Muito se engana quem insiste na ideia de que a internet é um ambiente frio e sem graça. A falta do contato físico já deixou de ser problema para as empresas que sabem trabalhar as relações humanas virtualmente. Entretanto, quem ainda não administra um marketing de gentilezas virtual eficiente ou, simplesmente, ignora essa necessidade está literalmente dentro d’água.
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Segundo a consultora em marketing digital, Flávia Valentim, especialista no assunto, com mais de 19 anos de experiência no mercado corporativo, as redes sociais nada mais são do que uma grande rede de relacionamento e onde existem pessoas, deve existir cordialidade.
“Por isso, o marketing de gentilezas funciona tão bem no ambiente digital, pois é dedicado às relações humanas. Afinal de contas, se você vai se relacionar com o seu cliente de forma virtual, nada mais certo do que pensar nas estratégias de atuar focado nas pessoas e na qualidade das relações. Já que, do contrário, todo seu trabalho terá ido por água abaixo, explicou Flávia.
Levar a empresa para o formato online, trabalhar a imagem de forma positiva, fortalecer a marca e gerar o tão esperado resultado de vendas pode parecer simples, basta fazer postagens e pronto. Mas o empresário não pode esquecer, que mesmo não estando cara a cara com seu cliente, existe alguém do outro lado da tela, daí tamanha importância do marketing de gentilezas.
Essa é, sem dúvida, uma das preocupações da Vanessa Oliveira, gerente de vendas do Grupo TTC Segurança, responsável por gerir junto à agência de marketing, toda a comunicação que a empresa faz online. “O Grupo TTC vende segurança e da mesma forma devemos transmitir esses mesmos valores nas nossas redes sociais”, disse Vanessa.
Segundo ela, a empresa está constantemente atenta as postagens e mantém relacionamento direto com os internautas. “Eu respondo pessoalmente a todas as perguntas e me coloco no lugar do internauta, afinal, é frustrante solicitar uma informação e ser ignorado”, relata Vanessa.
A estratégia visa a construção de relações mais sólidas com os seguidores, com confiança, credibilidade e, acima de tudo, segurança caso haja uma negociação entre as partes.
Outro fator determinante para se trabalhar um marketing de gentilezas eficaz nas redes sociais é a prevenção de crises. Comentários maldosos num ambiente aberto como uma rede social pode acabar com a reputação de qualquer empresa, e dependendo do problema, reverter a situação fica bem complicado. O melhor mesmo é ficar atento!
Fonte: Assessoria de Imprensa – Jornalista Aline César
Depois do lançamento do documentário “O Dilema das Redes” no Netflix, muitas pessoas tentam entender como os algoritmos das redes sociais funcionam e, principalmente, se o conteúdo pode de certa forma, manipular os usuários. O documentário relata experiências de ex-colaboradores de empresas como Facebook, Google, Pinterest, Twitter e YouTube, mostrando que a principal forma de operação dessas empresas é com a captação de dados e monitoramento das atividades dos usuários.
O que acontece é que as redes sociais funcionam com base em algoritmos de relevância, ou seja, algoritmos programados para mostrar com prioridade o que é mais relevante naquele momento. Isso porque, de acordo com Brian Boland, vice-presidente de Tecnologia de Publicidade do Facebook, existem, em média, 1.500 histórias que poderiam aparecer no feed, cada vez que uma pessoa se conecta. O que cada um vê no momento em que entra na rede é personalizado de acordo com a relevância do conteúdo e daquela página específica.
Mas o que são os tais algoritmos? De acordo com o dicionário Aurélio, “algoritmo é um conjunto de regras e operações bem definidas e ordenadas, destinadas à solução de um problema”.
Segundo o Instagram, o alcance orgânico é de 100%, ou seja, se o usuário rodar o feed até o fim, ele verá todas as publicações, então para os criadores de conteúdo, a chance da publicação chegar a todos seus seguidores é de 100%, na teoria. Na prática, o alcance orgânico não chega nem perto da média de 10%. É claro que para que o conteúdo alcance mais seguidores, ele precisa ser altamente interessante, já que os critérios do algoritmo são de qualidade.
As redes sociais não abrem como funcionam os algoritmos, portanto o que se sabe foi percebido em testes e experimentos práticos, visando entender a operação dessa inteligência artificial. Mas o que dá para saber sobre seu funcionamento é que são baseados em relacionamento, temporalidade e engajamento.
Relacionamento: você já percebeu que quando abre alguma rede social, vê com prioridade as postagens dos perfis que você se relaciona mais? Isso inclui: fotos com marcações, check-ins nos mesmos lugares, curtir a publicação um do outro, compartilhar a publicação um do outro, comentar nas publicações, responder inbox, passar certo tempo assistindo vídeos ou stories, clicar no “ler mais” para ver toda a legenda, marcar nos comentários, e até mesmo a velocidade com que se assistem os conteúdos; se a pessoa postar agora e eu abrir agora seu conteúdo, significa que tenho interesse naquela página. Se a pessoa postar uma sequência de 10 vídeos no stories e você assistir aos 10 sem pular, significa para o algoritmo, que você que tem interesse naquele conteúdo. Mas não é um desses fatores isolados que determina a ordem dos resultados, mas a junção de vários deles.
Temporalidade: apesar de as redes sociais não disponibilizarem as publicações por ordem cronológica, o tempo de uma publicação ainda é levado em consideração. Em geral, após 7 dias as publicações tendem a perder vez, e as mais recentes são mostradas com prioridade. É claro que cada rede social tem sua programação de relevância. No LinkedIn, por exemplo, uma publicação pode durar meses rodando no feed, já que existem poucos usuários produzindo conteúdo e a maioria apenas consome conteúdo, então o feed é, geralmente, menos disputado. Uma ótima oportunidade para gerar conteúdo relevante e alcançar uma boa base de pessoas.
Engajamento: é medido pelas curtidas, comentários, reações, compartilhamentos, envio da publicação via DM (mensagem direta no Instagram, quando você envia uma publicação para um amigo pelo bate-papo) e publicações salvas. O algoritmo calcula a taxa de engajamento das publicações para priorizá-las, então é natural que publicações com bastante engajamento apareçam com prioridade no feed, para dar maior visibilidade.
No LinkedIn, funciona diferente, na principal rede social profissional do mundo, para que uma publicação tenha boa posição no feed, ela precisa ter um conteúdo muito bom. Assim que a publicação é feita, os algoritmos analisam o conteúdo para classificá-lo, e se for spam ou conteúdo copiado, não terá bom alcance, ou podem até ser tirados do ar. O conteúdo é analisado pelo engajamento. As postagens com maior engajamento têm prioridade no feed. Quando um conteúdo viraliza, a postagem tem ainda mais chance de ficar no topo do feed, já que concentra muitos likes e comentários. Além disso, o LinkedIn analisa quais os temas mais relevantes para cada usuário e prioriza postagens sobre este tema.
Como mostrado no documentário, existe sim a especulação de que as grandes empresas de tecnologia manipulam as informações que recebemos, para fazer com que tenhamos preferências específicas. Em 2012, o Facebook financiou um experimento em que milhares de usuários tiveram seu feed manipulado, para analisar seu “contágio emocional”. Foi um estudo em conjunto com pesquisadores e universidades, em que o algoritmo do feed de mais de 600 mil usuários foi manipulado com conteúdos que manipulavam seus sentimentos. O objetivo era compreender se mensagens animadoras ou depressivas apresentadas aos usuários poderiam influenciar no emocional, refletidos em seus status. O estudo “contágio emocional em larga escala”, realmente constatou que as pessoas que foram expostas ao experimento reagiram atualizando seus status de acordo com o conteúdo que viram em seus feeds. Como essa pesquisa foi financiada pelo próprio Facebook, reforça que sim, podemos ser manipulados pelos algoritmos de relevância. E igualmente, uma empresa pode ter sua performance prejudicada, ou melhorada, pelos critérios de qualidade.
*Maria Carolina Avis é professora do curso de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter
Em um momento online e robotizado, especialista em branding fala sobre a importância de aproximar as marcas dos clientes para torná-los fiéis
Em um momento em que a robotização e o online estão tomando conta da vida das pessoas, a ideia de humanizar uma marca para torná-la mais acolhedora, adaptada ao seu público de maneira próxima, humana e, principalmente compreensiva, é essencial. Isso significa que a humanização das marcas busca aproximá-las dos clientes por meio de sentimentos, desejos e expectativas.
A internet é um novo mundo de oportunidades e vendas. Tudo passou a ser mais acelerado. “As marca aprenderam a utilizar as plataformas e ferramentas para mapear, monitorar e acompanhar cada passo dos consumidores, e souberam utilizar muito bem as informações para apresentar ofertas cada vez mais micro-direcionadas para os desejos do público, porém, pouco se pensava em detalhes, como por exemplo, as necessidades dos clientes”, conta o especialista em Branding, D.J. Castro, da Nexia Branding.
O especialista explica que cada detalhe é essencial. “As marcas precisam compreender até que ponto podem obter dados das pessoas e restabelecer relações mais humanizadas com elas. Não é necessário abandonar os sistemas de automatização de marketing, mas é imprescindível redimensionar a comunicação para a escala humana, um a um. As pessoas merecem se sentir ouvidas e compreendidas para se tornarem fiéis”, explica.
Humanizar uma marca é aproximá-la do humano, com sentimentos, desejos e expectativas, pode parecer óbvio, mas não é. Castro explica que a necessidade de empatia, consumidor e marca, não surge da noite para o dia, é uma construção. “Dá-se em cada momento de contato, seja no ato da compra ou em qualquer outra ação cotidiana em que a marca é lembrada, é fazer com que a compra seja mais do que apenas de um produto ou serviço, tornando a empatia real, com carinho, afeto e cuidado, ou seja, tocando o coração do cliente”, relata.
De acordo com o especialista, a abordagem das marcas deve buscar se reconectar com a sua essência. “Retomar um contato mais próximo e acessível e deixar um pouco de lado os excessos do passado recente. É uma grande oportunidade para reiniciar as relações com as pessoas, deixando claro o respeito pelas informações, e reconquistando o espaço, passo a passo”, conta.
“As marcas que optarem por esse caminho mais humano, poderão se beneficiar da boa vontade das pessoas que procuram uma conexão mais íntima com a marca, e estas sim vão consentir, de forma consciente, o uso de suas informações para criar experiências melhores. As pessoas querem ter um caso de amor com as marcas, mas é preciso ter respeito nessa relação”, finaliza D.J. Castro.
Uma das coisas ou objetivos mais importantes que podemos perseguir para a atuação das marcas nas redes sociais é o engajamento.
Basicamente, “engajar” quer dizer participar de forma voluntária de algo. No caso específico das redes sociais, que acabaram por popularizar o termo, é também uma forma de entender o modo como o público interage com as marcas.
O engajamento tem como objetivo gerar um maior relacionamento com os clientes dentro do ambiente digital – e por consequência além dele – e ainda pode aumentar o faturamento das marcas/empresas.
Quando pensamos em obter ou melhorar o engajamento com nosso público algo que pode ser bastante útil é o conceito de Pirâmide de Engajamento proposto por Charlene Li em seu livro Fenômenos Sociais nos Negócios. Vejamos:
1° Wathing – usuários que apenas observam. Olham tudo mas não postam;