Dia do Profissional do Marketing: 8 especialistas compartilham suas apostas para os próximos anos

Do omnichannel às tendências para o marketing de afiliados: os temas que devem ganhar destaque na evolução do setor

Imagem gerada pela IA do Canva

Em um cenário marcado por transformações aceleradas e consumidores cada vez mais exigentes, o marketing vive um momento de redefinição. Estratégias centradas na experiência, integração entre canais, inteligência artificial e conexões humanas estão entre os pilares que devem ganhar força nos próximos anos. Aproveitando a celebração do Dia do Profissional do Marketing, comemorado em 8 de maio, especialistas da área apontam as principais apostas para o futuro do setor — tendências que não apenas refletem mudanças de comportamento, mas também redesenham o papel do marketing como motor de inovação, relacionamento e impacto social. Confira!

1 – Omnichannel deixa de ser tendência e se torna exigência, aponta Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação

A integração total entre canais físicos e digitais aparece como um dos caminhos mais promissores para marcas que desejam se manter competitivas. Segundo Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação e host do podcast “A Tecla SAP do Marketês”, realizado em parceria com o Pinterest, o conceito de omnicanalidade será fundamental nos próximos anos. “Consumidores esperam experiências fluídas entre o online e o offline. A omnicanalidade não é apenas estar presente em múltiplos canais, mas sim garantir uma jornada integrada, coerente e personalizada”, afirma. “Isso envolve permitir que uma compra comece em um canal e termine em outro, manter a consistência da comunicação em todos os pontos de contato e adotar tecnologias como IA e chatbots de forma estratégica para otimizar a experiência.”, finaliza a especialista.

2. Segmentação inteligente, conteúdo e medição equilibrada no marketing de afiliados, aponta Bruna Nobre, Diretora de Publisher Partnerships da Rakuten Advertising

No Marketing de afiliados, o engajamento e conversão não são opostos, eles se fortalecem, segundo Bruna Nobre, Diretora de Publisher Partnerships da Rakuten Advertising. “Hoje, o mercado conta com ferramentas que permitem que afiliados utilizem dados próprios para criar campanhas altamente segmentadas, conectando o público certo à oferta certa. Além disso, é importante produzir um conteúdo estratégico, considerando que o consumidor não quer apenas saber o que comprar, mas por que comprar. Mensagens bem posicionadas e conteúdos relevantes tornam a conversão um passo natural. Por fim, uma medição equilibrada pode otimizar a análise de uma campanha, que não precisa se basear exclusivamente em cliques, mas olhar para métricas como tempo de engajamento e taxa de recompra”, analisa a diretora.

3. Personalização e gamificação com Inteligência Artificial como diferencial competitivo, aponta Nara Iachan, CMO da Loyalme by Cuponeria.

A Inteligência Artificial deve ganhar ainda mais protagonismo nas estratégias de fidelização nos próximos anos. Com ela, as marcas conseguem analisar hábitos de consumo, preferências e até comportamentos preditivos em tempo real, garantindo um diferencial competitivo essencial. Aliada a essa tecnologia, a gamificação seguirá como uma poderosa ferramenta de engajamento, incentivando os clientes a interagir com a marca de forma lúdica e recompensadora. “A IA está revolucionando a fidelização, ao permitir conexões mais profundas e entregas contínuas de valor. Clientes bem compreendidos tendem a ser mais fiéis, engajados e ainda ampliam a interação com a marca, recomendando para novos consumidores. Investir em soluções de fidelização, como a gamificação é muito mais rentável e deve estar na estratégia de marketing de toda empresa”, destaca a CMO.

4. ESG e branding regenerativo, por Isabel Sobral, sócia e diretora de ESG & Negócios Sustentáveis da FutureBrand São Paulo

A visão ESG deve estar incorporada ao branding nos próximos anos, incluída entre os atributos da marca ou produto, abrangendo estratégia, expressão, experiência, cultura interna, dados, inteligência, entre outros. “Práticas com foco em ESG tem se intensificado e o tema foi se tornando cada vez mais estratégico, principalmente para marcas. As companhias precisam assumir um papel mais protagonista na agenda de transformação socioambiental. O mercado brasileiro deve estar cada vez mais atento a setores que desenvolvem agendas de impacto social e ambiental, com foco em um futuro mais sustentável e regenerativo para a sociedade como um todo”, explica Isabel Sobral, sócia e diretora de ESG & Negócios Sustentáveis da FutureBrand São Paulo.

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5. Menos “performance x branding”, por Giovanna Falchetto, coordenadora de Comunicação

Para a especialista, a falsa dicotomia entre performance e branding limita o potencial da comunicação. “O futuro é sobre orquestrar canais com foco em equilíbrio: retorno imediato e construção de marca andam juntos quando há planejamento inteligente. As marcas do futuro serão narrativas vivas e não apenas logotipos, então a construção de identidade passará por histórias dinâmicas, autenticidade e engajamento contínuo com comunidades segmentadas”, explica Giovanna.

6. Uso de IA, pesquisas sintéticas e automatizadas, por Bruno Strassburger, Head de Pesquisa da Neura e Especialista em comportamento de consumo

De acordo com o profissional, a combinação entre IA generativa e análises semânticas vai permitir análises mais aprofundadas e automatizadas no ramo. “Isso tudo possibilita pesquisas qualitativas com escala quase quantitativa. Em vez de ouvir 30 pessoas, as marcas poderão interpretar o conteúdo de milhares de consumidores com atualizações em tempo real. Atrelado a isso, o uso de synthetic users – avatares digitais e simulações de comportamento – vai se consolidar como ferramenta estruturante para testar hipóteses, validar campanhas e antecipar reações do consumidor — antes mesmo da coleta tradicional começar. Com tudo isso, o marketing passará a valorizar mais a curadoria e interpretação do que a coleta bruta. O foco muda da quantidade de dados para a qualidade dos padrões identificados”, reforça.

7. Do processo criativo com IA à conversão de resultados, por Renato Fonseca, Diretor de Diretor de Marketing, Dados e Pesquisa da Funcional Health Tech

Ainda falando sobre inteligência artificial, Renato destaca que uma grande oportunidade na área é o uso dessa tecnologia para produzir peças publicitárias com qualidade e agilidade. “Temos observado avanços tecnológicos significativos, com foco na otimização de processos e na redução de custos por meio da IA generativa. Notamos um grande salto de qualidade na geração de imagens e vídeos, o que reduz consideravelmente o tempo e o custo de produção. Indo além, agora é possível pensar em campanhas altamente personalizadas, com experiências hiper segmentadas que aumentam as conversões. É como se pudéssemos customizar o texto e o contexto das peças conforme aquilo que mais impacta — anúncios com ambientações, personagens e abordagens moldadas especificamente para chamar atenção”, explica.

8. O futuro (e presente) das marcas está na construção de vínculos, não apenas na venda, diz Junior Sturmer, Head de Marketing e Branding da TruckPag

Durante muito tempo, construir marcas foi visto apenas como criar campanhas bonitas. Hoje, o mercado exige mais: posicionamento estratégico claro e marcas que se conectem de verdade com seus públicos. Segundo Sturmer, quem não construir relevância contínua corre o risco de ser apenas mais uma voz perdida em meio ao barulho: “O futuro pertence às marcas que entendem que confiança e identificação são ativos que precisam ser nutridos todos os dias. Cada vez mais, vemos movimentos que reforçam a importância da comunidade na construção de marca. Nos próximos anos, marcas que conseguirem gerar essa sensação de pertencimento, alinhando propósito e relacionamento real, serão as que sobreviverão e crescerão em meio a mercados cada vez mais dinâmicos”, diz o Head.

Investimento em publicidade digital no Brasil cresce 8% e chega a R$ 37,9 bilhões em 2024

Pesquisa do IAB Brasil e Kantar IBOPE Media mostra que a distribuição dos investimentos está mais equilibrada ao longo do ano, evidenciando a maturidade e a relevância do digital

O mercado de publicidade digital no Brasil continua mostrando força. De acordo com o Digital AdSpend 2025, estudo realizado pelo IAB Brasil junto com a Kantar IBOPE Media, os investimentos em mídia digital somaram R$ 37,9 bilhões em 2024, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior.

A pesquisa mostra que houve uma distribuição mais equilibrada do investimento ao longo de 2024. A diferença entre o valor investido no primeiro e segundo semestre caiu pelo 3º ano consecutivo e já é o menor registrado nos últimos 5 anos da série histórica. Os números mostram um trabalho mais perene, maduro e uniforme das aplicações em publicidade digital no Brasil.

Pelo segundo ano consecutivo, o estudo considerou como categoria separada os investimentos em Retail Media — publicidade exibida dentro de lojas físicas, plataformas e ambientes de varejo digital. A estimativa é que o Retail Media equivaleria a R$ 3,5 bilhões, valor 41% maior que em 2023.

Social Media continua liderando entre os canais com mais investimento, recebendo 53% de todo aporte financeiro no setor. Logo depois aparecem os anúncios em ferramentas de busca (Search), com 28%, e os portais e verticais de conteúdo, que ficaram com 19%.

“Os números mostram que o mercado de publicidade digital no Brasil está cada vez mais maduro. Não é mais só sobre correr atrás da novidade do momento — é sobre fazer escolhas estratégicas, com base em dados, e que realmente entregam resultado. O crescimento que tivemos em 2024 mostra isso: as marcas estão investindo de forma mais consciente, entendendo o papel de cada canal na jornada do consumidor”, afirma Denise Porto Hruby, CEO do IAB Brasil.

De acordo com a pesquisa, o setor de Comércio lidera o ranking geral de investimentos publicitários no digital, concentrando quase 20% do total. Na sequência, aparecem Serviços ao Consumidor (10,9%) e Eletrônicos e Informática (6,7%). Nos canais digitais, a tendência é ainda mais clara: entre janeiro e dezembro de 2024, nove setores destinaram 50% ou mais de seus investimentos à mídia online. Eletrônicos e Informática estão no topo, com 76% da verba aplicada no digital, seguidos por Vestuário (71%) e Educação (62%).

O estudo Digital AdSpend é lançado todos os anos pelo IAB Brasil e é uma fonte de dados para marcas, agências, veículos e plataformas entenderem para onde o mercado está indo e onde vale a pena investir. Também serve de base para quem precisa acompanhar tendências, planejar melhor e tomar decisões mais seguras.

A metodologia parte da coleta dos anúncios diretamente nos meios e canais da cobertura da Kantar IBOPE Media, o que permite a análise dos anúncios independentemente de seu modelo de compra. Ou seja: o método inclui tanto as campanhas de compra direta quanto as intermediadas por agências.

“É gratificante contribuir com dados que ajudam o mercado a entender a força e a evolução da mídia digital no Brasil. Nosso papel, em parceria com o IAB, é justamente oferecer uma visão clara e confiável sobre onde e como os investimentos estão sendo feitos. Os resultados deste ano reforçam que o digital não é apenas relevante — ele é plural e estratégico para marcas que querem acompanhar o comportamento do consumidor e impulsionar resultados”, afirma Adriana Favaro, vice-presidente de Negócios da Kantar IBOPE Media.

Para acessar o estudo completo do IAB Brasil em parceria com a Kantar IBOPE Media, clique aqui.

Apenas 9% dos influenciadores têm internet como única fonte de renda, aponta pesquisa

Apesar do crescimento do mercado, a monetização ainda é um desafio para a maior parte dos creators

O ‘Censo de Criadores de Conteúdo do Brasil 2025’ mostrou que o sonho de viver da internet ainda está longe de ser uma realidade para a maioria. Realizada pela Wake Creators, a pesquisa revelou que apenas 9% dos influenciadores têm a profissão ‘creator’ como única fonte de renda, destacando que a monetização dos conteúdos digitais ainda é um desafio, por mais que o mercado de marketing de influência não pare de crescer.

O levantamento detalhou o quanto da renda mensal dos influenciadores entrevistados é composta pelo trabalho deles na internet. 26% responderam que não têm nem renda mensal e realizaram apenas campanhas pontuais. Quase um quinto (19%) nunca sequer fechou trabalhos remunerados. Para 15% dos respondentes, a internet é responsável por entre 5% e 20% da renda. Já para 11% dos criadores, o trabalho como influenciador compõe 5% da renda e para outros 11% o dinheiro da web representa entre 21% e 50% dos ganhos. Apenas 17% têm pelo menos metade dos rendimentos garantidos pela internet — sendo apenas 9% o número de quem vive exclusivamente das redes sociais.

Diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência há mais de dez anos, Fabio Gonçalves explica que o crescimento do setor de creators não significa que todos eles estão preparados ou posicionados para viver exclusivamente da internet: “Monetizar conteúdo exige estratégia, constância, profissionalização e, principalmente, estrutura. Muitos criadores ainda não têm acesso a uma equipe que os ajude a se organizar comercialmente, ou mesmo não sabem como transformar engajamento em faturamento. Além disso, a falta de comprometimento é um fator preponderante nessa equação, já que no final das contas essa pessoa precisa priorizar o maior ganha pão dela, que muitas vezes não é a internet”.

Fabio Gonçalves, diretor de Talentos Internacionais da Viral Nation

Ele diz que a realidade é bem diferente da visão que as pessoas de fora têm da internet: “Existe uma visão romantizada de que basta ter seguidores para viver de internet, mas a realidade é bem mais complexa. O criador de conteúdo precisa entender seu nicho, saber negociar, precificar, analisar contratos, emitir notas fiscais, construir autoridade e entregar resultado real para as marcas — não é só sobre fazer um post bonito. A profissionalização é o que transforma o influenciador em uma marca pessoal rentável. E isso exige tempo, planejamento e, muitas vezes, uma rede de apoio que vá além da criatividade. Por isso, criadores que contam com agentes ou agências estruturadas tendem a sair na frente, porque conseguem alinhar estratégia, reputação e oportunidades comerciais de forma mais eficiente”.

Segundo o profissional, a tendência é que cada vez mais criadores consigam viver exclusivamente da internet, mas isso vai depender diretamente do nível de profissionalização do mercado como um todo. Na opinião de Fabio, o mercado está caminhando para um cenário em que as marcas estão mais criteriosas, buscando criadores que entregam resultado real, que conhecem seu público e sabem construir narrativas de marca com autenticidade.

“Por isso eu digo que quem estiver preparado — com posicionamento estratégico, dados estruturados e responsabilidade na entrega — vai colher os frutos. A projeção é de crescimento, mas com uma exigência maior de maturidade profissional por parte dos influenciadores”, diz.

É nesse momento que entra o papel das agências, na visão de Gonçalves. Para ele, a missão delas é justamente ajudar esses criadores a se tornarem negócios, sem perder sua autenticidade: Na Viral Nation, nosso trabalho é preparar esses talentos para irem além do post: ajudamos a desenvolver branding pessoal, relacionamento com marcas, gestão de oportunidades e até educação financeira. Acreditamos que o futuro será dominado pelos influenciadores que tiverem estrutura e estratégia — e é exatamente aí que atuamos para garantir que mais criadores possam transformar sua paixão em uma fonte de renda estável e escalável”.

METODOLOGIA

A pesquisa ‘Censo de Criadores de Conteúdo do Brasil 2025’ foi realizada pela Wake Creators, uma das maiores plataformas de influenciadores da América Latina. O estudo foi promovido por meio de uma pesquisa quantitativa, que contou com as respostas de mais de 4.500 creators e 6 entrevistas em profundidade, buscando entender sobre a realidade dos criadores de conteúdo. O levantamento pode ser acessado aqui

 

Adobe anuncia mais de 1.500 novas fontes para aplicativos da Creative Cloud; expansão é maior dos últimos cinco anos

Atualização inclui as clássicas Arial e Times New Roman e outras centenas de tipografias favoritas de designers

A Adobe acaba de anunciar a maior expansão dos últimos cinco anos na sua biblioteca de fontes. A partir de agora, profissionais e criativos terão acesso a mais de 1.500 novas tipografias no Adobe Fonts, incluindo clássicos como Arial, Times New Roman e Helvetica. A atualização já está disponível sem custo adicional para todos os assinantes da Creative Cloud, plataforma que reúne os aplicativos de foto, vídeo e edição da Adobe, como Photoshop, Illustrator, InDesign e Premiere.

O incremento expressivo de novas fontes é um marco para os profissionais de criação, que passam a ter acesso a tipografias essenciais para projetos digitais, impressos e corporativos. Além das novas opções, o Adobe Fonts também amplia sua biblioteca global e inclui suporte a idiomas como árabe, chinês, japonês, coreano, tailandês e hindi.

“Criar sem limitações tipográficas é essencial para designers, produtores audiovisuais e criadores de conteúdo. Com essa expansão, tornamos fontes icônicas acessíveis a todos os assinantes da Creative Cloud, sem que precisem se preocupar com downloads ou compatibilidade entre dispositivos e aplicativos”, afirma Vitor Gomes, Gerente Sênior de Marketing de Produtos na Adobe.

Segundo a bigtech, a atualização também melhora a experiência do usuário ao reduzir avisos de fontes ausentes no compartilhamento de arquivos, além de proporcionar maior consistência visual em projetos de branding, marketing e materiais corporativos.

Como acessar

As novas fontes estão disponíveis globalmente para todos os assinantes pagos da Creative Cloud e já podem ser utilizadas sem downloads extras. Para explorar o novo acervo ou as mais de 30 mil fontes disponíveis no Adobe Fonts, basta acessar a biblioteca dentro de cada aplicativo.