O Dia da Mídia Social e sua importância estratégica em propaganda e marketing

Por Josué Brazil (com uma ajuda de IA)

Neste Dia da Mídia Social, é essencial refletir sobre como as plataformas digitais evoluíram de meros canais de relacionamento para pilares fundamentais das estratégias de propaganda e marketing. Os números mais recentes reforçam essa transformação:

  • 5,42 bilhões de usuários globais estão ativos nas redes sociais em 2025, navegando em média por 6,83 plataformas por mês (sproutsocial.com). Esse alcance massivo comprova o poder de segmentação e visibilidade que as marcas podem conquistar.
  • Os investimentos em anúncios nas redes sociais devem atingir US$ 276,7 bilhões em 2025, equivalendo a aproximadamente 33 % de todo o gasto em publicidade digital (sproutsocial.com). Isso significa que, em cada três dólares gastos em marketing digital, um é destinado às redes.
  • Os gastos com vídeo social — segmento responsável por formats altamente envolventes, como Reels e Shorts — também cresceram: US$ 23,7 bilhões em 2024, com previsão de US$ 27,2 bilhões em 2025, crescendo cerca de 14 % (iab.com).
  • A influência social nas decisões de compra já é evidente: 80 % dos profissionais de marketing acreditam que os consumidores comprarão com mais frequência diretamente por aplicativos sociais, e 66 % consideram conteúdos humorísticos os mais eficazes (hubspot.com).

Esses dados mostram que mídias sociais não são apenas vitrines: são ambientes onde marcas construem autoridade, geram conversas e convertem cliques em receita. O ROI é mensurável em métricas de engajamento, tráfego e vendas — especialmente agora que 54 % dos usuários pesquisam produtos nas redes, e 57 % declaram que são influenciados nos hábitos de compra por essas plataformas .

O que esse Dia da Mídia Social representa para profissionais?

  • Estratégias multicanais: com usuários ativos em quase 7 redes diferentes, campanhas devem ser adaptadas para cada plataforma .
  • Conteúdo em vídeo em destaque: formatos como Reels, Shorts e TikToks são fundamentais para manter a atenção do público.
  • Personalização e engajamento: anúncios personalizados — suportados por dados — geram resultados superiores; 68 % dos profissionais citam aumento de performance por esse motivo (medium.com e theaustralian.com.au).
  • Crescimento da Social Commerce: comprar por apps sociais deixou de ser tendência para se tornar realidade — especialmente no público entre 18 e 44 anos (seo.com.).

Diálogo e vendas

Nas mãos certas, a mídia social se torna uma máquina de diálogo e vendas. O Dia da Mídia Social é mais do que uma efeméride: é um convite para repensar estratégias, investir em conteúdo relevante e aproveitar oportunidades emergentes — como vídeos curtos, social commerce e IA. Marcas que entenderem esse papel estarão bem posicionadas para engajar, inspirar e converter públicos cada vez mais exigentes.

Fontes selecionadas

  • Sprout Social: estatísticas sobre usuários e gastos globais – smartinsights.com

  • DataReportal / Statista: proporção do investimento em social dentro do digital – datareportal.com

  • IAB: crescimento em vídeo social – iab.com

  • HubSpot: previsões de Social Commerce e formatos eficazes

  • PorchGroupMedia: influência social nas decisões de compra – porchgroupmedia.com

De Cannes ao WOO: a nova era da criatividade do OOH

Halisson Pontarolla, presidente da Central de Outdoor – Crédito: Divulgação

Por Halisson Pontarolla*

Há momentos em que a gente percebe que está vivendo um ponto de virada. E 2025 tem sido exatamente isso para a mídia exterior. A criatividade ganhou holofote não só como diferencial, mas como um pré-requisito para a relevância do OOH. Em eventos como o Festival de Cannes Lions e o Congresso Mundial da World Out of Home Organization (WOO), fica claro que o out of home está no centro das grandes conversas da comunicação global, e o Brasil, também.

Recentemente, tive a honra de participar do congresso da WOO, realizado na Cidade do México, e também de acompanhar o destaque do Brasil no Cannes Lions 2025. E o que une esses dois palcos internacionais é a constatação de que a criatividade voltou a ser a principal moeda de valor da publicidade, e o OOH é uma das suas maiores vitrines.

No Congresso da WOO, reunindo representantes de 58 países e 20 associações, ficou evidente que o OOH está se reinventando com velocidade e propósito. E é motivo de orgulho dizer que a Central de Outdoor levou a maior delegação presente, mostrando o engajamento e a força associativista do Brasil. A América Latina como um todo foi reconhecida como protagonista criativa. Tom Goddard, presidente da WOO, afirmou que, embora a região represente 3% dos investimentos globais em OOH, sua pluralidade cultural a coloca na frente quando o assunto são ideias originais.

Mas essa percepção não ficou restrita à WOO. No palco mais prestigiado da publicidade global, o Festival de Cannes Lions, o Brasil voltou a ser referência. Somos o terceiro país com maior número de prêmios no festival, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido, consolidando nosso lugar entre as potências criativas do mundo. O Brasil será o primeiro país a receber o título de “País Criativo do Ano” no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions em 2025. A honraria busca reconhecer o compromisso excepcional e duradouro do país com a criatividade que impulsiona progresso e crescimento.

Essa convergência entre o reconhecimento internacional e a nossa prática cotidiana confirma o que muitos de nós já sabíamos: não existem campanhas memoráveis sem uma boa ideia, e o espaço urbano continua sendo o melhor palco para ela ganhar vida.

Em eventos como o Festival de Cannes Lions e o Congresso Mundial da World Out of Home Organization (WOO), a criatividade voltou a ser a principal moeda de valor da publicidade – Crédito: Divulgação

Durante os debates na WOO, ouvi muitas vezes que o OOH segue sendo uma mídia de massa, e que isso não é uma fraqueza, mas sua maior força. Enquanto outras mídias fragmentam a audiência, nós oferecemos uma experiência coletiva. A nossa mídia fala com todos, ao mesmo tempo, no mesmo espaço. Ela gera o que chamamos de “efeito one to many”, uma única mensagem impactando diversas pessoas simultaneamente, provocando conversas e engajamento. É uma mídia que cria pertencimento, que transforma uma campanha em assunto nas ruas e nas redes. E isso tem um poder que nenhuma tela de celular reproduz.

O mais interessante é que, apesar de toda a tecnologia, a grande virada que estamos vivendo é muito mais sobre ideia do que sobre inovação. Em um painel no congresso, compararam uma peça clássica do The Economist, que usava apenas uma tipografia em um outdoor, com uma tentativa da IA de refazer a campanha, e o impacto da original foi incomparavelmente superior. A conclusão foi clara: a tecnologia ajuda, mas não substitui a ideia. A inteligência artificial pode sugerir caminhos, mas é a criatividade humana que emociona e conecta.

Claro que o futuro do setor passa também por dados, tecnologias e métricas. A compra programática cresce no mundo inteiro. E, como pontuou Tom Goddard, é urgente que o mercado brasileiro se una para adotar métricas comuns, confiáveis e padronizadas.

Outro ponto de destaque é a sustentabilidade. As cidades estão mais atentas ao impacto ambiental da publicidade, e o nosso setor precisa se posicionar. Não basta estar presente, é preciso contribuir para o espaço urbano de forma positiva. Painéis com eficiência energética, uso de energia limpa, ações de compensação de carbono e integração com projetos urbanos são algumas das frentes que precisamos fortalecer. A Central de Outdoor está atenta a isso e comprometida em promover boas práticas no setor.

Saio desses encontros internacionais com a certeza de que o Brasil tem muito a ensinar ao mundo. Nossa criatividade, aliada à capacidade de fazer mais com menos, nos coloca em um lugar único. Mas também temos muito a construir, com mais dados, mais inovação e, principalmente, com mais valorização do talento criativo.

Como presidente da Central de Outdoor, meu compromisso é seguir contribuindo para que a mídia OOH brasileira continue crescendo com relevância, propósito e impacto. Vamos seguir fomentando a criatividade, fortalecendo o associativismo e mostrando que, o OOH segue, e seguirá, sendo a mídia da rua, das pessoas e da experiência coletiva.

*Halisson Pontarolla é presidente da Central de Outdoor

O OOH em movimento: considerações e projeções para os próximos meses

O OOH vem crescendo, impulsionado pela digitalização, avanço do DOOH e presença urbana com mais inteligência – Crédito: Divulgação

por Chico Preto*

Como venho dizendo desde o início do ano, 2025 é um ano de expansão para a mídia OOH no Brasil. Agora, ao entrarmos no segundo semestre, o cenário se mostra ainda mais favorável e é justamente esse período que reserva grandes oportunidades para o setor. Os números reforçam essa percepção. A Pesquisa Tendências 2024, desenvolvida pelo Cenp-Meios, aponta que o OOH já representa 10,8% dos investimentos publicitários no Brasil, atrás apenas da TV aberta e da internet. Além disso, 89% da população brasileira é impactada pela mídia exterior, o que confirma sua presença cotidiana e relevante.

A pesquisa também mostra que o setor vem crescendo de forma consistente ano após ano, impulsionado principalmente pela digitalização, pelo avanço do DOOH e pela busca das marcas por uma presença urbana com mais inteligência. Hoje, o OOH é reconhecido como uma mídia de massa com capacidade de segmentação e isso mostra que ele vem ganhando força, principalmente por sua capacidade de gerar impacto e trabalhar de forma conjunta com outras mídias.

Como destaquei no início do ano, uma das frentes que mais me empolga é o avanço do Retail Media. A mídia exterior está cada vez mais presente no momento da compra, nas ruas, nos mercados, nos centros urbanos. Essa proximidade com o consumidor, no contexto em que ele está, torna a comunicação mais eficaz e assertiva. O OOH ganha ainda mais força como meio de influência direta, com escala, capilaridade e credibilidade.

Mas não podemos falar de futuro sem olhar para os desafios que ainda temos pela frente. Segundo dados complementares da pesquisa do IAB Brasil, alguns dos principais obstáculos para o avanço do DOOH programático no Brasil incluem a falta de métricas padronizadas. Essa discussão também esteve presente no Congresso Mundial da World Out of Home Organization (WOO), realizado na Cidade do México. Foi a primeira vez que o evento aconteceu na América Latina e contou com a presença de mais de 58 países. Entre os principais temas abordados estavam o avanço da mídia programática e o uso de inteligência artificial para qualificar a medição de audiência e otimizar campanhas. A tendência global é clara, dados e tecnologia devem caminhar juntos para fortalecer o valor do OOH, e isso já está acontecendo no Brasil.

Para o segundo semestre de 2025, vejo um cenário promissor para marcas que buscam relevância e conexão com o público. A realização da COP 30 em Belém deve concentrar ações com foco em sustentabilidade, inovação e impacto social. Será um momento importante para o Brasil e uma oportunidade para que as marcas se posicionem em torno de temas ambientais e sociais. A expectativa é de um crescimento nas ativações de OOH na região Norte, mas também de campanhas nacionais alinhadas à temática da conferência.

Chico Preto, CEO da CHICOOH+ – Crédito: Divulgação

Além disso, datas tradicionais como a Black Friday e Natal movimentam o calendário publicitário no segundo semestre, especialmente no varejo. Esse cenário exige das marcas agilidade, segmentação e presença estratégica nas ruas e a mídia OOH tem respondido com soluções cada vez mais flexíveis e adaptadas às realidades locais.

Na CHICOOH+, seguimos atentos a cada um desses movimentos. Atuamos com inteligência de dados, planejamento e soluções que integram o OOH tradicional com o digital, sempre se adaptando às particularidades de cada região e os objetivos de cada cliente. Seguimos investindo em inovação, automação, mensuração e responsabilidade ambiental.

Estar no setor de OOH hoje é entender que não estamos mais falando apenas de espaços nas ruas. Estamos falando de presença nas conversas, nas decisões e no cotidiano, com estratégia, dados e propósito.

*Chico Preto é CEO da CHICOOH+

Comunidades de marca: como potencializar o engajamento e fidelidade dos consumidores

Por Márcia Assis*

Diante de um mercado em constante expansão e competitividade, criar conexões autênticas com os consumidores é um tremendo desafio de todas as empresas. Muito além de ter um produto ou serviço de qualidade, o grande diferencial está na capacidade de engajar, ouvir e empoderar seus clientes – pilares que podem ser reforçados e sustentados através da construção de comunidades próprias das marcas, nas quais terão a oportunidade de construir uma confiança mútua e senso de pertencimento para fidelizar cada vez mais compradores.

Uma boa comunidade é muito mais do que um espaço de comunicação, onde só a empresa envia informações e não existe uma troca. É onde os clientes se sentem parte daquilo, contribuindo, trocando e construindo em conjunto com a marca. Ela deve ser construída sobre valores compartilhados, confiança mútua e senso de pertencimento, tendo um propósito claro e uma razão de existir, que pode ser a troca de experiências, aprendizado ou apoio mútuo que entregue valor real para quem está ali – conteúdos exclusivos, networking, oportunidades e novidades.

Nela, a ideia é que os membros sejam incentivados a contribuir, cocriar e compartilhar, não só consumir o que está sendo postado, seja pela marca administradora da comunidade ou pelos outros membros – gerando um engajamento muito mais rico e consistente. Afinal, o público que estará lá será por interesse genuíno em participar daquele ambiente, e já está segmentado para o que a marca deseja como público-alvo.

Muitos comparam o propósito e benefícios das comunidades com as redes sociais, as quais, de fato, são ótimas para atrair audiência e gerar awareness de marca. Porém, as comunidades servem para aprofundar o relacionamento e gerar uma maior lealdade/fidelidade do público. Isso porque, enquanto nas redes sociais ficamos dependentes do algoritmo ou de investimentos para conseguir que a mensagem chegue no público certo, nas comunidades é possível entregar a mensagem diretamente para o público desejado, sem dependência ou concorrência.

Além disso, o engajamento nas redes sociais é volátil, pois tem dependência de muitas variáveis como formato, linguagem e temática, enquanto nas comunidades acaba sendo mais consistente. Sem falar na parte de dados, que enquanto ficamos limitados a informações quantitativas fornecidos pelas plataformas, podemos ter dados qualitativos e valiosos para o negócio e marca no segundo caso. Isso foi comprovado em um estudo da Harvard Business Review, o qual identificou que empresas que investem em comunidades apresentam uma taxa de retenção de 35% maior em comparação àquelas que não adotam essa estratégia.

Qualquer empresa pode se beneficiar das propostas dessas comunidades. No entanto, alguns pontos devem ser analisados anteriormente, compreendendo se a sua marca está preparada para dar esse passo. Se questione: sua empresa tem uma cultura de relacionamento que vai além da venda, e está preparada para abrir esse canal e ter seu público cocriando com ela? Quais os seus objetivos com essa criação? Já existe uma base de clientes dispostos a colaborar com a marca e a interagir? E, acima de tudo, quais recursos pretende investir para manter a comunidade viva e o público engajado, com curadoria e moderação?

Para evitar a criação de um canal vazio e sem relevância para seus clientes, o propósito da comunidade deve ir muito além da marca em si – afinal, pessoas não se unem a empresas, mas sim a causas, temas, valores ou interesses em comum. Entenda os canais onde seu público prefere se comunicar e estimule o engajamento com conteúdos que mantenham dinamismo, como através de desafios, enquetes, lives ou bastidores, mantendo a comunidade viva.

O protagonismo dos membros também deve ser compartilhado, incentivando depoimentos, perguntas e até críticas construtivas. Criar rituais e reconhecimentos através de datas comemorativas, rankings ou benefícios exclusivos são ótimas estratégias para reforçar este senso de pertencimento. E, comece convidando as pessoas certas para este grupo, como embaixadores da marca, clientes fiéis ou especialistas que ajudem a dar o tom da conversa.

Tecnologicamente, a IA pode ser uma aliada poderosa nesse sentido. Além de ajudar a construir, entregar valor e ganhar escala com essa estratégia, ela pode fornecer ideias de conteúdo com base nos objetivos da comunidade e interesses dos membros. Mas, como com o uso dessa tecnologia, muitas pessoas têm acesso a milhares de informações a todo o momento, é necessário ir além do básico neste investimento, prezando pela relevância na criação e compartilhamento dos conteúdos.

Para contribuir com esse resultado, usar bots para enviar informações recorrentes, como boas-vindas, regras do grupo e dúvidas frequentes é uma decisão altamente vantajosa. Isso, além de monitorar sentimentos e conversas que possam gerar crises ou imagens negativas, e mapear membros mais ativos para fazer ações especificas de fidelização.

A comunidade é um organismo vivo. Por isso, é preciso estar atento, evoluir com o tempo e trazer sempre novidades para não perder relevância e fazer com que as pessoas a abandonem. Inove sempre, trazendo novos formatos, parcerias e experiências que mantenham o interesse, não deixando cair na mesmice. Existem milhares de informações disponíveis a todo o momento, por isso, encontre a sua vertical e se aprofunde nela, sendo relevante e agregando na vida da sua comunidade.

*Márcia Assis é Gerente de Marketing da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de VoiceBot, SMS, e-mail, chatbot e RCS.