecas na Cozinha, criado por Ale Guerra, é um dos pioneiros na cena gastronômica digital brasileira. Atuando como blogueiro, produtor de conteúdo e palestrante, Ale compartilha receitas, dicas de gastronomia, tendências do setor e experiências de viagem ligadas à culinária.

7 – Cris Arcangeli – 1.7 milhões de seguidores
Empresária, apresentadora e investidora brasileira, conhecida por sua atuação no programa Shark Tank Brasil. Tem longa trajetória em inovação e beleza, sendo referência em empreendedorismo e negócios.

8 – Juliano Floss – 4.4 milhões de seguidores
Criador de conteúdo e dançarino brasileiro que viralizou nas redes sociais, especialmente no TikTok, com coreografias e vídeos criativos. Tornou-se uma das referências da nova geração digital.

9 – Victor Augusto (Coringa) – 15.6 milhões de seguidores
Streamer e criador de conteúdo da organização LOUD, conhecido pelo apelido Coringa. Popular entre os fãs de Free Fire e outros games, também se destaca pela forte presença digital e lifestyle compartilhado com seus seguidores.

10 – Caroline Ribeiro – 135 mil seguidores
Modelo brasileira de projeção internacional. Desfilou para grandes grifes e foi uma das principais representantes do Brasil nas passarelas nos anos 2000, mantendo presença marcante no mundo da moda.

11 – Thaís Braz – 3.6 milhões de seguidores
Personalidade da mídia e influenciadora digital, ganhou notoriedade ao participar do Big Brother Brasil 21. Desde então, consolidou carreira como criadora de conteúdo e parceira de marcas em campanhas de moda e lifestyle.

12 – Bia Figueiredo – 155 mil seguidores
Pilota brasileira de automobilismo, foi a primeira mulher da América Latina a competir na Fórmula Indy. Com carreira sólida em categorias nacionais e internacionais, é reconhecida por sua perseverança e por abrir caminhos para outras mulheres no esporte a motor.

13 – Marcelo Medici – 333 mil seguidores
Ator e humorista brasileiro, reconhecido por seu trabalho no teatro, cinema e televisão. Ficou famoso por personagens marcantes em programas de humor, além de atuar em novelas e peças de teatro.

14 – Thiago Pasqualotto – 91 mil seguidores
Jornalista e roteirista, criador do blog Miga, Sua Louca! e ex-editor do Morri de Sunga Branca. É conhecido por seus comentários ácidos e bem-humorados sobre cultura pop, televisão e celebridades.

15 – Denilson Show – 8.1 milhões de seguidores
Ex-jogador de futebol e campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, Denilson se reinventou como comentarista, apresentador e criador de conteúdo. Carismático e irreverente, conquistou o público ao unir humor e opinião no universo esportivo.

16 – Rafa e Janda (Cabine Secreta) – 109 mil seguidores
Dupla de criadores de conteúdo que se destaca com vídeos bem-humorados, desafios e interações criativas. Compartilham novidades e análises sobre o universo do cinema, festivais e eventos.

17 – Guilherme Damiani Limoeiro – 462 mil seguidores
Um dos pioneiros no universo gamer no YouTube Brasil. Fundador do canal Damiani, é conhecido por transmissões ao vivo, gameplays e análises bem-humoradas que dialogam com o público jovem.

18 – Ivan Moré – 798 mil seguidores
Jornalista e apresentador esportivo brasileiro, com passagem marcante pela TV Globo, onde esteve à frente do Globo Esporte. Hoje, além da comunicação esportiva, também é palestrante e produtor de conteúdo digital, falando sobre carreira, inspiração e performance.

19 – Priscilla Freire – 290 mil seguidores
Comunicadora e apresentadora na Record RN, com trajetória consolidada na televisão e no rádio. É reconhecida por sua simpatia, proximidade com o público e estilo versátil, conduzindo programas de variedades e entretenimento.

20 – Kim RosaCuca – 3 milhões de seguidores
Criadora de conteúdo digital brasileira, ganhou notoriedade no YouTube com vídeos de humor, desafios e lifestyle. É seguida principalmente pelo público jovem, com linguagem divertida e próxima.

Rede Vanguarda cria a Área de Mídias Digitais e promove Silas Pereira

A Rede Vanguarda comunicou, através de seu acionista Bruno Boni, que está criando a Área de Mídias Digitais da Rede Vanguarda (“Digital”) como uma frente independente de negócios, reflexo de seu papel crescente e sinérgico com os demais produtos da rede. A nova área será responsável pela comercialização dos sites (g1/ge/gshow/redeglobo/receitas), do streaming (Globoplay) e das redes sociais.

De acordo com o acionista, o digital já é e continuará sendo um dos pilares de crescimento do grupo, fortalecendo a relação com anunciantes que hoje buscam soluções integradas.

E é dentro desse contexto, que a Rede Vanguarda comunica a promoção imediata de Silas Pereira ao cargo de Chefe de Mídias Digitais. Silas faz parte da história da Rede Vanguarda desde 2006, quando iniciou sua trajetória como estagiário no antigo portal VNews. No próximo ano, completará 20 anos desde sua primeira experiência na casa.

Silas Pereira passa a responder como Chefe de Mídias Digitais na Rede Vanguarda

Silas, de acordo com a nota emitida, esteve presente quando a Globo lançou o “g1” e o “ge” e foi coordenador do “ge” em sua implementação, conhecendo essa área desde a sua concepção. Ainda de acordo com Bruno Boni, “sua caminhada dentro da Vanguarda é motivo de orgulho e inspiração para todos nós”.

Além do novo cargo, Silas passa a integrar oficialmente o Grupo Gestor da Rede Vanguarda, reforçando a importância do digital e garantindo mais participação e velocidade nas decisões estratégicas.

O acionista da Rede Vanguarda afirma ainda: “Estamos confiantes de que, sob sua liderança, o digital continuará a se consolidar como um vetor de crescimento e inovação para a nossa empresa”.

Coluna Propaganda&Arte

Propósito não se compra, se vive.
Um convite para sair do piloto automático e fazer o que realmente importa.

Por R. Guerra Cruz

Missão de vida vai muito além do que se fala em palestras, lives e biografias online.
É o que verdadeiramente faz alguém despertar toda manhã com sentido.
O Golden Circle, conceito de Simon Sinek, revela que tudo começa pelo “por quê”.
Produzir vídeos virais, vender cursos, acumular seguidores, tudo isso pode virar ruído se não estiver enraizado numa motivação profunda e autêntica.

Engajamento não é legado.

O engajamento não garante transformação real.
É possível ter sucesso digital e ainda assim não mudar vidas, nem as dos outros, nem a sua.
Muitos seguem um caminho equivocado, tentando corrigir fraquezas e silenciando seus pontos fortes.
Marcus Buckingham, em “Descubra Seus Pontos Fortes”, mostra que reconhecer e desenvolver talentos validados por você, colegas e mercado é o caminho para o impacto verdadeiro.
Afinal, o foco deve estar no que se faz bem, não no que falta.

O que a sociedade realmente precisa?

É preciso olhar para fora e enxergar onde está a maior falta.
No cenário global, nacional ou regional, o que está carente?
Que espaço pede solução?
A interseção entre as suas competências reais e essas necessidades sociais é onde o propósito ganha força e relevância concreta.
Pode ser no ensino, na comunicação, no entretenimento ou numa área completamente diferente, mas tem que ser real e urgente.

Conteúdo não é mais diferencial.

Com a chegada da inteligência artificial, produzir conteúdo em série ficou banal.
Qualquer um gera posts, vídeos ou textos.
A verdadeira diferença está em ter um conteúdo validado por humanos, que seja relevante, autêntico e capaz de gerar reflexão ou ação.
O desafio é que vivemos numa geração que busca lucro imediato, sabe pouco do valor do aprender pelo aprender, e prefere caminhos simplificados, o que nivela tudo por baixo.

Mais do mesmo?

Mudanças verdadeiras pedem profundidade.
Soluções não vêm apenas de grandes ideias complexas, mas também de ideias simples articuladas com clareza e propósito.
É preciso que o criador de conteúdo saiba ensinar, aprender, entreter, mas sempre com uma visão clara de impacto social.
Pergunte-se: ao escrever um post ou lançar um vídeo, estou mudando algo?
Minha influência tem peso real, ou sou só mais um na multidão?

O impacto vai muito além dos likes.

Largar o piloto automático, mapear seus pontos fortes e conectar sua missão ao que o mundo precisa é mais que um exercício intelectual: é agir para criar um legado.
Propósito é ação mensurável, transformação concreta, diferença palpável na vida das pessoas.
Essa é a diferença entre quem só gera conteúdo e quem realmente transforma.
Eu também me pergunto isso, enquanto escrevo este artigo: será que estou cumprindo meu papel?
E, se de alguma forma você ler estas palavras e repensar sua própria vida, já me darei por satisfeito.
Porque, nesse momento, terei cumprido minha missão: provocar transformação através da reflexão.

Para mim, é isso que importa.