Mais um ótimo evento do Grupo de Planejamento

PAPO COM CABORÁVEIS E CONEXÃO DE ESTRATÉGIA E CONTEÚDO

Um encontro em dose dupla que será mediado por profissionais do mercado que lideram grupos de estratégia.

Como o GP tem a missão de manter as disciplinas de estratégia e planejamento cada vez mais relevantes, nada mais natural que ter uma escuta aberta para os grupos de profissionais que atuam nessas frentes.

Por isso nós chamamos pessoas que lideram grupos de estratégia do mercado para trazer um pouco das suas vivências e demandas visando aprofundar a conversa da noite.

Programação:

19h às 19:30 _ Abertura –
Newton Nagumo

19:30 às 20:30 _ Caboráveis de estratégia 2023
Um bate papo com relatos das três indicadas:

– Chiara Martini (Coca-Cola): Depois de liderar estratégia criativa e mídia para marcas como Heineken no Brasil e Diesel Global, Chiara Martini é hoje Creative Strategy Lead na Coca-Cola para a América Latina, liderando o portfólio de marcas como Fanta, Sprite, Schweppes, entre outras. Chiara é cofundadora e membro do conselho da Asas.com.br, coletivo internacional de inteligência criativa e membro do conselho da BCMA South America (Branded Content Marketing Association). Sua carreira combinou estratégia, criatividade e conexões. Em 2019 foi eleita Women to Watch Europa pela AdAge e o seu trabalho foi reconhecido em prémios internacionais como Festival Internacional de Criatividade de Cannes, Clio Awards, The One Show e outros.

– Gisele Bambace (Gut): Atualmente Head de Estratégia da GUT São Paulo, Gisele é formada pela ECA-USP e soma mais de 15 anos em agências. Foi responsável por clientes como Ambev, Coca-Cola, Heineken e Avon, dentre inúmeros outros, sempre imprimindo uma visão de estratégia que é essencialmente eficaz e criativa. Eleita Young Lions de Planejamento em 2018, liderou estratégias premiadas que somaram alguns leões e mais de 14 Effies entre Latam e Brasil, premiações da qual já foi júri diversas vezes. Além disso, se uniu ativamente a diferentes grupos de diversidade, como o Melhor no Plural, núcleo de aceleração de inclusão do Grupo de Planejamento, do qual foi membra e diretora por duas gestões.

– Levis Novaes (Mooc): Fundador, Sócio, CSO e BizDev da KELE AG, formado em Publicidade e Propaganda pela FIAM FAAM e Planejamento de Comunicação na MIAMI AD SCHOOL. São mais de oito anos de experiência com conexões e estratégias aplicadas ao desenvolvimento de conhecimento em linguagens que transitam no cenário cultural emergente contribuindo para estruturação de modelos de negócios criativos no Brasil, na América Latina e pelo mundo. Cofundador do ecossistema MOOC, Idealizador da MOOC100, Forbes Under 30 como destaque em Marketing & Publicidade Meio & Mensagem 30 Under 30, Eleito um dos 10 Profissionais de comunicação de 2021 pelo Meio & Mensagem, Indicado ao Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes na categoria Cultura Urbana e Jurado em grandes premiações.

A Juliana e a Clarissa do grupo Minas de estratégia vão moderar essa conversa e trazer perguntas que conversem com o dia a dia das participantes do grupo.

– Minas de estratégia: é uma comunidade fundada em 2017 por e para mulheres que atuam em todo o espectro de estratégia de publicidade, marketing e negócios.

– Ca Biagio: Carol Biagio, diretora de estratégia na Gut SP e fundadora do Minas de Estratégia.

– Juliana: Juliana é Diretora Associada de Design e criadora do grupo Minas de Estratégia

20:30 _ Intervalo rápido

21h às 22h _ Interseções entre Estratégia e Conteúdo
Vamos conversar com três líderes da área e trazer perguntas sobre a relação entre conteúdo e estratégia, o que mudou, o que precisa mudar e o que funciona bem atualmente.

– Patrícia Moura: publicitária e Especialista em Mídias Digitais. Com 18 anos de experiência no mercado, coleciona em seu currículo agências e mais de 30 prêmios, incluindo 9 leões de Cannes em 2023. Foi professora do ensino superior por 10 anos e é figurinha frequente em renomados júris do mercado como: Cannes, Tiktok Ad Awards, Effie Brazil, Ampro Globes Awards, dentre outros. Hoje atua principalmente como Palestrante, Consultora de Estratégia de Conteúdo e Conselheira de Ética do CONAR.

– Daniela Lima possui 13 anos de experiência em conteúdo e inovação digital, liderando projetos em disciplinas como Marketing de Influência, Conteúdo, Social Listening e Insights e Produções Audiovisuais. Formada em Publicidade e Propaganda na Cásper Líbero e com especialização em Liderança Criativa na Miami ad School. Já trabalhou com clientes como Ford, Nestlé, Alpargatas, Sanofi e Natura. Hoje, hoje ela é responsável por projetos e canais de redes sociais de mais de 30 marcas na BETC Havas (Stellantis, Reckitt, Pão de Açucar, Tim, JDE etc) liderando uma equipe multidisciplinar e parceiros de negócios.

– Fernanda Grams: No mercado há mais de 19 anos, já passou por grandes agências como Africa Creative e Publicis, e pelas principais agências digitais do Brasil. Publicitária e especialista em Pesquisa de Mercado pela USP, acumula cargos de liderança estratégica de comunicação e conteúdo em clientes, como Natura, Sadia, Instagram, Amazon, Nestlé, Itaú e Bradesco. Seu foco é conectar a verdade das marcas com conversas que importam na cultura, impactando positivamente a sociedade.

O Iuren Ramiro do grupo Planners BR e Clarissa Câmara do grupo “É planner que chama?” vão moderar essa conversa e trazer perguntas que conversem com o dia a dia deles com os usuários do Grupos.

– Planners BR: criado em 2011, o Planners BR, é um grupo estrategistas no Facebook que reúne diversas experiências, pontos de vistas e insights.

– Iuren Ramiro: publicitário, pai, nerd, carioca. Já fui um monte de coisa na publicidade, até podcaster. A única coisa que não consegui até hoje é fazer acertarem meu nome de primeira, o resto a gente conversa.

– Planner que chama: criado em 2020, é um network para planejadores trocarem referências, reports, vagas, profissionais e muito mais da forma prática, democrática e autorregulada possível: via WhatsApp.

– Clarissa Machado Câmara: Diretora Global de Estratégia Freelancer e eterna imigrante. Do Ceará pra São Paulo, da Suécia pra Portugal, onde hoje mora.

22h às 22:30 _ Encerramento com spoilers sobre a pesquisa do GP
– Amanda Agostini

Quando?
Dia 28/11 (terça-feira), das 19 às 22:30hs

Onde?
Café da BETC

Quanto?
Valor para “associados ao GP”: R$50,00
Valor para “Inscrição Avulsa (sem associação)”: R$200,00
Valor para “Combo Associação + Inscrição”: R$200,00

Inscreva-se por aqui

Marcas que cativam e conquistam seus futuros consumidores

Estratégias de Shoppertainment transformam o marketing para o público infantil e jovens que representam o futuro do consumo

Por Patricia Artoni*

A capacidade de atrair e envolver o público mais jovem é fundamental para o sucesso das marcas. Os jovens representam o futuro do consumo, e conquistar sua preferência desde cedo pode resultar em uma base de clientes leais que acompanhará a marca ao longo de suas vidas. No entanto, os jovens de hoje não buscam apenas benefícios funcionais em seus produtos. Eles anseiam por entretenimento e experiências significativas. Recentemente, a Kids Corp conduziu uma pesquisa abrangente para analisar as marcas preferidas e confiáveis entre crianças e adolescentes na América Latina. Os resultados deste estudo, baseados em respostas de 8.437 entrevistados entre janeiro e julho de 2023, lançam luz sobre como as estratégias de Shoppertainment, estão transformando o marketing para o público infantil.

Patricia Artoni, professora da FIA Business School

Os resultados da pesquisa da Kids Corp revelam preferências por marcas e a confiança que elas geram nesse público. O YouTube lidera as preferências, com 13% dos jovens elegendo-o como sua marca favorita e 24% como confiável. Outras marcas que se destacam como preferidas incluem Roblox e Nike, ambas com 8% de preferência, seguidas de perto por Adidas e McDonald’s, com 7% cada. Netflix e PlayStation também desfrutam de alta popularidade, com 6% de preferência, e a Disney fecha a lista das marcas preferidas, com 5%.

Esses números refletem o poder das estratégias de Shoppertainment, nas quais as marcas conseguem entreter, educar e envolver jovens, conquistando tanto seu coração quanto sua confiança. As marcas preferidas apresentam algumas características principais, como a capacidade de alegrar o público (31%), ser engraçado (30%), proporcionar alta qualidade (25%), oferecer conteúdo envolvente (19%) e fazer-se presente pela indicação e consumo dos amigos (18%).

O favoritismo não acontece ao acaso. No mundo atual, o vídeo é rei. O estudo da Kids Corp mostra que o YouTube é o canal líder, com 52% das respostas indicando que as campanhas de marketing foram assistidas lá. Os jovens consomem conteúdo de vídeo de maneira voraz, e as marcas que desejam se destacar devem dominar essa linguagem. O vídeo é altamente envolvente, memorável e compartilhável, tornando-se uma ferramenta essencial para contar histórias, demonstrar produtos e criar conexões emocionais com o público.

Os jovens estão cada vez mais conscientes das autênticas intenções das empresas e desejam se conectar com aquelas que compartilham seus valores. Portanto, ser genuíno e autêntico em sua abordagem é essencial. Além disso, as marcas destacadas pelo público têm o foco na criação de experiências memoráveis e não em vendas diretas.

Quando os jovens se sentem envolvidos, educados e entretidos, as vendas se tornam uma consequência natural. O estudo também revela que as marcas bem-sucedidas são eficientes em criar uma sensação de exclusividade e mantendo os consumidores envolvidos.

No cenário de marketing em constante mudança, o Shoppertainment é, sem dúvida, uma das tendências mais promissoras. Para conquistar os corações e mentes dos consumidores mais jovens e construir marcas verdadeiramente memoráveis, é fundamental adotar estratégias que promovam o entretenimento, educação e autenticidade, tudo isso com ética e responsabilidade.

* Patricia Artoni é professora da FIA Business School

Customer Experience: por que essa é a melhor estratégia de marketing?

Por Maria Luiza Chiquetto*

Há muitos anos falamos sobre experiência do cliente. Além disso, não é novidade que a relação dos consumidores com as marcas mudou. Hoje a decisão de compra não é mais sobre preço, mas sim sobre a melhor jornada. De acordo com a PWC, 86% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços que oferecem uma experiência de compra positiva. Já um estudo da Temkin Group revela que um aumento moderado na experiência do cliente gera um aumento médio de receita de U$ 823 milhões em três anos para uma empresa com U$ 1 bilhão em receitas anuais.

Mas, afinal o que significa o termo em inglês, Customer Experience, ou experiência do cliente, em português? Embora seja confundido na maioria das vezes com o Customer Success (sucesso do cliente), que é responsável por garantir que o cliente atingiu os seus objetivos com o produto ou serviço adquirido, o Customer Experience, também conhecido como CX, é mais abrangente e se trata do processo como um todo, o qual envolve todos os pontos de contato do cliente com a sua marca desde a descoberta, a venda, o pós-venda, até a fidelização.

Ao mesmo tempo que essa modalidade traz importantes ganhos para a organização, é importante fazer um alerta: criar uma área de CX ou designar pessoas específicas para cuidar do tema não é suficiente para garantir que a empresa obtenha resultados excepcionais. Para que essa abordagem desempenhe o potencial esperado, é necessário que, mais do que um conceito, ela faça parte do mindset da cultura da companhia – envolvendo todas as áreas para que atuem em prol do mesmo objetivo, colocar o cliente no centro e entregar a ele a melhor experiência.

No entanto, para que a empresa chegue nesse mindset e alcance os resultados desejados, é crucial seguir alguns passos, que são: mapear a jornada, ouvir o cliente, compreender as dores que precisam ser sanadas no processo; realizar pesquisas, entender o perfil de cada consumidor, onde e como ele quer se relacionar com a marca, definir uma estratégia de CX envolvendo toda a camada de liderança, criar um departamento para ser responsável pelo monitoramento do processo; e, por último, tomar decisões baseadas nos dados e feedbacks dos clientes continuamente.

Tendo em vista que são muitos passos e ações a serem tomadas, e que necessitam do envolvimento da equipe, colocá-las em prática pode ser um desafio. Atualmente, com os avanços da tecnologia, é possível usá-la a favor da empresa, por meio de ferramentas e recursos que ajudam a garantir o sucesso em cada uma das etapas, bem como o êxito na aplicação prática do Customer Experience.

Cabe destacar que, para além dos ganhos de crescimento que o CX pode proporcionar para a organização, sua aplicação também favorece no melhor posicionamento da companhia perante o mercado. Afinal, clientes satisfeitos estão mais propensos a indicarem a marca e, segundo um estudo da Nielsen, 92% dos consumidores valorizam mais a indicação do que apenas a publicidade.

Além disso, segundo o Gartner, mais de dois terços das organizações competem, principalmente, com base na experiência do cliente. Sendo assim, podemos afirmar que não há mais volta, e as empresas que ainda não se deram conta da sua importância, ficarão para trás e diminuirão drasticamente sua vantagem competitiva ou ainda deixarão de existir nos próximos anos.

*Maria Luiza Chiquetto é Head de Customer Experience na Viceri-Seidor.

A Marca é o maior ativo da empresa

Por Pedro Tavares*

Vivemos num mundo caracterizado pelo estresse do dia a dia, pela rapidez com que tudo acontece, pela permanente mudança de hábitos e atitudes, pela competitividade dos recursos financeiros e humanos, pela instabilidade e incerteza, e pela constante exigência com o sucesso.

É neste contexto que as marcas se assumem como o ativo mais relevante e valioso nas organizações. As marcas constituem a principal garantia de confiança, de reconhecimento de qualidade e ainda o símbolo mais expressivo das decisões de compra e consumo de produtos e serviços.

A própria gestão das marcas mudou. Ontem o foco residia no cliente, hoje a visão é mais ampla e contempla os diferentes stakeholders porque todos podem ser embaixadores ou detratores. O foco apontava para a miopia da teoria dos tradicionais 4P’s, hoje tem de ser considerado todo um storytelling e uma experiência de 360º.

Hoje existem diferentes soluções para diferentes necessidades devendo ser considerada a multiplicidade e sinergia de touchpoints; os colaboradores eram catalogados como recursos humanos, mas são capital humano e como tal um fator decisivo pelo alinhamento, compromisso e impacto nos resultados; se ontem o investimento nas marcas estava do lado dos custos, hoje é uma fonte de proveitos e com valor financeiro associado.

O novo mundo e a nova economia trouxeram a exigência de um gestor de marca com competências globais e multidisciplinares, e a implementação de um modelo de gestão de marca integrado, consistente, transversal e dinâmico. O reconhecimento e a certificação deste modelo de gestão e de gestor de marca são uma realidade, e quem não evoluir e não se adaptar esta nova realidade não vai sobreviver (Darwinismo).

Este modelo de gestão de marca permite analisar, construir e avaliar a força e o valor financeiro das marcas, obedecendo a um conjunto de normas sob a certificação das ISO20671 e ISO10668, que identificam e exploram diferentes dimensões e métricas científicas de análise.

Partilhando uma visão macro deste modelo, são apontados três grandes desafios e competências para a construção de força e valor financeiro das marcas:

1. Identificar, mapear e dimensionar todos os stakeholders que têm impacto na construção da força de marca (não só para os clientes e consumidores, mas para todos os stakeholders; há setores de atividade em que a rede de stakeholders é tão complexa que o peso direto de clientes e consumidores pode não ultrapassar os 40%), definindo também os seus hábitos, atitudes, expetativas e comportamentos.

2. Identificar todas as variáveis e indicadores quantitativos de suporte a uma correta análise daquilo que é externo às marcas, nomeadamente o ambiente político, econômico e social; tratam-se de dimensões que não são controláveis pela gestão mas que podem ter um enorme impacto na performance da economia, das diferentes indústrias, empresas e marcas (próprias e concorrentes).

3. Mapear, dimensionar e monitorizar de uma forma contínua as dimensões e atributos de controlo interno: relação emocional e comportamental com os diferentes stakeholders, reputação (percepções), experiência (realidade), resultados da atividade no mercado (proteção legal, quotas de mercado e comunicação, cobertura geográfica, logística, preço, touchpoints, equipe e saúde financeira).

Como ponto de partida, há que ter em atenção que a importância e os pesos das diferentes dimensões e dos seus atributos são diferentes entre setores de atividade e mudam também com alterações de contexto. E como ponto de conclusão, há que considerar também que a análise isolada de qualquer um destes conceitos, dimensões ou atributos sem que seja no modelo integrado pode incorrer em enormes riscos de decisões incorretas e com elevados impactos no valor financeiro dos negócios e das marcas.

Os líderes das organizações, que são os reais gestores das marcas através da sua visão, conduta e capacidade de comunicação, têm a capacidade influenciar os stakeholders moldando as suas percepções e experiência. Mais do que nunca, têm de ter agilidade e capacidade de tomar decisões rápidas, têm de assegurar o alinhamento e o compromisso de todos os colaboradores e dos demais stakeholders.

Precisam estar familiarizados com todos os detalhes de estrutura e processos de forma a avaliar toda a organização e gerir simultaneamente planos de continuidade e alterações profundas que permitam fazer emergir marcas e negócios mais fortes.

É necessário colocar no radar que definir ou reforçar a cadeia de comando e responsabilidades, além de procurar e reforçar soluções que estejam alinhadas com o propósito da organização e do negócio, têm de abraçar as obrigações das marcas com a sociedade, assegurar a sustentabilidade da organização com horizontes onde a estratégia e o talento interno.

Ter um foco conjunto, promover uma comunicação clara e eficaz, e por fim têm de ter uma atitude transparente e ética.

*Pedro Tavares é CEO da OnStrategy