5G no Brasil: O que esperar da nova tecnologia que chega envolta em polêmicas

Operadores de telefonia começaram em julho deste ano a operar testes com a nova tecnologia que promete uma internet mais rápida e revolucionária

Downloads mais rápidos e um maior cobertura no território brasileiro. Até o momento, esses são alguns pontos adiantados por algumas operadoras que começaram a testar o 5G, nova modalidade de conexão móvel. O leilão do espaço espectro que será atribuído à nova tecnologia deve acontecer apenas em 2021, mesmo assim as avaliações nacionais, que ainda não experimentam a conexão em todo o seu potencial, já falam em uma capacidade 12x mais veloz que a experimentada pelo 4G.

Bruno Maciel

Segundo o especialista em tecnologia e mídias digitais Bruno Maciel, um ponto relevante é que para a novidade, a Anatel, agência que regula as telecomunicações no país, exigiu uma cobertura de 95% sobre o espaço brasileiro, número maior que o tecnologia atual. “O grande ganho que vêm com esse requisito é a ampliação de sinal, que é um problema que dificulta o bom acesso à internet no país, em especial em cidades municípios de pequeno porte”, elucida.

No quesito velocidade, o especialista aponta quem a chegada do 5G pode vir a acelerar o processo de modernização e obtenção de casas e eletrodomésticos inteligentes. Apesar de já ter evoluído bastante nos últimos anos, a internet das coisas ainda não consegue entregar com totalidade ou mesmo construir um cenário possível para a automatização de transportes, iluminação entre outras inúmeras tecnologias que vem surgindo devido a um problema de baixa velocidade no Brasil, argumenta Bruno Maciel.

Polêmicas

Apesar dos possíveis avanços tecnológicos, a nova forma de se conectar vem envolvida em uma série de polêmicas e discussões acerca da privacidade dos usuários. Pois, se a internet estará presente em tudo e todas as coisas, será possível parar um país inteiro por meio dela. “Outro grande ponto é sobre a concorrências entre as grandes potências. Estados Unidos e China disputam o protagonismo no fornecimento de estrutura para países que desejam implantar a tecnologia. Sendo que o governo norte-americano propaga que a tecnologia chinesa será usada para espionagem”, pontua Bruno Maciel.

Apesar do Brasil ainda não ter tomado uma posição sobre a tecnologia no país, o presidente Bolsonaro disse que cabe a ele decidir sobre isso. Em contrapartida, o vice-presidente Hamilton Mourão já declarou não ter medo de retaliação caso o Brasil opte pelas estruturas chinesas, mesmo com o alinhamento que o governo tem com os Estados Unidos.

Fonte: MF Press Global

Vida acelerada impõe inovações

Velocidade na vida dos consumidores e empresários impacta ritmo da inovação das corporações

Pesquisa aponta como esses públicos encaram as mudanças provocadas pela conectividade

Grandes mudanças estão acontecendo no plano pessoal e social e as pessoas estão passando por transformações drásticas em seus valores, percepções e formas de relacionar com si e com o mundo. Que tipo de ser humano está sendo construído nesse novo contexto e qual impacto esse cenário provoca no consumo e relacionamento com as marcas? No intuito de ser um “abridor de latas da consciência”, a Officina Sophia Minds & Hearts, empresa pertencente à HSR Specialist Researchers, desenvolveu a pesquisa Uma Vida Conectada para entender como as pessoas estão se relacionando com a velocidade das transformações e se estão se sentindo beneficiadas com esse novo cenário.

Para a maior parte das 2.650 pessoas entrevistadas em todo o Brasil, com idade entre 18 e 49 anos, das classes ABC, a velocidade não é inimiga da perfeição. O estudo detectou que 60% dos respondentes admitem que estão fazendo as coisas de forma mais rápida e melhor do que há cinco anos, e este índice eleva-se entre os mais jovens (69%). Mais do que isso, elas acreditam que, de maneira geral, estamos todos nos sentindo beneficiados e nos transformando com o momento atual.

Ao mesmo tempo em que as pessoas sentem-se beneficiadas com a velocidade, elas exigem que suas respostas sejam na mesma medida (demandam que Indústria, Varejo, Serviços e os meios de comunicação estejam sintonizadas a velocidade que já vivenciam nos seus mundos individuais). No entanto, esse ambiente tem contribuído para aumentar a ansiedade, um dos “efeitos colaterais” da velocidade. Ansiedade ainda é um sentimento “novo” para as pessoas, administrar e compreender as suas facetas é difícil e, assim, grande parte delas não sabe como capitalizar o sentimento para favorecer a sua criatividade.

Como ficam as empresas nesse novo mundo? Com maior acesso à informação e contato com inovação, a capacidade de rápida transformação passa a ser exigência dos consumidores, que acham as empresas lentas em relação ao ritmo de novidades demandadas pelo mercado.

Os empresários também foram ouvidos na pesquisa e, para eles, a velocidade das transformações pode ser aliada. Mas 38% admitem que estão aquém do que o público – e eles mesmos – esperam. Para 52%, a velocidade das mudanças em suas empresas fica na média do mercado. Apenas 10% se acham na vanguarda.

“O desafio para as empresas é entender como essas mudanças afetam seu negócio e que ele, empresário, deve estar atento a essa visão e ao novo consumidor. É imperativo ter maior compreensão da mudança que está ocorrendo no ‘sistema operacional’ dos indivíduos. Da mesma forma, para os profissionais, de maneira geral (seja empresário, seja consumidor), é fundamental estar aberto a grandes transformações pessoais e corporativas, buscar novas visões e conhecimentos e entender com mais profundidade o indivíduo que está por trás do consumidor”, analisa Naira Maneo, sócia-diretora da Officina Sophia Minds & Hearts, responsável pela pesquisa. Por fim, ela dá um conselho: “Aproveite as mudanças e mostre sintonia com os novos momentos para gerar identidade”.

Fonte: Lucia Faria Comunicação Corporativa – Marco Barone

Urgência, velocidade e balanço de fim de ano

2017… o ano da urgência

* po Fabrizzio Topper

Acho que todo o ser humano que tem um pouco de meta e objetivo na vida, se sente impelido a realizar um balanço de fim de ano. E como o bom homem de planejamento que sou, não podia agir de forma diferente…

O meu ano foi além de incrível, uma urgência só. Não apenas pelo óbvio, de que fiquei correndo para conseguir direcionar minha multiplicidade nas minhas seis empresas, ou em nossos doze clientes simultâneos ou nos dezoito consultores que gerencio, ou mesmo as dezenas de aulas e palestras que realizei.

Foi urgente porque foi um ano onde tempo foi a máxima absoluta do nosso mercado. 2017 foi o ano em que o mercado acordou para o fato de que tempo é o bem mais precioso da vida moderna…

– Tempo de reposta;

– Tempo de entrega;

– Tempo de montagem;

– Tempo de reação;

– Tempo dedicado;

– Tempo desperdiçado;

– Tempo ganho…

Os clientes e negócios não aceitam mais esperar por nada. Aliás, nós não aceitamos esperar mais nada, nem aguentar a espera para os dois risquinhos ficarem azuis ou aguardar o bendito “digitando…” E nem vem me dizer que demorará mais que sete minutos para chegar ‘pra’ me buscar que procuro outro motorista; ou que em até quatro dias recebo meu pedido.

O paradigma da vida moderna é “não temos tempo a perder…” Temos que ter controle de desperdício de cada minuto perdido. E nesta toada, lá estão os micro momentos de ócio sendo ocupados com redes sociais, notícias, compras, contas a pagar e micro pílulas de conteúdo por todos os lados… Não dá pra desperdiçar nada e, para isso, lá está na palma da mão a telinha pronta a nos amparar com ilusões de controle e uso otimizado do tempo.

2017 foi o ano em que o digital veio salvar tempo…

Tempo de ter de ir até o supermercado, de saber quanto tempo demora pra chegar, de descobrir qual é o melhor horário pra sair, de não ter de gastar tempo na fila ou até mesmo de não ter de esperar muito para receber tudo o que queria “pra ontem”. Nesta toada da correria da vida moderna, a indústria correu para estar com seus e-commerce próprios à disposição da urgência do mercado.

Os varejistas correram para entregar em menos de 24h, as soluções de atendimento passaram a responder de forma automática com inteligência artificial e as vitrines e e-mails passaram a adivinhar o queremos para não gastarmos tempo procurando. O mundo é enorme e a vida passa rápido demais… Quero experimentar, degustar, descobrir e me divertir, tudo ao mesmo tempo e agora…

Os ambientes de venda de produtos tiveram que se tornar pirotécnicos com multimídia e experiências ‘gamificadas’ de alta interação, para responder a ansiedade do consumidor da era do “só se for agora”… Praticidade, agilidade e pertinência ou “não me atrapalhe que não consigo esperar”… lamento. Se conseguir ou me lembrar, volto depois. Ufa… Foi assim… URGENTE. E, como sempre, apaixonante.

Mais um ano memorável onde tivemos que aprender tudo de novo novamente, para podermos estar um passo a frente do relógio acelerado dos negócios digitais, nesta era de transformação quase instantânea do mindset humano, a cada tic tac das descobertas tecnológicas.

E que venha 2018 com o “mundo de um”. Pois, de agora em diante, não basta ser rápido… Tem que ser “feito pra mim”.

*Fabrizzio Topper, sócio fundador da Topper Minds, consultoria premiada de modelagem de negócios digitais.