Um pouco mais sobre planejamento de mídia

Três elementos importantes na fase de objetivos

por Josué Brazil

Como já vimos em um artigo anterior que tratava de planejamento de mídia, o mesmo se divide em três etapas: objetivos, estratégia e tática.

Na etapa de objetivos fazemos uma série de levantamentos, busca de dados e pesquisas para que possamos ter uma forte e profunda compreensão do cenário em que nosso anunciante está inserido.

Buscamos informações sobre o produto, o público alvo, o mercado de atuação, a concorrência e, em função da análise de tudo isso, definimos as metas de alcance, frequência e continuidade.

Esses são elementos importantes demais no planejamento de mídia.

Lembrando:

1 – Frequência – número de vezes que a pessoa pode vir a receber a mensagem;

2 – Alcance – percentual de pessoas expostas pelo menos uma vez a determinada mensagem;

3 – Continuidade – modo como as mensagens são programadas ao longo do tempo de campanha.

Em relação a frequência sabemos que quantos maiores forem os objetivos de comunicação e marketing maior deve ser a frequência. Ou seja, mais vezes a pessoa deverá ter contato com as mensagens da campanha. Não há regras claras para definir quantas vezes a pessoa deve ser impactada, mas sabemos que poucas repetições da mensagem tendem a gerar pouco ou nenhum resultado.

Com relação ao alcance há um mito de que toda campanha deverá falar com o maior número possível de pessoas. Não é bem por aí. para cada situação pode ser definido um nível de alcance. A tabela abaixo mostra três níveis com os quais geralmente se trabalha em relação ao alcance:

Cobertura alta Acima de 70% do público alvo
Cobertura média Entre 40 e 70% do público alvo
Cobertura baixa Abaixo de 40% do público alvo

Já em relação a continuidade configuramos quatro tipos básicos que podem ser adotados:

1 – Linear – ideal para campanhas longas e diluídas, onde não há pressa para obtenção de resultados. Típica de campanhas de marca ou institucionais;

2 – Concentrada – típica de campanhas curtas como as promocionais, as de venda, as de varejo e até mesmo as sazonais;

3 – Ondas – caracteriza-se por períodos de ação e períodos sem qualquer veiculação. Ideal para produtos/marcas e serviços sazonais ou que tenham liderança destacada e imagem de marca bastante forte;

4 – Pulsação – é uma mistura de linear com ondas. Há períodos com maior ação de mídia e outros com menor ação, mas nunca há intervalo de veiculação.

Elas podem ser entendidas também através destas imagens:

Linear

Concentrada

Ondas

Pulsação

Então, ao final de todas as análises feitas a partir dos dados coletados na etapa de objetivos, devemos fixar as metas de frequência, alcance e continuidade que farão com que os objetivos de comunicação e marketing da campanha sejam atingidos.

Agência tem vaga para profissional de Growth

Vaga para Growth Hacker Pleno aqui na Papaya

O que a agência espera de você:

1. Área e especialização profissional: Marketing, TI e áreas correlatas.
2. Experiência em construção de campanhas e testes A / B de campanhas de Facebook Ads, Google Ads e LinkedIn Ads e análise de dados;
3. Ser fuçado. Entender e aprofundar os aprendizados de cada ferramenta (Gerenciador de Anúncios, Google Ads, Analytics e etc), vivenciando a rotina de growth.
4. Dimensionar e automatizar os processos de crescimento;
5. Gerenciar relacionamentos com desenvolvedores das soluções e equipes de marketing para implementar adequadamente as melhores práticas de SEO em codificação e campanhas;
6. Implementação de tags via Google Tag Manager, configuração de pixel, metas, eventos, públicos no Google Analytics e plataformas de mídia;
7. Criar relatórios e mecanismos para monitorar a performance das diferentes iniciativas, com a documentação e o compartilhamento dos principais aprendizados, resultados e boas práticas para o cliente, o time de Marketing e outras áreas da Papaya;
8. Dominar a configuração, disparo e acompanhamento de campanhas de e-mail marketing.

Envie seu currículo para talentos@papayacomunicacao.com.br com a sua pretensão salarial de MEI e disponibilidade.

Coluna Propaganda&Arte

O que importa é o conteúdo?

A sabedoria popular já diz que não importa a embalagem, não importa o visual de uma pessoa, o que importa é o conteúdo. Isso é utilizado tanto no mundo do marketing para valorizar a qualidade de entrega de uma solução, acima até mesmo de uma embalagem bonita, como também é aplicada no mundo dos relacionamentos, quando falamos que não devemos julgar um livro pela capa ou a pessoa pela “cara”.

Se por um lado, queremos passar uma ideia de que não nos levamos pelo visual das coisas, por uma questão de ética e valores pessoais, o mundo vive 100% do visual. Veja as redes sociais que mais bombam, que se pautam em imagens, Instagram e Youtube, só para citar algumas delas.

Nesse momento, muitas marcas fazem bonito nas redes sociais, com imagens lindas, produtos bem fotografados e modelos apresentando seus produtos com efeitos modernos. Porém, um relacionamento de longo prazo não pode parar por aí, certo?

Marketing de Conteúdo, isso sim é bonito!

O Marketing de Conteúdo não é novidade, já era aplicado desde o tempo em que a Pirelli, famosa marca de pneus, disponibilizava Guias de cada cidade indicando restaurantes interessantes para se passar em suas viagens. Ou seja, o Marketing de Conteúdo só evoluiu com o digital.

A primeira etapa para se criar conteúdo, atrelado a uma marca, é identificar qual o objetivo da marca ali no digital, que pode ou não ser nas redes sociais. Se ela realmente tiver isso claro, poderá gerar relacionamento verdadeiro e fomentar as vendas naturalmente, pois estará pautada em uma relação honesta e útil. Vamos aos passos!

1- Crie uma Persona
Este é o momento de estudar seu público-alvo. Vá além do básico, idade, sexo, profissão e localização é só o início de uma jornada de estudos para entender o que toca seu cliente. Vamos descobrir os medos, inspirações, relação com as redes sociais, costumes e culturas de compra. Depois, você pode criar um personagem fictício cheio de verdades nele e esta será sua Persona: Maria, 40 anos, moradora de São Paulo, gosta de visitar museus, usa mais Facebook que Instagram, gosta de viajar com as amigas para cidades litorâneas, está em busca de um amor. Viu? Cheio de detalhes, né?

2- Crie uma Voz e Tom da marca
A Voz da sua marca é justamente toda a personalidade que ela vai ter nas redes sociais. Vai ser extrovertida, inspiradora, dinâmica, interessada em ajudar as pessoas, etc.? Depois defina o Tom dessa comunicação, que pode ser cômica, cheio de gírias do momento, ou séria, usando termos incomuns, chamando os seguidores de algum apelido diferente. Vale tudo para criar uma “cara” para sua marca nas redes e conectar com seu público!

3- Levante os canais mais pertinentes
Como eu já criei a Persona Maria ali acima, fica fácil. Ela usa mais o Facebook, então vamos criar canais de comunicação para este ambiente. Vamos também pensar em canais próprios, para não ficarmos dependentes de alguma rede ou de algum algoritmo que domina as suas ações e resultados. Um site, um grupo no WhatApp, Telegram, Newsletters e outras formas de contato independentes são bem-vindas, pois você pode criar um banco de dados próprio para você cuidar e nutrir da melhor forma possível, criando suas próprias regras e se tornando livre.

4- Crie uma estrutura de temas e editorias
Agora sim, vamos criar os conteúdos, de preferência conteúdos úteis, de fácil compreensão, agradáveis e com um estilo bem próprio! Muita gente começa por aqui, nessa hora podemos errar por desconhecer o público que irá ser impactado. Cada conteúdo deve ser bem pensado, equilibrando o que será conteúdo puro, útil e de cunho de relacionamento e quanto deste conteúdo será comercial, focado em apresentar seu produto e serviço, da melhor forma possível para não soar chato. Alguns falam de 80%/20% para conteúdo de relacionamento e comercial, deixando o foco maior para criar conexões com clientes e potenciais clientes. Sem esquecer que no final do dia, você precisa vender!

5- Crie metas, métricas e relatórios para melhorias
A estratégia precisa estar casada com aquele objetivo inicial que levantamos no começo. Se sua marca está nas redes sociais para explicar como usar os produtos, mudar uma imagem ou apenas criar relacionamento, crie métricas e metas para seu sucesso. Caso contrário, você ficará preso a número superficiais como seguidores, curtidas e engajamentos que não dizem muito. Do que adianta tudo isso, se você não sabe para onde está indo? Algumas pesquisas, análises mais profundas e melhorias contínuas devem ser consideradas nessa etapa. Quem sabe você repense até mesmo a rede social onde você está atualmente e abra possibilidades para outras redes. Ou mude a forma de levar o conteúdo, pensando em outros formatos.

O mundo é dinâmico, você e sua marca também precisam ser. Isso sim é ir além de um rostinho bonito e focar na essência. Conteúdo é tudo!

Propaganda + engenharia

Natália aliou exatas e humanas para perseguir um objetivo

O Publicitando entrevistou a publicitária e engenheira Natália K. Simões. A carreira da Natália tem lances interessantes e, principalmente, inspiradores. Atualmente ela é Data Scientist (DS) na equipe de serviços da Nexxys, uma empresa de tecnologia, que desenvolve soluções orientadas por dados – Data-Driven. Confira o bate papo!

Publicitando – Sua formação inicial é em publicidade e propaganda. E você começou a atuar em publicidade no Vale do Paraíba. Fale um pouco deste início da sua trajetória.

Natália – Em 2003 iniciei o curso de Publicidade e Propaganda na Unitau e comecei a trabalhar na área em 2005, como estagiária na agência Ophicina Mix, hoje já extinta. Era uma agência pequena e por isso tive a oportunidade de ter contato direto e atuar nas diversas áreas de uma agência: como assistente de Atendimento, Planejamento, Produção Gráfica, Mídia e Criação. Nunca fui uma criativa de Design Gráfico, até porque acredito que para isso não basta apenas conhecimento técnico, mas certas habilidades que não tenho. Já na criação de textos e roteiros, me aventurei bastante e até gostava daquilo. Mas confesso que o que eu mais gostava era Produção Gráfica. Adorava criar formatos, recortando e dobrando papéis, escolhendo o papel da impressão, acabamento, etc, buscando algo que atendesse à necessidade do cliente e ao mesmo tempo fosse criativo.

Sempre me identifiquei com a área de Planejamento, mas não com a de Atendimento, e em agência pequena essa separação era impossível.

Depois desse estágio, cheguei a trabalhar como autônoma, depois, com alguns amigos da faculdade, fizemos alguns trabalhos juntos. Cheguei ainda a atuar em campanha política municipal.

Depois de 2 anos e meio, voltei à Ophicina Mix, onde fiquei mais um ano, colocando em prática tudo que aprendi lá e nas experiências que tive nesse intervalo.

Publicitando – Em que momento você sentiu que deveria buscar novos rumos? Como foi esse processo?

Natália – Quando terminei a faculdade de Publicidade e Propaganda, acabou também meu estágio e então fiquei sem chão. Foi por descuido meu, não ter me preparado para o que viria a seguir. Foi então que passei a procurar vagas de emprego com mais empenho e pesquisando pelos sites de emprego “descobri” as áreas de Inteligência de Mercado e Business Intelligence (BI) e fui procurar saber mais do que se tratava. Fiquei encantada pela parte analítica dessas áreas e me decidi: “quero trabalhar com isso!”.

Percebi na época, ano de 2007/2008, que na maioria dessas vagas os requisitos eram de formação em Administração ou Engenharias, com Pós na área de Marketing. Como eu já tinha a formação em PP, pensei: “Se eu fizer uma Pós em MKT, serei mais uma publicitária com essa formação procurando uma vaga. Não quero isso.” Então decidi ir por um caminho que me pareceu mais adequado aos meus objetivos: em 2009 entrei no curso de Engenharia Mecânica, também na Unitau.

No ano seguinte mudei para São Paulo, ainda trabalhando em agência, desta vez como Tráfego e em 2011 transferi o curso, então passei para Engenharia da Produção, e me formei em 2014.

Em Abril de 2012 eu finalmente consegui alcançar aquele objetivo que havia definido quatro ano antes, atuando como Estagiária de Inteligência de Mercado em indústria, um mundo totalmente diferente do que eu tinha vivido até o momento. Não é fácil fazer esse movimento, deixar de lado 7 anos de experiência para começar lá de baixo novamente. Mas se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo!

De lá para cá muita coisa mudou, passei por outras 3 empresas, de setores diferentes, mas sempre atuando em áreas de planejamento e análise de dados.

A área de análise de dados já mudou muito desde que me apaixonei por ela e novamente percebi que se quiser continuar, preciso me atualizar. Por isso, este ano estou começando a Pós de Analytics em Big Data.

Publicitando – Fale um pouco de suas funções atualmente. Você mistura humanas com exatas?

Natália – Hoje eu atuo como Data Scientist (DS) na equipe de serviços da Nexxys, uma empresa de tecnologia, que desenvolve soluções orientadas por dados – Management. Dentre os diversos produtos e serviços que a empresa oferece atuo diretamente nas Soluções de Otimização de Mídia. Essa posição não exige necessariamente conhecimentos em mídia, mas muito do que aprendi lá atrás acabou sendo muito útil.

Natália trabalhando em home office e ao lado do filho

Como DS utilizo diversas ferramentas estatísticas na transformação de dados em informação que servem de baliza para a tomada de decisão de nossos clientes quanto à otimização de mídia offline.

Assim, parte do trabalho demanda raciocínio lógico, habilidade com números, conhecimentos em estatística (imprescindível) e outra parte demanda a capacidade de montar um storytelling, coerente e de fácil entendimento. Até aquela pouca habilidade em design que citei anteriormente é necessária na hora de montar uma apresentação, por exemplo.

No fim das contas, os 10 anos que passei sentada na cadeira da faculdade me fizeram ter a formação mais alinhada à posição que ocupo atualmente.

Publicitando – O que você considera importante para um profissional em início de carreira nas áreas de marketing e propaganda (comunicação)?

Natália – Tem 3 coisas que considero importante para todo mundo, mas é importante frisar para quem está dando os primeiros passos na vida profissional:

1 – Esteja sempre antenado. Olhe ao seu redor, perceba o que está acontecendo, veja os movimentos do mercado e do mundo em geral. As oportunidades existem e não estão escondidas, basta prestar atenção.

2 – Esteja sempre atualizado. O mundo muda muito rápido e assim são as atividades profissionais. Quem não se atualiza, fica para trás. Mesmo. Leia, faça cursos, converse com quem sabe mais do que você.

3 – Defina metas. Tenha sempre um objetivo, uma meta a ser alcançada. E quando alcançar sua meta, comemore, por menor que ela seja, comemore. Em seguida, defina outra meta, para ter sempre um motivo para seguir em frente e continuar crescendo.