A Inteligência Artificial potencializa ou sabota as buscas online?

Por Jair Tavares*

O uso dos mecanismos de busca está passando por uma transformação, mas quem está “puxando” isso? A evolução da Inteligência Artificial (IA), e sua sorrateira penetração em todo o meio digital, ou a experiência do usuário com essa nova ferramenta?

Talvez seja um pouco dos dois.

Parece óbvio, mas não é. A tecnologia em si – a novidade, o hype, a onda -, é o primeiro fator de sua adoção pelos early adopters, aqueles que “ficam na fila” para usar primeiro uma novidade. Mas esse público é pequeno, não forma todo o mercado.

Apenas quando esse pessoal “desbrava”a nova tecnologia e começa a falar que a sua experiência melhorou, é que os latecomers – o mercado em si – passam a adotar em peso a nova tecnologia – agora cool, legal, útil e prática.

Mas há uma diferença aqui: essa jornada, que já era muito rápida, agora acontece na velocidade da luz.

A grande adoção da IA e sua aceleradíssima evolução trazem um cenário de mudanças contínuas em vários processos de trabalho, na nossa relação com a tecnologia e, claro, na forma como nós buscamos informações.

Porém, é importante destacar que em toda e qualquer atividade, ou ramo do conhecimento, a extensão dos impactos da IA e como proceder para “surfar” no seu potencial, ainda estão no campo das hipóteses e especulações.

Há sinais claros para nós, profissionais de comunicação, que o foco da mudança está na experiência nova que as IAs trazem para os usuários.

Agora, com o cenário desenhado em nossas mentes, podemos falar sobre como a IA está redefinindo tanto a busca orgânica quanto à paga.

Busca orgânica

Nas buscas orgânicas, os modelos de IA compreendem a intenção do usuário de forma mais profunda, indo além das palavras-chave. Isso significa que o conteúdo que realmente atende às necessidades e perguntas dos usuários será cada vez mais valorizado.

Os algoritmos de IA estão aprimorando a capacidade de identificar conteúdo de alta qualidade, relevante e confiável, tornando a experiência do usuário mais rica. Para a busca generativa, o foco do SEO se deslocará para a otimização de respostas diretas e contextuais, garantindo que o conteúdo seja facilmente interpretado por modelos de IA para fornecer informações precisas.

Os conteúdos que reconstroem ou reforçam contexto, articulando fatos, fontes e leituras complementares, tendem a ter melhor desempenho.

Busca paga

Nas buscas pagas, a IA já está otimizando as campanhas de forma significativa. Ela pode prever o desempenho de anúncios, otimizar lances em tempo real e segmentar audiências com grande precisão.

A IA está transformando a forma como os anunciantes alcançam seu público, movendo-se de uma abordagem baseada em palavras-chave para uma estratégia focada na intenção do usuário e no comportamento preditivo.

Embora alguns possam especular que a IA eliminará a necessidade de campanhas pagas, o fato é que ela as tornará ainda mais estratégicas e personalizadas. O investimento em mídia paga continuará sendo crucial para a visibilidade imediata e o alcance de públicos específicos.

Em resumo, nas buscas a IA está despontando não como “mais uma ferramenta”, mas sim um catalisador que está remodelando a forma como nós, usuários, interagimos com a informação online.

E, embora a extensão do seu impacto ainda seja desconhecida, a adaptação rápida às mudanças é fundamental para quem busca visibilidade na era da busca generativa. As campanhas de mídia paga e o SEO para o tráfego orgânico, especialmente, continuarão sendo pilares importantes, mas com outro olhar.

A chave é entender a experiência do usuário e como oferecer e fortalecer os nossos próprios ativos digitais com a profundidade e relevância que a IA demandará.

*Jair Tavares é co-fundador e COO da Pólvora Comunicação

Mais do que o software: por que investir na experiência do cliente é estratégico para a empresa?

Por Tânia Alves*

Diante de um mercado repleto de soluções tecnológicas, a ideia de que o “melhor software vence a concorrência” se tornou um mito. Atualmente, a competição pelos clientes não é travada com base nos recursos que uma solução possui, mas na jornada que a empresa oferece. É nesse contexto que a experiência do cliente, mais conhecida como Customer Experience (CX), e Customer Engagement (CE), uma nomenclatura nova, surgem como importantes atrativo para o negócio.

Quando falamos sobre esses conceitos, é importante destacar que essas abordagens não se tratam apenas de ter um bom atendimento, mas de consolidar parcerias duradouras, garantindo que, no longo prazo, o consumidor chegue à conclusão de que permanecer com o produto é tão estratégico quanto a decisão de adquiri-lo.

Como prova do protagonismo da experiência do cliente no dia a dia das organizações, um levantamento da Genesys revelou que, para 93% dos participantes, “uma empresa só é tão boa quanto seu atendimento”. A pesquisa ainda mostrou que 34% abandonaram a organização após alguma experiência negativa e 75% estão dispostos a pagar mais por um serviço que ofereça um atendimento de qualidade.

O estudo corrobora o atual cenário, marcado pela mudança de comportamento dos usuários. Ou seja, não é mais apenas a qualidade de um produto que determina a fidelização do cliente, mas sim as interações humanizadas e voltadas a assegurar a melhor experiência para o usuário.

Em se tratando de softwares, falar em migração de sistemas causa arrepios em boa parte do empresariado. Isso porque situações anteriores ou, até mesmo, relatos de dificuldades enfrentadas, desafios, mau atendimento, entre outros fatores, acaba criando uma impressão errada sobre a execução do projeto e gerando resistência para investir na adoção.

Todavia, é importante ressaltar que a experiência do cliente não deve ser uma preocupação apenas antes e durante o projeto. Também é preciso dar atenção ao pós-atendimento. Em projetos de implementação de ERP, é comum que, com o tempo, alguns usuários passem a subutilizar a ferramenta, por razões que variam desde a rotatividade de colaboradores até dificuldades na adoção de novos recursos.

Sendo assim, é crucial que, mesmo com a finalização de um projeto, o time continue engajado em garantir ao usuário todo o respaldo necessário. É essa ação que irá assegurar a fidelização, bem como permitir que o cliente, quando satisfeito, faça indicações, contribuindo para o aumento da cartela de usuários.

Dessa forma, mais do que investir em diversas soluções, é essencial que as organizações tenham um olhar estratégico para o CX e CE, a fim de promover ao cliente um atendimento humanizado que coloque sua satisfação no centro das operações.

Por outro lado, para o consumidor, na hora de escolher um produto ou serviço, principalmente um software de gestão, é essencial optar por uma consultoria que tenha o engajamento do usuário entre as prioridades. É primordial escolher a equipe que, além de ofertar, garanta a satisfação da base por meio de ações de monitoramento e aplicação de melhorias indicadas pelo próprio usuário.

Cada vez mais, a experiência do cliente tem se tornado um elemento estratégico indispensável para as organizações que querem se sobressair diante do cenário de alta concorrência. É esse olhar humanizado que irá determinar o sucesso das operações e, consequentemente, o maior nível de satisfação dos clientes. Afinal, mais do que tecnologia, é importante investir no bem-estar das pessoas.

*Tânia Alves é CEE da Okser.

ASSECRE participa da Jacareí Summit nesta semana

A Associação dos Empresários do Vale do Paraíba, a ASSECRE marcará presença com estande no “Jacareí Summit – Fórum de Desenvolvimento Socioeconômico”, nos dias 3 e 4 de setembro, evento que será realizado no Complexo Paulo Freire, em Jacareí (SP). A ASSECRE compartilhará o estande com as empresas associadas: Polutec, MADi Industrial e Takaimec. O evento contará com importantes nomes do cenário brasileiro tais como: o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Jorge Lima e o economista e ex-ministro Maílson da Nóbrega. A entrada e o estacionamento são gratuitos.

A ASSECRE apresentará no estande seus serviços, benefícios aos associados, o portal de empregabilidade digital – ASSECRE Jobs, além de mostrar a realização de eventos promovidos pela entidade para debates como o Café Empresarial que é realizado mensalmente; para empreendedorismo e networking como o Tech Valley Summit, realizado neste ano, cursos de qualificação, além de ações sociais para a comunidade. Os visitantes também poderão assistir a vídeos sobre a associação, que tem 32 anos de história.

“Apoiamos e fazemos questão de participar de eventos que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico como o Jacareí Summit, que traz as inovações dos segmentos industrial e de serviços”, contou Wagner Siqueira, um dos diretores executivos, ao lado dos outros dois diretores Gabriel Santos e Eduardo Piloto.

O Jacareí Summit é aberto ao público e há a necessidade de inscrição, que poderá ser feita gratuitamente, por via on-line ou presencialmente, no local do evento. As inscrições podem ser feitas neste link.

Programação completa confira no site.

Serviço – ASSECRE no Jacareí Summit

3/9 (quarta), das 18h30 às 21h.

4/9 (quinta), das 9h às 21h.

Endereço – Complexo Paulo Freire, Av. Eng. Davi Monteiro Lino, 3.595 – Jardim Marcondes, Jacareí (SP).

Realização: Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba) e o Desenvolve Vale.

Fonte: Assessoria de Imprensa da ASSECRE – Solução Textual – Renata Vanzeli

Dia do Outdoor: tradição que se reinventa e cuida das cidades

Halisson Tadeu Pontarola, presidente da Central de Outdoor – Crédito: Divulgação

Por Halisson Tadeu Pontarola*

Há algo de único em caminhar por uma cidade e perceber como a mídia exterior faz parte da nossa vida cotidiana. Seja um painel no meio do trânsito, uma mensagem no caminho para o trabalho ou uma campanha que se torna assunto nas rodas de conversa, o outdoor é presença viva na paisagem urbana. Ele acompanha o ritmo das cidades, muda com elas e, muitas vezes, ajuda a contar suas histórias. É por isso que, quando chega 31 de agosto, o Dia Nacional do Outdoor, não comemoramos apenas um formato publicitário, celebramos uma tradição que se reinventa e segue relevante em um mundo cada vez mais digital e conectado.

No Brasil, evoluímos para um cenário onde o físico e o digital se misturam, criando novas possibilidades de interação e impacto. Adaptar-se às particularidades regionais e ao perfil de cada público continua sendo essencial, mas o futuro traz oportunidades ainda mais ousadas. Segundo a PQ Media, em 2026 o Digital Out of Home (DOOH) deve representar 36,5% do bolo publicitário global, contra 28,8% em 2021. Esse avanço será impulsionado por tendências como hiper personalização por meio de inteligência artificial e dados, integração com a digitalização urbana, uso de geolocalização e dados em tempo real e o fortalecimento da sustentabilidade nas campanhas e conteúdos interativos.

Tenho abordado sobre a mídia regenerativa como um caminho para o futuro do OOH. Essa visão permanece firme: mais do que comunicar, podemos regenerar e cuidar dos espaços onde estamos presentes, entregando valor real para as cidades e para as pessoas. É alinhar criatividade, tecnologia e responsabilidade para que nossos ativos publicitários contribuam com o ordenamento urbano, a valorização da paisagem e o bem-estar coletivo. Isso inclui olhar com prioridade para projetos de recuperação de ambientes que já tiveram grande valor no passado, mas que hoje demandam ações para retomar a vitalidade, o uso e o pertencimento.

A mídia, nesse contexto, atua como facilitadora, ela estrutura a presença responsável, organiza e conecta marcas ao interesse público de recuperar o espaço. Quando entramos como parceiros na zeladoria, cria-se um ciclo positivo: à noite, o local se mantém iluminado e convidativo; durante o dia, ganha um novo atrativo, e as pessoas se sentem à vontade para permanecer, porque o ambiente está limpo e seguro. Isso incentiva o uso qualificado do espaço e ajuda a transformar a cultura e os hábitos de circulação.

Em São Paulo, considerada uma das capitais com o maior índice de pixação do mundo e também reconhecida pelo grafite em seus muros, muitas vezes o OOH é colocado no centro de um debate sobre o que chamam de poluição visual. Mas, se analisarmos com atenção, veremos que existem ao menos quatro elementos que causam muito mais desconforto visual do que outdoors planejados e regulamentados. A pixação, quando feita de forma ilegal, degrada fachadas e muros, transmitindo a sensação de abandono e insegurança. A sinalização mal colocada ou mal dimensionada confunde motoristas e pedestres, além de gerar sobreposição de informações que poluem a paisagem. A fiação exposta, muitas vezes emaranhada nos postes, cria um cenário caótico e perigoso, interferindo na estética e na segurança urbana. Já a ausência ou má conservação de calçadas prejudica a mobilidade, compromete a acessibilidade e impacta diretamente a qualidade de vida.

Em contraste, quando bem inserida, com curadoria estética, integração ao espaço e respeito, a mídia OOH evita o desconforto visual e atua como parceira na preservação e valorização da paisagem. A iluminação qualificada de um ativo de OOH gera efeito imediato de segurança e orientação, enquanto padrões técnicos, manutenção contínua e responsabilidade compartilhada viabilizam ações de zeladoria e requalificação, tornando as cidades mais organizadas, seguras e funcionais.

O Dia Nacional do Outdoor é um convite para celebrar e repensar nosso papel. Seguiremos desenvolvendo campanhas que, além de gerar impacto visual, contribuam para a melhoria dos espaços urbanos e para a experiência de quem circula por eles. O futuro do OOH será definido não apenas pela tecnologia ou pelos formatos, mas pelo valor efetivo que entregarmos às cidades e às pessoas.

*Halisson Tadeu Pontarola é presidente da Central de Outdoor