Mais uma edição do Misanja

Vem aí a terceira edição

A 3ª edição do MiSanja, Marketing Digital em São José dos Campos, terá como tema Marketing de Performance.

Os participantes desta edição serão Luciana Maryllac, Marcus Cabral e Gustavo Franco.

Confira a programação:

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4 perguntas que você precisa fazer sobre mensuração de mídia

Talvez seja hora de rever como você está abordando suas métricas de sucesso

por Fernando Teixeira

Você tem uma estrutura para medir e otimizar suas campanhas de publicidade com foco nas métricas mais importantes do seu negócio? E isso está tornando você mais inteligente como profissional de marketing ao longo do tempo?

Fernando Teixeira é Head of Practice – Advertising na Adobe

À medida que mais e mais formatos de mensuração de mídia são desenvolvidos, é essencial que se conectem as métricas aos objetivos. Infelizmente, muitos aderem a KPIs que podem ser facilmente manipulados e não transmitem valor real de publicidade ao comprador de mídia. Isso pode ser um desafio na hora de otimizar seu desempenho e aproveitar ao máximo os investimentos em anúncios digitais.

Dentro dessa cadeia, quatro questões-chave para pensar:

1. Estou comprando o que acho que estou comprando?

Parece simples, mas não é. Esta questão está relacionada à qualidade da mídia. Questões como visibilidade, fraude e segurança de marca têm sido as perguntas que mantêm os maiores anunciantes acordados à noite. Embora a otimização dessas métricas muitas vezes pareça um desafio já resolvido com tecnologias de ad cloud, pequenas alterações nas equações matemáticas que usamos podem ter grandes retornos.

Vamos começar com a visibilidade. Determinar se um anúncio é visível tem sido uma métrica com a qual a indústria normalmente está obcecada. Embora 100% de visibilidade seja uma meta razoável, nem sempre é a melhor medida de audiência real. As métricas de volume, como o número real de pessoas que podem ver o anúncio, são mais significativas. Portanto, você pode optar por analisar o CPM visível (viewable CPM), que leva em conta a visibilidade assim como o custo final e a contagem total dessas visualizações.

A seguir, está a segurança de marca: meus anúncios realmente são exibidos em um ambiente com o qual estou confortável? Eu comprei espaço nos aplicativos, sites e programas de TV que pretendia comprar? Depois, fraude: realmente exibi anúncios para seres humanos?

A maioria das plataformas de compra agora considera esses tipos de problemas por meio de recursos relacionados à transparência. E, embora as ferramentas não detectem todas as infrações, você pode reagir em tempo real diretamente nessas plataformas.

2. Estou investindo a quantia certa em uma determinada tática ou canal? Existe um ponto de saturação?

Em seguida vem o desafio de equilibrar alcance e frequência em cada canal de publicidade. Já cheguei a um ponto de retorno decrescente em determinada tática ou canal? Existe espaço para crescer? Investir mais dinheiro em uma determinada tática trará valor incremental à marca ou eu estarei alcançando os consumidores que alcancei em outro lugar? Basta lembrar de quantas vezes você viu um banner que não tinha nada a ver com você (ou com seu momento) para saber que a resposta provavelmente é não.

As campanhas de anúncios otimizadas para altos percentuais on-target ou taxas de conversão são inerentemente limitadas na escala de impacto que podem ter para uma determinada marca. Marcas com uma tolerância maior para “perder” em uma base de impressão por impressão, na verdade acabam tendo mais “hits” únicos nos clientes com os quais se importam. Considere a possibilidade de atualizar as métricas para recompensar o alcance exclusivo, analisando itens como Custo por alcance humano ou Custo por ponto único de contato.

3. Meus anúncios digitais estão funcionando para que? Eles, por exemplo, levam mais gente para a loja física?

Essa pergunta precisa entrar na mente do cliente: meu anúncio está funcionando? Quais mudanças de percepção estão sendo criadas que podem levar a mudanças comportamentais?

A clareza na mensuração é crítica aqui. Não é incomum que os compradores de mídia se concentrem em metas conflitantes. Quero ter alcance e frequência. Eu quero melhorar a reputação e vender. É essencial saber o que a campanha está tentando alcançar e alinhar as métricas com essas metas específicas.

Isso parece simples, mas é frequentemente ignorado. Conversões são o objetivo dos anunciantes em geral; mas as marcas que buscam experimentação, por exemplo, podem focar no aumento do número total de consumidores. Considerando marcas que trabalham com uma base de clientes já existente, um volume eficiente de conversões (custo por ação) é mais apropriado.

Você pode dar um passo adiante ao enriquecer essa “ação” no final do custo por ação. As marcas que se concentram na coleta de receita conhecida devem contar os totais de transações de cada ação. As marcas que conduzem o teste e a exploração podem querer analisar as métricas de pré-compra, como o tempo de permanência e as ações totais do site, o que pode sinalizar a exploração e a intenção de compra do produto. E se você é como a maioria das marcas de publicidade no mundo, as principais ações do consumidor acontecem off-line. O uso de feeds de atribuição off-line – como dados de ponto de venda, dados do cartão-fidelidade ou geolocalização – tornou-se algo bastante difundido para solucionar esse problema e muitas marcas agora operam com uma estrutura “aways on” para incorporar o comportamento off-line.

Mas essa compreensão mais rica do comportamento ainda é insuficiente para incorporar o sentimento, métrica que “gruda” tudo isso. Compreender como o sentimento pode se relacionar com o comportamento – em vez de tratá-lo como um objetivo final em si mesmo – pode levar a um entendimento muito mais claro de como seus anúncios estão funcionando e unir seus esforços de mídia e criação. Por exemplo, estabelecer uma correlação entre os picos nas métricas da marca e os comportamentos de compra resultantes da visualização de um anúncio específico pode fornecer insights para que isso seja incorporado em futuros processos criativos.

4. Estamos realmente estimulando novas vendas ou impactando pessoas que já iriam comprar de qualquer jeito?

Por último, a parte difícil. As marcas precisam, em última análise, saber se a campanha publicitária está causando um comportamento que não teria acontecido se elas não tivessem anunciado. Isso é complicado, pois o conceito de “atribuição” sugere que os consumidores que compram depois de ver um anúncio foram influenciados por esse anúncio – uma noção que infelizmente nem sempre é verdadeira.

Veja o exemplo daquele anúncio de calçado que acompanha os consumidores em todo o processo de compra que eles já pretendiam concluir, independentemente dos anúncios. Esses banners estão aí para irritá-lo por um motivo muito específico: os modelos de atribuição são recompensados ao colocar um cookie em você antes de fazer uma compra. Essa miopia é grave para o entendimento dos modelos de atribuição.

E se pudéssemos criar uma janela em que as ações do consumidor iriam ocorrer de qualquer maneira e, em seguida, removê-las da equação na hora de atribuir crédito? Este é o mundo dos testes incrementais que está surgindo rapidamente, impulsionado por um novo conjunto de ferramentas e um crescente entendimento das limitações das métricas de desempenho usadas até hoje.

Essa parte começa a parecer uma aula de ciências, com grupos de teste e controle, “pílulas de açúcar” ou placebos, e a necessidade de uma nova classe de analistas de mídia para interpretar e responder aos resultados. Se isso parece novo e desafiador para você como marca, você provavelmente não está sozinho. Enfatizar a importância das ferramentas de teste incremental com seus parceiros de tecnologia e começar a construir sua equipe para incorporar especialistas em experimentos de publicidade é uma obrigação para marcas que buscam maximizar o impacto de seus anúncios.

Uma pergunta que adoro fazer em reuniões é: “os seus resultados de conversão em mídia excluem o impacto nas pessoas que já iam comprar de qualquer jeito?” A maioria dos profissionais de marketing ainda trava na hora da resposta.

Se você for bem-sucedido nessas estratégias de mensuração avançadas, precisará ter o framework correto. Fazendo essas perguntas a você mesmo e ajustando seus KPIs para permitir a otimização de campanhas em tempo real nas métricas relevantes, você estará criando as bases necessárias para aproveitar ao máximo seus investimentos em compra de mídia.

OBS.: O artigo tem como base o texto original de Tom Riordan, Head of Measurement Services na Adobe

Fonte: RMA Comunicação – Alisson Costa

Coluna “Discutindo a relação…”

Temos que amar um pouco mais os números

Dou aulas há 26 anos em cursos de publicidade e propaganda. Dou aulas de mídia há 26 anos. E vejo um certo desespero no rosto dos alunos quando falamos de números e nos aproximamos de qualquer coisa que pareça ser de exatas ou que de algum modo faça lembrar matemática.

Vejo a cara de quase angustia quando coloco o slide que mostra a fórmula do Custo por Mil, ou do GRP, ou do CPP. Mais recentemente, quando explico algumas métricas aplicadas a redes sociais o mesmo acontece.

É… esse povo de humanas sempre fugiu dos números!

Não trago, entretanto, boas notícias para essa galera. Os números estão se aproximando, estão nas nossas fronteiras… ou melhor, já invadiram nosso território. Eles estão entre nós!

Você já deve ter ouvido falar de monitoramento, métricas, B.I (Business Intelligence), Big Data, análise e tratamento de dados e etc, etc, etc… Não tem mais jeito. Entre as muitas mudanças da área de comunicação mercadológica esta é uma das mais definitivas. Os números vieram para ficar e estão se tornando cada vez mais relevantes no processo de tomada de decisões estratégicas e até, pasmem, criativas.

É claro que tudo isso implica em aspectos para lá de positivos: nunca tivemos tantos dados e informações disponíveis e a custo relativamente baixo (alguns até gratuitos) como temos agora. Montar um planejamento estratégico de comunicação hoje pode e deve contar com o apoio das informações coletadas no universo digital. Afinal de contas, as pessoas entregam seus hábitos, costumes, desejos, aspirações, vontades, angustias, dores e amores nas redes sociais sem que ninguém lhes peça.

Implica também em podermos saber se a linha criativa de uma campanha realmente impacta nosso público. E podemos fazer isso em tempo real. Ao vivo. Implica em colher dados ricos e necessários.

Há montanhas de programas de monitoramento e uma série de novas métricas que podem ser utilizadas.

Então, meu povo de humanas, gostemos mais de números. Tenhamos mais paciência e boa vontade para com as métricas. Façamos um desmedido esforço para amar mais esses novos vizinhos. Eles vieram pra ficar e vão nos ajudar. Bastante!

Parte importante do processo de adaptação e aprendizado é deixar de lado as brincadeiras bobas, o preconceito e o medo, parar de repetir mantras do tipo “gente de humanas detesta matemática” e buscar entender e aplicar as novas ferramentas e possibilidades.

Não precisa ser um gênio das exatas. Longe disso. Basta “ter coragem pra se libertar”. E amar. Amar os números. Eles são do bem. Estão nessa para somar (sem trocadilhos…rs).

GP traz curso de métricas

As métricas estão mudando o negócio de comunicação

Já estão abertas as inscrições para o novo evento do GP: “Como o uso de Dados e Métricas está mudando nosso negócio”.

Café da manhã, breve exposições do ponto de vista de cada convidado e, em seguida, um grande debate sobre o tema.

Quem?
Kauê Cury
Sênior Manager da Accenture Interactive

Guilherme Gomide
CEO LATIN America da Mirum

Marcela Doria
Diretora de Pesquisa do Twitter na América Latina

Heloisa Pinho
Account Executive, Google Brasil

Clineu Júnior
Sócio da Shopfully Group

Quando?
Dia 29 de agosto
9h às 11h

Onde?
Twitter
R. Prof. Atílio Innocenti, 642 – São Paulo

Quanto?
R$ 150,00 para não-sócios
R$ 100,00 para sócios do GP

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