10 motivos para aplicar inteligência artificial no marketing digital

Entenda como a IA está revolucionando o cenário do setor, permitindo personalização avançada, segmentação precisa e previsões de tendências

Com a crescente demanda por estratégias de marketing mais eficazes e personalizadas, a integração da inteligência artificial (IA) está se destacando como uma ferramenta indispensável para profissionais de marketing digital. A aplicação inteligente da IA não apenas aprimora a eficiência das campanhas, mas também abre novas oportunidades para engajar os consumidores de maneiras inovadoras.

O Growth Report de 2023 da Twilio Segment, um estudo realizado com 2.450 líderes empresariais, descobriu que o Brasil é líder na adoção de IA na América Latina, com 98% das empresas experimentando tecnologia em canais de marketing.

Abaixo, Daniel Levy, fundador e CEO da Road, agência referência em estratégia digital, destaca 10 motivos para aplicar inteligência artificial no marketing digital, confira:

1 – Análise de dados e insights do consumidor: utilização de algoritmos de IA para analisar grandes conjuntos de dados de consumidores, identificando padrões e tendências que podem informar estratégias de marketing mais eficazes.

2 – Segmentação de audiência: uso da IA para segmentar audiências com base em comportamentos, interesses e características demográficas específicas, permitindo campanhas de marketing mais direcionadas.

3 – Personalização de conteúdo: implementação de sistemas de IA para personalizar o conteúdo de sites, e-mails, anúncios e outras comunicações com base nos interesses e histórico de interações dos usuários.

4 – Assistência virtual e chatbots: integração de chatbots alimentados por IA em sites ou aplicativos para fornecer suporte ao cliente em tempo real, responder a perguntas frequentes e direcionar os usuários para recursos relevantes.

5 – Otimização de SEO: algoritmos de IA para analisar padrões de pesquisa, concorrência e comportamento do usuário, a fim de otimizar estratégias de SEO e aumentar a visibilidade do seu site nos resultados de pesquisa.

6 – Previsão de tendências e demanda: modelos de IA para prever tendências de mercado e demanda do consumidor, ajudando a ajustar a estratégia de marketing e o estoque de produtos de acordo com as necessidades futuras.

7 – Automação de campanhas de marketing: automatização de processos de marketing, como o envio de e-mails, publicação de mídia social e segmentação de anúncios, com algoritmos de IA que podem otimizar o tempo e os recursos necessários.

8 – Análise de sentimentos: técnicas de processamento de linguagem natural para analisar o sentimento dos clientes em relação à marca, produtos ou campanhas de marketing, permitindo uma resposta proativa a feedbacks positivos ou negativos.

9 – Recomendações de produtos personalizadas: sistemas de recomendação baseados em IA em site ou aplicativo, sugerindo produtos relevantes com base no histórico de compras, preferências do cliente e comportamento de navegação.

10 – Monitoramento de mídia social: ferramentas de IA para monitorar menções à marca nas mídias sociais, identificar tendências emergentes e gerenciar a reputação online de sua empresa por meio de análises avançadas de sentimentos e engajamento.

A inteligência artificial está transformando o marketing digital, capacitando as empresas a oferecer experiências personalizadas, segmentação precisa e previsões de tendências mais precisas.

Fonte: NR7 Full Cycle Agency

Usabilidade em MarTech: facilitando a vida do Profissional de Marketing

Por Katerina Matthaiou*

Usabilidade é tornar a vida de um usuário mais fácil. E quando falamos de coisas fáceis, estamos nos referindo àquelas que não exigem tempo, pensamento e esforço. Um dos elementos principais para especialistas em usabilidade ao redor do mundo é o livro de Steve Krug, intitulado “Não me faça pensar”. Nele reside a essência para a maioria dos produtos bem-sucedidos. Eles não devem fazer seus usuários pensar. Tudo deve ser familiar e acender o propósito do produto para ser realizado de maneira natural.

Katerina Matthaiou, Chefe de Produto e Crescimento da Upstream

No que se refere às plataformas de MarTech, a regra é a mesma . Os profissionais de marketing querem usar tecnologia que não só melhore o desempenho de suas campanhas, mas também torne seus trabalhos mais fáceis. Então, quais são esses componentes que uma plataforma de MarTech deve ter para realizar isso?

Familiaridade e Facilidade de Aprendizado: A plataforma ideal de MarTech é aquela em que os usuários podem mergulhar sem a necessidade de uma curva de aprendizado íngreme. Ações universalmente reconhecidas, como arrastar e soltar, tornam o processo de integração mais suave, permitindo que os usuários se familiarizem rapidamente com as capacidades da plataforma.

Automação: Os profissionais de marketing digital podem precisar executar dezenas ou centenas de campanhas diferentes ao mesmo tempo. Mesmo quando se trata de uma única campanha, eles podem precisar atender a múltiplos públicos e usar conteúdos e canais diferentes de acordo com o comportamento dos clientes. Em um ambiente tão atarefado, a automação não é um luxo, mas uma necessidade. As equipes de marketing simplesmente não podem se dar ao luxo do tempo e da carga mental necessários para configurar cada campanha manualmente. Implementar comunicações automáticas acionadas alivia o fardo e aumenta significativamente a produtividade.

Implementação e Integração: No mundo dos negócios, tempo é dinheiro. Processos prolongados de configuração e integração são bandeiras vermelhas para os clientes. Uma plataforma amigável deve priorizar a facilidade de implementação e integração perfeita com sistemas existentes, garantindo uma transição rápida para as equipes de marketing.

Interface Unificada: Se uma plataforma de MarTech se especializa em marketing multicanal, então a ideia central deve ser “uma IU para governar todos os canais”. A simplicidade é fundamental. Os usuários não querem se perder na confusão. Uma única interface de usuário coerente para gerenciar vários canais de marketing agiliza o fluxo de trabalho e aumenta a produtividade. Isso também facilita a manutenção da consistência da marca e das mensagens em diferentes canais.

Suporte ao Cliente Responsivo: Mesmo com uma plataforma amigável, problemas podem surgir. Os usuários da plataforma não querem gastar tempo pensando em soluções por si mesmos. É aqui que entra em jogo um suporte ao cliente responsivo e eficaz. Este é um ponto crítico para muitos gigantes da indústria digital, já que os usuários frequentemente relatam um atendimento ao cliente tardio e ineficaz. Portanto, ter uma equipe de suporte dedicada pronta para resolver problemas e até fornecer treinamento, quando necessário, é um diferenciador crucial em um mercado SaaS competitivo.

Otimização do Ciclo Virtuoso de Design Centrado no Usuário: O ciclo virtuoso de design centrado no usuário requer um ciclo contínuo de projetar e coletar feedback do público. Na prática, muitas marcas negligenciam isso devido ao tempo e esforço necessários para obter e analisar feedbacks. Métodos como testes divididos automatizados podem acelerar o processo, permitindo que os profissionais de marketing tomem decisões baseadas em dados e implantem os designs e mensagens que funcionam melhor com os usuários.

Gestão de Audiência: O que é uma boa experiência de usuário para uma pessoa, pode ser uma má experiência para outra. Reconhecendo que as experiências dos usuários podem variar amplamente, as plataformas de MarTech devem oferecer capacidades robustas de gestão de audiência. Isso permite que os profissionais de marketing personalizem suas campanhas e conteúdo para diferentes segmentos, garantindo uma experiência personalizada para um público diversificado.

Todos querem pensar o mínimo possível durante suas atividades diárias. Profissionais de marketing digital e de performance não são diferentes. Ao se concentrarem em design intuitivo, automação, facilidade de implementação, suporte responsivo e uma abordagem centrada no usuário, as plataformas de MarTech podem fornecer uma experiência de usuário superior e impulsionar o sucesso para os profissionais de marketing e suas campanhas. Vimos isso na prática com nossa própria plataforma de MarTech, Grow, implantada por operadoras de telefonia móvel, marcas de comércio eletrônico e anunciantes em alguns dos mercados que mais crescem rapidamente no mundo, como Brasil e África do Sul.

*Katerina Matthaiou é a Chefe de Produto e Crescimento da Upstream, estando no comando da plataforma de marketing móvel, Grow, e moldando o roteiro de produtos mais amplo em linha com a visão e estratégia da empresa. Ela se juntou à Upstream pela primeira vez em 2016. Antes disso, ela desempenhou várias funções de marketing e comerciais nas indústrias de cosméticos e imprensa. Katerina possui um MBA em Marketing & Estratégia pela Universidade de Economia e Negócios de Atenas.

Coluna “Discutindo a relação…”

Os dados e a automação nos libertam

Tenho ouvido e lido muita discussão em torno da presença e uso dos dados e da automação no universo da propaganda e do marketing. Tem sido assunto de artigos, colunas, webinars, podcasts etc.

E, fazendo uma reflexão sobre tudo que ouvi e li até agora, parece que há um certo consenso em torno da ideia de que o uso de dados e de automação podem colocar em evidência o que sempre foi o ingrediente principal do trabalho de comunicação: a inventividade, a criatividade, o encontro de soluções a partir de uma capacidade aguçada de compreensão do cenário e do problema.

Vamos olhar o dados e a automação com bons olhos

Sim, os dados e a automação, ao contrário do que muita gente possa inicialmente pensar, não vieram tornar a propaganda mais chata e previsível (caso dos dados) e nem mesmo tirar empregos (caso da automação). Creio firmemente que ambos vão deixar espaço para que nossa capacidade se amplie. Sim, dados e automação vão impulsionar a presença humana na etapa em que ela é mais necessária: a intuição, o insight, a criatividade.

Imagem de Arek Socha do Pixabay

Não vai faltar big idea na propaganda porque temos que nos orientar por dados (prefiro informação, mas tudo bem). Embora o digital tenha tornado a comunicação ainda mais rápida e fluida, a busca pela ideia que definitivamente vai diferenciar marcas e produtos segue sendo importante e extremamente útil. Há mais “feijão com arroz”, mais peças focadas em performance e no dia a dia? Sim, há. Há mais assertividade e customização da comunicação. Sem dúvida!

Quanto a automação… Não sou daqueles saudosistas e românticos que fica dizendo que o bacana era fazer as coisas na unha, na munheca. De modo algum. Prefiro um zilhão de vezes usar ferramentas de automação de marketing e propaganda que nos deixem com tempo e espírito livre para exercer o que nós, humanos temos de melhor: criatividade.

Tem o lado de que temos que conhecer e aprender a lidar com novas ferramentas e tecnologias e que nem sempre isso é tão fácil ou prazeroso assim. Tudo bem, concordo. Mas há tantas soluções na forma de serviços e empresas terceiras e parceiras pra nos dar uma forcinha que fico esperançoso de que a dor destes aprendizados pode ser bem menor

Então, amigas e amigos, estou cada vez mais convencido de que dados e automação não são grilhões que nos acorrentam, mas sim chaves que nos libertam.

Coluna “Discutindo a relação…”

Estão automatizando a propaganda

Há alguns dias ouvi um podcast que tratava de automação de propaganda e suas vantagens, principalmente no que se refere à customização, individualização e extrema segmentação de conteúdo.

Também tive a oportunidade de acompanhar, na última quinta feira, o webinar Hiperpersonalização da Automação de Marketing, organizado pela ABRADI.

Em ambas as oportunidades ficou claro o quanto a automação de partes do processo publicitário pode e poderá trazer ganhos significativos para anunciantes e agências de comunicação.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Os recentes e vertiginosos avanços tecnológicos nas áreas de Inteligência Artificial, Big Data, Machine Learning e Computação em Nuvem têm aberto novas possibilidades para que possamos entregar uma mensagem publicitária realmente One to One, ou, como muitos têm preferido chamar, Human to Human.

Um dado que corrobora tudo isso foi trazido recentemente pela newslettering Morse News: as Martechs brasileiras levantaram US$ 20 milhões em 2021. A Morse traz informações de levantamento realizado pela Distrito, que aponta que nos primeiros dois meses deste ano, as startups de tecnologia em marketing (as martechs) levantaram US$ 20 milhões em aportes. O melhor início de ano para o setor. O período ultrapassa o primeiro bimestre de 2016, recordista até então, quando a plataforma de automação Pipefy levantou US$ 16 milhões.

Aos publicitários da velha guarda como eu essas novas práticas causam um certo estranhamento e, confesso, um certo receio. Causam aquela sensação de que “não vou conseguir acompanhar tudo isso”. Normal, não é?! Realmente é muita coisa nova para tentar compreender em pouco tempo.

De todo modo podemos entender de que sempre desejamos enviar a mensagem certa para a pessoa certa e no momento mais adequado. E que agora isso é amplamente possível.

Lembro também de ter assistido no último Fest’up presencial (acho que foi em 2019) a palestra de Walter Longo que levou o mesmo título de seu último livro: O fim da idade média e o início da idade mídia. O que ele colocou em sua fala foi o conceito de antes a propaganda trabalhava com a média. A média de seu público. A média de seus gostos, de seus desejos, de seus hábitos etc. E que agora, graças às novas tecnologias poderia, finalmente, trabalhar de forma individualizada e customizada.

Tudo leva a crer que este é um caminho sem volta, principalmente nos ambientes digitais. É melhor que todo publicitário ou “aspirante a “ comece a tentar entender as novas possibilidades. Não precisa ser um técnico, um expert em tecnologia. Nada disso. Precisa é conhecer e entender que essa mudança chegou.