Omnichannel e Social Commerce: como a integração das tendências está revolucionando a forma de vender e de comprar

Brasileiros dedicam mais de 3 horas às redes sociais, sendo que 75% não está em busca apenas de diversão, e sim de produtos ou serviços

Segundo dados do relatório de Transformação Digital na América Latina, realizado pela Atlanta (2022), os brasileiros passam mais de 3 horas diárias nas redes sociais. Desse tempo, até 2,8 horas podem ser despendidas no TikTok e até 2,2 horas no Instagram. Já segundo a pesquisa da Opinion Box, grande parte dessa parcela não se destina exclusivamente ao entretenimento, uma vez que 75% dos consumidores utilizam as redes sociais para pesquisar produtos, o que torna o social commerce uma poderosa ferramenta não apenas para dar visibilidade às marcas, como gerar vendas de forma integrada, transformando a experiência de compra em algo próximo ao natural, que pode acontecer de maneira quase imperceptível.

Segundo o palestrante e especialista em marketing, Gabriel Pianaro, a combinação de estratégias omnichannel e social commerce é uma tendência que está se mostrando cada vez mais essencial para pequenas e médias empresas (PMEs). “O omnichannel já não é uma novidade no comércio eletrônico e é fundamental compreender que a sua eficácia vai além da simples integração de canais e estratégias. Nesse cenário, é essencial acompanhar de perto as mudanças no comportamento do consumidor e estar presente nos locais onde seu público procura informações ou se diverte. A jornada de compra do consumidor não segue uma linha reta, e reconhecer que ela pode ocorrer em qualquer momento do dia, implica não apenas em estar disponível, mas em oferecer experiências de compra contínuas, sem interrupções, e, às vezes, tão naturalmente integradas que se tornam quase imperceptíveis. É nesse contexto que o social commerce se destaca”, explica.

Especialista em marketing e palestrante, Gabriel Pianaro
Divulgação

Para Gabriel, a união entre o omnichannel e o social commerce é uma tendência que está moldando o cenário de marketing, sendo uma oportunidade para PMEs que desejam aumentar a sua presença online e alcançar um público mais amplo. “Pense num cenário onde o consumidor está olhando as suas redes sociais e vê um influenciador falando do produto que ele precisa, seja um fone de ouvido, um celular ou mesmo algo para casa. Se esse consumidor tiver a oportunidade de fazer a compra diretamente pelo Instagram, com facilidades de pagamento, agilidade na entrega e frete grátis, é possível verificar que a sua marca ofereceu a melhor experiência de compra possível”, reforça Gabriel.

Omnichannel e social commerce

O omnichannel refere-se à integração de diferentes canais de vendas e atendimento, como lojas físicas, lojas online, redes sociais e aplicativos móveis, em uma experiência de compra unificada. Por outro lado, o social commerce envolve a utilização das redes sociais, como o Instagram, Facebook e TikTok, como plataformas de venda direta, permitindo que os consumidores comprem produtos sem sair do ambiente das redes sociais. “Essas duas ferramentas se complementam e devem ser consideradas como primordiais para empresas que queiram se destacar no competitivo mercado de produtos e serviços. A correta utilização dessas estratégias, aumenta a conversão, o alcance da marca, o engajamento do cliente, gera uma análise de dados mais avançada e facilidade de rastreamento. Pontos fundamentais para qualquer negócio”, explica Gabriel.

Compras não lineares e concepção de tempo na experiência de compra

Gabriel explica que uma experiência de compra de alta qualidade deve respeitar a jornada do cliente, acompanhando os passos que o levam à decisão de compra, no entanto um ponto deve ser considerado nesse processo: a concepção de tempo de compra. “O uso das redes sociais e as experiências no metaverso, por exemplo, estão desafiando a nossa concepção tradicional de tempo. Ou seja, se anteriormente seguíamos uma abordagem linear ao analisar as fases de consciência, consideração e decisão do cliente, hoje, embora ainda exista uma certa sequência, o processo de consumo não é mais tão estruturado ou segmentado. Isso reforça ainda mais a necessidade de uma verdadeira integração entre os canais de comunicação, pois ela irá influenciar na agilidade da jornada e na decisão de compra dos clientes, uma vez que os canais estejam integrados e ofereçam uma experiência de compra completa”, explica o especialista.

Para ilustrar, Gabriel dá o exemplo de um cliente que está navegando no Tik Tok e abre uma aba de produtos. “Neste momento o cliente não quer sair da plataforma para visitar um site ou outra página, ele espera encontrar todas as informações necessárias ali, naquele momento. Sendo assim, todas as informações devem estar ali. O mesmo se aplica ao WhatsApp ou qualquer outra rede social; se esse canal está disponível, seu cliente precisa encontrar informações sobre pagamento, entrega, prazos e todos os benefícios sem sair da plataforma. É fundamental que as PMEs reconheçam a importância de adotar essas tendências, uma vez que ignorar essas oportunidades pode significar perder a chance de conquistar novos clientes e expandir os negócios”, finaliza.

Benefícios da Combinação do Omnichannel e Social Commerce para PMEs

Aumento da Visibilidade Online

A presença nas redes sociais oferece às PMEs uma vitrine virtual acessível a um amplo público. A integração com o omnichannel garante que os clientes possam comprar facilmente após descobrirem produtos nas redes sociais.

Engajamento do Cliente

As redes sociais são plataformas poderosas para o engajamento dos clientes, as PMEs podem aproveitar esse espaço para interagir diretamente com os clientes, responder a perguntas e construir relacionamentos sólidos e duradouros.

Ampliação do Alcance

O compartilhamento social permite que os clientes promovam produtos para seus círculos pessoais, ampliando o alcance orgânico da marca.

Personalização da Experiência do Cliente

Estratégias omnichannel permitem que as PMEs personalizem a experiência do cliente com base em suas preferências e histórico de compras, aumentando a satisfação do cliente.

Análise de Dados Avançada

A combinação de dados de redes sociais e informações de compras omnichannel oferece insights valiosos que podem ser usados para ajustar estratégias de marketing e aumentar a eficiência das campanhas.

Fonte: Trio Comunicação – Natu Marques

Uma pergunta

Estamos de volta com mais uma edição do Uma pergunta

Desta vez convidamos o Gerson Affonso que é fundador e Gerente Comercial e responsável por Desenvolvimento de Novos Negócios da Make Live Marketing & Tecnologia (Digital Signage).

O Publicitando perguntou: Qual é o “core business” da Make Live? E o Gerson respondeu:

O “core business” da Make Live é Digital Signage, conhecida também como DOOH (Digital Out Of Home), uma rede de painéis digitais (TVs, Monitores, Painéis de LED, Totens Digitais, etc.) gerenciados remotamente (via cloud) por meio de um software específico.

Atualmente a Make Live trabalha com as soluções:
TV Corporativa, Totens Digitais, Painéis de LED, TV Indoor, Vitrine Digital, Mídia TV, Vídeo Wall e Menu Board Digital. Acesse o site e saiba mais sobre cada uma dessas soluções.

Para cada solução são criadas grades de programação (conteúdo) específicas considerando a finalidade do projeto e o perfil da audiência a ser engajada (endomarketing, publicidade, informativo, etc.).

A Make Live completou 15 anos em abril deste ano e tem como missão aproximar a comunicação, serviço ou produto do público desejado por meio das suas soluções e em pontos estratégicos, criando e entregando valor para satisfazer as necessidades de cada mercado.

Não se trata de ON ou OFF, mas de estar presente na jornada das pessoas, ampliando o alcance com segmentação e direcionamento.

Conteúdo relevante, para o público certo e no momento adequado!

Como definir a continuidade de uma campanha

por Josué Brazil

Iniciei uma sequência de textos sobre planejamento aqui no blog. Começamos falando do planejamento como um todo. Depois detalhamos um pouco mais no texto seguinte, no qual abordamos os três conceitos fundamentais para definição da estratégia. Em um terceiro texto explicamos como definir o alcance de uma campanha.

Esse texto aqui tem a pretensão de finalizar esta sequência trazendo os indicadores que vão nos ajudar a definir qual é a continuidade ideal para sua campanha ou ação de comunicação.

Imagem por annca de Pixabay

Só para lembrar, continuidade é um conceito ligado a extensão de tempo de sua campanha e, principalmente, como são definidos os esforços de mídia ao longo deste tempo. E que nós adotamos quatro tipos básicos de continuidade: linear, concentrada, ondas e pulsação.

Nos últimos anos podemos nos arriscar a dizer que em função de mercados quase todos muito mais dinâmicos e competitivos, a continuidade do tipo pulsação virou uma espécie de coringa e acaba sendo a mais utilizada por planejadores de mídia.

Vamos aos indicadores:

▹CATEGORIA DE PRODUTO/SAZONALIDADE – consumo horizontal leva a continuidade linear ou pulsação. Sazonalidade conduz ao uso de concentrada;

▹CICLO DE VIDA DO PRODUTO – lançamento/relançamento levam a linear. Para marcas/produtos em sustentação podem ser usadas ondas, linear e até pulsação;

▹FREQÜÊNCIA DE COMPRA – alta frequência de compra indica continuidade linear ou pulsação. Baixa frequência permite o uso de ondas;

▹FIDELIDADE DE MARCA – baixa fidelidade conduz á linear, alta fidelidade indica atuação em ondas;

▹DIFERENCIAÇÃO DE DESEMPENHO – ondas para produto com claro desempenho superior aos concorrente. Desempenho pouco diferenciado leva ao uso de linear ou pulsação;

▹CONCORRÊNCIA – a atividade da concorrência é importantíssima e pode modificar totalmente qualquer decisão já tomada em função de situações anteriormente colocadas;

▹CONTEÚDO DE COMUNICAÇÃO – alto impacto de comunicação permite atuação em ondas ou pulsação. Já baixo impacto da mensagem sugere o uso de linear ou pulsação, dependendo da concorrência;

▹IMAGEM DE MARCA – boa imagem de marca conduz ao uso de ondas ou pulsação. Fraca imagem de marca leva a adoção de continuidade linear ou de pulsação.

Novamente nos apoiamos bastante aqui nas ideias de Edson Benetti em seu capítulo do livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”.

Importante ressaltar que para um bom planejamento de mídia os três pilares ou conceitos fundamentais (alcance, frequência e continuidade) devem estar equilibrados e atender aos objetivos de comunicação e marketing.

Consuma todos os textos desta sequência sobre planejamento de mídia. Sem moderação!

 

Como definir o alcance de público em uma campanha

Indicadores para definição de alcance

por Josué Brazil

Em meu último texto aqui sobre planejamento de mídia escrevi sobre alcance, frequência e continuidade; os três pilares do pensamento estratégico no plano de mídia.

Imagem de Brian Merrill do Pixabay

Agora vou trazer aqui alguns indicadores que nos mostram com que tipo de cobertura trabalhar de acordo com cada situação de mercado e comunicação. Para quem não leu o texto anterior, definimos três níveis de alcance: baixo (quando objetivamos atingir menos de 40% de nosso público alvo); médio (quando pretendemos falar com 40 a 70% de nosso público) e alto (quando buscamos conversar com mais de 70% de nosso público).

Vamos falar dos indicadores então:

CICLO DE VIDA DA MARCA – marcas e/ou produtos em situação de lançamento, relançamento e sustentação (principalmente para marcas de destacada liderança) é recomendável a alta cobertura (acima de 70%). Por outro lado marcas com baixa participação, sem produção suficiente para atender à demanda, a solução é média ou baixa cobertura;

OBJETIVOS DE MERCADO – De modo geral, quanto maiores os objetivos de mercado, maior a necessidade de atingir progressivamente novas parcelas de público;

CAMPANHA PROMOCIONAL – campanhas promocionais curtas e de rápida resposta exigem altas coberturas. Dependendo do volume de resposta desejado e necessário e da mecânica da promoção, soluções com média cobertura são boa opção;

DINÂMICA DA CONCORRÊNCIA/MERCADO – diretamente ligado ao posicionamento estratégico adotado pelo anunciante e da sua posição de mercado, além da configuração do mercado em que está inserido, ou seja, o que o cliente pretende em relação ao seu mercado afeta a escolha do nível de alcance de público;

COMUNICAÇÃO – quanto maior o nível de conhecimento e de lembrança da marca menor a necessidade de buscar novas parcelas de público;

PERÍODOS – a cobertura pode e deve variar ao longo da campanha (sazonalidade, férias, custos etc). Ela não precisa ser igual do início ao fim de um esforço de comunicação.

Neste texto me apoiei nas ideias de Edson Benetti em seu capítulo sobre Mídia do livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”.

Num próximo texto traremos os indicadores para definirmos que tipo de continuidade adotar em nosso planejamento de mídia para uma marca/empresa/produto/serviço.