Natura lidera o ranking Oldiversity 2025

Natura lidera o ranking Oldiversity 2025 com 33%, seguida por O Boticário (9%), Globo (6%), C&A (4%) e Avon (3%)

Setor de beleza mantém domínio absoluto entre as marcas mais percebidas como diversas e inclusivas, enquanto 26% dos consumidores ainda não associam nenhuma marca ao tema.

Croma Consultoria
Natura lidera ranking de marcas Oldiversity

O novo ranking Oldiversity 2025 confirma a manutenção do setor de beleza no topo da percepção de diversidade no Brasil: a Natura segue líder isolada com 33% das menções, repetindo o resultado de 2023 e ampliando a distância para as concorrentes. Na segunda posição aparece O Boticário, citado por 9% dos entrevistados, seguido da Globo com 6%, fechando o Top 3.

Na quarta posição, C&A avança para 4%, consolidando-se entre as marcas que mais evoluíram na pauta ao longo dos últimos anos, enquanto Avon cai para quinta posição, sendo citada por apenas 3%. Esse desempenho reforça a força dessas empresas que apresentam consistência, continuidade e clareza em suas estratégias de inclusão.

Os dados também mostram que marcas como C&A e Coca-Cola avançaram desde 2020 na lembrança espontânea vinculada à diversidade, refletindo transformações culturais e comunicação mais alinhada ao tema. Ainda assim, o cenário geral revela um desafio expressivo: 26% dos brasileiros afirmam não associar nenhuma marca ao tema diversidade, índice que salta para 37% entre pessoas com mais de 61 anos, indicando a necessidade de iniciativas mais acessíveis e representativas para consumidores maduros.

Para Edmar Bulla, fundador da Croma Consultoria, “Natura e O Boticário” seguem desde 2020 como as marcas que são referência Oldiversity. Este reconhecimento não é perpetuado da mesma forma por outras marcas do segmento, como Avon, por exemplo. Para os brasileiros, a gestão da Natura parece ser coerente e contínua, principalmente na opinião do grupo LGBTQIAPN+. Em 2025, em virtude desta consistência, é possível notar que a marca também ganha relevância Oldiversity entre as pessoas mais velhas. Ainda que tenha sido mencionada significativamente menos do que Natura ou O Boticário, a Globo mantém seu destaque fora do setor de beleza e cosméticos”, explica.

Nesse contexto, o setor de beleza continua sendo o principal ponto de referência para a sociedade. A Natura lidera todos os recortes analisados, 32% entre LGBTQIAP+, 27% entre pessoas com deficiência, 34% entre pessoas pretas e 35% entre o público 61+.

O Boticário mantém destaque especialmente entre pessoas pretas (12%) e 61 anos ou mais (11%). Avon, ainda que tenha sido menos citada este ano, preserva sua relevância entre consumidores mais velhos (5%) e PCDs (6%). Já a Globo se mantém como marca forte na percepção de diversidade entre pessoas pretas (8%), refletindo a consistência histórica de representatividade.

“O crescimento de ações de diversidade no ano de 2025 dentro da Globo mostra o reflexo de políticas aplicadas tanto no cotidiano da emissora em conteúdos diários (programas de tv, novelas, telejornais) como em especiais como o Vozes da Diversidade, Falas Negras, entre outros”, reforça Bulla.

O Oldiversity 2025 deixa claro que as marcas que ocupam o topo do ranking são justamente as que conseguem combinar comunicação, cultura organizacional e entrega prática. A pesquisa também evidencia que, em um ambiente onde a diversidade é cada vez mais inegociável, a ausência de autenticidade se torna o principal risco reputacional para as empresas.

Fonte: PressFC – Fábio Bouças

Black Friday: quatro em cada dez consumidores pretendem investir mais de R$ 1.000 em compras, revela pesquisa

Divulgação/JCDecaux

Em um cenário onde a publicidade influencia 66% das decisões de compra, o metrô se destaca: 86% estão dispostos a utilizar códigos promocionais divulgados durante o trajeto

Com a atenção do público em alta para as compras da Black Friday, 84% da audiência da JCDecaux, líder global em Out of Home (OOH), declara ter intenção de comprar na Black Friday de 2025 — e quatro em cada dez consumidores planejam investir mais de R$ 1.000 na data, mostra o Estudo Shopper JCDecaux 2025.

O levantamento, conduzido em parceria com a Offerwise, entrevistou 1.000 pessoas em dez cidades do Brasil e também aponta que a publicidade exerce um papel decisivo na jornada do consumidor durante a Black Friday: 66% dizem ser influenciados pela publicidade na hora de decidir o que comprar e 84% afirmam que têm intenção de realizar compras relacionadas à data em 2025 – taxa de 7 pontos percentuais acima da média da população.

Metrô como ambiente estratégico de consumo

Um dos principais insights da pesquisa é o reconhecimento do metrô como um ambiente estratégico de consumo: 86% escaneariam um QR Code durante a jornada no transporte para obter benefícios ou descontos em uma compra online, mesma proporção que escolheria o metrô como local de retirada de compras online; e 62% dos entrevistados já realizaram ou realizariam compras enquanto aguardam o trem.

Além disso, 84% dizem que o metrô é uma boa opção para experimentar novos produtos; 87% relatam que ficam atentos aos preços dos produtos que pretendem comprar na Black Friday; e 94% afirmam que utilizam o smartphone para realizar compras. Esses dados reforçam o papel do OOH como um meio que conecta as marcas às decisões de compra em qualquer momento do dia — do deslocamento até o ponto de venda físico ou por meios digitais -, além de ser eficiente para integração a outras plataformas.

O estudo reforça ainda que, em um mundo com consumidores cada vez mais exigentes, fatores como valor do frete ou gratuidade da entrega são determinantes. Para mais da metade (53%) dos entrevistados, o frete é o mais importante, seguido por qualidade dos produtos (44%), prazo de entrega (36%), descontos (34%) e variedade de produtos (33%).

“Investimos em pesquisas e inteligência de dados para tornar nossas entregas mais eficientes e estratégicas para as agências e os clientes, impulsionando o impacto e o resultado das campanhas. O estudo mostrou que 95% da audiência considera a publicidade no metrô, nas ruas e nos aeroportos como uma fonte de informação importante para tomar decisões sobre onde comprar e qual marca escolher”, afirma Silvia Ramazzotti, diretora de Marketing da JCDecaux Brasil.

Estudo revela setores em alta e um consumidor mais conectado na Black Friday 2025

Levantamento da Navegg mostra que categorias como automotivo, moda e tecnologia lideram o interesse do público, impulsionadas por uma audiência digital e orientada por experiências personalizadas

A Black Friday 2025 chega em um cenário de grande expectativa e transformação no comportamento do consumidor. Mais do que descontos, o público busca conexões reais e experiências relevantes, exigindo das marcas presença ativa em múltiplos canais e estratégias de engajamento.

De acordo com projeções do mercado, o e-commerce deve registrar novo recorde de vendas, impulsionado pela expansão do Pix e pela personalização das ofertas via inteligência artificial. A expectativa é de R$ 13,34 bilhões em faturamento, alta de 43% em relação a 2024, segundo dados compilados por Meio&Mensagem, Adyen e E-Commerce Brasil.

Para apoiar marcas e anunciantes na compreensão desse novo cenário, a Navegg, maior plataforma de dados de comportamento digital da América Latina e parte do Grupo Dentsu, analisou milhões de usuários em sua base, mapeando interesses, intenções de compra e motivações de consumo. O estudo revela movimentos consistentes nas buscas online que antecipam as principais tendências para a data mais aguardada do varejo.

O setor automotivo aparece como o mais aquecido, com mais de 5 milhões de usuários e crescimento de 66,7% nas buscas por veículos em relação ao ano anterior. O aumento é impulsionado por descontos atrativos, bônus na troca de usados e facilidades de financiamento, aponta a Navegg em conjunto com dados do Garagem360.

A moda masculina também registra uma das maiores altas da pesquisa, com 96,2% de aumento nas buscas e mais de 3,6 milhões de usuários interessados. O movimento reflete o comportamento de consumo típico do fim de ano, seja para presentear ou renovar o estilo pessoal, conforme dados da Navegg e do IEMI.

Outro destaque é o segmento de gastronomia, que se consolida entre os mais fortes da edição. O setor reúne 3,4 milhões de usuários e deve repetir em 2025 o desempenho positivo de 2024, quando registrou crescimento de 26% nas vendas, impulsionado pelo interesse em experiências culinárias e momentos de indulgência, segundo o ICVA e a Navegg.

No universo digital, o mercado gamer e de entretenimento mantém ritmo de expansão, com mais de 3 milhões de usuários. A intenção de compra por desktops gamer cresceu 8,1%, e por monitores gamer, 26,2%, reforçando o papel do entretenimento digital como motor de consumo.

A tecnologia segue como um dos grandes vetores da Best Friday. As buscas por smartphones aumentaram 20,5%, acompanhando o avanço do social commerce e do live shopping. A personalização das ofertas e a conveniência no varejo digital são fortalecidas pelo uso ampliado do Pix e da inteligência artificial, mostram dados da Navegg em parceria com Adyen e E-Commerce Brasil.

No setor de beleza, o estudo indica que 1,9 milhão de usuários buscaram produtos cosméticos. As categorias de skincare, haircare e maquiagem continuam entre as mais desejadas, com crescimento de 69,8% em cosméticos naturais e 96% em produtos capilares, segundo levantamento da Navegg e da NielsenIQ.

O turismo também mostra retomada de força. Mais de 1,6 milhão de consumidores planejam aproveitar as promoções da data, 40% em viagens já programadas e 22% motivados pelas ofertas. O interesse por temas ligados ao setor cresceu 71% em relação a 2024, conforme dados da Navegg e da PANROTAS.

Fechando o panorama, o mercado imobiliário mantém ritmo positivo, com 1,5 milhão de usuários e aumento de 33% nas buscas por imóveis frente ao ano anterior. O levantamento da Navegg, com base em informações da CNN Brasil e da S&P Global, aponta que o crescimento reflete o otimismo e a expansão do setor.

A análise geográfica do estudo mostra forte concentração de público no Sudeste, especialmente em capitais e grandes centros urbanos. Sul e Nordeste aparecem como mercados complementares estratégicos, reforçando a importância de campanhas regionalizadas e ofertas customizadas para maximizar o alcance e a eficiência das ações de mídia.

User Generated Content já não lidera engajamento, mas continua relevante para pequenos negócios, aponta pesquisa da Photoroom

Só 7% das marcas veem o UGC como motor de engajamento nas redes, mas ele segue gerando confiança e conversões em segmentos como beleza e moda

Ao longo dos anos, as mídias sociais sempre defenderam a ideia de que User Generated Content, conhecido como UGC, seria a força vital do engajamento digital. A ideia de que clientes reais dariam autenticidade às páginas das marcas e construiriam comunidades fiéis era quase um consenso no marketing. Porém, um novo levantamento da Photoroom, plataforma líder em edição de imagens com IA, revela que essa crença já não se sustenta.

De acordo com a pesquisa, apenas 7% das marcas ainda consideram o UGC um dos principais motores de engajamento nas redes sociais, apesar de quase um terço continuar a utilizá-lo em páginas de e-commerce. O levantamento ainda indica que 77% das empresas incorporam o UGC em algum ponto de sua comunicação, como nas listagens de produtos (30%), em ativos de marketing (21%) e em ambos (26%), mas menos de 10% avaliam que ele contribui de forma significativa para interações nas redes.

Para Matt Rouif, CEO da Photoroom, a percepção das marcas nem sempre corresponde ao impacto real do UGC. “O conteúdo gerado por usuário já foi sinônimo de autenticidade, mas as redes estão saturadas e até fotos amadoras podem parecer roteirizadas. Isso não significa que perdeu valor, e sim que precisa ser usado no contexto certo, com qualidade visual que valorize o produto”, pontua.

A queda de eficácia está ligada à supersaturação de conteúdo e à mudança nas expectativas do público. Consumidores mais jovens, como millenials e Geração Z, são expostos a tantos formatos que deixaram de ver o UGC como algo espontâneo. Além disso, imagens amadoras muitas vezes não mostram os produtos em seu melhor ângulo, criando uma barreira visual que desestimula cliques e interações.

O estudo revela, porém, que o UGC mantém relevância em setores específicos, como beleza e cuidados com a pele, que são categorias em que ele segue impulsionando conversões. Nesses casos, consumidores valorizam ver texturas, cores reais e resultados práticos, ou seja, fatores que fotos de clientes costumam mostrar melhor do que imagens de estúdio. Em contrapartida, nichos como joias e acessórios dependem de imagens profissionais, pois os consumidores exigem alta resolução para avaliar detalhes e acabamento.

Para pequenos varejistas, o UGC segue sendo um recurso estratégico e acessível. Muitos contam com orçamentos reduzidos para fotografia ou campanhas profissionais e aproveitam as fotos enviadas por clientes como ponto de partida para divulgar produtos.

Rouif conta que, segundo relatos recebidos de pequenos lojistas, avaliações com fotos feitas por clientes aumentam o clique e a intenção de compra. Quando combinadas a fotos de estúdio, essas imagens ajudam os consumidores a se verem no produto e contribuem para a conversão. Ele acrescenta que, com editores de fotos baseados em IA, mesmo lojas de menor porte conseguem redimensionar e ajustar a qualidade dessas fotos para garantir consistência visual nas páginas e campanhas.

Entre 2015 e 2020 sabe-se que o Instagram favoreceu imagens mais elaboradas e estéticas, enquanto o TikTok popularizou vídeos curtos e crus, considerados mais autênticos. Durante a pandemia, por exemplo, o uso de UGC cresceu quando as marcas recorreram a ele para suprir restrições orçamentárias e operacionais. Isso mostra que a importância do conteúdo gerado por usuário oscila conforme as plataformas, as tendências culturais e as condições do mercado.

A análise da Photoroom reforça que, mesmo com a perda de protagonismo nas redes sociais, o UGC continua sendo um recurso eficaz para construir confiança, reduzir barreiras de compra e fortalecer marcas menores, especialmente quando combinado com ferramentas de edição de fotos que melhoram a qualidade visual sem comprometer a autenticidade.

Metodologia

O relatório é baseado em duas fontes de dados: uma pesquisa interna da Photoroom entre os usuários e uma pesquisa externa entre proprietários de pequenas empresas e gerentes do setor. A Photoroom realizou a pesquisa com clientes em um painel de 1.131 usuários nos EUA, no Reino Unido e no Brasil, de 5 de dezembro de 2024 a 13 de janeiro de 2025. A pesquisa externa foi realizada via Centiment em um painel de 1.575 profissionais de 12 de dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2024.