O digital ultrapassou a TV e lidera a corrida pelo investimento em mídia

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Por Josué Brazil

O que já era esperado há algum tempo finalmente aconteceu. Pela primeira vez na história do estudo CENP-Meios, os investimentos reportados em mídia digital foram maiores do que a TV aberta, que até então – e historicamente – liderava o ranking.

No período entre janeiro e setembro de 2024, mais de R$ 7,04 bilhões de reais foram alocados à internet por empresas anunciantes, o que representa um share de 39,5% do bolo total publicitário. A TV aberta apresentou um total de R$ 6,72 bilhões, dando ao meio um share de 37,7% do total.

O que explica esse movimento?

A preferência crescente de anunciantes e agências de propaganda pela mídia online em relação ao offline deve-se a diversos fatores que tornam o ambiente digital mais atraente e eficaz para campanhas publicitárias. Um dos principais motivos é a capacidade de segmentação precisa que a mídia online oferece. Por meio de dados detalhados sobre comportamentos, interesses e demografia dos usuários, é possível direcionar anúncios para públicos específicos, aumentando a relevância e a eficácia das campanhas. Além disso, a mídia online permite a medição em tempo real dos resultados, possibilitando ajustes imediatos nas estratégias com base no desempenho apresentado. Essa flexibilidade é menos viável na mídia offline, onde a mensuração de resultados é mais demorada e menos precisa.

Outro aspecto relevante é o custo-benefício. As campanhas on-line tendem a ser mais acessíveis, permitindo que empresas com orçamentos variados alcancem seus públicos-alvo de maneira eficiente. A interatividade proporcionada pelo ambiente digital também é um diferencial significativo. Os consumidores podem interagir diretamente com os anúncios, seja por meio de cliques, comentários ou compartilhamentos, promovendo um engajamento mais profundo e uma relação mais próxima entre a marca e o público.

A abrangência global da internet é outro fator que contribui para essa preferência. Enquanto a mídia offline, como jornais, revistas e televisão, geralmente possui um alcance limitado a determinadas regiões ou públicos, a mídia online permite que as mensagens publicitárias tenham alcance de audiência em qualquer parte do mundo, sem barreiras geográficas.

Evolução constante

Dados recentes reforçam essa tendência. De acordo com o Cenp-Meios, o mercado publicitário brasileiro registrou um investimento de R$ 10,6 bilhões em mídia no primeiro semestre de 2024, representando um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora a TV aberta ainda liderasse – neste recorte do estudo – com 39,5% dos investimentos, a participação da internet vinha crescendo de forma significativa, refletindo a migração dos investimentos para o ambiente digital (Fonte:cenp.com.br)

Em resumo, a capacidade de segmentação precisa, a mensuração em tempo real, o custo-benefício, a interatividade e o alcance global são fatores determinantes que levam anunciantes e agências de propaganda a optarem cada vez mais pela mídia online em detrimento do offline.

Criatividade e tecnologia no marketing: como eles podem aumentar o faturamento das empresas?

Por Renan Cardarello*

Em um mercado altamente conectado, a tecnologia se tornou uma ferramenta preciosa no marketing, sendo assumida como forma de melhorar o desempenho das campanhas e a conquista de melhores resultados. Por mais que contar com este apoio traga, de fato, retornos bastante positivos, eles apenas funcionarão até certo ponto, dificilmente atingindo um verdadeiro ‘estouro’ à marca. Afinal, muito mais do que adotar recursos tecnológicos robustos, é preciso uni-los a estratégias criativas e inovadoras que potencializem esses resultados rumo à prosperidade da empresa.

Desde o surgimento da IA generativa com o lançamento público do ChatGPT, em 2022, a forma de se conseguir “grandes ideias” se tornou uma atividade banal. Basta que seja escrito um prompt e a inteligência te oferta vários temas que podem ser utilizados nos criativos de campanhas para almejar conversar com os públicos de interesse. Isso fez com que, segundo uma pesquisa divulgada na Opinion Box, 94% das empresas direcionassem seu planejamento ao marketing digital visando o crescimento da marca.

Apesar disso, é necessário pontuar que essas respostas são dadas para qualquer indivíduo que escreva um prompt ou solicitação parecida, e esse é o problema que vem junto com a otimização do trabalho criativo através da dependência extrema em ferramentas. Ao delegar quase toda essa responsabilidade à IA, movimento que costuma decorrer muito em nome da “eficiência acima de tudo”, ela acaba por sugerir ideias parecidas para trabalhos em que a criatividade é o destaque e o hook (gancho) natural para conseguir a atenção do público.

Isso não descarta, contudo, a utilização da inteligência artificial generativa dentro do campo de marketing, uma vez que ela pode ajudar os profissionais a aprimorarem ainda mais seu processo criativo. Como essa tecnologia não possui uma história única por trás de si, com momentos icônicos e observações do nosso mundo e dia a dia que podem ser transfiguradas em um insight interessante para assets, a ajuda humana com a criatividade e ponto de vista pessoal sobre algo pode trazer conteúdos muito mais valiosos para as marcas que os profissionais estão representando quando fazem seu trabalho.

A partir desse ponto, trabalhar em dupla com os softwares de inteligência realmente se torna um empurrão fortalecedor na questão de refinamento do conteúdo bruto que as pessoas trazem, preenchendo um gap de perspectivas e experiências pessoais que a IA deixa a desejar, algo fundamental, por exemplo, para um trabalho de SEO, onde o EEAT (experiência, expertise, autoridade e confiança) são pontos cruciais para facilitar uma colocação orgânica entre as primeiras posições de pesquisa no Google.

Na prática, após uma campanha robusta e estimulante ter sido originada, aqui, sim, entram – e com razão – as ferramentas de inteligência artificial e machine learning que são conhecidas há décadas. Para lidar com tantos dados que as campanhas digitais proporcionam, assistências de máquinas para o resumo das principais informações e suas métricas são de extrema importância para poderem apresentar à equipe pontos que podem ser reforçados, assim como insights e relatórios emitidos em tempo real que embasem as futuras tomadas de decisões.

Quando há um verdadeiro trabalho em equipe entre a criatividade peculiar do lado humano, e a eficiência proporcionada pela IA e sua extrema força de entendimento de dados, é possível formar um time com uma maior capacidade inovadora e equipada para lidar com otimizações e personalizações em escala massiva – algo que o marketing, certamente, pode se beneficiar a longo prazo.

*Renan Cardarello é CEO da iOBEE – Agência de Marketing Digital e Assessoria.

Agência está contratando Coordenador de Marketing Digital

Interfira abre vaga

A agência, localizada em Taubaté, esá em busca de um Coordenador de Marketing Digital.

Veja tudo sobre a vaga na arte abaixo.

Coluna “Discutindo a relação…”

Gestão de Tráfego Pago: o que é como se tornar um especialista na área

Por Josué Brazil

Foto de bruce mars na Unsplash

É só acompanhar as publicações de vaga nas áreas de propaganda e marketing nos últimos anos para perceber que o profissional de Tráfego Pago passou a ser um dos mais requisitados pelo mercado. No mercado valeparaibano não tem sido diferente e muitas empresas buscam por este profissional. Mas a função/atividade ainda gera uma série de dúvidas e nem todo mundo tem clareza sobre o que ele faz ou deve fazer, ou até mesmo que formação ele deve ter.

Vamos tentar ajudar um pouco com esse texto, sem ter a pretensão de elucidar todo o tema. Vamos lá!

O Que é Tráfego Pago?

Tráfego Pago é a estratégia de atrair visitantes para um site, landing page, loja virtual ou perfil de rede social por meio de anúncios pagos. Diferente do tráfego orgânico, que depende de SEO (otimização para mecanismos de busca) e conteúdo para crescer de forma natural, o tráfego pago usa plataformas como Google Ads, Facebook Ads (Meta Ads), TikTok Ads, LinkedIn Ads, entre outras, para exibir anúncios a um público segmentado.

Imagine que você tem uma loja de camisetas e deseja vender mais rápido. Em vez de esperar que potenciais clientes encontrem seu site no Google, você pode criar um anúncio no Instagram direcionado a pessoas que gostam de moda e costumam comprar roupas online. Isso aumenta suas chances de conversão de maneira rápida e eficaz.

Conhecimentos essenciais para um profissional de Tráfego Pago

Ser um especialista em gestão de tráfego pago exige uma combinação de habilidades técnicas e analíticas. Vamos explorar as principais:

1. Plataformas de anúncio

Cada plataforma de anúncio tem suas peculiaridades. Um bom profissional de tráfego precisa dominar pelo menos as principais:

Google Ads: Ideal para buscas diretas, remarketing e anúncios no YouTube.

Facebook & Instagram Ads (Meta Ads): Focado em segmentação por interesse e comportamento.

TikTok Ads: Perfeito para campanhas virais e público jovem.

LinkedIn Ads: Melhor para empresas B2B e nichos corporativos.

Pinterest Ads: Bom para e-commerce, moda, decoração e inspiração visual.

2. Segmentação de público

Um dos maiores diferenciais do tráfego pago é a possibilidade de exibir anúncios para um público altamente segmentado.

Exemplos de segmentação:

Demográfica: Idade, gênero, localização.

Interesses: Pessoas que seguem marcas de tecnologia, moda, fitness, etc.

Comportamental: Usuários que visitaram um site específico ou adicionaram produtos ao carrinho.

3. Criação de anúncios irresistíveis

A estrutura do anúncio é fundamental. Um bom profissional de tráfego sabe criar:

Títulos impactantes (exemplo: “Ganhe 30% de desconto HOJE!”).

Descrições persuasivas (exemplo: “Compre agora e receba frete grátis!”).

Imagens e vídeos de alta conversão (exemplo: Provas sociais como depoimentos de clientes).

4. Copywriting e Gatilhos Mentais

O copywriting é essencial para um anúncio persuasivo. Gatilhos mentais como escassez (“últimas unidades!”), prova social (“milhares de clientes satisfeitos”) e urgência (“promoção só até hoje”) fazem diferença nos resultados.

5. Medição e Otimização de Resultados

Não basta apenas criar um anúncio; é essencial monitorar e otimizar.

KPIs principais: CTR (taxa de cliques), CPC (custo por clique), ROI (retorno sobre investimento), CPA (custo por aquisição).

Testes A/B: Comparar diferentes versões de um anúncio para ver qual gera mais conversão.

Pixel e Tag Manager: Usar ferramentas como Facebook Pixel e Google Tag Manager para rastrear conversões e refinar a segmentação.

6. Funil de Vendas e Remarketing

O tráfego pago funciona melhor quando integrado a um funil de vendas. Por exemplo:

Topo do funil: Anúncios para atrair visitantes.

Meio do funil: Ofertas para leads interessados.

Fundo do funil: Remarketing para recuperar carrinhos abandonados ou exibir ofertas exclusivas.

7. Gestão de Orçamento e Escala

Saber como distribuir o orçamento é crucial. Exemplo:

Iniciar com um pequeno investimento (ex: R$ 50/dia).

Testar diferentes audiências e criativos.

Escalar o que dá certo (aumentar o investimento nos melhores anúncios).

Como se tornar um Especialista em Tráfego Pago

Estudar cursos e materiais atualizados: Plataformas como Udemy, Google Skillshop e Facebook Blueprint têm cursos gratuitos e pagos.

Praticar com pequenos projetos: Criar campanhas reais, mesmo que com baixo orçamento.

Acompanhar blogs e influenciadores da área: Como Neil Patel, RD Station e especialistas do mercado digital.

Participar de comunidades: Grupos no Facebook, Whatsapp e fóruns de marketing digital ajudam a trocar experiências.

Fazer networking e buscar freelas: Trabalhar com pequenos negócios ou influenciadores ajuda a ganhar experiência.

Entender de Mídia como um todo também é importante. Planejamento e estratégia de Mídia, mesmo que partindo da mídia tradicional, será bastante útil e interessante. Caso você não tenha tido a oportunidade de ter Mídia como disciplina em sua formação (superior ou técnica) busque um curso de Planejamento de Mídia.

Pra fechar…

A gestão de tráfego pago é uma das habilidades mais valiosas no marketing digital atualmente. Empresas de todos os tamanhos dependem de bons profissionais para gerar vendas e leads de forma previsível. Se você deseja atuar na área, comece estudando, testando e aprimorando suas estratégias. O mercado é dinâmico e repleto de oportunidades para quem domina essa arte!